O documento discute middlewares para TV digital fixa, definindo middleware como uma camada de software que conecta aplicativos a receptores de forma organizada. Detalha os middlewares DASE, MHP, ARIB e Ginga, usados nos padrões de TV digital norte-americano, europeu, japonês e brasileiro, respectivamente. Explora como middlewares funcionam, seus objetivos, tipos, exemplos de aplicações, vantagens e desvantagens.
1. MIDDLEWARES PARA TVD FIXA
Alexia Lolli Zerbini
Prof.ª Ms. Elaine Cecília Gatto
Disciplina: Princípios de Telecomunicações
Engenharia de Computação
2. O quê é um
Middleware?
É uma camada de software que faz a
conexão entre alguns aplicativos e
diversos modelos de receptores e/ou
ambientes, de forma organizada.
“O Middleware é a designação genérica utilizada para referir os sistemas
de software que se executam entre as aplicações e os sistemas operativos.”
3. Como funciona?
Faz a interação entre o sistema
operacional e ou receptor e vários
aplicativos e ou sinais, aglomerando, e
fazendo
uma
conexão
coerente, moldando de forma correta e
unificada às aplicações e ambientes
diversos.
4. Além de tudo faz a adaptação de certos
aplicativos que eram destinados à sistemas
antigos.
O middleware é constituído por um conjunto de
API’S
(Interfaces
de
programação
de
aplicativos) de alto nível, unificando os mais
diversos tipos de linguagens. Criando uma
máscara heterogênea, máscara pois não unifica
integralmente o programa/aplicativo, passando
na verdade uma falsa homogeneidade. Pois as
API’S de baixo nível são independentes ao seu
dispositivo.
6. Aplicações
Os principais objetivos do middleware são:
A
integração
entre
sistemas
heterogêneos.
- A intermediação entre as aplicações e ou
sinal e o sistema operacional e ou receptor.
Contudo pode ser utilizado numa vasta
gama de aplicações de determinados
domínios.
7. Tipos de middleware
• DASE
O middleware DASE ou DTV Application Software
Enviroment é utilizado no padrão de TV Digital NorteAmericano ATSC. Este software permite que serviços
interativos sejam executados normalmente por qualquer
receptor.
O padrão DASE permite aos criadores de conteúdo
aperfeiçoado e interativo as especificações necessárias
para que os aplicativos e dados executem uniformemente
em todos os modelos e marcas de receptores.
8. • MHP
O MHP é o middleware usado no padrão Europeu DVB. O
padrão MHP é uma combinação de suportes à broadcast e à
Internet, oferecendo uma API acessível a todos que desejam
desenvolver aplicações, receptores e aparelhos de TV.
No perfil Enhanced, não é oferecido suporte a canal de retorno
e conexão IP. Executa as aplicações via difusão (broadcast). Já
o perfil Interactive suporta a um canal de retorno e conexão
IP, permitindo assim a possibilidade de interatividade remota.
O ultimo perfil disponibilizado pelo Middleware MHP é o Internet
Access que suporta aplicações web, além de aplicações
desenvolvidas em Java. Este último perfil só foi disponibilizado
na versão MHP 1. O MPH é dividido em três camadas:
recursos (hardware embutidos), software (aplicações) e interface
das aplicações (interoperabilidade).
9. • ARIB
(Association of Radio Industries and Business) é utilizado
no padrão Japonês ISDB. Neste sistema, áudio, vídeo e
todos os serviços de dados são multiplexados e
transmitidos via broadcasting de rádio, em um TS
(Transport Stream) especificado pelo MPEG-2.
Os canais para a interatividade das comunicações são
disponibilizados através dos canais interativos da rede.
O sistema de transmissão de dados que utiliza o
armazenamento dos pacotes como um fluxo de pacotes
no PES (Packetized Elementary Stream) é usado para
aplicações em tempo real, que necessitam de
sincronização na decodificação e reprodução dos
diferentes tipos de mídia.
10. A
estrutura
lógica
do
display
ARIB
é
composta, respectivamente, de plano de vídeo, plano de
figura, plano de controle, plano de gráficos e textos e
plano de legendas.
Além disso, existe o sistema de transmissão de dados, no
qual os dados serão transmitidos inúmeras vezes. Este
serviço é especificado como carrossel de dados.
GINGA
O padrão de camada de software intermediário Ginga foi o
primeiro middleware opensource desenvolvido no Brasil.
Com o intuito de prover funções de interatividade para TV
Digital e foi lançado no dia 3 de Julho de 2007 no Auditório
Principal do Instituto Militar de Engenharia Praia
Vermelha, Rio de Janeiro.
11. O Middleware Ginga foi uma iniciativa realizada pelo Laboratório
TeleMídia do Departamento de Informática da PUC – Rio em
conjunto com o Laboratório LAVID da Universidade Federal da
Paraíba. Este padrão brasileiro é divido em Ginga-NCL e GingaJ.
• Ginga-NCL
O subsistema lógico GingaNCL é composto por uma série de
módulos. O mais importante módulo é o NCL Formatter, já que
este é responsável por receber um documento NCL e controlar a
sua apresentação, tentando garantir que relacionamentos entre
objetos de mídia sejam respeitados. Os documentos NCL são
providos por uma estrutura chamada private base que
corresponde um canal de TV.
• Ginga-J
A arquitetura Ginga-J é composta de cinco camadas:
Hardware, Sistema Operacional, Implementação Ginga e Java
Virtual Machine (JVM), API Ginga-J e Xlets.
12. Exemplos de aplicações
• Gerenciamento de
apresentação;
• Computação;
• Gerenciamento de
informação;
• Comunicação;
• Controle;
• Gerenciamento do
sistema;
• Sistema de entrega;
• Comunicação entre
processos;
• Interface com o
usuário;
• Utilização universal
de middlewares
comuns;
• Soluções comuns
suportando
variabilidade e
controle.
13. Vantagens e desvantagens
Dois pontos importantes em sua
elaboração
são
sua
flexibilidade e performance.
Uma desvantagem dos middlewares
se concentra justamente em sua
capacidade
de
amenizar
a
heterogeneidade, pois ele o faz
adicionando
uma
falsa
homogeneidade
no
sistema,
o
que apenas retarda a colisão entre os
sistemas heterogêneos.
14. Tipos de Middleware
• Adaptativo:
O objetivo desse tipo de middleware é
ser dinamicamente personalizável o que
facilita às aplicações móveis e
flexibilidade necessária.
• Reflexivo:
Nesse caso a aplicação pode acessar
algumas partes do estado do sistema
logo
abaixo
e
modifica-lo
dinamicamente.
15. Conclusão
Para que estes objetivos sejam
alcançados, devem fornecer serviços
que atendam ao domínio de aplicações
para o qual foi construído, sendo
importante que este serviço tenha sua
base em uma das APIs ou protocolos
padrões.
16. A sua elaboração é estimulada devido a
facilidade de manuseio, incentivando a
criação de comandos e aplicações com
código relativamente fáceis de se
entender e comunicar com a interface do
middleware.
17. Referências bibliográficas
o http://pesquompile.wikidot.com/middleware-t
o http://en.wikipedia.org/wiki/Middleware
o www.teleco.com.br.htm
o http://www.slideshare.net/julianamarialop/middleware2007314
o http://www4.fct.unesp.br/ronaldo/uploads/uma%20solucao%
20para%20o%20desenvolvimento%20de%20aplica%C3%A7oe
s%20distribuidas.pdf
o http://www.borland.com/br/products/middleware/index.aspx
o http://www.midiacom.uff.br/downloads/pdf/paes_2005.pdf
Acessado em 22/11/11