O documento discute a arte clássica grega, destacando que era mimética, buscando reproduzir a realidade de forma equilibrada e proporcional. Aborda as visões de Sócrates, Platão e Aristóteles sobre a arte, beleza e sua relação com a ética. Também apresenta exemplos de ordens arquitetônicas, esculturas e locais de entretenimento da Grécia Antiga.
2. Arte Clássica Grega
Clássico: que serve como
modelo, ou referência;
exemplar; que se caracteriza
pela sobriedade; simples,
sóbrio, despojado; correto, puro,
apurado.
Bronze: Cabeça de
Mármore: Discóbolo de Míron (aprox. 450
Apolo (aprox. 460 a.C.)
a.C.)
3. Arte Clássica Grega
Arte mimética: reprodução do real.
No período clássico, a educação grega gira em torno do
conceito de kalokaghatía: convergência entre valores
estéticos e éticos, estes últimos, considerados valores
sociais.
Na Paidéia clássica,
a educação jamais
dissocia a ética e a
política da estética e
das técnicas de
produção dos
Partenón (réplica): templo da deusa Atenas, construído entre 480 e
320 a.C.
4. Arte Clássica Grega
Arte mimética
Sócrates: considera como
natural o vínculo entre beleza
e bondade. Pessoas com valor
moral agem belamente;
indivíduo belo, tem a
possibilidade de atos
moralmente bons. O vínculo
entre beleza e bondade visa à
utilidade.
Sócrates. 470–399 a.C.
5. Arte Clássica Grega
Arte mimética
Platão: considera a arte uma
reprodução em segunda mão, por
ser cópia do real, que é cópia da
ideia. Alerta para o risco do uso da
arte (tékhneI) por sofistas e aedos,
que podem enganar as pessoas
burlando o raciocínio com falsas
aparências.
Platão. 427–347 a.C.
6. Arte Clássica Grega
Arte mimética
Platão considera falso o prazer obtido por meio da arte
mimética, pois o verdadeiro prazer só pode advir das
ideias.
A beleza absoluta encontra-se apenas nas figuras
geométricas, nas cores puras, nos sons puros. Para
Platão, a beleza é uma abstração intelectual.
Considera a tékhne (domínio técnico) superior à mekhané
(arte). A primeira dá vida a objetos concretos (artesanato),
enquanto a segunda reproduz a imagem de seres e
objetos – estando, portanto, a três degraus da ideia.
7. Arte Clássica Grega
Arte mimética
Aristóteles: Juntamente com
Platão, reconhece como
qualidades intrínsecas da arte a
ordem, a simetria, o limite.
Ordem = harmonia, equilíbrio
Simetria = proporção
Limite = medida e conveniência
Para Aristóteles, a beleza tem
por condição o limite, pois para
além do limite, não seria Aristóteles. 384–322 a.C.
reconhecível.
8. Arte Clássica Grega
Para Aristóteles, a beleza da natureza
é superior à beleza da arte, pois a
primeira permite conhecer suas
causas. Assim, a beleza do corpo
Marcos Vitrúvio Polião, séc. I
humano consiste na relação de a.C.
proporção entre os vários membros.
(Princípio que será explorado pelo
arquiteto romano Marcus Vitrúvio no
século I a.C., e ganhará
representação gráfica em “O Homem
Vitruviano”, desenhado por Leonard O Homem Vitruviano:
Leonard Da Vinci (1490)
Da Vinci, em 1490).
10. Arte Clássica Grega
Dórico: Simples, rústico
e monolítico, passava
uma ideia de solidez;
Jônico: Com um fuste
mais delgado,
transmitia leveza e
feminilidade;
Coríntio: Caracterizado
pelo excesso de
detalhes, pouco
utilizado.
14. Bibliografia
DURANDO, Furio. A Grécia antiga. Col. Grandes Civilizações do
Passado. Barcelona, Ed. Folio, 2005
FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro, 9ª ed.,
Guanabara Koogan, 2002
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo,
Martins Fontes, 2000
ROSENFIELD, Kathrin H. Estética. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 2006
VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa, Ed. 70, 2007