1. PREFEITURA MUNICIPAL DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
CONCURSO PÚBLICO
6. PROVA OBJETIVA
LÍNGUA PORTUGUESA E CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Diretor de Escola
INSTRUÇÕES
VOCÊ RECEBEU SUA FOLHA DE RESPOSTAS, ESTE CADERNO CONTENDO 50 QUESTÕES OBJETIVAS E O
CADERNO DA PROVA DISSERTATIVA.
CONFIRA SEU NOME E NÚMERO DE INSCRIÇÃO NAS CAPAS DOS CADERNOS.
LEIA CUIDADOSAMENTE AS QUESTÕES E ESCOLHA A RESPOSTA QUE VOCÊ CONSIDERA CORRETA.
MARQUE NA TIRA A ALTERNATIVA QUE JULGAR CERTA E TRANSCREVA-A PARA A FOLHA DE RESPOSTAS,
COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA.
A DURAÇÃO DAS PROVAS É DE 4 HORAS.
A SAÍDA DO CANDIDATO DO PRÉDIO SERÁ PERMITIDA APÓS TRANSCORRIDA 1 HORA DO INÍCIO DA
PROVA. O CANDIDATO SOMENTE PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES APÓS DECORRIDAS 2 HORAS
DO SEU INÍCIO.
AO TERMINAR AS PROVAS, VOCÊ ENTREGARÁ AO FISCAL A FOLHA DE RESPOSTAS E O CADERNO DA
PROVA DISSERTATIVA.
AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES.
01.06.2008
manhã
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CONHECIMENTOS GERAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
Leia o texto para responder às questões de números 01 a 10.
Princípios e valores
Uma mãe quer saber se deve ou não permitir que sua filha, de
nove anos, viaje com a família de uma colega num fim de sema-
na. Ela diz que a garota nunca fez isso antes e que ela considera
precoce esse passeio mais longo sem a família, mas que está em
dúvida porque muitas crianças da mesma idade já fazem isso.
Um pai diz que o filho de 15 anos leva a namorada para
dormir em casa e que ele fica constrangido com a situação, mas
acredita que, se impedir, vai se afastar do filho. Finalmente, um
outro leitor afirma que quer ensinar valores aos filhos, mas, ao
mesmo tempo, considerando o clima competitivo de nosso tempo,
quer saber como ensinar que há momentos em que é preciso abrir
mão desses valores para não ser ingênuo.
O mundo contemporâneo tornou a educação uma tarefa
muito mais complexa. Até o final da década de 50, a maioria não
enfrentava questões como as citadas e tampouco tinha de tomar
diariamente decisões sobre o tipo de educação a praticar com
os filhos. A educação era uma só, os rumos faziam parte de um
grande consenso social e assim caminhavam os pais, sem grandes
conflitos. Vale dizer que pais e filhos sofriam muito mais, já que
eram tão diferentes e tinham de se ajustar a um rumo comum.
Hoje, os pais ganharam a liberdade da escolha sobre como
educar seus filhos e, por outro lado, assumiram também uma
responsabilidade muito maior por eles. Afinal, cada escolha feita
produz efeitos significativos na vida dos filhos, já que estes estão
em formação.
Vale refletir a respeito das dúvidas dos pais. À primeira vista,
todas parecem questões práticas sobre como agir. Mas cada uma
delas guarda em si conteúdos bem mais amplos, que tratam de
moral, ética, conceito de infância, limites entre privacidade e
convívio social e relação entre pais e filhos.
E talvez esse seja o nó da questão da educação contemporânea
que os pais podem desatar ou, ao menos, afrouxar: ao educar os
filhos, precisam ter clareza de alguns princípios dos quais não
abrem mão e, a partir desse norte, tomar as decisões sem se im-
portar tanto com as decisões dos outros pais. Afinal, já que temos
a oportunidade hoje de ter a riqueza da diversidade em educação,
há que se aprender a conviver com ela, não?
“O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar na educação
deles?” Essa é a questão que os pais devem se fazer quando
enfrentam situações que demandam decisões. Afinal: de festas,
namoros, aprendizados diversos etc. eles terão muitas chances
para desfrutar, mas da educação familiar, só enquanto estiverem
sob a tutela dos pais. E esse tempo é curto, acreditem.
(www.blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/, 27.03.2008. Adaptado)
01. De acordo com o texto, as dúvidas que os pais têm em relação
à forma como educar os filhos
(A) não se justificam na sociedade atual, que prescreve,
implicitamente, uma educação homogênea a todos.
(B) não devem ser tomadas como relevantes, uma vez que as
crianças e os jovens modernos são iguais aos de tempos
passados.
(C) revelam a imaturidade dos pais modernos que, não
sabendo aproveitar a liberdade, limitam-se às próprias
opiniões.
(D) ganham relevância à medida que se torna mais importante
a opinião alheia na educação das crianças e dos jovens.
(E) são consideradas legítimas, já que a educação hoje ga-
nhou uma complexidade não vivida em outros tempos.
02. Pode-se afirmar que, na sociedade moderna, os pais
(A) têm mais liberdade de escolha quanto à forma de educar os
filhos e, ao mesmo tempo, mais responsabilidade por eles.
(B) têm menos liberdade de escolha quanto à forma de educar
os filhos e, ao mesmo tempo, menos responsabilidade
por eles.
(C) têm mais liberdade de escolha quanto à forma de educar
os filhos e, ao mesmo tempo, menos responsabilidade
por eles.
(D) têmmenosliberdadedeescolhaquantoàformadeeducaros
filhos e, ao mesmo tempo, mais responsabilidade por eles.
(E) têm mais liberdade de escolha quanto à forma de educar
os filhos e, paradoxalmente, nenhuma responsabilidade
por eles.
03. Os exemplos dos dois parágrafos iniciais do texto apresentam
situações
(A) vivenciadas antes da década de 50.
(B) comuns desde a década de 50.
(C) raras nas famílias modernas.
(D) inusitadas para os pais modernos.
(E) combatida pelos pais e por seus filhos.
04. Quanto à educação, os exemplos apresentados nos dois pri-
meiros parágrafos mostram que os pais estão
(A) confiantes, principalmente por saberem que hoje é mais
fácil educar do que em outros tempos.
(B) receosos, já que hoje os filhos vivem mais preocupados
com os amigos do que com a família.
(C) decididos, sabendo qual conjunto de valores éticos e
morais é imprescindível aos filhos.
(D) desnorteados, pois reconhecem que a educação caminha
como no final da década de 50.
(E) confusos, sobretudo por se sentirem pressionados pelas
decisões alheias.
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05. A conclusão do texto deixa claro que
(A) os pais não devem se questionar sobre a educação dada
aos filhos.
(B) os filhos devem aproveitar a diversão e, depois, a família.
(C) os pais devem priorizar uma boa educação familiar a seus
filhos.
(D) os filhos devem ser livres e definir seus caminhos na
vida.
(E) o tempo dos filhos com os pais é curto para uma boa
educação.
06. Em – ... só enquanto estiverem sob a tutela dos pais. – o
sinônimo de tutela é
(A) proteção.
(B) cautela.
(C) orientação.
(D) companhia.
(E) observação.
07. Analise as afirmações.
I. Em – ... porque muitas crianças da mesma idade já fazem
isso. – o pronome isso refere-se a passeio mais longo sem
a família. (1.º parágrafo)
II. Em – ... ele fica constrangido com a situação... – o pro-
nome ele refere-se a filho. (2.º parágrafo)
III. Afrase – “O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar
na educação deles?” – pode ser reescrita, com emprego
correto de pronome, da seguinte forma – O que quero
priorizar na educação dos meus filhos, ensinar-lhes?
(último parágrafo)
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
08. Vale dizer que pais e filhos sofriam muito mais, já que eram
tão diferentes e tinham de se ajustar a um rumo comum.
Assinale a alternativa em que se reescreve corretamente a
frase, respeitando seus sentidos e adequando a pontuação.
(A) Vale dizer. Eram tão diferentes e tinham de se ajustar a
um rumo comum, mas pais e filhos sofriam muito.
(B) Vale dizer: como eram tão diferentes e tinham de se
ajustar a um rumo comum, pais e filhos sofriam muito.
(C) Vale dizer? Eram tão diferentes e tinham de se ajustar a
um rumo comum e pais e filhos sofriam muito.
(D) Vale dizer – conforme fossem tão diferentes e tinham de se
ajustar a um rumo comum, pais e filhos sofriam muito.
(E) Vale dizer, como eram tão diferentes e tinham de se
ajustar a um rumo comum, portanto, pais e filhos sofriam
muito.
09. Na frase — À primeira vista, todas parecem questões práticas
sobre como agir. — o sentido da preposição sobre é o mesmo
que se verifica em:
(A) Durante a discussão, o cliente, com ira, avançou sobre o
advogado.
(B) Sobre sua cabeça estava uma maçã, que seria partida por
uma flecha.
(C) Deitado sobre a relva, o jovem casal enamorado obser-
vava o pôr-do-sol.
(D) Não discutiam muito aquele assunto, pois ela sabia pouco
sobre ele.
(E) Sobre a mesa, com tinta ainda fresca, estava aquela triste
carta de despedida.
10. Considere as frases reescritas a partir de frases do texto.
I. Um pai acredita de que é preciso ensinar aos filhos que
existe certos momentos que é preciso abrir mão de deter-
minados valores.
II. Uma mãe tem dúvida que os passeios de sua filha sem a
família possa acontecer no momento adequado.
III. Até o final da década de 50, a maioria das famílias não
enfrentava questões como as citadas nem tinha de tomar
bastantes decisões sobre a educação dos filhos.
Quanto à concordância e à regência, está correto o contido em
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11. Segundo Cortella, a percepção que o educador tem de
seu trabalho pedagógico depende da concepção que adota
sobre a relação entre a sociedade e a escola. Dessa forma,
quando acredita que a função da escola é a reprodução das
desigualdades sociais, o educador sabe que ela assume o
papel de
(A) transformar a realidade social em que está inserida.
(B) promover o desenvolvimento e o progresso da nação.
(C) adequar as pessoas ao modelo institucional vigente.
(D) rejeitar a interferência de grupos sociais, políticos ou
partidários.
(E) conservar e promover a inovação da sociedade em que
se insere.
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12. A escola pode ser percebida segundo diferentes pontos de
vista. Um deles é percebê-la sob a perspectiva sistêmica, o
que significa dizer que ela se caracteriza pela
(A) indicação das relações sociais que nela se estabelecem.
(B) independência dos elementos que compõem sua estrutura.
(C) autonomia dos níveis hierárquicos a que está submetida.
(D) conexão íntima de todas as partes e elementos que a
compõem.
(E) organização do seu espaço independente de sua proposta
pedagógica.
13. Para Edgar Morin, a educação do futuro, em qualquer cultura
e em qualquer sociedade, deve envolver alguns saberes que
ele considera como fundamentais. Entre esses saberes está o
de ensinar a ensinar a enfrentar a incerteza, o que significa
partir da visão de que
(A) o futuro é repetitivo e progressivo e, por isso, pode ser
previsto com a ajuda de análises histórico-econômico-
sociais.
(B) a época em que vivemos se caracteriza por mudanças, por
valores ambivalentes e por ligação entre tudo o que existe.
(C) o tempo obedece a ciclos decorrentes de transformações
provocadas pelo homem na busca de antecipar o futuro.
(D) a história é linear e avança sem desvios por meio de
progressões e regressões complexas e ordenadas.
(E) a vida passa por crises sem que a humanidade se afaste
da religiosidade e da ciência.
14. Considere os seguintes temas educacionais:
I. Educação e mulher;
II. Educação e orientação sexual;
III. Educação e relações étnicas;
IV. Educação indígena.
É considerado como objeto de estudo multicultural o contido
em
(A) I e IV, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
15. Segundo Mantoan, uma escola deixará de ser considerada
inclusiva quando
(A) constituir classes para alunos portadores de necessidades
especiais.
(B) desenvolver habilidades mínimas para o exercício da
cidadania, solidariedade, cooperação e diálogo.
(C) considerar o respeito à diferença como um fundamento
do seu projeto pedagógico.
(D) ensinar à turma toda, sem exceção, atendendo a todos os
alunos, sem diferenciar o ensino para cada um.
(E) garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender a
fim de que possam desenvolver suas predisposições
naturais.
16. A colaboração é um movimento valorizado em nossas esco-
las e, diante da cultura do individualismo em que estamos
envolvidos, nunca foi tão necessária. Fullan e Hargreaves
afirmam, no entanto, que a simples colaboração não pode
ser confundida com a cultura da colaboração. Um modo
de colaboração que pode provocar um impacto positivo em
nossas escolas é aquele que
(A) se realiza em grupos pequenos, que envolve professores
com os quais se trabalha mais proximamente, com quem
se gasta mais tempo e com quem mais se socializa em
situações coletivas.
(B) surge de forma não impositiva, mas que é sujeita à inter-
venção e à orientação administrativa caracterizadas pelo
apoio e pela facilitação, visando criar oportunidades de
trabalho conjunto, em horário escolar.
(C) se manifesta pelo oferecimento de conselhos, pela troca
de atividades e pelo compartilhar materiais e atividades
de natureza imediata, específica e técnica.
(D) confia na tradição oral por considerar desnecessários
os registros escritos e em que o esforço é o de tornar
cooperativas decisões de toda e qualquer natureza.
(E) é feito por meio de um colegiado arquitetado, cuja in-
tenção é tornar mais ágil a tomada de decisão e objetiva
facilitar o planejamento conjunto, as consultas e outros
trabalhos em equipe.
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17. Considere a seguinte situação:
O diretor de uma escola observou que um professor entra na
sala de aula com revistas e jornais com notícias da semana
que passou. Coloca-os sobre a mesa e diz aos alunos para os
explorarem da forma que acharem melhor.Após certo tempo,
interrompe a exploração e começa a fazer perguntas sobre
diferentes aspectos dos materiais. Relaciona as respostas
de alguns alunos com as de outros, pede esclarecimentos,
faz novas perguntas até julgar que os alunos já dispõem de
material necessário para produzir algumas representações.
Prossegue a aula sintetizando junto com eles o que fizeram
e como fizeram, até que o tempo se esgota e ele propõe um
desafio para a próxima aula.
Aprática pedagógica indica, para o diretor, que o professor ado-
ta como orientação de seu trabalho educativo uma tendência
(A) diretiva, tradicional.
(B) não diretiva, laissez-faire.
(C) diretiva, conteudista.
(D) relacional, construtivista.
(E) diretiva, tecnicista.
18. Um diretor de escola, irritado com alguns professores, de-
sabafa dizendo: “... se eles passassem um mês na direção
entenderiam como é complicado dirigir sozinho esta escola.”
O desabafo indica que esse diretor assume um modelo de
gestão baseado
(A) na autonomia da escola que permite que todo corpo
docente participe das decisões.
(B) no compartilhamento das decisões por todos os educa-
dores da escola.
(C) na participação de todos os segmentos envolvidos na
concretização do projeto da escola.
(D) na democratização das relações de poder que foram
estabelecidas na escola.
(E) em uma estrutura administrativa autocrática, vertical e
hierarquizada.
19. ParaAlarcão, a escola reflexiva é aquela que se considera como
uma instituição em desenvolvimento e em aprendizagem.
Nesse sentido, a gestão de uma escola reflexiva implica
(A) assegurar uma atuação sistêmica que integre todas as
atividades nela desenvolvidas.
(B) acreditar que seus educadores já dispõem de todo o
conhecimento necessário para educar os alunos.
(C) desconsiderar seu projeto pedagógico ao perceber a
dificuldade em realizar o que ele estabelece.
(D) mobilizar seus educadores mais competentes e compro-
metidos para as mudanças que devem ser feitas.
(E) reforçar a dicotomia entre a decisão casuística e a decisão
determinada por princípios gerais.
20. Em uma conversa entre a orientadora educacional e o diretor
da escola, ela lhe afirma que todo seu trabalho é orientado pela
concepção da pedagogia crítica dos conteúdos. Isso significa
que a orientadora acredita que seu papel educacional é
(A) proceder ao ajustamento do educando à sociedade tal
como está constituída.
(B) justificar a seletividade da educação para o desenvolvi-
mento dos que apresentam maior potencial de sucesso
no trabalho.
(C) assessorar o trabalho docente, fazendo a sua mediação
com a organização escolar.
(D) promover o desenvolvimento integral e harmonioso
da personalidade, a partir de uma concepção ideal do
homem.
(E) apoiar o trabalho do professor, oferecendo-lhe infor-
mações obtidas sobre o educando por meio de testes
psicológicos.
21. Arroyo afirma que normalizar o cotidiano da escola – tendo
em vista mantê-lo sob controle – é a solução mais tranqüila
para os gestores, técnicos, direção e até os professores. Para
o autor, uma forma que os professores vêm encontrando para
enfrentar o legalismo autoritário e o trato infantilizado e que
é por ele incentivada é a
(A) submissão ao que está estabelecido nas normas escolares.
(B) resignação ao que consideram inadequado na escola.
(C) aceitação consciente dos regulamentos estabelecidos.
(D) valorização dos hábitos de cumprir e seguir normas.
(E) transgressão pedagógica em sala de aula.
22. Aeducação escolar, tal como confirmado por Scarpato, envol-
ve diferentes níveis de planejamento e, entre eles, encontra-se
o do ensino, cujas características principais são:
(A) ser elaborado em nível nacional, estadual e municipal e
refletir as políticas educacionais da Nação.
(B) expressar o posicionamento político e o pedagógico de
uma escola, envolvendo todos os seus segmentos.
(C) apresentar a filosofia e os objetivos da escola e definir
fundamentos, conteúdos e avaliação de cada disciplina.
(D) referir-se a uma disciplina e ser elaborado pelo professor
responsável, podendo ser anual ou semestral.
(E) ser elaborado pelo professor e representar elemento
orientador do desenvolvimento de uma aula.
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23. Muitas são as concepções de currículo que orientam as práticas
pedagógicas cotidianas dos educadores. Se considerarmos o
currículo como a seleção dos conteúdos a serem desenvolvi-
dos na escola, seu planejamento envolverá
(A) a organização do seu projeto e das condições em que ele
será desenvolvido.
(B) a estruturação do que deverá ser ensinado e aprendido.
(C) os problemas referentes à seqüência de progressão dos
alunos pelas habilidades correspondentes.
(D) a organização dos processos pedagógicos e dos ambientes
que os favorecem.
(E) a estruturação de todos os fatores relacionados com a práti-
ca pedagógica a fim de atingir determinados resultados.
24. Se uma escola opta por introduzir em seu currículo os Projetos
de Trabalho, na perspectiva apontada por Hernández, como
forma de vincular teoria e prática, isso significa que essa
escola pretende
(A) gerar uma série de mudanças na organização dos conhe-
cimentos escolares.
(B) propor temas sobre conteúdos escolares que sejam estu-
dados ao mesmo tempo por toda a turma.
(C) reforçar a estrutura linear e seqüencial de abordagem dos
conteúdos escolares.
(D) ressaltar o papel do professor como único responsável pe-
las atividades a serem desenvolvidas em sala de aula.
(E) eliminar os efeitos do currículo oculto sobre as atividades
desenvolvidas em sala de aula.
25. O diretor de uma escola convoca os educadores e funcionários
para desencadear a elaboração do projeto pedagógico e lhes
explica que o envolvimento de todos significa que serão com-
partilhadas as decisões acerca do quê fazer, do como fazer e
em qual direção. O fato de pretender compartilhar o processo
de decisão indica que esse diretor concebe o planejamento
educacional como um processo
(A) técnico.
(B) administrativo.
(C) político.
(D) estratégico.
(E) tático.
26. Veiga aponta a crise de paradigmas como impulsora de mu-
danças na educação e na escola. No que se refere ao projeto
político-pedagógico, ela afirma a necessidade de um novo
modelo conceitual que se centre
(A) no treinamento para um melhor ‘saber fazer’.
(B) na formação de cidadãos pensantes e criativos.
(C) na reprodução de idéias cientificamente comprovadas.
(D) na decodificação da estrutura do pensamento contempo-
râneo.
(E) no distanciamento da atual realidade socieconômica e
cultural.
27. É consenso no meio educacional a idéia de que a função da
educação tem sido a de selecionar os melhores em relação
à sua capacidade para seguir uma carreira universitária ou
para obter qualquer outro título de prestígio reconhecido. Isso
significa que os objetivos educacionais perseguidos pelos sis-
temas educacionais têm sido os que focam as capacidades
(A) cognitivas.
(B) afetivas.
(C) psicomotoras.
(D) de equilíbrio pessoal.
(E) de interrelacionamento.
28. Uma escola que compreende o currículo como um conjunto
estruturado de objetivos educativos e para ele determina meios
e fins segue a perspectiva teórica denominada
(A) academicista.
(B) experimentalista.
(C) dialética.
(D) eficienticista.
(E) reconstrucionista.
29. O ensino por competência tem sido apontado como o cami-
nho para a superação do ensino baseado em conteúdos. Por
competência, na visão de Perrenoud, entende-se
(A) capacidade de fazer bem feito algo de natureza manual
ou intelectual.
(B) qualidade de quem é capaz de apreciar ou resolver certos
assuntos.
(C) mobilização de conhecimentos para enfrentar um con-
junto de situações complexas.
(D) soma de conhecimentos ou de habilidades que uma
pessoa dispõe para resolver problemas.
(E) capacidade objetiva de um indivíduo para resolver pro-
blemas, realizar atos definidos e circunscritos.
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30. Considere os quatro pilares da aprendizagem:
I. Aprender a conhecer;
II. Aprender a fazer;
III. Aprender a conviver;
IV. Aprender a ser.
Se um diretor de escola orienta seus professores a desen-
volverem o ensino buscando levar os alunos a reproduzirem
as informações transmitidas, é correto dizer que o diretor
desconsidera o que está indicado em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
31. Sobre os saberes necessários à prática educativa, em relação
ao que trata em sua obra A Pedagogia da Autonomia, Paulo
Freire faz inúmeras afirmações dentre as quais excetua-se
(A) ensinar não é transmitir conhecimentos.
(B) quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina
ao aprender.
(C) formar é treinar o educando em destrezas necessárias ao
mercado de trabalho.
(D) não há ensino sem pesquisa, nem pesquisa sem ensino.
(E) o intelectual memorizador fala bonito de dialética, mas
pensa mecanicamente.
32. Em sua proposta de avaliação da aprendizagem, Perrenoud
faz uma releitura do modo formativo de realizá-la. Essa afir-
mativa é verdadeira, considerando-se que, para Perrenoud, a
avaliação formativa é aquela que
(A) procura, por meio de uma prática contínua, contribuir para a
melhoria da aprendizagem em qualquer situação de ensino.
(B) objetiva oferecer ao professor e aos alunos resultados so-
bre seus desempenhos, sobretudo dos erros cometidos.
(C) está associada à criação de hierarquias de excelência em
que os alunos são comparados entre si e classificados
segundo critérios pré-estabelecidos.
(D) assume um papel de negociação entre professor e alunos,
levando-os a trabalharem, a aplicarem-se e a esforçarem-
se para passar de ano.
(E) busca atestar as aquisições de um aluno em relação a
seus futuros empregadores, mediante uma certificação
de competências.
33. SegundoRomão,algumasvezesosdocentesusamotermômetro
paramediravelocidade.Aofazeressaafirmaçãoeleestáfazendo
uma analogia com o fato de que, às vezes, os docentes
(A) acreditam que medir o conhecimento é o mesmo que
avaliar a aprendizagem.
(B) podem utilizar qualquer tipo de instrumento de avaliação
para avaliar a aprendizagem.
(C) sabem que os instrumentos de avaliação podem ser usa-
dos apenas para aprendizagem que são observáveis.
(D) utilizam instrumentos de medida inadequados para ava-
liar a aprendizagem.
(E) escolhem os instrumentos com os quais estão mais fa-
miliarizados para avaliar a aprendizagem.
34. Considere os 3 tipos de regulação apontados por Perrenoud
a respeito da avaliação formativa:
I. Regulação retroativa;
II. Regulação interativa;
III. Regulação pró-ativa.
Uma escola, em que os professores desenvolvem a avaliação
formativa, por meio de comunicação contínua com seus alu-
nos, realiza a regulação que está indicada apenas em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
35. O erro cometido pelo aluno, durante a aprendizagem, pode ter
um caráter construtivo se for trabalhado de forma adequada
pelo docente. Hoffmann considera como uma forma constru-
tiva de lidar com o erro do aluno, a intervenção do professor
caracterizada como
(A) impositiva, em que ele aponta firmemente o erro, dizen-
do, por exemplo, ‘não é isso!’
(B) retificadora,emqueeleindicaemdetalhesarespostacorreta,
deixando ao aluno a tarefa de identificar a fonte do erro.
(C) encorajadora, na qual ele recomenda ao aluno maior
atenção antes de responder qualquer pergunta feita.
(D) não-prescritiva, em que ele propositadamente ignora o
erro cometido para evitar sua fixação.
(E) desafiadora, em que, por exemplo, ele trabalha os erros
do aluno por meio de perguntas.
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36. Ao fazer uma analogia com uma representação teatral, Bon-
dioli destaca os focos de um trabalho de observação do con-
texto educativo. O foco que privilegia as ações representadas
pelos atores (educadores e educandos em observação) é o
(A) dos participantes.
(B) das atividades.
(C) das modalidades de gestão.
(D) da duração.
(E) da posição na seqüência temporal.
37. O uso da Internet em sala de aula tem se mostrado um ex-
celente facilitador da motivação dos alunos. Pela novidade e
pelas possibilidades que oferece, pode vir acompanhado de
problemas entre os quais se destaca
(A) privilegiar a acumulação de informações.
(B) distinguir a informação acidental da essencial.
(C) estabelecer uma hierarquia entre as idéias obtidas.
(D) assinalar coincidências e divergências entre informações.
(E) escrever de forma mais formal e erudita.
38. Piaget e Vygotsky, pesquisadores do comportamento infantil,
partem de pressupostos filosóficos diferentes, mas concordam
em alguns aspectos. Em relação a isso, é correto dizer que
ambos concordam que
(A) a inteligência sensório-motora desenvolve-se antes de
qualquer linguagem ou pensamento conceitual.
(B) existe uma relação entre linguagem e pensamento já que
ambos fazem parte da constituição da função simbólica.
(C) existe uma lógica anterior à linguagem, cujas origens se
encontram na ação.
(D) o pensamento da criança é qualitativamente diferente do
pensamento do adulto.
(E) a Zona de Desenvolvimento Proximal representa o espaço
de mediação docente.
39. Para Zabala, os materiais curriculares são determinantes para
as decisões que o professor toma em sala de aula e podem ser
classificados a partir de diferentes critérios. Livros, projeção
estática, quadro-negro e revistas se enquadram, segundo
Zabala, no critério de
(A) âmbitos de intervenção.
(B) finalidades.
(C) conteúdos.
(D) currículo.
(E) suporte.
40. Em relação ao conceito, fundamentos e pressupostos de
“professor reflexivo”, percebe-se entre alguns estudiosos do
assunto
(A) uma concordância absoluta.
(B) uma clara discordância teórica.
(C) um perceptível desinteresse.
(D) muitas dúvidas teóricas.
(E) uma certeza inquestionável.
41. Quando Paulo Freire, ao abordar a importância do ato de ler,
refere-se a uma ‘visão mágica da palavra escrita’ ele está
fazendo uma crítica ao fato de os professores
(A) proporem a memorização mecânica de um texto com o
objetivo de promover o conhecimento do objeto que ele
aborda.
(B) desenvolverem momentos de leitura de um texto de forma
cadenciada, mecânica e enfadonha.
(C) insistiremnaleituradeumagrandequantidadedetextossem
se preocuparem com a compreensão do que deve ser lido.
(D) orientarem os alunos a descreverem um objeto que co-
nheceram por meio da leitura.
(E) entenderem a leitura da palavra como algo que sucede
à leitura do mundo e que implica a continuidade da sua
leitura.
42. Um sistema de ensino preocupado com a garantia da qualidade
do ensino oferecido em suas escolas deve, no mínimo,
(A) cuidar do registro correto e preciso das informações
sobre seus alunos, docentes e corpo administrativo e
pedagógico.
(B) informar alunos, pais e responsáveis sobre as normas
referentes aos horários de entrada e saída e ao uso do
uniforme pelas crianças.
(C) garantir a participação da comunidade em todas as ati-
vidades festivas que constituírem o calendário escolar.
(D) criar condições para uma adequada preparação dos que
nelas desenvolvem atividades administrativas, pedagó-
gicas e docentes.
(E) conscientizar os alunos sobre a necessidade de cuidados
referentes a seus materiais de estudo.
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10. 10PMRP0703/06-DiretorEscola_manhã
43. ALei de Diretrizes e Bases (LDB) define, no art. 6.º, ser dever
dos pais ou responsáveis matricular, no ensino fundamental,
os menores
(A) a partir dos 3 anos.
(B) a partir dos 6 anos.
(C) a partir dos 7 anos.
(D) entre 6 e 7 anos.
(E) entre 7 e 8 anos.
44. Uma escola, que permite que um de seus alunos menores seja
fotografado por um jornal do bairro por ter pichado os muros
externos com críticas à direção, será objeto de processo por
desrespeito à
(A) integridade física do aluno.
(B) autonomia de pensamento do aluno.
(C) preservação da imagem e identidade do aluno.
(D) liberdade de opinião e de expressão do aluno.
(E) possibilidade de participar da vida política.
45. O FUNDEB é compostos por recursos
(A) da União e complementados, quando necessário, pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios.
(B) dos Estados, Distrito Federal e Municípios, sem aporte
da União.
(C) dos Estados e Distrito Federal os quais são repassados
aos Municípios e complementados pela União quando
necessário.
(D) da União, dos Estados e Municípios quando obtiverem
receitas acima de 60% do que apurado no ano anterior.
(E) dos próprios Estados, Distrito Federal e dos Municípios
e complementados pela União.
46. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, os temas
transversais, no que devem permear as áreas, objetivos, con-
teúdos e orientações didáticas do 3.º e 4.º ciclos do Ensino
Fundamental, são
(A) Ética, Saúde, Meio ambiente, Pluralidade cultural, Orien-
tação sexual e Trabalho e Consumo.
(B) Filosofia, Metodologia, Iniciação científica, Preparação
para o trabalho, Artes e ofícios.
(C) Português, Matemática, Ciências, História, Geografia,
Educação Física e Artes.
(D) Educação ambiental,Artes cênicas, Empreendedorismo,
Novas Tecnologias da Comunicação e Informação,
(E) Formação profissional, Esporte, Lazer, Inclusão digital,
Educação para a diversidade.
47. Pela Indicação 02/2001, do Conselho Municipal de Educação
de São José do Rio Preto, o Plano Escolar deverá ser elaborado
anualmente pela escola e deverá estabelecer as atualizações
das ações para a concretização
(A) do sistema de ensino do Município.
(B) do Conselho da Escola.
(C) da proposta pedagógica da escola.
(D) da Associação de Pais e Mestres.
(E) do Grêmio estudantil.
48. A Indicação 03/2001, que estabelece diretrizes para a elabo-
ração do Regimento Escolar, define que um dos critérios de
promoção é a freqüência mínima de 75%
(A) dos dias letivos.
(B) da carga horária anual.
(C) de 200 dias anuais letivos.
(D) das aulas dadas.
(E) das 800 aulas anuais previstas.
49. Pela Lei Municipal n.º 8.053 em seu art. 5.º, o Plano Munici-
pal de Educação da Prefeitura de São José do Rio Preto deve
conduzir, entre outros, à(ao)
(A) formação para o trabalho.
(B) atendimento escolar da população de baixa renda.
(C) preservação do patrimônio público.
(D) promoção de concurso de acesso ao magistério público.
(E) erradicação do analfabetismo de jovens e adultos.
50. Considere as seguintes iniciativas:
I. Introdução de um determinado tema no currículo das
escolas Municipais.
II. Oferta de cursos de capacitação aos professores.
III. Fomento a estudos de pesquisa e assistência técnica.
IV. Intercâmbio com outros países.
Aproposta de inclusão do Município de São José do Rio Preto
a respeito do ensino de História e CulturaAfro-Brasileira, nos
estabelecimentos de ensino oficiais e particulares, envolve o
que está indicado apenas em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II e III.
(D) I, II e III.
(E) I, II e IV.
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