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IV - CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE TRABALHO<br />Conclusões<br />As conclusões dos dados apresentados debruçam-se sobre sete grandes temas: Freguesias e Concelho, Vieira do Minho e Portugal, Energias Renováveis, Parque Habitacional, Concentração em Vieira do Minho, Situações Residenciais Desfavorecidas e Construção das Habitações.<br />No primeiro ponto, “Freguesias e Concelho”, salientamos Ventosa e Vieira do Minho, pois, como vimos, são aquelas que se destacam nos principais indicadores: média de idades, percentagem de Energias Renováveis, entre outros. Além disso, nota-se bastante desigualdade social correspondente a dois picos: habitações com fraquíssimas e, por outro lado, com óptimas condições de habitabilidade. Este aspecto conduz ao escasso desenvolvimento verificado no concelho. Assim, deve-se apostar num desenvolvimento geral e não simplesmente no da sede do concelho. Para este progresso, é necessário um empenho nos recursos que temos disponíveis (Energias Renováveis principalmente), pois, como referia o Eng. António Campos, “Se não apostamos nelas, seremos obrigados!”. <br />Relativamente a “Vieira do Minho e Portugal”, nota-se alguma falta de desenvolvimento do concelho em relação ao país, marcado pela existência de pontos fracos: diminuta percentagem de energias renováveis, reduzida percentagem de utilização da energia eólica e grande percentagem de habitações com condições desfavoráveis. Outro aspecto a destacar é a média de idade do parque habitacional, onde, como vimos, Vieira do Minho se encontra no limite dos números referenciados no país. Por outro lado, em comparação com os dados do país, verificamos um abastecimento de energia desequilibrado. Por fim, e infelizmente igual ao país, o concelho apresenta taxas de desigualdade social elevadas.<br />No que toca ao tema principal, “Energias Renováveis”, verificamos pouca adesão a este tipo de energia. Assim, devemos partir para uma sensibilização, a curto prazo, no sentido da utilização deste tipo de energia. Aliás, a Energia Eólica e Solar, devido às características do concelho, reúnem todas as condições para serem desenvolvidas. Contudo, devemos destacar que a Eólica encontra-se bastante atrasada em relação à Solar. De forma a atingir o objectivo nacional para 2000, 31%, o concelho deve apostar nas habitações com pré-instalação e, por parte do Município, criar ligações Inter-Institucionais que consigam reduzir os custos e todas as dificuldades adjacentes à aquisição destes mecanismos. Mesmo assim, se o país conseguisse tornar as habitações com pré-instalação, em habitações com Energias Renováveis, o concelho atingiria apenas os 8%, pelo que ainda faltariam cerca de 1127 habitações.<br />Outras das conclusões liga-se ao “Parque Habitacional”, caracterizado, na sua maioria, por habitações antigas e degradadas. Assim, há a necessidade de incentivos à renovação, por parte do Município, para visar a sua restauração. Se assim conseguirmos, melhores condições de vida surgirão, ligadas a desenvolvimentos nos materiais e técnicas de construção, entre outros aspectos.<br />Um dos grandes problemas é a “Concentração em sede” do concelho dos maiores números (e algumas médias) mais significativas (média idades, energias renováveis …). Estes aspectos advêm, claramente, de uma maior densidade populacional da Vila, da desigualdade entre as freguesias e, por conseguinte, de um crescimento habitacional desequilibrado. Assim, devemos apostar na renovação das outras freguesias, tornando-as mais atractivas, proporcionando desenvolvimento a todo o Concelho. <br />Outro dos grandes problemas é a existência, mesmo que em números reduzidos, de “Residenciais Desfavorecidas”, com situações residenciais deploráveis, marcadas por habitações sem sistemas de aquecimento das águas sanitárias, sem sistema de aquecimento, e possivelmente sem electricidade. Assim, devemos tentar a integração deste tecido urbano em habitações com condições favoráveis.<br />Por ultimo, e não menos importante, questões relacionadas com a “Construção das Habitações”. Pelas respostas, ou ausências das mesmas, verificamos algum desconhecimento e falta de preocupação por parte dos habitantes. Por outro lado, e como já foi referido, verificamos condições estruturais muito fracas e, por lado, muito boas, sinónimo de algumas injustiças e desigualdades sociais. Assim, devemos reflectir no modo como usamos o dinheiro na construção e redefinir os gastos, se necessário. De forma a tornar este processo de construção mais seguro, o Município deveria tentar criar ligações inter-institucionais que visassem a segurança dos vieirenses e, se possível, a redução dos preços. Adjacente a isto, está também a possibilidade de criar melhores condições de vida.<br />Por fim, devemos ter em consideração dois pontos essenciais: alargar significativamente a utilização das energias renováveis e extinguir habitações com situações estruturais marcadas pela ausência de bens vitais, como o aquecimento ou electricidade. <br />Sugestões de Trabalho<br />Como forma de exploração ao trabalho que desenvolvemos, e depois de algumas sugestões apresentadas nas conclusões, deixamos aqui as propostas que consideramos pertinentes:<br />Sensibilização e mobilização para a aposta nas energias renováveis, a curto/médio prazo;<br />Aposta forte e determinada nos potenciais energéticos do concelho, principalmente no ramo das Energias provenientes de Fontes Renováveis;<br />Alcance da meta proposta pelo país: 31% da energia proveniente da Energia Renovável;<br />Criação de ligações inter-instituicionais que visem:<br />A segurança na compra dos vieirenses;<br />A redução dos custos de aquisição de equipamentos “Renováveis”;<br />A redução dos custos inerentes à construção das habitações; <br />Maior conhecimento dos habitantes do mercado;<br />Maior opção de compra aos vieirenses;<br />Redefinição dos gastos; <br />Promoção de um desenvolvimento equilibrado e sustentável baseado, não só no desenvolvimento da sede do concelho, mas sim de todas as freguesias;<br />Integração do tecido urbano em situações residências de fraca qualidade em habitações com outro tipo de condições;<br />Combate ao desconhecimento e desinteresse da população em relação à construção da sua residência.<br />Estas medidas, entre outras, serão fundamentais e resultarão no melhoramento das condições de vida do povo vieirense, bem como do panorama municipal aqui enunciado.<br />
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Por fim, e infelizmente igual ao país, o concelho apresenta taxas de desigualdade social elevadas.<br />No que toca ao tema principal, “Energias Renováveis”, verificamos pouca adesão a este tipo de energia. Assim, devemos partir para uma sensibilização, a curto prazo, no sentido da utilização deste tipo de energia. Aliás, a Energia Eólica e Solar, devido às características do concelho, reúnem todas as condições para serem desenvolvidas. Contudo, devemos destacar que a Eólica encontra-se bastante atrasada em relação à Solar. De forma a atingir o objectivo nacional para 2000, 31%, o concelho deve apostar nas habitações com pré-instalação e, por parte do Município, criar ligações Inter-Institucionais que consigam reduzir os custos e todas as dificuldades adjacentes à aquisição destes mecanismos. Mesmo assim, se o país conseguisse tornar as habitações com pré-instalação, em habitações com Energias Renováveis, o concelho atingiria apenas os 8%, pelo que ainda faltariam cerca de 1127 habitações.<br />Outras das conclusões liga-se ao “Parque Habitacional”, caracterizado, na sua maioria, por habitações antigas e degradadas. Assim, há a necessidade de incentivos à renovação, por parte do Município, para visar a sua restauração. Se assim conseguirmos, melhores condições de vida surgirão, ligadas a desenvolvimentos nos materiais e técnicas de construção, entre outros aspectos.<br />Um dos grandes problemas é a “Concentração em sede” do concelho dos maiores números (e algumas médias) mais significativas (média idades, energias renováveis …). Estes aspectos advêm, claramente, de uma maior densidade populacional da Vila, da desigualdade entre as freguesias e, por conseguinte, de um crescimento habitacional desequilibrado. 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