3. História do Desenvolvimento
• O padrão SBTVD - Sistema Brasileiro de Televisão Digital ou ISDB-Tb
pode ser dividido em 2 períodos principais: Estudos e testes iniciais
e a Criação de um Grupo de Trabalho para TV Digital e definição
final do padrão SBTVD.
• Estudos e testes iniciais: Desde 1994 um grupo composto por
técnicos da SET - Sociedade dos Engenheiros de Televisão e da
ABERT - Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão tem
analisado os padrões de TV digital existentes (o americano ATSC-T, o
europeu DVB-T e o japonês ISDB-T) e seus aspectos técnicos, mas a
discussão se tornou um estudo detalhado apenas em 1998.
• De 1998 a 2000, o grupo ABERT/SET, apoiado pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie desenvolveu um estudo completo baseado
em vários testes considerando não apenas as características técnicas
de cada padrão mas também a qualidade do sinal transmitido, seja
em ambiente fechado seja em ambiente aberto
4. História do Desenvolvimento
Criação de um Grupo de Trabalho para TV Digital e definição final do
padrão SBTVD
• O programa do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) - foi
lançado em 26 de novembro de 2003, com o objetivo de criar um
modelo de referência para TV digital terrestre no Brasil.
• O Grupo de Trabalho para DTV foi organizado em uma estrutura com
3 áreas de desenvolvimento:
Comitê de Desenvolvimento (CD): Para definir, desenvolver e
implementar a base regulatória e as políticas necessárias;
Comitê Consultivo (CC): Para definir e desenvolver os aspéctos
técnicos da TV digital e para selecionar a melhor tecnologia a ser
utilizada no Brasil (inclusive, eventualmente, criar uma tecnologia
totalmente exclusiva no Brasil);
Grupo Gestor (GG): Para gerir grupos de pesquisa especializados.
5. História do Desenvolvimento
• O objetivo do Grupo de Trabalho para DTV:
Oferecer apoio educacional através de programas com conteúdo
especializado e interativo na TV digital;
Oferecer disseminação cultural;
Oferecer integração social.
• Requisitos técnicos:
Alta definição de imagem;
TV interativa;
TV móvel e portátil com qualidade;
Robustez do sinal, seja em ambiente aberto como fechado;
Excelente capacidade de transmissão de dados dentro da faixa
de transmissão.
6. História do Desenvolvimento
• Após 3 anos de estudos e desenvolvimentos, o Grupo de
Trabalho para DTV anunciou a seleção do sistema japonês
ISDB-T como base para o sistema SBTVD, acrescido de
algumas novas tecnologias:
Compressão de vídeo MPEG-4 AVC (H.264) - permite maior
capacidade de dados num canal de TV. O Japão usa MPEG-2
vídeo, com menor capacidade;
"Middleware Ginga" - mais robusto que o middleware
japonês, apresentando ambientes declarativo e procedural
para permitir aplicações interativas mais complexas.
7. História do Desenvolvimento
• O sistema SBTVD também apresenta algumas adaptações:
As máscaras de emissão dos transmissores foram especialmente
adaptadas de forma a atender a cenários mais adversos no
que diz respeito à interferência entre emissoras de TV - este
quesito é importante para a implantação da TV digital
especialmente em países onde o espectro de frequência é
congestionado;
Os sistemas de multiplexação, sinalização e as estruturas de
dados foram adaptadas para os padrões ocidentais, com a
inclusão de conjuntos de caracteres para línguas latinas;
A taxa de apresentação de quadros para receptores portáteis foi
estabelecida em 30fps (quadros por segundo) - isso significa
mais qualidade para o serviço de TV portátil;
8. Interatividade na TV
• É a possibilidade de o telespectador atuar junto ao programa
de TV que está assistindo, enviando pedidos de informação
adicional à emissora de televisão através do próprio programa
que assiste (via controle remoto da TV ou do conversor digital)
e em seguida receber as informações solicitadas. Essas
informações podem ser imagens adicionais ao programa
original, áudio, texto, gráficos e outras.
• Podendo utilizar serviços como:
Transações Bancárias;
Compras;
Solicitação de informações independentes do programa;
9. Interatividade na TV
• A interatividade depende de recursos do equipamento de TV
ou conversor (hardware) e dos aplicativos que rodam nesse
equipamento (software). E a coordenação entre hardware e
software é feito através de um componente denominado
“middleware”. No padrão SBTVD o middleware definido é o
Ginga, desenvolvido totalmente no Brasil.
10. Multiprogramação
• Multiprogramação é um dos benefícios mais visíveis pelo
consumidor final no padrão digital (num mesmo canal de TV é
possível assistir 3 programas diferentes, ou numa partida
esportiva é possível assistir ao jogo do ponto de vista de
diferentes câmeras).
• Foi bloqueada pelo Ministério das Comunicações para uso das
emissoras de televisão comerciais. Apenas canais
governamentais de TV digital podem utilizar essa
característica. O Ministério das Comunicações informou que
essa decisão foi tomada devido ao fato da Multiprogramação
permitir o uso não autorizado da faixa de frequência de por
um canal de TV, por exemplo, uma emissora de TV poderia
"sublocar" seu canal a outra empresa para transmitir uma
programação não autorizada em paralelo com a transmissão
autorizada.
11. Testes Públicos
• Os Jogos Pan-americanos de 2007, realizados no Rio de
Janeiro, foram transmitidos em alta definição pela Rede
Globo, também como parte de suas transmissões
experimentais em São Paulo. As transmissões puderam ser
vistas em lojas de eletrônicos selecionadas, onde a tecnologia
ISDB-TB foi demonstrada ao público através de receptores
fornecidos pela Samsung.
12. Início das transmissões
• As transmissões comerciais com o padrão SBTVD iniciaram em
2 de dezembro de 2007, primeiramente em São Paulo.
• Os governos brasileiro e japonês estão trabalhando em
conjunto para mostrar os benefícios do padrão SBTVD (ISDB-T)
a todos os países da América do Sul, enfatizando os benefícios
sociais da inclusão digital através da TV digital e a qualidade
de imagem, som e robustez do sinal ISDB-T. Também
apresentam outros importantes diferenciais do SBTVD/ISDB-T
como TV móvel com qualidade e interatividade na TV.
14. Características Técnicas
• Modulação: BST-OFDM (do inglês Band Segmented TransmissionOrthogonal Frequency Division Multiplexing. Em português: Transmissão em
Banda Segmentada-Multiplexação Ortogonal por Divisão de Frequência).
• Faixa de Frequência: VHF ou UHF, de acordo com a estratégia de
implantação do país. A faixa UHF é bastante conveniente pois é possível
implementar os serviços de TV digital nos "espaços" existentes atualmente
no espectro UHF enquanto os serviços de TV analógica continuam operando
na congestionada faixa VHF.
• Arquitetura de transmissão: Segmentada
Receptores fixos: 13 segmentos (todos os segmentos destinados a um
programa com resolução Full HD. Outros arranjos são possíveis de acordo
com a resolução desejada e o número de programas transmitidos num
canal, mas sempre resultando em 13 segmentos no total.
Receptores móveis (em veículos por exemplo): A mesma dos receptores fixos.
Receptores portáteis (telefones celulares por exemplo): 1 segmento.
15. Características Técnicas
• Taxa de atualização da imagem:
Serviço
Fixo/Móvel:
Japão, Brasil, Peru, Argentina, Chile, Venezuela e Equador: 30
fps e 60 fps (em inglês fps significa frames per second ou
fotogramas por segundo em português).
Serviço Portátil: Brasil, Peru, Argentina, Chile e Venezuela:
Máximo de 30 fps; Japão: Máximo de 15 fps.
• Largura
do
Canal:
Japão, Brasil, Peru, Argentina, Chile, Venezuela e Equador:
6 MHz (É possível utilizar o padrão SBTVD/ISDB-T em 7 MHz
ou 8 MHz se isso for desejado por qualquer outro país).