A vovó tenta explicar a teoria evolucionista do surgimento da vida para sua neta criacionista, contando que a atmosfera primitiva da Terra era redutiva e que a vida surgiu espontaneamente de moléculas orgânicas complexas formadas nessa atmosfera. No entanto, a neta questiona vários aspectos da explicação, apontando que na verdade não há provas conclusivas de que a atmosfera era realmente redutiva ou de que a vida pode surgir espontaneamente.
3. Venha aqui minha neta! Vou lhe contar uma ‘estória’ que você vai adorar. Que ‘estória’ Vovó?
4. É a ‘estória’ de como tudo começou, de como surgiu a vida aqui na Terra. Mas eu já sei como tudo começou! Foi Deus quem fez tudo o que existe.
5. Isso é o que dizem os religiosos. Eles não sabem de nada. A minha explicação não necessita de fé para ser aceita. É pura “ciência” Então conta, vovó!
14. Já sei vovó, já sei! Depois de “milhõooooooooooooes” de anos...
15. Isso mesmo netinha! Depois de muito tempo, os carboidratos, os ácidos e os outros componentes formaram um caldo de ‘sopa pré-biótica’, onde os aminoácidos, por exemplo, combinaram-se e viraram proteínas. Puxa vida vovó! Estou gostando dessa ‘estória’
16. Outros componentes, os nucleotídeos, formaram cadeias e viraram ácido nucléico, como o DNA. Nossa vovó! Como as coisas se transformam em outras coisas com tanta facilidade!
17. É minha neta! Mas isso só foi possível num processo de ‘milhõooooooooes’ de anos. Sei....
18. Por fim, as moléculas de proteínas e as moléculas do DNA encontraram-se por acaso e houve compatibilidade. Então elas se uniram! Foi aí que surgiu a primeira célula viva!
19. Foi um caso de amor!!! Não foi vovó? Sim netinha! Sim!
20. Mas porque a atmosfera primitiva tinha que ser diferente dessa atmosfera atual?
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22. Então, nas condições atuais da atmosfera não é possível que a vida surja da matéria inanimada?
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24. Mas isso não é um raciocínio evasivo, vovó? Pois estão dizendo que a atmosfera primitiva era de redução só porque, caso não fosse,não haveria a possibilidade da geração espontânea da vida. Contudo não há realmente a certeza de que era de redução...
25. Isso não importa menina, o importante é que Stanley Miller “provou”, através de experimentos, que a vida pode ser gerada espontaneamente.
26. Não foi bem assim vovó! Miller simulou em laboratório essa suposta atmosfera redutiva e conseguiu produzir aminoácidos, a essência das proteínas. Porém, dos 20 aminoácidos necessários para produzir a vida, apenas 13 foram formados na tal experiência.
27. Entre os 7 aminoácidos que ele não conseguiu produzir, 3 são indispensáveis para a formação de RNA e DNA. Portanto, Miller não provou que a vida pode ser gerada espontaneamente.
28. Além disso, o próprio Miler reconheceu que suas idéias eram especulativas e que não se sabe, realmente, se a Terra teve mesmo uma atmosfera de redução (Jornal da Sociedade Americana de Ciências, 12 de maio de 1955).
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30. E mais uma coisa, querida vovó: se a mistura de gases na experiência de Miller representa a atmosfera, a faísca elétrica imita o relâmpago e água fervente representa o mar, o que, ou a quem, representa o cientista que faz a experiência?
31. Mas isso é ciência. Você não deve contestar. Mas vovó,não foi a senhora quem disse no inicio dessa estória que sua explicação não necessitava de fé para ser aceita, pois é pura CIÊNCIA?
32. Agora vejo que é necessário ter fé para crer numa atmosfera primitiva de redução e no surgimento espontâneo da vida, pois não há prova alguma, só especulações.
33. He, he, he! Já não fazem crianças bobinhas como antigamente!
34. E você? O que acha de tudo isso? Produzido por Profª Elisa