2. O europeu (português) que chega
ao Brasil em 1500 é um ser dividido
entre a pesada tradição de um
passado religioso e um presente e
futuro sedutores em termos de
conhecimento e de liberdades
individuais.
Pela primeira vez, desde o declínio das culturas greco-romanas,
começavam a soprar os ventos do pensamento livre –
inicialmente, de forma acanhada e ainda sob forte repressão
religiosa e estatal, mas de forma irreversível e cada vez mais forte.
3. As navegações
contribuíram
decisivamente para a
difusão das novas
ideias, na medida em
que promoviam a
comunicação entre
mundos completamente
diferentes e culturas
praticamente desconhecidos entre si: a Europa Ocidental e a Ásia.
O protagonismo de Portugal nas grandes navegações transformou
o pequeno país do Sul da Europa em potência comercial e
marítima da época. No entanto, do ponto de vista da filosofia, das
artes e da organização política, Portugal ainda lembrava muito a
sociedade medieval.
4. À exceção das
navegações, pouco se
via, em Portugal, que
lembrasse os grandes
acontecimentos que
marcaram a passagem
do século XV para o XVI,
responsáveis por uma
nova visão de mundo,
pelo surgimento de uma
nova sociedade e de um
novo ser: o homem “Homem Vitruviano”, de Leonardo Da Vinci.
Marco do antropocentrismo: ideias de
proporção e simetria aplicadas à anatomia
moderno. humana
5. Início da Idade Moderna
Indústria naval portuguesa (1450).
Perda de Constantinopla (atual
Stambul, na Turquia) para as forças
militares do sultão Maomé II, em
maio de 1453.
Início da exploração das rotas
marítimas para a África oriental e a
Ásia.
Chegada oficial dos ibéricos –
espanhóis (Colombo, 1492) e
portugueses (Cabral, 1500) – à
América.
6. Início da Idade Moderna
Esgotamento do feudalismo como
modelo socioeconômico e político.
Fortalecimento das monarquias,
crescimento das cidades,
surgimento de uma nova classe
socioeconômica, a burguesia,
constituída inicialmente de
pequenos artesãos, que
posteriormente se tornarão
grandes comerciantes
impulsionadores das navegações.
Surgem as bases para o
7. Início da Idade Moderna
1454: Construção da primeira
prensa com tipos móveis por
Gutenberg (1368–1468), que
facilita a difusão e a circulação de
ideias diretamente do autor ao
leitor, sem intermediários.
A prensa móvel torna-se importante aliada de teólogos e filósofos.
Os efeitos sobre o pensamento da época são imediatos.
Na Itália, Nicolau Maquiavel (1469–1527) defende as “razões
de estado” sobre os motivos religiosos e os interesses do
indivíduo.
8. Início da Idade Moderna
Michel Montaigne (1533–1592)
introduz o pensamento sobre o
certo e o errado na conduta
humana – prerrogativa, então,
unicamente da Igreja. Inspira,
desta forma, embora
involuntariamente, a Reforma
Protestante de Martinho Lutero.
9. Início da Idade Moderna
Reforma Protestante liderada pelo frade Martinho Lutero (1483–
1546), que denuncia o poder da Igreja sobre as consciências. O
movimento luterano logo recebe a adesão do intelectual João
Calvino (1509–1564), aprofundando a cisão com a Igreja
Católica.
Colocam-se
frontalmente contra
a mediação da
igreja na
comunicação entre
o indivíduo e a
divindade.
10. Início da Idade Moderna
O pensamento místico (religioso) e mítico cede lugar ao
racionalismo, que resultará em grandes descobertas na física,
na mecânica, nas artes etc.
O filósofo René Descartes (1596–1650)
inaugura o Racionalismo ao introduzir o
“ceticismo metodológico” ilustrado pelo
célebre cogito: dubito, ergo cogito, ergo sum
(Eu duvido, logo penso, logo existo).
Sistematiza a epistemologia – teoria do
conhecimento – que estuda a origem, a
estrutura, os métodos e a validade do
11. Início da Idade Moderna
Renascimento: a partir de Florença, na Itália, influencia toda a
Europa.
Valoriza as qualidades humanas e busca a perfeição
estética/mimética.
Opõe-se às verdades universais da igreja.
Burguesia financia o avanço das artes por meio de mecenato.
Balizamento artístico: antropocentrismo (homem como centro
do universo); hedonismo (valorização dos prazeres e dos
sentidos);
Arte racionalista, adota a antiguidade clássica como ideal
estético.
13. Início da Idade Moderna
A Última Ceia. Leonardo Da Vinci (1452–1519): tido como o nome mais importante
do Renascimento. Artista, cientista, filósofo, matemático, inventor, esteta etc.
14. Início da Idade Moderna
David, de Michelangelo
(1475–1564): pintor,
escultor, poeta, arquiteto
florentino.
15. Início da Idade Moderna
Escola de Atenas.
Rafael Sanzio (1483–1520): pintor e arquiteto florentino