Este documento fornece diretrizes para duas atividades essenciais na alfabetização de estudantes do 1o ano: a agenda diária e a leitura de deleite. A agenda diária ajuda os alunos a organizar seu dia, trabalhar conceitos de tempo e escrita. A leitura de deleite pelo professor deve ocorrer diariamente para promover o prazer pela leitura e familiarizar os alunos com diferentes gêneros textuais.
1. 1
PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO
Região dos Lagos – Estado do Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de Educação
Departamento Técnico-Pedagógico / Divisão de Supervisão Escolar
Serviço de Programas Especiais / Coordenação de Alfabetização
ATIVIDADES PERMANENTES EM TURMAS DE 1º ANO DE ESCOLARIDADE
Tempo
máximo
Atividade Função Como fazer? recomendado
AGENDA O TRABALHO COM A AGENDA TEM Sensibilizar o grupo para o momento da escuta e da
COMO FINALIDADES: participação durante a produção escrita da agenda do dia. 10 minutos
Organizar e escrever a agenda do dia no quadro ou em outro
Nas situações Trabalhar a função social da escrita, material na presença dos alunos. Enquanto escreve, é
cotidianas da sala de utilizando-se de textos REAIS. importante ler em voz alta quais serão as atividades do dia,
aula, é importante Possibilitar ao aluno “ler”, mesmo sem mencionando qual delas iniciará o dia, qual virá na sequência,
que as atividades do saber ler convencionalmente. o que vem antes do recreio e depois dele.
dia sejam Observar um “escritor” mais experiente Durante a produção escrita da agenda fazer, sempre
organizadas junto escrevendo e ampliar as noções que que possível, a abordagem dos aspectos do sistema
aos alunos. Assim, possuem sobre os instrumentos e de escrita: representação gráfica das letras,
todos se procedimentos que envolvem o ato de reconhecimento delas, variedade e repetição de letras,
comprometem com o escrever. palavras com começo e final com a mesma letra,
cumprimento das Ensinar que para escrever precisamos organização das letras na composição das palavras...
mesmas. Além disso, de muitas letras, e que elas são colocadas
a organiza-ção da nos lugares certos. ESTAS ABORDAGENS SOBRE OS ASPECTOS DA
AGENDA é uma Possibilitar ao aluno ser um agente ativo ESCRITA DEVERÃO SER FEITAS COM ALGUMAS
importante estratégia no processo de ensino e aprendizagem. PALAVRAS TENDO O CUIDADO COM O TEMPO
que leva os alunos a Organizar as atividades do dia UTILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE.
pensar e trabalhar observando a sequência numérica.
uma situação real de Desenvolver atitudes de escuta. Direcionar momentos de intervenções pontuais com alguns
leitura e de escrita. Identificar as atividades do dia para alunos: chamar ao quadro o aluno que ainda está com
Nessas situações a decidir sobre o que fazer em cada dificuldade no processo de aprendizagem e pedir que ele leia
escrita é também momento da aula. uma das palavras escritas passando o dedo ou outro
utilizada para auto- Ampliar noções de tempo, construindo marcador sobre as palavras; peça ao aluno para falar o nome
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monitoração das os conceitos de passado, presente e da letra ou sílaba inicial da palavra lida; solicite que o aluno
próprias ações. futuro. encontre determinada palavra na lista (agenda) etc.
Garantir o aproveitamento do tempo Conversar com os alunos sobre a responsabilidade para o
escolar. cumprimento das atividades previstas e organizadas na
Ensinar comportamentos desejáveis agenda.
para o cumprimento das atividades do dia. Fazer, rapidamente, a leitura coletiva do que foi escrito.
Promover situações de respon- Retomar à agenda, ao término de cada atividade realizada,
sabilidade coletiva. para desafiar o aluno a saber o que vai acontecer, sinalizar o
Reconhecer palavras, letras e sílabas que já foi feito e refletir sobre o tempo escolar. (“Qual atividade
com consciência das relações nós já realizamos hoje?” “Vamos ler e marcar na nossa
fonema/grafema. agenda...” “Qual a próxima atividade a ser realizada?” etc).
Observar e pensar sobre a sonoridade Ao final da aula, avaliar com os alunos o andamento das
das palavras e sobre a escrita delas. atividades previstas: Realizamos todas as atividades? O que
Possibilitar a leitura e a escrita de aconteceu? O que vamos fazer? etc.
palavras estáveis, como por exemplo:
LEITURA DELEITE, ATIVIDADE, NOME, Vale ressaltar que o registro escrito diário da agenda, feito pelo
MATEMÁTICA, SALA ETC. professor, é uma situação importante para a apropriação do
sistema de escrita alfabético; o que acontece quando a lista das
atividades do dia contempla as mesmas palavras (palavras
estáveis) para designar as atividades, variando apenas em função
do dia da semana. Leitura deleite, escrita, recreio, Matemática,
Artes, Educação Física e outras palavras relacionadas à agenda
passarão a fazer parte do vocabulário dos alunos, e o contato com
a escrita dessas palavras acabará se tornando uma referência para
a escrita de outras palavras. Pouco a pouco, os alunos começarão
a reconhecer partes da escrita dessas palavras – as letras com as
quais começam ou terminam, a presença de um acento, as sílabas
iniciais etc.
“É importante que os alunos percebam que a produção escrita da
AGENDA já faz parte da aula”
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Tempo
máximo
Atividade Função Como fazer?
recomendado
LEITURA DELEITE: O TRABALHO COM LEITURA DELEITE 1. PREPARANDO-SE PARA A LEITURA 15
LEITURA TEM COMO FINALIDADES: MINUTOS
REALIZADA EM Planejar momentos de leitura envolvendo textos de diferentes
VOZ ALTA PELO Garantir que a leitura se torne parte gêneros para que os alunos comecem a perceber algumas
PROFESSOR integrante da rotina na sala de aula. E características desses gêneros.
esse contato diário e constante permite Selecionar previamente o texto a ser lido tendo o cuidado de
“Momentos diários que os alunos adquiram o gosto pela escolher materiais bem escritos.
quando o professor leitura, familiarizem-se com a linguagem Conhecer o texto com profundidade, planejar as situações de
lê para seu grupo, escrita, sintam prazer com a leitura, leitura observando a utilização dos recursos linguísticos que
possibilitando que os conheçam uma diversidade de textos e enriquecem a história.
estudantes possam, seus usos na sociedade. Preparar a leitura em voz alta de forma a garantir uma boa
inclusive, observar o Favorecer a vivência de emoções e o compreensão dos alunos.
escrito e as exercício da fantasia e da imaginação. Evitar escolher aqueles textos em que a intenção seja apenas
ilustrações, são de Mostrar a função social da escrita com de ensinar algum conteúdo escolar.
grande importância textos de boa qualidade.
nesse processo. Favorecer a compreensão e É preciso cuidado especial ao selecionar os materiais a serem lidos, é
Pesquisas realizadas preciso levar em conta o grupo de alunos que compõem a turma. É
aprendizagem sobre a importante que o professor leia os textos com antecedência a fim de
em diversos países organização(formatação) e função do
demonstram que analisar o que pode ou não interessar aos seus alunos. Alguns tipos de
gênero em destaque. materiais que podem ser utilizados nesta etapa: contos tradicionais,
meninos e meninas Ensinar comportamen-tos leitores. histórias contemporâneas, lendas, fábulas, textos informativos, textos
que desde cedo Promover situações de escuta atenta de científicos sobre animais, sobre o corpo humano etc.
escutam histórias textos lidos em voz alta.
lidas por adultos, ou Formar leitores com-petentes e,
que brincam de ler e consequen-temente, formar escri-tores 2. ANTES DE INICIAR A LEITURA
escrever (quando competentes, pois a possibilidade de
ainda não produzir textos eficazes tem sua origem na Organizar os alunos para o momento da leitura,
dominaram o prática de leitura. sensibilizando-os para a importância da escuta.
sistema de escrita Ampliar os conheci-mentos dos alunos Comunicar onde e como encontrou o texto.
alfabética) adquirem sobre a linguagem escrita, favorecendo a Demonstrar que a qualidade do texto é o que motivou a sua
um conhecimento realização de antecipações cada vez mais escolha como algo que vale a pena ser lido: porque é
sobre a linguagem ajustadas a cada tipo de texto a ser ouvido interessante, instigante, intrigante ou emocionante… (seduzir
escrita e sobre os pela turma. os alunos para que queiram conhecer o texto).
usos dos diferentes
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gêneros textuais, Compreender as relações entre o que se Mostrar aos alunos o portador do texto: se é um livro, mostrar
antes mesmo de fala e o que se escreve, que a linguagem a capa; se é um jornal, fazer referência à seção na qual o
estarem que se usa para escrever é diferente da texto aparece; se é uma carta, dizer como chegou às suas
alfabetizadas” (cf. linguagem falada. mãos e a quem está dirigida; se é um texto de uma
Teberosky, 1995) enciclopédia, mostrar a função do índice e investigar o que os
Entender que os textos escritos não são alunos já sabem sobre o assunto etc.
todos iguais. Se for um conto, informar aos alunos sobre o texto que será
lido, antecipando parte da trama da história, seus
personagens, o local onde ela se passa. Isso ajuda os alunos
a se interessar pela leitura e fornece elementos para que eles
possam antecipar o conteúdo do texto e se situar durante a
leitura.
A leitura feita pelo professor com a função de deleite,
PREFERENCIALMENTE deverá acontecer no início da aula.
É importante que os alunos formem hábitos escolares, ficará
mais fácil se eles já souberem o que vai acontecer. No início
da aula os alunos ainda estão mais calmos e é bom que não
estejam cansados.
A atividade de leitura deve ser intencional. Não basta
simplesmente fazer uma leitura todos os dias. Os objetivos
desta atividade devem estar claros no momento do
planejamento.
Para que a leitura não seja interrompida por pessoas que
costumam bater à porta da sala, combine com os alunos sobre
modos para resolver este problema, como por exemplo:
realizar a produção escrita coletiva de uma plaquinha para ser
pendurada na porta da sala de aula, esta atividade é uma
oportunidade para facilitar a compreensão dos alunos sobre
os usos sociais da escrita em situação real.
NÃO SE ESQUEÇA DE TIRAR A PLAQUINHA ASSIM QUE A
ATIVIDADE DE LEITURA DELEITE TERMINAR.
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3. LENDO O TEXTO PARA OS ALUNOS
Apresentar o texto ao grupo. Dizer o título, o autor (apresentar
informações simples e importantes sobre o autor) e apresentar
o ilustrador, se houver.
Se for um livro, mostrar a capa e desafiar os alunos a
utilizarem estratégias de antecipação a partir dos
conhecimentos que eles já possuem frente ao texto, em
função de suas hipóteses sobre: “O que vocês estão vendo na
capa?”; “O que acham que está escrito?” “Onde está escrito o
título?” “O que vocês acham que pode acontecer num texto
com esse título?”
Compartilhar com os alunos seu próprio comportamento de
leitor experiente, mostrando-se interessado, emocionado ou
entusiasmado com o texto a ser lido.
Segurar o livro aberto sobre as mãos, com cuidado e carinho,
denotando respeito.
Ler, pausadamente, mas demonstrando intimidade com o
texto.
Fazer uma leitura clara com ritmo adequado respeitando a
pontuação. Ler nem com muita pressa, nem muito devagar.
Evitar gestos e expressões faciais exageradas, como recursos
de narração. Pois, quando se lê uma história, a carga de
tensão deve estar contida na própria relação das palavras.
A voz deve ser bem impostada, mas nunca “dramatizada” com
exageros.
A cada página virada, mostrar aos ouvintes as imagens
(ilustrações e palavras, se estiverem em destaque) – sem
demorar.
Durante a leitura procurar não interromper a narrativa.
Não trocar nem simplificar as palavras do texto, ler o texto tal
como ele é. Realizar a leitura do texto integral, sem resumi-lo.
Ler com atenção, sem esquecer que a leitura está sendo
realizada para outros, portanto é necessário que, entre um
parágrafo e outro, o leitor dirija o olhar para o grupo, perceba o
movimento, o nível de tensão e a atenção.
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Se o conto for longo, para garantir a atenção e o
envolvimento do grupo, o professor pode interromper a leitura
no momento de maior suspense e usar esta interrupção como
estratégia para criar nos alunos o desejo de continuar ouvindo
a história no dia seguinte (leitura feita em capítulos).
Durante a leitura, o professor deve criar muitas e variadas situações nas
quais lê diferentes tipos de texto. Quando se trata de um conto, por
exemplo, criar um clima propício para desfrutá-lo: propor que as crianças
se sentem a sua volta para que possam ver as imagens e o texto, caso
queiram; ler com a intenção de provocar emoção, curiosidade, suspense
ou diversão; evitar as interrupções que poderiam cortar o fio da história e,
portanto, não fazer perguntas para verificar se as crianças estão
entendendo, nem explicar palavras supostamente difíceis; incentivar as
crianças a seguirem o fio da narrativa (sem se deterem no significado
particular de certos termos) e a apreciarem a beleza daqueles trechos cuja
forma foi objeto de um cuidado especial por parte do autor.
É importante que os alunos aprendam que temos finalidades para as
nossas leituras. Lemos para nos deleitar, para nos informar, para saber
fazer, para saber jogar, para encontrar um nome numa lista etc. Esta
leitura feita pelo professor no início da aula, como atividade permanente,
tem a função de DELEITE.
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Tempo
máximo
Atividade Função Como fazer? recomendado
ATIVIDADE COM O O TRABALHO COM OS NOMES DOS DESENVOLVER ATIVIDADES DIVERSIFICADAS, COMO: 15 minutos
NOME: ALUNOS “CHADADA” TEM COMO
“CHAMADA” FINALIDADES: Disponibilizar a cada aluno o crachá com a escrita do seu
nome (letra de forma de um lado e cursiva do outro). Ensinar
O desenvolvimento Propor aos alunos uma oportunidade aos alunos onde termina e onde começa a escrita do nome,
de um trabalho privilegiada de reflexão sobre a língua destacando o som da letra inicial, final...
sistemático e escrita por se tratar de uma palavra
frequente com o estável. Fazer a chamada dos alunos utilizando material escrito como
nome próprio apoio (no caso, os crachás dos alunos). O encaminhamento
representa Proporcionar aos alunos momentos de pode e deve variar: Exemplo:
importante reflexão sobre a leitura e escrita do seu Você lê e mostra os crachás procurando destacar alguma
estratégia didática nome e dos colegas de classe em informação sobre a escrita dos nomes.
na alfabetização. O contextos reais informando-lhes sobre Você mostra o crachá e desafia a turma (ou um aluno) a ler o
nome próprio traz as letras: a quantidade, a posição e a nome nele registrado (dê dicas que destaquem elementos da
uma carga ordem delas no nome. escrita dos nomes e/ou forneça informações sobre a mesma).
emocional maior do
que outras palavras, Desafiar os alunos a lerem os próprios Pedir que os alunos escrevam o nome no caderno ou em outro
que muitas vezes nomes e os dos colegas acionando material, de acordo com o planejamento. O encaminhamento
não têm significado estratégias de antecipação, o que pode variar: sem consulta, ou seja, conforme as suas
para o aluno. possibilita descobrir o que está escrito. hipóteses, com consulta ao colega (favorecendo a troca de
O nome próprio é ideias), com consulta a algum material.
um modelo de
escrita estável Ao perceber que algum aluno fez o registro do nome de forma
(palavra estável é incorreta, pegar o crachá e desafiá-lo a compreender que para
aquela que o aluno Fazer com que os alunos reflitam sobre escrever o seu nome ele precisa de determinadas letras que são
tem certeza de que as letras e seus sons comparando organizadas de uma única forma.
se retirarmos uma nomes parecidos, reconhecendo as
letra, trocá-la de letras iniciais e finais dos nomes e Escrever os nomes dos alunos no quadro construindo uma
posição, invertê-la, permitindo o contato com diferentes LISTA (se preferir esta lista pode ser escrita no quadro com
deixa de ter o sílabas e diferentes tamanhos de antecedência).
mesmo significado). palavras.
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desafiar os alunos a identificarem alguns nomes na lista
(contar as letras, verificar se há repetição de letras,
identificar nomes que começam com a mesma letra,
procurar nomes que possuam a mesma quantidade de
letras).
entregar letras soltas para que os alunos possam
reconstruir alguns dos nomes da lista; pode ser os nomes
dos alunos que faltaram, os nomes começados ou
terminados com determinada letra escolhida pelo professor
(ditar os nomes).
Fazer a revisão coletiva tendo o cuidado de refletir com os
alunos, como por exemplo: que F de Fátima tem o mesmo
som de F de Felipe, que letras iguais podem ter sons
diferentes, como C de Carla e C de Cíntia etc.
ATIVIDADE COM O As atividades acima relacionadas não serão realizadas num único
NOME momento. Escolher apenas uma para cada vez.
Entregar aos alunos a lista mimeografada, estimulando a
realização de antecipações sobre o conteúdo da lista, assim:
temos aí uma lista; será lista de quê? Alguém já descobriu o seu
nome? Descobriu o nome de algum colega? Vamos ver quem
consegue encontrar onde está escrito o nome do(a)... etc. Propor
as seguintes atividades utilizando a lista de nomes:
Leitura coletiva e apontada dos nomes escrito
observando se há repetição de letras no próprio nome e
pintá-las
Marcar os nomes que começam com a mesma letra ou a
mesma sílaba.
Cobrir com lápis de cor os nomes iniciados com a letra C
(aproveite para explorar os nomes encontrados:
quantidade de letras, letra inicial, final, nomes e sons
dessas letras).
Pintar os nomes que possuem uma quantidade
determinada de letras, como por exemplo: pintar os
nomes que têm 4 letras.
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Marcar os nomes que terminam com a letra A
Riscar os nomes que terminam com a letra I e circular os
nomes que terminam com a letra O. Perguntar: São
nomes de meninas ou de meninos?
Identificar os nomes que têm mais letras e os que têm
menos letras.
Identificar a letra que mais aparece ao final dos nomes
dos alunos da turma.
As atividades acima relacionadas não serão realizadas num único
momento. Escolher apenas uma para cada vez.
Organizar com a turma um mural com o alfabeto dos nomes
dos alunos. Durante a atividade, chamar a atenção para a letra
inicial de cada nome e o seu respectivo som. Pode-se também
chamar atenção para a sílaba inicial dos nomes.
ENCONTRE O SEU NOME:
Organizar as carteiras da sala de aula enfileiradas.
Separar os crachás da turma de acordo com os nomes os
alunos de cada fileira, colocando-os em caixas.
Colocar uma caixa na primeira carteira de cada fileira.
A um sinal, dado pelo professor, o primeiro aluno da fileira
pegará o seu nome e passará a caixa para o aluno de trás, e
assim sucessivamente até chegar ao último aluno da fileira.
Os alunos de cada fileira, juntos, deverão organizar os
crachás em ordem alfabética, afixando-os no quadro de pregas.
Essa atividade será orientada pelo professor com a
participação de toda a turma.
Durante a atividade, o professor deverá fazer as intervenções
necessárias, pois nem todos os alunos conseguirão
identificar corretamente o seu próprio nome. Caso isso
aconteça, pergunte:
10. 10
- O seu nome começa com essa letra?
- Onde está o começo deste nome?
- Que letra é esta?
- O seu nome é ALINE. ALINE começa com a letra A. Esse nome que
você pegou tem a letra A? Essa letra (aponte para a 1ª letra do crachá)
é a letra A?
- Vamos procurar qual o nome que começa com a letra A?
- Se necessário, continue fazendo as intervenções, até que o aluno
consiga encontrar o seu nome.
Elaborar fichas com os nomes dos alunos. Cada aluno
receberá o seu nome e deverá recortar as letras, misturá-las
sobre a carteira e, em seguida, recompor o nome, colando no
caderno ou em outro material.
Orientar os alunos a dobrar os crachás marcando cada
letra (o professor deverá observar cada aluno e fazer as
intervenções necessárias; se for o caso, mostrar o nome do
aluno para que ele faça a revisão e as alterações antes de
colar no caderno).
Entregar aos alunos fichas com os seus nomes, eles deverão
recortar as sílabas que compõem os seus respectivos nomes,
misturá-las sobre a carteira e recompor os nomes, colando no
caderno ou em outro material. Se for necessário, mostrar o
nome do aluno para que ele faça a revisão e as alterações
necessárias antes de colar no caderno.
Orientar os alunos a falarem seus respectivos nomes,
pausadamente, contando cada sílaba pronunciada.
Todos deverão dobrar seus crachás, de acordo com o
número de sílabas (o professor deverá observar cada aluno e
fazer as intervenções necessárias).
Os alunos deverão cortar e misturar as sílabas
reorganizando-as, formando o seu nome e colando-o no
caderno ou em outro material.
O professor deverá registrar no quadro, com a participação
dos alunos, os nomes que têm sílabas iguais destacando-as.
Após destacar as sílabas, chamar atenção para as letras
necessárias à escrita das mesmas.
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Preparar um cartaz com a escrita da música A CANOA
VIROU.
Apresentar o texto desafiando os alunos a anteciparem o
conteúdo escrito no cartaz.
Explicar para os alunos sobre a atividade a ser realizada.
Desenhar no chão uma grande canoa, pode ser com giz.
Conforme a música vai sendo cantada, o professor mostra
um crachá e os alunos leem este nome e o dono dele entra na
canoa.
Para esta atividade, escolher alguns nomes que possibilitem
reflexões sobre o sistema de escrita alfabético.
Preparar fichas com a escrita dos nomes dos alunos
faltando a 1ª letra ou a 1ª sílaba:
Organizar os alunos em roda.
Espalhar as fichas e desafiar os alunos a anteciparem o
conteúdo das fichas questionando-os: o que está escrito nestas
fichas? Mas será que aqui está escrito o nome da Juliana?
Para ser o nome dela, o que está faltando?
Entregar a cada aluno a ficha correspondente ao seu nome.
O que fazer para ser o seu nome?
O professor deve estar atento às dificuldades dos alunos, fazendo
as intervenções necessárias. Talvez seja preciso ensinar o traçado
da letra a alguns alunos; esteja atento.
Preparar fichas com os nomes dos alunos, tendo o cuidado
de não escrevê-los com letras de tamanho pequeno:
Organizar os alunos dispostos em roda.
Espalhar as fichas no centro da roda e desafiar os alunos a
anteciparem o conteúdo escrito nelas.
Solicitar que cada aluno pegue a ficha em que está escrito
o seu nome.
Colocar um quadro de pregas no centro da roda e orientar
os alunos a organizarem os seus nomes em ordem
alfabética. Indagar: Como podemos fazer isto?
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Organizar esses nomes tendo o cuidado de refletir, junto
com os alunos, sobre as letras iniciais dos nomes.
Solicitar que os alunos registrem o seu nome no caderno ou
em outro material, destacando com lápis de cor a letra
inicial.
Leitura do nome do colega:
Colocar numa caixa (de tato) os nomes dos alunos.
Explicar para os alunos como será o desenvolvimento da
atividade.
Passar a caixa de mão em mão e solicitar que cada aluno
pegue uma ficha, tente ler o que está escrito nela.
Pedir que cada aluno leia o nome em voz alta. Se houver
dificuldade para identificar o nome escrito, o professor deve
fazer as intervenções necessárias ajudando o aluno a
realizar a atividade.
Pedir que os alunos registrem no caderno o seu nome e o
nome do colega (o nome tirado da caixa).
Ditado:
Entregar aos alunos uma lista com os seus nomes.
Desafiar os alunos a anteciparem o conteúdo desta lista (O
que temos escrito aí? Por que vocês acham que trata disto?
Todos os nomes começam iguais? Todos os nomes têm o
mesmo número de letras? etc.)
Ditar três nomes da lista.
O aluno deverá encontrá-los na lista que tem em mãos e
circulá-lo.
A seguir, escrever o nome no quadro e orientar os alunos
para a revisão.
Para que essa atividade seja possível a todos os alunos, é
importante fornecer algumas dicas, como: o nome começa com a
letra L; termina com a letra A; tem 5 letras; começa com a sílaba
LU; o nome é LUCIA.
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Fazendo a chamada:
Entregar aos alunos uma lista com os seus nomes.
Desafiar os alunos a anteciparem o conteúdo desta lista (O
que temos escrito aí? Por que vocês acham que trata
disto? Todos os nomes começam iguais? Todos os nomes
têm o mesmo número de letras? etc.)
Pedir aos alunos para dizerem os nomes dos ausentes,
procurarem esses nomes e circular.
Registrar estes nomes no quadro e refletir com alunos
sobre a escrita deles.
Escrita espelhada:
Escrever os nomes dos alunos em fichas de plástico
transparente (usar caneta para retroprojetor).
Organizar os alunos dispostos em roda e espalhar estas
fichas no centro (viradas).
Desafiar os alunos a anteciparem o conteúdo desta ficha (O
que temos escrito aí? Por que vocês acham que trata
disto? Tem algo estranho nesses nomes? Quando
mudamos as letras de posição o nome continua o mesmo?
etc.)
Desvirar as fichas e questionar os alunos sobre o que
perceberam.
Entregar a cada aluno a fichas com o seu nome e solicitar
que o registre em seu caderno.
Nomes partidos:
Preparar envelopes feitos com folhas de revistas ou outro
material reaproveitado. Colocar fichas com as sílabas que
compõem os nomes dos alunos dentro dos envelopes.
Entregar a cada aluno o envelope com as fichas do seu
nome.
Solicitar que abram o envelope e descubram o que está
escrito nas fichas.
Pedir que cada um forme o seu nome, chamando atenção
para a sílaba inicial.
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Desafiar os alunos a retirarem a ficha que tem a sílaba final
e verem o que aconteceu.
Escrever um dos nomes no quadro e destacar a sílaba
inicial.
Propor que os alunos falem outras duas palavras que têm
esta mesma sílaba no início.
Pedir que colem no caderno as sílabas formando o nome.
Destacar a sílaba inicial com lápis de cor e escrever ao lado
o número que representa a quantidade de sílabas que
compõem o nome.
Chamada pela sílaba inicial:
Preparar fichas com as sílabas iniciais dos nomes dos
alunos e colocá-las num “saquinho”.
Combinar com os alunos como será a chamada – feita pela
sílaba inicial dos nomes, assim:
Sortear uma sílaba, mostrar e ler. O aluno cujo nome inicia com
esta sílaba deverá ficar de pé.
As sílabas vão sendo colocadas num quadro de pregas.
Pedir que os alunos registrem no caderno a 1ª sílaba dos
seus nomes e desenhem ao lado um objeto cujo nome
inicie com a mesma letra.
Apresentamos aqui apenas algumas sugestões de atividades que
podem ser realizadas no momento da “chamada”. Cabe ao
professor fazer as adaptações necessárias de acordo com a sua
turma. Se os alunos já consolidaram a escrita do 1º nome, o
professor poderá planejar atividades para esse momento diário da
aula ensinando a escrita do nome completo.
15. 15
Tempo
Atividade Função Como fazer? máximo
recomen-
dado
ATIVIDADE COM O O TRABALHO COM O CALENDÁRIO Conversar com os alunos sobre a utilização do calendário, 10
CALENDÁRIO TEM COMO FINALIDADES: indagando-os: Para que consultamos um calendário? Quem tem minutos
um calendário em casa? Será que todos os calendários são
O uso deste Compreender e sistematizar o uso do iguais? O que tem escrito num calendário? Para que servem os
instrumento tem calendário. números que estão num calendário? etc.
função social
definida no cotidiano Aprender sobre a organização e Criar situações nas quais os alunos precisem consultar no
da sociedade. O passagem do tempo. calendário:
trabalho com este Hoje é 2ª feira, vamos descobrir que data é...
instrumento na sala Entender sobre a importância do Pedir a um aluno para marcar no calendário com o lápis de
de aula possibilita a registro de números. cor a data.
construção de Escrever no quadro a data para que os alunos possam
conhecimentos Desenvolver capacidades relativas ao copiá-la no caderno.
importantes em uso da medida de tempo (dia, mês, Refletir, junto com os alunos, sobre a importância de
contextos reais de ano...) registrarem a data do dia no caderno.
utilização.
Antes de realizar qualquer atividade com o calendário, é importante
que o professor ensine aos alunos como consultar dados neste
material. E ao registrar a data do dia no quadro, os alunos precisam
ser ensinados sobre como traçar os números.
Combinar com os alunos sobre a maneira como vão fazer a
escolha de quem vai marcar a data do dia no calendário, como
por exemplo: seguir uma ordem alfabética, dizer uma letra ou
sílaba inicial e o aluno cujo nome inicie com essa letra ou sílaba
vai marcar a data. Aproveitar para trabalhar a leitura dos nomes
dos colegas.
Preparar uma tabela com os nomes de todos os meses do
ano, apresentá-la aos alunos desafiando-os a antecipar o
conteúdo escrito na mesma.
Explicar aos alunos sobre a realização da atividade –
construção da tabela de aniversários.
16. 16
Registrar na tabela os nomes dos alunos conforme o mês de
aniversário.
Solicitar que os alunos contem quantos meses têm no ano.
Afixar a tabela num mural e questionar os alunos: Este texto
vai servir para quê?
Aproveitar a tabela construída no dia anterior para resolver
algumas questões com os alunos. Quantos alunos fazem
aniversário no mês de maio? Em qual mês têm mais
aniversariantes? Tem algum mês em que não tem
aniversariante? Em que mês LUCAS faz aniversário? Quantos
dias faltam para o aniversário da MARIANA?
Confeccionar um calendário mensal para registrar as aulas
de Educação Física, sala de leitura, Sala de Informática, se
houver.
Consultar neste calendário para saber em que datas
acontecerão às aulas de Educação Física etc.
Consultar neste calendário para saber quantos dias faltam
para as atividades na sala de leitura etc.
Contar no calendário quantas vezes terá aula de Educação
Física no mês...
Registrar junto com os alunos as datas num calendário
individual.
Utilizar o calendário para contar ou calcular período de
duração, como por exemplo: Quantos dias faltam para...?
Quantos dias se passaram...? etc.
Localizar no calendário informações contidas nos bilhetes ou
comunicados enviados ou recebidos. Ex.: Fazer a leitura de um
bilhete aos pais comunicando sobre uma reunião e pedir aos
alunos para marcarem no calendário a data e dia da semana em
que acontecerá a reunião etc.
Solicitar aos alunos que consultem no calendário e copiem
no caderno o nome do dia da semana em que estamos.
17. 17
Consultar no calendário para saber:
Em que dia do mês estamos?
Ontem foi que dia do mês?
Quantos dias têm uma semana?
Quantos dias têm um mês?
Qual é o menor mês do ano?
Quantos dias faltam para terminarmos o projeto?
Em que mês estamos? Qual foi o mês que acabou? Qual
será o próximo mês? etc.
Quantos Domingos têm no mês? Etc.
É importante que os dados consultados no calendário sejam
registrados no caderno ou em outro material.
O professor precisa tomar cuidado para não apresentar aos alunos
calendários que não fazem parte dos usos sociais. Eles precisam
aprender a utilizar calendários que circulam na sociedade. Se for
utilizar um calendário confeccionado, é preciso aproximá-lo dos
calendários oficiais.
Apresentamos neste material apenas algumas sugestões de
atividades que são importantes no processo de alfabetização. Cabe
ao professor criar e planejar situações de ensino para que os alunos
possam avançar no processo de aprendizagem desenvolvendo as
capacidades previstas para o 1º ano de escolaridade.
É IMPORTANTE RESSALTAR QUE O TRABALHO DE REFLEXÃO
SOBRE O SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICO DEVE
PERPASSAR TODO O TRABALHO DO DIA A DIA DO
PROFESSOR ALFABETIZADOR, DESDE AS PRIMEIRAS
ATIVIDADES DO DIA (ESCRITA DA AGENDA, LEITURA DELEITE,
“CHAMADA”, CALENDÁRIO) ATÉ O MOMENTO DE
ENCERRAMENTO DA AULA.
18. 18
Referências bibliográficas:
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre
a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da Literatura infantil e
juvenil: dinâmicas e vivências na ação pedagógica. São Paulo:
Paulo, 2002.
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de Educação Básica. Brasília, 2007.