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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Programa de Pós-graduação em Minas, Metalurgia e Materiais –PPGE3M




        ANÁLISE DE SIMILARES: CORRENTES DE BICICLETA
                 Design e Seleção de Materiais



                                                          Tiago Falcade
                                                     Israel Durli Savaris
                                                        Ahmad Elsheikh
INTRODUÇÃO
    O aumento na prática do ciclismo, tanto por motivações
ambientais, de lazer ou esportiva profissional tem gerado
um avanço no desenvolvimento e qualidade de peças de
reposição para bicicletas. Entre estas partes esta a corrente
(correia) sem a qual, para padrões atuais, o ciclismo seria
impraticável.

     Correntes, assim como correias, cordas, e outros
similares elásticos e elementos de máquinas flexíveis são
utilizados em sistemas de transporte e transmissão de
potência. Esses elementos são comunmente utilizados com
substitutos de eixos, mancais engrenagens e outros
elementos relativamente rígidos de transmissão de potência
INTRODUÇÃO
    Correntes de bicicletas são geralmente categorizadas de duas
formas: 1/2 X 1/8 e 1/2 X 3/32, sendo que o primeiro número (1/2) diz
respeito ao passo e o segundo (1/8 e 3/32) à largura interna em
polegadas. As correntes de número 1/2 X 1/8 são usadas em para
transmissão simples, isto é, sem mudança de marchas, enquanto que as
de número 1/2 X 3/32 são geralmente do tipo sem bucha (bushingless) e
devido a isso, possuem maior flexibilidade lateral, trabalhando melhor
em câmbios trocadores de marchas (carretos)

    Com a intenção de acompanhar o avanço das bicicletas, o
desenvolvimento de correntes segue atualmente diferentes rumos,
entre eles:
         - Baixo peso;
         - Maior resistência a corrosão e desgaste;
         - Atraente quanto à aparência;
         - Menos agressivas em sujar roupas;
         - Menor barulho na troca de marchas.
INTRODUÇÃO
     As diferentes partes constituintes de correntes de
bicicleta desempenham diferentes funções, sofrendo
então diferentes tipos solicitações mecânicas: desgaste,
tração, fadiga, etc. Por isso para uma correta avaliação
destas correntes, a escolha de ensaios adequados e
representativos é de suma importância.

     Os materiais mais utilizados para este tipo de
aplicação são em geral aços ao carbono e aços ligados,
sendo que em alguns casos é utilizado recobrimento de
níquel ou nitreto de titânio para que seja possível um
aumento na resistência ao desgaste
Metodologia




Corrente 1: R$ 7,00    Corrente 2: R$ 12,00   Corrente 3: R$ 22,00
Metodologia
- Desmonte das partes das correias
Metodologia
- Análise dimensional:
• Cada corrente foi medida e pesada, visando comparar o peso específico de cada
uma delas, bem como as características dimensionais de cada elemento da corrente
e adequação com o descrito na embalagem


- Análise morfológica e microestrutural:
• Amostras foram lixadas até lixa #1000 e polidas com pasta de diamante 1 μm e
posteriormente atacadas com nital 2% e observadas ao microscópio.

• Foram feitas espectroscopias de emissão óptica em cada componente.

• Ensaios de dureza foram utilizados como ensaio complementar na caracterização
do material das correntes.

• Os componentes das correntes foram desengraxadas com detergente sob
aquecimento e limpeza com acetona em ultrassom.
Metodologia
-Comportamento tribológico:

• Foram selecionados os componentes sujeitos à ação de atriito  pino e rolete

• Ensaio tribológico do tipo ball-on-plate:     - Esfera de alumina;
                                                - Carga linear de 5 N;
                                                - Frequência de 1 Hz;
                                                - Trilhas de 1,5 mm para os pinos;
                                                - Trilhas de 0,5 mm para roletes.

• As amostras foram ensaiadas em duas condições:

          - Com óleo (como adquiridas)  Condição de serviço;
          - Desengraxadas  Desgaste de material.

• Após os ensaios tribológicos as trilhas foram avaliadas por microscopia óptica e
por perfilometria.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Análise dimensional
                                            Corrente 1              Corrente 2         Corrente 3
         Comprimento (mm)                      145                     148           146 + 1 (encaixe)
         Peso (g)                             354,27                  326,14          323,83 (326.83)
         N de elos interno                     57                      58                   55 +1
         Peso por elo (g)                      6,21                    5,62                 5,89




Adequação às especificações
                              Medida (in)              Corrente 1     Corrente 2   Corrente 3
                    Passo                                0,52            0,52        0,50
                    Indicado                              0,5            0,5          0,5
                    Largura                              0,15            0,10        0,11
                    Indicado                             0,125           0,09        0,09
                    Diametro Rolete                      0,30            0,30        0,30
                    Diametro Pino                        0,14            0,14        0,14

                    Diametro Furo Externo                0,14            0,14        0,14
                    Diametro Furo Interno                0,15            0,15        0,15
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Composição química: Corrente 1
           Placa exterior        Placa Interior




               Pino                 Rolete
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Composição química: Corrente 2
           Placa exterior        Placa Interior




               Pino                 Rolete
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Composição química: Corrente 3
           Placa exterior        Placa Interior




               Pino                 Rolete
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Análise de dureza



         Dureza (HRC)    Corrente 1   Corrente 2   Corrente 3

       Placa exterior       28           44           36
       Placa Interiror      24           42           28
       Pino                 53           43           59
       Rolete               44           40           50
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Avaliação microestrutural: Lateral externa
   Corrente 1         Corrente 2           Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Avaliação microestrutural: Lateral interna
   Corrente 1         Corrente 2           Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Avaliação microestrutural: Pino
   Corrente 1         Corrente 2   Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Avaliação microestrutural: Rolete
   Corrente 1         Corrente 2    Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comportamento tribológico: Perfilometria
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comportamento tribológico:
Pinos com óleo
                             Corrente 1




                             Corrente 2




                             Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comportamento tribológico:
Pinos sem óleo
                             Corrente 1




                             Corrente 2




                             Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comportamento tribológico:
Rolete com óleo
                             Corrente 1




                             Corrente 2




                             Corrente 3
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Comportamento tribológico:
Rolete sem óleo
                             Corrente 1




                             Corrente 2




                             Corrente 3
Conclusões
• Considerando a análise dimensional, todas as correntes estavam
adequadas ao que estava indicado na embalagem, além disso, os
demais parâmetros dimensionais aferidos não diferiram entre as
correntes.

• As análises de composição química por EDS mostraram que
todas as correntes foram fabricadas em aço carbono, alguns casos
contendo manganês e/ou silício. A placa externa da corrente 2
apresentou um revestimento de níquel na superfície.

• Tanto dureza quanto a microestrutura corroboraram com o
inferido pela análise de composição química. Para todas as
correntes, tanto o pino, quanto o rolete apresentaram dureza e
microestrutura compatíveis com martensita revenida. Sendo os
maiores valores de dureza apresentados pela corrente 3.
Conclusões
• As placas interna e externa da corrente 1 e 3 apresentaram
dureza mais baixa, compatível com ferrita e perlita
observadas nas microestruturas. Observa-se que a placa 3
parece apresentar uma microestrutura mais refinada, sendo
responsável pelo valor levemente maior de dureza. Ambas
parecem ter composição próxima do eutetóide. As placas
interna e externa da corrente 2 apresentou microestrutura e
dureza semelhantes às obtidas pelo pino e rolete, indicando
que não há mudança de material entre os componente s
dessa corrente. Como as placas interna e externa não
sofrem muito efeito de desgaste abrasivo, e têm apenas
função de apoio e ligação, o material destes componentes
pode apresentar dureza menor, não sendo determinante
para avaliar a qualidade das correntes.
Conclusões

• Quanto     ao     comportamento       tribológico,
primeiramente observou-se que a corrente 1
apresentou uma lubrificação de fábrica mais efetiva,
enquanto as correntes 2 e 3 apresentaram
comportamento inferior, mas semelhante entre si.
No entanto quando comparando apenas o material,
com as amostras desengraxadas, a corrente 3
mostrou-se superior, seguida da corrente 1 e tendo
como pior comportamento frente ao desgaste a
corrente 2. O que está de acordo com as durezas
obtidas para os pinos e roletes.
Conclusões
• Como relação entre qualidade das correntes e preço,
a corrente 3, que é a mais cara, realmente mostrou-se
superior em termos de desgaste e dureza dos
componentes que estão sujeitos a maiores
solicitações, no entanto as demais análises mostraram
não haver uma diferença significativa em termos das
propriedades avaliadas. A corrente 2, apesar de
apresentar uma microestrutura temperada e revenida
para todos os componentes, onde a propriedade era
importante os valores de dureza foram inferiores às
demais correntes, mesmo tendo um valor
intermediário. Quanto ao comportamento tribológico
a corrente 2 foi a que apresentou os piores resultados.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Programa de Pós-graduação em Minas, Metalurgia e Materiais –PPGE3M ANÁLISE DE SIMILARES: CORRENTES DE BICICLETA Design e Seleção de Materiais Tiago Falcade Israel Durli Savaris Ahmad Elsheikh
  • 2. INTRODUÇÃO O aumento na prática do ciclismo, tanto por motivações ambientais, de lazer ou esportiva profissional tem gerado um avanço no desenvolvimento e qualidade de peças de reposição para bicicletas. Entre estas partes esta a corrente (correia) sem a qual, para padrões atuais, o ciclismo seria impraticável. Correntes, assim como correias, cordas, e outros similares elásticos e elementos de máquinas flexíveis são utilizados em sistemas de transporte e transmissão de potência. Esses elementos são comunmente utilizados com substitutos de eixos, mancais engrenagens e outros elementos relativamente rígidos de transmissão de potência
  • 3. INTRODUÇÃO Correntes de bicicletas são geralmente categorizadas de duas formas: 1/2 X 1/8 e 1/2 X 3/32, sendo que o primeiro número (1/2) diz respeito ao passo e o segundo (1/8 e 3/32) à largura interna em polegadas. As correntes de número 1/2 X 1/8 são usadas em para transmissão simples, isto é, sem mudança de marchas, enquanto que as de número 1/2 X 3/32 são geralmente do tipo sem bucha (bushingless) e devido a isso, possuem maior flexibilidade lateral, trabalhando melhor em câmbios trocadores de marchas (carretos) Com a intenção de acompanhar o avanço das bicicletas, o desenvolvimento de correntes segue atualmente diferentes rumos, entre eles: - Baixo peso; - Maior resistência a corrosão e desgaste; - Atraente quanto à aparência; - Menos agressivas em sujar roupas; - Menor barulho na troca de marchas.
  • 4. INTRODUÇÃO As diferentes partes constituintes de correntes de bicicleta desempenham diferentes funções, sofrendo então diferentes tipos solicitações mecânicas: desgaste, tração, fadiga, etc. Por isso para uma correta avaliação destas correntes, a escolha de ensaios adequados e representativos é de suma importância. Os materiais mais utilizados para este tipo de aplicação são em geral aços ao carbono e aços ligados, sendo que em alguns casos é utilizado recobrimento de níquel ou nitreto de titânio para que seja possível um aumento na resistência ao desgaste
  • 5. Metodologia Corrente 1: R$ 7,00 Corrente 2: R$ 12,00 Corrente 3: R$ 22,00
  • 6. Metodologia - Desmonte das partes das correias
  • 7. Metodologia - Análise dimensional: • Cada corrente foi medida e pesada, visando comparar o peso específico de cada uma delas, bem como as características dimensionais de cada elemento da corrente e adequação com o descrito na embalagem - Análise morfológica e microestrutural: • Amostras foram lixadas até lixa #1000 e polidas com pasta de diamante 1 μm e posteriormente atacadas com nital 2% e observadas ao microscópio. • Foram feitas espectroscopias de emissão óptica em cada componente. • Ensaios de dureza foram utilizados como ensaio complementar na caracterização do material das correntes. • Os componentes das correntes foram desengraxadas com detergente sob aquecimento e limpeza com acetona em ultrassom.
  • 8. Metodologia -Comportamento tribológico: • Foram selecionados os componentes sujeitos à ação de atriito  pino e rolete • Ensaio tribológico do tipo ball-on-plate: - Esfera de alumina; - Carga linear de 5 N; - Frequência de 1 Hz; - Trilhas de 1,5 mm para os pinos; - Trilhas de 0,5 mm para roletes. • As amostras foram ensaiadas em duas condições: - Com óleo (como adquiridas)  Condição de serviço; - Desengraxadas  Desgaste de material. • Após os ensaios tribológicos as trilhas foram avaliadas por microscopia óptica e por perfilometria.
  • 9. RESULTADOS E DISCUSSÕES Análise dimensional Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3 Comprimento (mm) 145 148 146 + 1 (encaixe) Peso (g) 354,27 326,14 323,83 (326.83) N de elos interno 57 58 55 +1 Peso por elo (g) 6,21 5,62 5,89 Adequação às especificações Medida (in) Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3 Passo 0,52 0,52 0,50 Indicado 0,5 0,5 0,5 Largura 0,15 0,10 0,11 Indicado 0,125 0,09 0,09 Diametro Rolete 0,30 0,30 0,30 Diametro Pino 0,14 0,14 0,14 Diametro Furo Externo 0,14 0,14 0,14 Diametro Furo Interno 0,15 0,15 0,15
  • 10. RESULTADOS E DISCUSSÕES Composição química: Corrente 1 Placa exterior Placa Interior Pino Rolete
  • 11. RESULTADOS E DISCUSSÕES Composição química: Corrente 2 Placa exterior Placa Interior Pino Rolete
  • 12. RESULTADOS E DISCUSSÕES Composição química: Corrente 3 Placa exterior Placa Interior Pino Rolete
  • 13. RESULTADOS E DISCUSSÕES Análise de dureza Dureza (HRC) Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3 Placa exterior 28 44 36 Placa Interiror 24 42 28 Pino 53 43 59 Rolete 44 40 50
  • 14. RESULTADOS E DISCUSSÕES Avaliação microestrutural: Lateral externa Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 15. RESULTADOS E DISCUSSÕES Avaliação microestrutural: Lateral interna Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 16. RESULTADOS E DISCUSSÕES Avaliação microestrutural: Pino Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 17. RESULTADOS E DISCUSSÕES Avaliação microestrutural: Rolete Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 18. RESULTADOS E DISCUSSÕES Comportamento tribológico: Perfilometria
  • 19. RESULTADOS E DISCUSSÕES Comportamento tribológico: Pinos com óleo Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 20. RESULTADOS E DISCUSSÕES Comportamento tribológico: Pinos sem óleo Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 21. RESULTADOS E DISCUSSÕES Comportamento tribológico: Rolete com óleo Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 22. RESULTADOS E DISCUSSÕES Comportamento tribológico: Rolete sem óleo Corrente 1 Corrente 2 Corrente 3
  • 23. Conclusões • Considerando a análise dimensional, todas as correntes estavam adequadas ao que estava indicado na embalagem, além disso, os demais parâmetros dimensionais aferidos não diferiram entre as correntes. • As análises de composição química por EDS mostraram que todas as correntes foram fabricadas em aço carbono, alguns casos contendo manganês e/ou silício. A placa externa da corrente 2 apresentou um revestimento de níquel na superfície. • Tanto dureza quanto a microestrutura corroboraram com o inferido pela análise de composição química. Para todas as correntes, tanto o pino, quanto o rolete apresentaram dureza e microestrutura compatíveis com martensita revenida. Sendo os maiores valores de dureza apresentados pela corrente 3.
  • 24. Conclusões • As placas interna e externa da corrente 1 e 3 apresentaram dureza mais baixa, compatível com ferrita e perlita observadas nas microestruturas. Observa-se que a placa 3 parece apresentar uma microestrutura mais refinada, sendo responsável pelo valor levemente maior de dureza. Ambas parecem ter composição próxima do eutetóide. As placas interna e externa da corrente 2 apresentou microestrutura e dureza semelhantes às obtidas pelo pino e rolete, indicando que não há mudança de material entre os componente s dessa corrente. Como as placas interna e externa não sofrem muito efeito de desgaste abrasivo, e têm apenas função de apoio e ligação, o material destes componentes pode apresentar dureza menor, não sendo determinante para avaliar a qualidade das correntes.
  • 25. Conclusões • Quanto ao comportamento tribológico, primeiramente observou-se que a corrente 1 apresentou uma lubrificação de fábrica mais efetiva, enquanto as correntes 2 e 3 apresentaram comportamento inferior, mas semelhante entre si. No entanto quando comparando apenas o material, com as amostras desengraxadas, a corrente 3 mostrou-se superior, seguida da corrente 1 e tendo como pior comportamento frente ao desgaste a corrente 2. O que está de acordo com as durezas obtidas para os pinos e roletes.
  • 26. Conclusões • Como relação entre qualidade das correntes e preço, a corrente 3, que é a mais cara, realmente mostrou-se superior em termos de desgaste e dureza dos componentes que estão sujeitos a maiores solicitações, no entanto as demais análises mostraram não haver uma diferença significativa em termos das propriedades avaliadas. A corrente 2, apesar de apresentar uma microestrutura temperada e revenida para todos os componentes, onde a propriedade era importante os valores de dureza foram inferiores às demais correntes, mesmo tendo um valor intermediário. Quanto ao comportamento tribológico a corrente 2 foi a que apresentou os piores resultados.