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O senhor Inverno estava feliz. Dias gelados,
muita neve, chuva e muito vento. Ele, lá do alto,
olhava para a Terra e admirava as pessoas vestidas
com grossos casacos, tremendo de frio, andando
apressadas para chegarem as suas casas e se
aquecerem ao calor do fogo. Os bichos não saiam
de suas tocas, dava até para ouvir o ronco do urso
no seu longo sono de inverno.
As árvores, sem a roupagem de folhas,
pareciam esqueletos balançando ao vento. O céu
era cinzento, o azul estava escondido pelas grossas
nuvens. O sol batalhava para aparecer, mesmo que
fosse por uma brechinha entre as pesadas nuvens.
   O   senhor    Inverno   passeava     pela   Terra
fiscalizando o seu trabalho. Não tendo moradia
certa, ele passa um tempo num continente e outro
tempo em outro. É assim que ele vive.
Um dia, depois de gelar tudo, ele foi descansar.
Adormeceu. Quando acordou e olhou para baixo não
acreditou no que via. O sol estava no meio do céu azul
sorrindo e aquecendo tudo, as flores coloridas e viçosas
estavam por todo lado. As árvores vestiam roupa nova
de folhas tenras de um verde-dourado. Os animais
viviam seus romances de amor. Os humanos
substituíram as grossas roupas por outras mais leves. As
crianças, nos parques, escolas e quintais, brincavam e
cantavam modinhas infantis batendo os pés e palmas
para ritmar.
    - Oh! Quem ousou fazer semelhante estrago! –
vociferou, lançando uma rajada de vento gelado, o
senhor Inverno.
E procurou com seus olhos de gelo.

               ...

          Encontrou.
Era a deusa Primavera. Ele queria reclamar,
advertir, dizer a ela que não podia ir chegando e
invadindo o seu espaço sem pedir licença.
   Quando ia abrir a sua bocarra gelada, a jovial
Primavera desfez o nó de um lenço que tinha no
seu regaço, e dele saíram milhões de borboletas
coloridas. A moça Primavera, no seu vestido
branco vaporoso, cantava e dançava a sinfonia da
vida. O senhor Inverno ficou apaixonado.
A Primavera, percebendo o sentimento do
Inverno, disse a ele que era impossível, embora
se sentisse atraída por ele.

   - Eu sou só alegria, calor e vida, você é só
frio e tristeza – disse ela.
O Inverno nada disse, sabia que ela tinha
razão. Agradecida pelo amor do senhor Inverno,
ela lhe deu uma semente com a recomendação:

   - Plante no gelo esta semente e quando nascer
a flor branquinha, saberá que estou pensando em
você.
E lá se foi o senhor Inverno para um
outro continente deixando a sua amada
reinando absoluta.
FIM
AGRADECIMENTO ESPECIAL A:
  PROFESSORA DANÚBIA E
 ORIENTADORA ROSANGELA

    EEB PROFª IRENE ROMÃO
       NAVEGANTES - SC

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Conta história

  • 1.
  • 2.
  • 3. O senhor Inverno estava feliz. Dias gelados, muita neve, chuva e muito vento. Ele, lá do alto, olhava para a Terra e admirava as pessoas vestidas com grossos casacos, tremendo de frio, andando apressadas para chegarem as suas casas e se aquecerem ao calor do fogo. Os bichos não saiam de suas tocas, dava até para ouvir o ronco do urso no seu longo sono de inverno.
  • 4.
  • 5.
  • 6. As árvores, sem a roupagem de folhas, pareciam esqueletos balançando ao vento. O céu era cinzento, o azul estava escondido pelas grossas nuvens. O sol batalhava para aparecer, mesmo que fosse por uma brechinha entre as pesadas nuvens. O senhor Inverno passeava pela Terra fiscalizando o seu trabalho. Não tendo moradia certa, ele passa um tempo num continente e outro tempo em outro. É assim que ele vive.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Um dia, depois de gelar tudo, ele foi descansar. Adormeceu. Quando acordou e olhou para baixo não acreditou no que via. O sol estava no meio do céu azul sorrindo e aquecendo tudo, as flores coloridas e viçosas estavam por todo lado. As árvores vestiam roupa nova de folhas tenras de um verde-dourado. Os animais viviam seus romances de amor. Os humanos substituíram as grossas roupas por outras mais leves. As crianças, nos parques, escolas e quintais, brincavam e cantavam modinhas infantis batendo os pés e palmas para ritmar. - Oh! Quem ousou fazer semelhante estrago! – vociferou, lançando uma rajada de vento gelado, o senhor Inverno.
  • 10.
  • 11. E procurou com seus olhos de gelo. ... Encontrou.
  • 12.
  • 13. Era a deusa Primavera. Ele queria reclamar, advertir, dizer a ela que não podia ir chegando e invadindo o seu espaço sem pedir licença. Quando ia abrir a sua bocarra gelada, a jovial Primavera desfez o nó de um lenço que tinha no seu regaço, e dele saíram milhões de borboletas coloridas. A moça Primavera, no seu vestido branco vaporoso, cantava e dançava a sinfonia da vida. O senhor Inverno ficou apaixonado.
  • 14.
  • 15.
  • 16. A Primavera, percebendo o sentimento do Inverno, disse a ele que era impossível, embora se sentisse atraída por ele. - Eu sou só alegria, calor e vida, você é só frio e tristeza – disse ela.
  • 17.
  • 18. O Inverno nada disse, sabia que ela tinha razão. Agradecida pelo amor do senhor Inverno, ela lhe deu uma semente com a recomendação: - Plante no gelo esta semente e quando nascer a flor branquinha, saberá que estou pensando em você.
  • 19.
  • 20. E lá se foi o senhor Inverno para um outro continente deixando a sua amada reinando absoluta.
  • 21.
  • 22.
  • 23. FIM AGRADECIMENTO ESPECIAL A: PROFESSORA DANÚBIA E ORIENTADORA ROSANGELA EEB PROFª IRENE ROMÃO NAVEGANTES - SC