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PROJETO DE PESQUISA

                    Plano de trabalho

    OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO – EDITAL 038/2010

      Fomento a Estudos e Pesquisas em Educação

                       CAPES/INEP




        ESCRILEITURAS: UM MODO
 DE “LER-ESCREVER” EM MEIO À VIDA




       Coordenação do projeto: Sandra Mara Corazza
  Instituição sede: Programa de Pós-Graduação em Educação
                 Faculdade de Educação
      Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS
Núcleo proponente: UFRGS, UFPEL, UNIOESTE, UFMT e UERGS


        Apresentado a CAPES em setembro de 2010.
1. Ofício de encaminhamento do projeto:




                                          2
2. Termo de compromisso dos participantes


Professora Sandra Mara Corazza
UFRGS




Professor Silas Borges Monteiro
UFMT

TERMO DE COMPROMISSO


    Na qualidade de membro participante da equipe de trabalho que compõe o projeto Escrileituras:
um modo de “ler-escrever” em meio à vida, venho, através deste, balizar minha concordância com a
proposta de estudo e pesquisa apresentada em sua íntegra, bem como o meu compromisso quanto ao
cumprimento e à execução do projeto.




                         _________________________________________
                            Professor Dr. Silas Borges Monteiro / UFMT




                                                                                               3
Professora Ester Maria Dreher Heuser
UNIOESTE




Professora Carla Gonçalves Rodrigues
UFPEL


TERMO DE COMPROMISSO


       Na qualidade de membro participante da equipe de trabalho que compõe o projeto
Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida, venho, através deste, balizar minha
concordância com a proposta de estudo e pesquisa apresentada em sua íntegra, bem como o
meu compromisso quanto ao cumprimento e à execução do projeto.




                     _________________________________________
                     Professora Dra. Carla Gonçalves Rodrigues / UFPEL




                                                                                          4
Professor Gabriel Sausen Feil
UNIPAMPA




Professora Adriana Abech Branchelli
EMEF Ver. Antônio Giúdice




                                      5
Professora Janete Maria do Nascimento
Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR




Professora Luciana Alves Pinto
Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR




                                           6
Professora Janice Inês Winter Ortiz
Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR




Professor João Schommer
Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR




                                            7
Professa Sandra Elisete Casola
Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR




Professora Shirlei Bracht
Estadual Jardim Europa. Toledo/PR




                                            8
Cristiano Bedin da Costa
Doutorando do PPGEDU/UFRGS




Professor Eduardo Guedes Pacheco
UERGS




                                   9
Professor Deniz Nicolay
UFFS




Professor Luciano Bedin da Costa
SETREM




                                   10
Professor Paulo Mauro da Silva
Secretaria Municipal de Educação de POA /RS




Professora Patrícia Cardinale Dalarosa
Mestranda do PPGEDU / UFRGS




                                              11
3. Projeto de pesquisa nos termos do edital 038/2010/CAPES/INEP

3.1. Título do projeto:

Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida.


3.2. Instituições participantes:

Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Programa de Pós-Graduação em Educação / Faculdade de Educação
Reitoria - Av. Paulo Gama, 110 - Porto Alegre/RS - CEP: 90040-060
Fone: (51) 3308.6000

Universidade Federal de Pelotas - UFPEL
Programa de Pós-Graduação em Educação / Faculdade de Educação
Rua Gomes Carneiro, 1. Centro. Pelotas/ RS - CEP 96001-970
Caixa Postal 354 · Pelotas, RS
Fone: (53) 3921-1401 · FAX: (53) 3921-1268

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Faculdade de Filosofia
Rua da Faculdade, 645 - Jardim Santa Maria
CEP: 85903-000 - TOLEDO – PR
Telefone: (045) 3379-7000 - ramal 7127

Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Programa de Pós-Graduação em Educação
Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança.
Cuiabá-MT - 78060-900
Fone/PABX: +55 (65) 3615-8000 / FAX: +55 (65) 3628-1219

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS
Faculdade de Música / Montenegro
Rua Capitão Porfírio, 2141 - Centro | Montenegro-RS
CEP 95780-000 | Caixa Postal: 211
Telefone: +55 (51) 3632.1879

Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
Faculdade de Comunicação Social
Rua Ver. Alberto Benevenuto, 3200 - São Borja - RS - CEP: 97670-000
Fone: (55) 3430-4323

SMED/POA - Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre
Rua dos Andradas, 680 - Centro Histórico - CEP 90020-040 - Porto Alegre, RS

Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Antônio Giúdice - POA/RS
Rua Caio Brandão de Melo, s / n. Humaitá, POA / RS
Fone: 3374 1808

Escola Municipal André Zenere - Toledo/PR
Rua General Câmara Leme, 1191. Jardim América. CEP: 85908-180, Toledo, PR.
escola.andrezenere@toledo.pr.gov.br
Fone: 3055 8781



                                                                              12
Colégio Estadual Jardim Europa – Toledo/PR
Rua General Câmara, 391. Jardim Europa. Toledo – PR. CEP: 85908-180
Telefone: (0xx)45 3252-7444
jardimeuropa.seed.pr.gov.br

Escola Estadual Dom José Do Despraiado
Rua Dublin, S/N Bairro Rodoviária. Cuiabá, Mato Grosso.

Escola Estadual Professora Paciana Torres de Santana
Av. Principal, 585. Residencial Caxipó. Cuiabá/MT. CEP: 78.090-290
Telefone: (65) 3665-7247


3.3. Coordenador e equipe do projeto:

Dra. Sandra Mara Corazza / UFRGS
Docente responsável pela coordenação do projeto perante a CAPES.
sandracorazza@terra.com.br
Telefone: (51) 9919 0663 (51) 33083267 Ramal: 4151 Fax: (51) 33084120
Endereço para correspondência: Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Faculdade     de     Educação,     Departamento  de    Ensino    e  Currículo.
Rua Paulo Gama 110, Prédio 12201, salas 808, 908, 909, Campus Central.
Bairro Farroupilha. Porto Alegre, RS - Brasil
CEP: 90046-900

Dra. Carla Gonçalves Rodrigues
Professora da UFPel
cgrm@ufpel.tche.br
Telefone: (53) 91399519 ou 32233168.
Av. Dom Joaquim, 529 ap. 301.
Pelotas / RS
CEP: 96020 260

Dra. Ester Maria Dreher Heuser
Professora da UNIOESTE
esterheu@hotmail.com
Telefone: (45) 88273307
Rua Dom Pedro II, 2789 / 102.
Toledo / PR
CEP: 85902010

Dr. Silas Borges Monteiro
Professor da UFMT
silas@terra.com.br
Telefone: (65) 3615.8422
Av. Fernando Corrêa da Costa, 2.367 - Boa Esperança.
Cuiabá - Mato Grosso
CEP 78.060-900


Grupo de Pesquisa DIF – artistagens, fabulações, variações vinculado ao CNPQ
Pesquisadores integrantes e colaboradores:




                                                                           13
Eduardo Guedes Pacheco
Professor da UERGS – Montenegro/RS
Faculdade de Música
edupandeiro@gmail.com
Telefone: 55 99857536 / 55 32234399
Rua Bekcer Pinto 232/302
Bairro Dores – Santa Maria / RS
CEP: 97050/070

Dr. Gabriel Sausen Feil
Professor da UNIPAMPA – São Borja/RS
Faculdade de Comunicação Social
gabriel.sausen.feil@gmail.com
Telefone: (55) 9972-8657
Rua Bompland 525, apto 03. Bairro Maria do Carmo.
São Borja, RS
CEP: 97670-000


Dr. Deniz Nicolay
deniznicolay@yahoo.com.br
Prof. de Fundamentos da Educação
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS
Campus - Cerro Largo - RS - Brasil
Rua João Sebastiany, 16
CEP: 97900 000
Fone: 055 3359 -2014


Cristiano Bedin da costa
Doutorando do PPGEDU / UFRGS
seuchico@yahoo.com.br
Rua Grão Pará, 75 / 204. Bairro Menino Deus. POA/RS
CEP: 90850-170
Telefone: 51 32079471


Patrícia Cardinale Dalarosa
Mestranda do PPGEDU / UFRGS
patriciadalarosa@yahoo.com.br
Rua Vasco da Gama, 214 / 701. Bairro Bom Fim. POA/RS
CEP: 90420-110
Telefone: 51 8142 3750 / 51 3377 9445


Dr. Luciano Bedim da Costa
lucianocb@terra.com.br
Professor da Sociedade Educacional Três de Maio / SETREM
Av. Santa Rosa, 2405
Três de Maio / RS – CEP 98910-000
Fone / Fax: (55) 35351011




                                                           14
Professores da rede pública de ensino:

Adriana Abech Branchelli
Profª da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Antônio Giúdice.
POA/RS
Fonoaudióloga e especialista em Linguagem e Letramento.
adrianaabech@yahoo.com.br
Telefone: (51) 9218 8806
Rua Joaquim G. de Campos Netto, 122 / 303. Bairro Jardim Planalto. POA/RS

Paulo Mauro da Silva
Professor do Centro Municipal de Educação do Trabalhador Paulo Freire. POA/RS
Coordenador da Educação de Jovens e Adultos na SMED/POA.
Possui formação em Artes Cênicas e Direção Teatral.
pauloms@portoweb.com.br
Telefone: (51) 9958 4908
Rua dos Andradas, 680. 8° andar / Edu. Jovens e Adultos. Centro Histórico. POA/RS
CEP 90020-040


Janete Márcia Do Nascimento
Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR
jmarcia15@yahoo.com.br
Telefone: (45) 9917-9258 / (45) 3252-5535 (residencial)
Endereço para correspondência: Rua 1º de Maio, 2198 - fundos, Jardim Alto Alegre
Toledo – Paraná

Janice Inês Winter Ortiz
Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR
ji.winter@bol.com.br
Fone. 45 3055 8781
Rua Manoel Bandeira, 12. Vila Pedrini 2, Toledo/PR
CEP: 88029 808

Luciana Alves Pinto
Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR
luluzinhalap@hotmail.com
Fone: (45) 3055 8781
Rua Peru, 379. Ouro Verde do Oeste. Toledo/PR
CEP: 85933-000

Sandra Elisete Casola
Professora do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR
sandracasola@seed.pr.gov.br
Fone: (45) 32779626
Rua Miraldo Pedro Zibetti, 443. Jardim Santa Maria. Toledo/PR
CEP: 85.903-160

Shirlei Bracht
Professora do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR
Shirlei.bracht@yahoo.com.br
Fone: (45) 3252 – 3547       (45) 9914 – 3946
Av. Maripá, 1528. Jardim Europa. Toledo/PR
CEP: 85.909-060



                                                                                   15
João Luis Schommer
Professor do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR
joaoluisschommer@bol.com.br / joaoschommer@hotmail.com
Fone: (45) 325-6617 / (45) 9972 – 3385
Rua Santos Dumont, 1810 - Edifício Porta do Sol, Ap. 01 – Centro. Toledo/PR


3.4. Docentes responsáveis pela coordenação:

Professora Dra. Sandra Mara Corazza / UFRGS
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5125809962363078

Professor Dr. Silas Borges Monteiro / UFMT
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=1235153651563231

Professora Dra. Carla Gonçalves Rodrigues / UFPEL
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=7498311941583904

Professora Dra. Ester Maria Dreher Heuser / UNIOESTE
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5548908138476554



3.5. Detalhamento do projeto:

Eixos temáticos:
      Educação básica
      Educação de jovens e adultos
      Superior: alunos de licenciaturas
      Profissional: professores da rede pública de ensino

Linha de pesquisa:

Filosofias da Diferença e Educação

Justificativa:

       Com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP) acerca do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB), concordamos com a necessidade da criação de propostas de estudos e de
pesquisas empenhadas na qualificação da Educação Básica no Brasil. Sabe-se que
uma das metas estabelecidas pelo MEC no Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE) é, justamente, elevar o IDEB brasileiro. Contudo, para que se concretize a
elevação dos índices educacionais, torna-se cada vez mais imprescindível o
investimento em ações voltadas à importância do processo de alfabetização em
crianças, jovens e adultos nas diferentes etapas da aprendizagem. Nesse sentido, o




                                                                               16
projeto de estudo e pesquisa aqui apresentado, oferece parceria e solidariedade às
atuais preocupações do governo federal em relação à qualidade do ensino público.
       Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida insere-se, portanto,
num cenário que busca alternativas de compreensão e de superação dos resultados
apontados pelo INEP; principalmente aqueles que sinalizam as dificuldades de
linguagem na escola, expressadas pela grande maioria dos alunos da Educação
Básica através da avaliação da Prova Brasil. Dificuldades, estas, pelos mais diversos
motivos, relacionadas ao próprio uso e produção da linguagem, ou seja, relacionadas
à associação entre conteúdos escolares e operações mentais que envolvam leitura,
interpretação, escrita, variações acerca de um mesmo tema, relações entre fatos,
saberes e locais, diferentes usos da linguagem, singularizações, raridades, processos
de pensamento e de expressão, relações espaciais, temporais e históricas,
sensibilidade para as artes como modo de expressão e de invenção, bem como as
habilidades e competências necessárias ao estabelecimento de problemas no campo
das ciências exatas.
       Como se trata de um projeto desdobrado em oficinas de escrileitura, operamos
com este conceito a partir das indicações de Corazza (2007): como texto que
reivindica uma postura multivalente do leitor, de co-autoria. Assim, a idéia da escrita
como um processo de escrileitura, remetido a uma “escrita-pela-leitura” ou uma
“leitura-pela-escrita”, propõe um texto aberto às interferências do leitor e, portanto,
sempre escrevível de diferentes maneiras. Trata-se do texto produtivo, ou seja, do
texto que ganha existência na medida em que o seu leitor é um produtor de
significações
       Nesse sentido, é com o espírito da produção que o plano de trabalho, aqui
apresentado, se justifica enquanto modo de intervenção bio-filosófico-pedagógica nas
aprendizagens que, por excelência, envolvem processos de alfabetização e de
desenvolvimento do potencial humano criativo em diferentes etapas da Educação
Básica e Superior. Sua extensão aborda a alfabetização como prática e como conceito
que está para além de uma apropriação do código da escrita, sabidamente necessário
para responder de maneira satisfatória às demandas sociais. Entende-se a leitura e a
escrita como práticas que acontecem em diferentes suportes, de múltiplos modos;
como ações criadoras de sentidos diferentes para cada “leitor-escritor” em seus
processos de subjetivação e que, portanto, entram na linguagem em suas variadas
formas. Nessa perspectiva, propõe-se a criação de outros modos de pensar o vivido
no campo das singularidades, oportunizando, através das oficinas de escritura, a
experimentação de outras maneiras de expressão, de afectos e de modos de enfrentar
e de ordenar o que ainda não está materializado no campo da aprendizagem.


                                                                                    17
O trabalho com oficinas de escritura implica, necessariamente, o campo do
vivido, dos sentidos, das sensações ou das invenções. Cada uma das oficinas
compreende um convite à escrita e à leitura: escrileitura que se desdobrará em
saberes, histórias, aventuras, problematizações, musicalidade, arte, fantasias e
fruições.
          Deseja-se um encontro produzido na multiplicidade do “leitor-escritor-texto”, no
qual o texto se exerça como um ato de sedução do pensamento, que seduz o outro
porque o deseja. Em Barthes (2008, p. 20), temos que “o brio do texto (sem o qual, em
suma, não há texto) seria a sua vontade de fruição: lá onde ele excede a procura,
ultrapassa a tagarelice e através do qual tenta transbordar, forçar o embargo dos
adjetivos – que são essas portas da linguagem por onde o ideológico e o imaginário
penetram em grandes ondas”. Um modo de texto por onde o autor seja entornado na
própria     intersecção   “escrita-leitura”,   cujo   processo   de   decomposição   e   de
desocupação dos territórios identitários, permita uma possibilidade de abertura ao
inusitado, à raridade e ao desejo de escrever.
          Trata-se de um projeto que pretende explorar e ampliar as possibilidades do
trabalho com diferentes linguagens, provocando outros modos de relação com a
escrita, com a leitura e com a vida. A modalidade de ação proposta através de
oficinas,    nesse sentido,     compreende a experimentação como condição da
aprendizagem, uma vez que possa convocar para a ação do pensamento. Investe-se,
portanto, em processos disparadores da criação textual, na medida em que colocam
um problema em cena: a ser lido, falado, enunciado, perguntado, transformado e
escrito em suas variadas formas.
          Para a escrita que acontece nas aberturas experimentais, o conceito de
experimentação aqui utilizado, ultrapassa a idéia ilusionista de uma etapa
metodológica previsível e garantida ao acesso ou à comprovação do conhecimento.
As experimentações textuais propostas neste projeto, não buscarão a generalização
do particular ou a comprovação de quaisquer tipos de “evidências”, tampouco
compreenderão a noção de conhecimento como algo de uma natureza exclusivamente
empírica ou ainda passível de desvelamento. Mas tratarão, como encontramos em
Nietzsche (2005), da vida como obra de arte: do desordenamento necessário à
criação; da idéia de afetação, de transgressão e de abertura ao encontro inesperado
com outro corpo, seja ele um texto, uma imagem, uma pergunta, um pensamento, um
humano... Trata-se de por em experimentação o que não se conhece, através de uma
espécie de infância do mundo. E, na extensão de sua estrangeiridade, fazer falar e
escrever outra língua na liberação de forças mais criativas.




                                                                                         18
O conceito de escrileitura, portanto, insere este projeto na dimensão imaginativa
de toda a escritura ou texto de fruição. Ou seja, lidará com os modos de produção e de
inscrição de sentidos, de histórias, de vidas, de coisas no mundo, etc; que acontecem
através e nas brechas experimentais, situadas entre espaçamentos não pensados, no
imenso campo de possibilidades que há entre os objetos brutos, para dizer da
importância do outrem na criação. A escrileitura, como exercício imaginativo, encontra-
se na própria experimentação do pensamento. Está na abertura. Ela pode produzir
intensidades de tal modo que se distribuam para além do deslocamento físico. Como
no olhar de Deleuze (2001), é muito viável que se possa experimentar todo o tipo de
vida sem, necessariamente, qualquer movimentação mecânica ou instalação do real:


                          As intensidades se distribuem no espaço ou em outros
                          sistemas que não precisam ser espaços externos. Garanto
                          que, quando leio um livro que acho bonito, ou quando ouço
                          uma música que acho bonita, tenho a sensação de passar por
                          emoções que nenhuma viagem me permitiu conhecer.

     Assim, as escrileituras podem abrir um universo de sentidos e de imagens
outras; entre estas, é possível visualizar a figura do rizoma, por exemplo, abordada em
Deleuze.    Tessituras,     velocidades,   conexões,   intensidades,   singularização.
Esquizolinhas... "Não existem pontos ou posições num rizoma como se encontra numa
estrutura, numa árvore, numa raiz. Existem somente linhas" (DELEUZE; GUATTARI,
1995, p.17). Portanto, "há tipos de linhas muito diferentes na arte, mas também numa
sociedade, numa pessoa" (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 47). Interessam, aqui, as
noções de encontro, de acontecimento e de interceptação do Mesmo, para pensar e
produzir novas escritas e aprendizagens. A experimentação, neste plano de trabalho,
é entendida como algo que possa forçar o pensamento, com a potência do
esfacelamento necessário daquilo que impede o estabelecimento de outros modos de
relações, de outras aprendizagens. É tributária da noção de corpo rizomático,
atravessado e composto por uma infinidade de linhas e de fluxos que fogem ao infinito,
atravessado por cheiros, imagens, hormônios, afetos, sensações, ondas sonoras,
gravitacionais, dinamizadas... Enfim, um modo de produção textual que possa fazer
saltar do sítio sombreado de velhas árvores conhecidas do Éden (representacional)
em direção à massa disforme da imaginação, por onde brotam desertos, saqueadores,
combates, festas dionisíacas e intensidades que não se submetem ao impedimento
cognitivo, mas que inauguram novas formas de “ler-escrever”.
     As leituras de Foucault (2007) e Deleuze (1997) permitem-nos pensar o
escrileitor como um corpo que escorrega sobre a superfície livre, capaz de navegar a



                                                                                    19
experimentação da escrita em toda a sua extensão, mas que também necessita de
estriamentos para que possa estabelecer territórios de aprendizagem.
     A produção de escrileituras pode referir um contágio ou um convite do “escritor-
leitor” à invenção de outra língua, na aventura da criação e da reverberação de novos
sentidos, por onde não há suporte ao “re-sentimento”. No entanto, se a linguagem
dispõe-se ao infinito, na fabricação de conceitos que se articulam ilimitadamente, a
palavra, de certa forma, impõe limites aos significados que pode expressar. As
palavras, a serviço de nomeações e de generalizações do comunicável, sugerem uma
compreensão finita da realidade. Assim posto, a escrileitura se ocupará de conexões
estrangeiras à palavra em si mesma, que justamente a transbordam em sua
materialidade para inscrever-se na inauguração de uma língua escapista e inventora
de conectores.
       Trata-se da dispersão lingüística produzida nos espaços intermediários da
comunicação. Espaços, estes, situados entre o dito (nomeado) e o “não dito”. Brechas
por onde a língua se distrai dos modelos representacionais e força a palavra a fazer
outros nexos, a dizer o que ela não poderia dizer. Quando faz passar o pensamento e
abre-se para a repetição da singularidade. Nesse sentido, o escrileitor pode ser
entendido enquanto corpo-aberto ao movimento da criação de conceitos, como se
estes fossem a própria encosta do „guardador de textos‟, como que um lugar de
abrigo, uma casa movediça com janelas e portas abertas. Os conceitos, diz Deleuze
(1997, p.51), “são totalidades fragmentárias que não se ajustam umas às outras, já
que suas bordas não coincidem. Eles nascem de um lance de dados, não compõem
um quebra-cabeça. E, todavia, eles ressoam...”. Para fazer ressoar um conceito, o
escritor passa pela terra desértica, pré-conceitual e anterior à escrita: lugar de
reverberação da história. Neste plano, um conceito pode retumbar e somar-se a
outro(s), produzindo um terceiro, quarto, quinto.... novo conceito, inaugurando a
diferença a cada repetição, conexão e deslocamento conceitual. A criação, nesse
sentido, é uma necessidade de efetuação, produzida pelo estancamento do fluxo já
conhecido e contínuo: quando algo do fora da linguagem força o descontínuo de uma
existência em sua diferenciação.
     Em Diferença e repetição, Deleuze (1988) propõe a reversão do conceito de
repetição. O filósofo parte do suposto de que a repetição não é a generalidade,
opondo-a exatamente àquilo que compreendemos enquanto reprodução do Mesmo.
Isso faz nexo com a ótica pela qual é possível tratar a dinâmica da repetição lingüística
sem ligá-la às idéias de equivalência ou semelhança. Nesse sentido, o escrileitor pode
produzir seu texto no arranjo de conceitos, criando novas linguagens num processo
de repetição como comportamento, mas em relação a algo único ou singular, algo que


                                                                                      20
não tenha semelhante ou equivalente. Do ponto de vista da repetição do semelhante
(da generalidade), enxerga-se a representação do particular como se fosse o próprio
particular (supostamente substituído) e ignora-se qualquer possibilidade de diferença:
importa, aqui, a cópia do modelo, ou seja, a escrita descritiva. Trata-se da
generalização do particular. Assim, enxerga-se um texto-desenho como representação
de algo, de algo passível de substituição. No entanto, do ponto de vista da “repetição”
diferencial, proposta por Deleuze (na reversão do conceito), enxerga-se uma
singularidade sem equivalente, insubstituível. Sua potência está em introduzir a
diferença. Um texto decorado, será sempre outro a cada repetição: no lugar do Mesmo
se instala, agora, a diferença. Escrever, nesse sentido, é singularizar algo durante um
processo de aventura que se repete.
        Tomar a escrita e a leitura como aventura, é, necessariamente, vê-las como um
exercício de pensamento. Sendo assim, cada exercício de pensamento refere uma
temporalidade própria ao período de sua viagem: com paradas provisórias,
velocidades      que    passam   da   aceleração    infinita    às       lentidões   necessárias,
esgotamentos, vôos alucinados, desatinos, excessos, escassezes de idéias,
combates, multidões, inspiração, musicalidade, solidão e fome. É dizer de uma
escrileitura que solicita outro tempo que não este, cronológico, mas que pede
passagem para existir ao seu modo, de outras maneiras possíveis de inscrever
sentidos e signos, no qual a mudança de posição e de significações dos códigos
também abra passagem às escritas formais; posto que o sucesso escolar implica,
essencialmente, o exercício das práticas sociais de leitura, numeramento, oralidade e
escrita.
        Mediante ao plano de trabalho apresentado, em sua dimensão multidisciplinar da
alfabetização, trata-se de desenvolver estudos e atividades no campo das múltiplas
linguagens expressas nas oficinas propostas: biografemática, filosófica, musical,
teatral, artística visual e lógico-matemática.


Objetivos:

          Produzir, em nível de mestrado e de doutorado, estudos relacionados ao
           conceito    de   aprendizagem,   de     letramento        e     de   escrileitura   na
           contemporaneidade.
          Investigar as relações entre modalidades de pensar e modalidades do
           aprender.
          Constituir espaços de pesquisa e de in(ter)venção nos modos de ler e de
           escrever.


                                                                                               21
   Contribuir na formação de recursos humanos em educação, através de
        experimentações previstas com docentes da rede pública de ensino e com
        alunos de licenciaturas.
       Criar, nas oficinas de escritura, cenários de autoria e leitura junto aos alunos da
        Educação Básica (Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e
        Adultos) envolvidos no projeto.
       Expandir o conceito de texto para além das noções de registro e prazer, que
        permita uma possibilidade ao inusitado, à raridade e ao desejo de ler e de
        escrever, ultrapassando assim as escolhas definidas por territórios identitários.
       Desenvolver Oficinas, Colóquios, Cursos de              Extensão e Ciclos de
        Conferências, orientados e ministrados pela equipe do projeto; professores da
        Linha de Pesquisa 09 Filosofia da Diferença e Educação do PPGEDU/UFRGS;
        bem como por pesquisadores integrantes e colaboradores do Grupo de
        Pesquisa DIF – artistagens, fabulações, variações;

Metodologia:


        Pensar um método que pensa o próprio caminho da investigação, que se utiliza
de um percurso desconhecido para traçar desvios e operar outras rupturas no já
sabido, reconhecido e legítimo. Um método que pode estabelecer suspeitas e propor a
reversão dos saberes pretensiosamente universais. Poder-se-ia dizer que se trata do
método genealógico inaugurado por Foucault em 1961, na História da Loucura. No
entanto, é bem possível que esta “inovação metodológica”, como bem refere Roberto
Machado na introdução do livro Microfísica do poder (Foucault, 1990), nos sirva para
pensar o pensamento e os saberes tanto discursivos quanto não-discursivos
produzidos ao longo da história da Educação em seus dinamismos espaço-temporais.
        Pesquisar acerca da efetuação de um determinado saber em diferentes épocas
e em diferentes locais, a fim de pensar os meios e as condições que possibilitaram o
seu surgimento, bem como a instituição de uma nova prática discursiva nomeada por
letramento. Trata-se de uma abordagem acerca das relações entre os saberes,
observando as compatibilidades e as incompatibilidades que permitem individualizar
formações discursivas, uma vez que são produzidas em espacialidades e
temporalidades distintas; ou, ainda, “... uma forma de história que dê conta da
constituição dos saberes, dos discursos, dos domínios de objeto, etc., sem ter que se
referir a um sujeito...” (Foucault, 1990, p. 7).
        O método foucaultiano, tributado na análise dos conceitos que este projeto
convoca a pensar, sejam eles todos atravessados pelas noções de letramento, texto,


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aprendizagem, pensamento e criação; implica, de antemão, uma ruptura com a noção
de “sujeito-unidade”, portador de uma essência ou humanisticamente transcendente
(ao modo como é tratado na filosofia humanista do pensamento moderno), e nos leva
a incursionar outro conceito de sujeito. Como forma de superação do platonismo
analítico-cristão da finitude, Foucault propõe uma concepção de sujeito bastante
afastada do cartesianismo e da análise kantiana ao perguntar-se: “qual é, pois, a
relação e a difícil interdependência entre o ser o pensamento? Que é o ser do homem,
e como pode ocorrer que esse ser, que se poderia tão facilmente caracterizar pelo fato
de que „ele tem pensamento‟ e que talvez seja o único a possuí-lo, tenha uma relação
indelével e fundamental com o impensado? (Foucault, 1999, p.448). Há, portanto, uma
interrogação acerca do modo de ser do homem e sua relação com o pensado e o
impensado transcendental. Propõe-se, no entanto, que o pensamento se dirige ao
impensado e com ele se articula, de modo que o sujeito seja contemporâneo do
impensado e não posterior a ele, como propunha a analítica da finitude. Não sendo
funcionário de pensamentos ainda não pensados (universais e anteriores a si mesmo),
o sujeito pode ser tratado como uma realidade histórica do presente, constituída por
determinados saberes. Posto assim, não há como tirar-lhe todas as máscaras para,
enfim, desvelar uma identidade primeira, justo porque não haveria uma identidade
recolhida em si mesma. A pesquisa genealógica, ao contrário, voltar-se-á para as
aventuras e desvios que puderam ter acontecido, bem como a todo tipo de disfarce
possível. O genealogista, por assim dizer, é uma espécie de “escutador” da história,
que recusa a pesquisa da origem, como bem sugere Nietzsche ao tornar-se um
sintomatologista da civilização.
       Nesse sentido, a força do método proposto por este projeto de pesquisa, de
inspiração nietzscheana, foucaultiana e deleuziana, além de problematizar e
desconstruir as noções de letramento vinculadas à filosofia humanista, principalmente
aquelas implicadas por conceitos de sujeito, de realidade e de verdade, também nos
arremessa à experimentação da terra desconhecida (a ser pesquisada), sem a firmeza
do solo platônico-cristão das representações. Foucault, em um devir estrangeiro, nos
arrasta à estrangeiridade da pesquisa e ao estranhamento de todo o tipo de convicção
quando topamos o convite do arqueólogo em seu “trabalho-viagem” exploratório. É
como arqueólogos, então, que nos colocaremos ao lançar mão do método genealógico
da dispersão, ou seja, de um método cuja preocupação maior está justamente no jogo
do discurso, no jogo que lhe é imanente, no qual seus enunciados aparecem de modo
disperso e heterogêneo, em um estado tal de revezamento que permite trocas de
posições, supressões, substituições e aparições descontínuas, em estado dançante,
molecular e caóide; ao qual pode-se imprimir, a qualquer tempo e interesse, um


                                                                                   23
determinado ordenamento político. Cabe ao método genealógico, então, pesquisar
este solo de estabelecimentos conceituais “verdadeiros” e supostamente universais.
Ele colocará o conceito em perspectiva genealógica, investigará as variações espaço-
temporais e mudará as perguntas generalizadoras que buscam “o que é aprender?”; “o
que é ensinar?”; “o que é ler?”; o que é escrever?”; “o que é pensar?” etc.; em
detrimento de     “quais as condições possíveis para o pensamento?”; “em que
condições acontecem a leitura e a escrita?”; “como e quando surgem leitores-
escritores?”
       Trata-se de uma investigação que colocará em evidência o drama do saber
investigado, posto que estará atento as suas irregularidades e variabilidades,
problematizando    a   sua   dimensão     hegemônico-representacional.     É,   portanto,
movimento descontínuo que nos permite explorar como exploradores em terra
desconhecida e encontrar raridades ou individuações não recobertas pela imagem do
pensamento representacional.
       Nesse sentido, o pensamento de Foucault nos permite uma aproximação ao
pensamento deleuziano. Permite que pensemos a pesquisa como aventura ou
viagem... Da qual não se pode desembarcar com o mesmo corpo. De uma aventura
que nos coloca a conhecer caminhos ainda não pensados, que revertem palavras de
seus sentidos e fazem escapar o pensamento. Há quem chame de a grande aventura
do espírito, em se tratando de nossas corporeidades. É a aventura do nascimento e da
morte, do acontecimento que nos torna inteiramente outro: por onde não há mais
reconhecimento, mas as possibilidades conceituais da linguagem.
       Portanto, a pesquisa propõe-se a enfrentar o “perigoso” plano de imanência,
sobre o qual os corpos encontrarão velocidades e variações infinitas. Por onde “o
pensamento reivindica somente o movimento que pode ser levado ao infinito” (Deleuze
e Guattari, 1997, p. 53). Em Deleuze, um conceito é um estado caóide. Algo desta
afirmação compõe a imagem de um mergulho no caos, no fora da linguagem
representacional. Deste mergulho, breve, opera-se um retorno de pensamento: do
caos tornado consistente. Uma espécie de salto radical sobre a loucura, na inversão
das palavras, no reverso dos sentidos, no abandono de convicções, no seu devir
criança... Enfim, o próprio acontecimento. O acontecimento, diz Deleuze (2000, p.
152), “não é o que acontece (acidente), ele é no que acontece o puro expresso que
nos dá sinal e nos espera”, uma vez que “o ator efetua o acontecimento...” porque lhe
é necessário e não há como não fazê-lo.
       Se as caóides, as três filhas do caos, a filosofia, a ciência e a arte, são formas
de pensamento, como afirmam Deleuze e Guattari (1997), são realidades produzidas
em planos que recortam o caos. Planos, estes, que só podem coexistir na dimensão


                                                                                      24
de um “estado de sobrevôo”, uma forma em si de junção a qual Deleuze e Guattari em
O que é a filosofia? nomearam por cérebro. Em se tratando de uma pesquisa que
pretende ocupar-se da aprendizagem enquanto processo de pensamento e, portanto,
produtora de leituras e de escritas desejantes, há de se retornar do estado caótico:
traçar um programa e cartografar o ambiente da pesquisa durante o próprio percurso.
Ver pontos que se sobrepõem, ver as recorrências, os detalhes de raridade. Trata-se
de um método que só é possível no tempo lógico de sua produção. Estabelecido nas
fronteiras do território pesquisado, possui bordas que demarcam extensões de forças,
cujas contrações podem, a qualquer tempo, ora repulsar e ora aspirar outros objetos
de análise.
       Arqueologicamente, as oficinas de escritura constituem uma metodologia
encenada, que deseja colocar o pensamento em cena, desde um modo possível de
pesquisar, desalojado de um contínuo de procedimentos pré-definidos, mas que
compõem uma prática a ser inventada, documentada, analisada e produtora de
sentidos, afecções, conceitos, relações e aprendizagens.
       Nesse “com-texto” de procedimentos, pretende-se constituir uma dinâmica em
dois planos: um, diz respeito à modalidade das oficinas enquanto modo de intervenção
na leitura e na escrita de seus integrantes; o outro, coexistente a este, compreende a
investigação acerca dos movimentos de pensamento, leitura e escrita que se
expressam através das oficinas, envolvendo processos mentais de diferentes ordens:
do lógico-matemático-científico, das artes e das problematizações.
       A metodologia de trabalho empregada no projeto Escrileituras: um modo de
“ler-escrever” em meio a vida, compreende um modo de intervenção investigativa
nas formas de aprender e, como tal, prevê a modalidade de oficinas como estratégia
de experimentações textuais. Para tanto, refere um plano de trabalho organizado em
tempos, espaços e propostas específicas a cada encontro.
       Em relação aos locais de desenvolvimento das oficinas, considera-se
imprescindível que as instituições escolares estejam de acordo com o projeto e que
expressem seu conhecimento e congruência. Nesse sentido, como condição para a
qualidade do trabalho, propõe-se uma relação de parceria junto às respectivas
escolas, principalmente naquilo que diz respeito ao seu funcionamento: contribuição
pedagógica e utilização do espaço físico de forma adequada.


CARACTERÍSTICAS DO EIXO COMUM ÀS OFICINAS


    Transdisciplinaridade



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    Imersão no estrangeiro através de experimentações com texto e com a leitura
       Aportagem de problematizações acerca do cotidiano
       Vivência de diferentes processos de singularização (seu, do outro, do grupo)
       Articulação com a docência da investigação
       Produção escrita em todas as modalidades de oficinas
       Espaço de correlações entre leitura, invenção, sensações, afectos e
        pensamento


EIXOS ESPECÍFICOS DE CADA OFICINA


       Artes Visuais
        Experimentação de coisas percebidas mas ainda não estratificadas e
conhecidas, o que significaria “ver com os olhos” através das sensações. Como em
Valéry (2003), operar uma certa disjunção entre o intelecto e a sensação, a fim de
fazer contato com a imagem em seu estado anterior à interpretação, numa espécie de
apreensão do fenômeno ainda não codificado no plano dos valores, mas passível de
constituir-se como ponto de partida para a sua escritura. Uma escrita que se efetua na
expressão do desconhecido, demoradamente tocado pelos olhos e mãos que, por
necessidade, colocarão a visão sobre um suporte. Trata-se do diálogo entre o eu que
vê e o eu que desenha ou escreve em processo de criação; ou seja, inventa-se
mesmo aquilo que seja mais familiar (na medida em que o modo de ver é inventado
através de sua expressão).
       Partindo da pergunta de Deleuze (1987) em Proust e os signos: o que a
aprendizagem da literatura e da arte tem a ensinar acerca da aprendizagem? Temos
que a arte não é um alvo, um ponto fixo a ser atingido, mas um atrator caótico, um
ponto tendencial, sem possibilitar falar em regimes estáveis ou em resultados
previsíveis. Colocar a aprendizagem do ponto de vista da arte é colocá-la do ponto de
vista da invenção. A arte surge como um modo de colocação do problema do
aprender. Toda aprendizagem começa com a invenção de problemas.
       E neste plano disforme do encontro, temos o nascedouro de uma escrita que faz
artistagens, cujo percurso pode liberar o pensamento “daquilo que ele pensa
silenciosamente, e permitir-lhe pensar diferentemente” (FOUCAULT, 2007, p. 14).
Assim, também, o escritor-artista se “arriscará” ao encontro daquilo que o pensamento
ainda não havia pensado.




                                                                                       26
    Biografemas
   Uma oficina de escritura biografemática: implicada por movimentos disparadores
de pensamento. O que significa escrever os detalhes de uma vida, as raridades que
passam desapercebidas ou que ainda não foram significadas e partilhadas no plano
cognitivo. Transformar detalhes insignificantes (sem significação prévia) em signos de
escrita. Utilizar estes signos (aqueles que podem encantar) como disparadores de um
novo texto, ou seja, da escrita de uma vida em experimentação e que, portanto, é
produzida na potência da invenção de sentidos. Trata-se da invenção de conectores
entre ficção e realidade, entre imaginário e história biográfica. Assim, a escritura
ficcional não é menos verdadeira do que aquela que se acredita no terreno da
verdade: cada traço, um detalhe e cada detalhe, uma nova escritura. Trata-se, nesse
sentido, do acontecimento (escrita) de uma biografia, na qual os traços são
inventariados.
   Esta oficina, como as outras, convoca seus integrantes à postura da produção:
produzir com o autor do texto lido, ao ponto de tornar a escrita uma necessidade de
reinvenção do eu que escreve.


       Filosofia
       Uma proposta de escrita por dentro do próprio texto, no qual o “dentro”
comunica-se com o “fora” da escrita e, na mesma superfície, passa a conversar com
quem o escreve: objetos que se produzem e ganham vida no exercício da linguagem,
e que passam a dialogar e a produzir encontros de autorias inesperadas. O
“escrileitor” é também considerado texto, pretexto, personagem e escritor que
experimenta a superfície movediça do vivido. Ele compõe autoria com o que encontra
ou com quem quer que seja que o encontre.
       Uma    oficina   provocadora    de   sentidos   e   produtora    de    conceitos   na
experimentação de sensações, afectos, desejos e outras maneiras de ser e de
escrever o inefável... O texto, portanto, é único, múltiplo e infinito, porque ele se fabrica
durante o processo da oficina e toma a direção que lhe surge com mais energia,
durante   a   ocorrência    de   vetores    que   desafiam    a   gravidade    das   forças.
Descontinuamente, novas conexões de conceitos provocam o pensamento e permitem
uma existência possível no campo da linguagem. Cossutta (2001, p. 40) faz referência
ao “intermediário entre a imagem e a forma, entre o vivido e o abstrato” em sua
abordagem acerca do conceito. Quanto à semântica conceitual, Cossutta sugere que o
conceito “é construído no seio da própria atividade filosófica” e que “o texto rearticula
conjuntos nocionais, desloca sentidos fixados e cria expressões novas...”. (p. 42).
Nessa perspectiva, a escrita se constitui e se organiza internamente través dos


                                                                                          27
conceitos que consegue anexar ou inventar nas próprias amarrações que se
estabelecem. É experimentação de vida na medida em que fabrica aberturas à escrita
compartilhada no encontro, através do qual, leitores e escritores podem trocar de
papéis e participar um da escrita do outro: quando ler e escrever se confunde na
própria coexistência.
       Nesse sentido, o pensamento está na criação de conceitos sempre possíveis,
que inspiram a pensar a vida como campo de forças e de multiplicidades, como
encontramos em Deleuze (1997, p. 10) ao afirma “... filosofia é a arte de formar, de
inventar, de fabricar conceitos.”


    Pensamento lógico-matemático
       Esta oficina considera a ciência um campo do pensamento e, portanto, uma
modalidade de aprendizagem que demanda a ordenação lógica do conhecimento.
Envolve, portanto, o estabelecimento de relações entre espaço, forma, grandezas,
medidas, números, operações, funções, bem como os modos de tratamento das
informações organizadas.
       Nesse sentido, desenvolver a potência do pensamento lógico-matemático
implica a criação de desafios científicos, ou seja, um espaço de produção das
perguntas necessárias à pesquisa e, conseqüentemente, à ordenação de objetos e de
funções.


       Música e corpo
   Musicalização     como    possibilidade   de   invenção,   de   sensibilização   e   de
problematização. Esta oficina trata a música como um modo de expressão da
linguagem que ela própria fabrica. Sua potência consiste, justamente, na abertura a
outros modos de sentir e de pensar o cotidiano e, portanto, buscará a criação de
conectores possíveis entre os modos de expressão musical e escrita. Serão realizadas
audições, performances e composições que possam colocar a música e a escritura em
estado de coexistência.
       Para o escrileitor, escrever é dar passagem à vibração dos sentidos e daquilo
que se pensa, através, mesmo, do modo de olhar e experimentar o mundo. Assim, ele
sugere ter olhos na ponta dos dedos para tocar a vida com vida. Ter olhos até na
ponta da língua para sentir o gosto de tudo pela primeira vez, como se enchesse de
estrelas o próprio céu da boca. Ou seja, trata-se de pensar com o corpo, de dentro do
mundo, longe de qualquer neutralidade, assepsia ou distanciamento científico; é,
também, sentir-se com o corpo todo, deixar-se tocar e colocar-se num estranhamento




                                                                                        28
sonoro, como que uma viagem à infância que habita todo o tipo de novidade e se torna
necessária ao espírito.
       Importa o que se processa no encontro dos corpos: tímpano, pandeiro, mãos,
papel, cordas vocais, etc. Para além dos significados do corpo e do pensamento em si
mesmos. O que há nos corpos, diz Deleuze (2000, p. 6), “são misturas: um corpo
penetra outro e coexiste com ele em todas as suas partes, como a gota de vinho no
mar ou o fogo no ferro. Um corpo se retira de outro, como o líquido de um vaso.”
       Em Nietzsche (2007, p.43), o conceito de corpo aparece voltado à arte em seu
caráter mais subversivo, de modo a impor-se diante do pensamento racionalista: “O
corpo é uma grande razão, uma multiplicidade com um só sentido, uma guerra e uma
paz, um rebanho e um pastor (...) Há mais razão no teu corpo do que na tua melhor
sabedoria (...) O ser próprio criador criou para si o apreço e o desprezo, criou para si o
prazer e a dor. O corpo criador criou o espírito como mão da sua vontade. Trata-se, na
perspectiva nietzscheniana, de uma corporeidade afirmativa, com potência criadora.
Tratar a relação corpórea da música        como também nos sugere o postulado de
Spinoza ao referir-se ao corpo humano (2007, p.163): “O corpo humano pode ser
afetado de muitas maneiras, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou
diminuída, enquanto outras tantas não tornam sua potência de agir nem maior nem
menor”.


       Teatro
        Experimentação cênica do pensamento. Modo de expressão que se elabora
fora da representação de um eu fixo para, justamente, operar o movimento que há
entre os corpos, seja de expulsão, atração e coexistência, capaz de inventar e
desfazer personagens. Um modo de expressão textual, com máscaras, ecos e
disfarces da realidade, que encena a repetição de gestos corpóreos da diferença e,
portanto, encena a potência da singularização possível a ser vivida e escrita.
       Trata-se de um jogo que embaralha e muda códigos de lugares, pela
intensidade e pela vida que se afirma na potência do que é inventado. Nesse sentido,
é justamente na infância que conseguimos ler e escrever nossos textos. No
Abecedário de Deleuze (2001), situando-nos na letra E de Enfance [Infância],
podemos encontrar uma aproximação do ato de escrever à idéia de infância e de vida
não-orgânica:
                 A literatura e o ato de escrever têm a ver com a vida. A vida é algo
        mais do que pessoal. (...) Mas também não se escreve pelo simples ato de
        escrever. Acho que se escreve porque algo da vida passa em nós. Qualquer
        coisa. Escreve-se para a vida. É isso. Nós nos tornamos alguma coisa.


                                                                                       29
Escrever é devir (...) escrever é mostrar a vida... É gaguejar na língua... Na
           Literatura, de tanto forçar a linguagem até o limite, há um devir animal da
           própria linguagem e do escritor e também há um devir criança, mas que não é
           a infância dele. Ele se torna criança, mas não é a infância dele, nem de mais
           ninguém. É a infância do mundo...


   PÚBLICO PREVISTO ÀS OFICINAS:
          Estudantes de licenciaturas, no eixo Educação Superior;
          Docentes da Educação Básica de Ensino, no eixo profissional;
          Alunos da rede pública de ensino, nos eixos da Educação Básica e da
           Educação de Jovens e Adultos.


   PERIODICIDADE DAS OFICINAS:
          Encontros semanais ou mais, conforme especificidade de cada oficina


   LOCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS OFICINAS:
          Espaços públicos: UFRGS, UNIOESTE, UFPel, UERGS, UFMT, UNIPAMPA e
           escolas da Rede Pública de Ensino.



                                                        ATIVIDADES
GRUPO
DE TRABALHO                                                                         SISTEMATIZAÇÃO
                             REALIZAÇÃO DAS OFICINAS DE ESCRITURA
                                                                                    DA PESQUISA
COMPOSTO POR                   JUNTO A ESTUDANTES E DOCENTES
BOLSISTAS
                                      ESTUDANTES                     DOCENTES
                                                                                    AVALIAÇÃO,
                                                                                    PLANEJAMENTO,
                       Matriculados   Matriculados   Matriculados    Professores    RELATÓRIO,
                       no Ensino      na Educação    em cursos de    com
                       Fundamental    de Jovens e    licenciaturas   matrícula na   SEMINÁRIOS,
                                      Adultos                        rede pública
                                                                                    PUBLICAÇÃO
                                                                     de ensino

Bolsistas estudantes        X              X              X               X                X
de mestrado e de
doutorado

Bolsistas estudantes        X              X              X               X                X
de graduação

Docentes da rede            X              X                                               X
pública em exercício
profissional




                                                                                          30
Cronograma de atividades:

                              2011                      2012               2013              2014
ATIVIDADES               2011/1 2011/2             2012/1 2012/2      2013/1 2013/2     2014/1 2014/2
Desenvolvimento
semanal das                X             X           X          X        X        X        X        X
oficinas
Encontros
quinzenais de
avaliação e de             X             X           X          X        X        X        X        X
planejamento dos
respectivos núcleos.
Seminário integrador
UFRGS, UNIOESTE                          X                      X                 X                 X
UFPel, UNIPAMPA,
UERGS e SMED.
Produção escrita de
relatórios semestrais      X             X           X          X        X        X        X        X
Publicação anual de
artigos                                  X                      X                 X                 X
Ciclos de
Conferências                                         X                                     X
Seminário nacional
e apresentação do
trabalho produzido                                              X                                   X
nas oficinas (textos,
imagens,      música,
esquetes teatrais e
instalações diversas)

   Duração do projeto:
   Quatro anos

   Resultados esperados:


         Contribuição no IDEB das escolas envolvidas direta ou indiretamente no
          projeto
         Qualificação acadêmica dos bolsistas através da realização de oficinas de
          escrileitura, bem como na participação da pesquisa acerca dos conceitos
          investigados
         Reverberação, na prática docente, do trabalho com texto mediante a
          participação dos professores e dos docentes em formação nas oficinas,
         Estabelecimento de novas relações textuais dos sujeitos envolvidos
         Publicação     de    artigos       que   relacionem   as   temáticas:   aprendizagem,
          pensamento, processos criativos, leitura e escrita na contemporaneidade




                                                                                               31
4. Utilização de fontes e de bases de dados:

       Como sintomatologistas e analíticos do sistema educacional brasileiro,
utilizaremos as bases de dados educacionais do INEP. Entre estas: o Censo Escolar,
com vistas ao estudo das informações relacionadas ao Nível do Ensino Fundamental e
à modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Consideramos a análise dos índices
relacionados, bem como o estudo de suas variações, uma possibilidade de
aproximação e de contribuição acadêmica na implementação de políticas orientadas
para a qualificação do sistema educacional brasileiro. Nesse sentido, os dados obtidos
por regiões e municípios, nos permitem uma análise topológica e tipológica do ensino
atualmente oferecido pelas escolas cadastradas no banco de informações do INEP.
       Também as Sinopses Estatísticas da Educação Básica, em suas informações
referentes aos estabelecimentos de ensino, às matrículas, à função docente e ao
movimento e rendimento escolar, serão utilizados no estudo da sintomatologia
presente nos dados levantados, cuja finalidade está na pesquisa de novas
proposições acerca dos modos de pensar e fazer educação.

5. Estratégias de disseminação dos resultados da pesquisa:

      Publicação de artigos
      Participação em espaços de formação junto aos professores da Educação
       Básica de Ensino
      Seminário Nacional de Educação
      Oficinas, colóquios e ciclos de conferências.

6. Bolsas solicitadas:

   Para a execução do projeto, solicitamos três bolsas para professores orientadores,
três bolsas para estudantes de doutorado, nove bolsas para estudantes de mestrado,
dezoito bolsas para professores da Educação Básica e também dezoito bolsas para
estudantes de graduação. A posterior seleção dos bolsistas será orientada pelos
seguintes critérios:
      Interesse na temática da pesquisa proposta
      Proximidade teórica ao pensamento da diferença abordado neste projeto
      Experiência no trabalho escolar
      Disponibilidade para desenvolver com empenho e com espírito pesquisador as
       atividades propostas no referido projeto




                                                                                   32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARTHES, Roland. A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70, 1987.
_____. A câmara clara: notas sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
_____. A preparação do romance I: da vida à obra. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
_____. Aula (pronunciada dia 7 de janeiro de 1977). São Paulo: Cultrix 1989.
_____. Crítica e verdade. São Paulo: Perspectiva, 2003.
_____. Elementos de semiologia. São Paulo: Cultrix, 1971.
_____. Ensaios sobre teatro. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
_____. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
_____. Incidentes. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.
_____. Michelet. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
_____. Mitologias. Rio de Janeiro: Difel, 1978.
_____. O grão da voz: entrevistas, 1961-1980. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
_____. O grau zero da escrita seguido de Novos ensaios críticos. São Paulo: Martins
Fontes, 2004.
_____. O neutro: anotações de aulas e seminários ministrados no Collège de France,
1977-1978. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
_____. O prazer do texto. São Paulo: Editora Perspectiva, 2008.
O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (p.181-190). 83
____. Roland Barthes por Roland Barthes. . São Paulo: Estação Liberdade, 2003
CORAZZA, Sandra Mara. Artistagens: filosofia da diferença e educação. Belo
Horizonte: Autêntica, 2006. 84
_____; AQUINO, Júlio Groppa (Orgs.). Dicionário das idéias feitas em educação. Porto
Alegre. 2009. 87 p. (Livro digitado).
_____ (Org.). Fantasias de escritura: filosofia, educação, literatura. Porto Alegre:
Sulina, 2010.
_____. “Introdução ao método biografemático.” In: COSTA, Luciano Bedin da;
FONSECA, Tania Mara Galli. Vidas do fora: habitantes do silêncio. Porto Alegre:
Editora, 2010. p.85-107.
_____. “Pesquisar o Acontecimento: estudo em XII exemplos”. In: ZORDAN, Paola;
TADEU, Tomaz; Linhas de escrita. Porto Alegre: Autêntica, 2004. p.7-78.
_____. “O docente da diferença”. Porto Alegre: PPGEDU/UFRGS, 2008, 16p. (Texto
digitalizado.)
_____. “Os sentidos do currículo” In: Revista Teias. Rio de Janeiro: UERJ, 2010. 17p.
(Org. LOPES, Alice Casemiro.) (No prelo.)




                                                                                       33
. _____. Os cantos de Fouror: escrileitura em filosofia-educação. Porto Alegre: Ed. Da
UFRGS e Sulina, 2007.
_____. Para uma filosofia do inferno na educação: Nietzsche, Deleuze e outros
malditos afins. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
_____. Uma vida de professora. Ijuí: Unijuí, 2005.
_____ (Org.). Dossiê Gilles Deleuze. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 27, n. 2,
Jul./Dez. 2007.
COSSUTTA, Frédéric. Elementos para a leitura dos textos filosóficos. São Paulo:
Martins Fontes, 2001
DELEUZE, Gilles. A filosofia crítica de Kant. Lisboa: Ed. 70, 1994.
_____. A ilha deserta e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006.
_____. Bergsonismo. São Paulo: Ed.34, 1999.
_____. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992
_____. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 1997.
_____. Deux régimes de fous. Textes et entretiens 1975-1995. Paris: Minuit, 2003.
_____. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
_____. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume.
São Paulo: Ed. 34, 2001.
_____. Espinoza e os signos. Lisboa: Rés, s/d.
_____. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1991.
_____. L’ ABÉCÉDAIRE de Gilles Deleuze. Entrevista com Gilles Deleuze. Editação:
Brasil, Ministério de Educação, “TV Escola”, 2001. Paris: Éditions Montparnasse, 1997.
1 videocassete, VHS, cor
_____. La imagen-movimiento. Estudios sobre cine 1. Barcelona: Paidós, 1994.
_____. La imagen-tiempo. Estúdios sobre cine 2. Barcelona: Paidós, 1996.
_____. Lógica do sentido. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000
_____. Nietzsche. Lisboa: Ed.70, 1994.
_____. Nietzsche e a filosofia. Porto: Rés, s/d.
_____. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
_____. Spinoza y el problema de la expresión. Barcelona: Atajos, 1996.
_____; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo:
Editora 34, v. 1, 1995.
_____. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio
de Janeiro: Ed. 34, 1997. 2ª Edição
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
_____. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da
Costa Albuquerque; José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: 2007.


                                                                                    34
_____. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: graal, 1990. 9ª Edição
_____.Vigiar e punir. Tradução de Ligia M. Pondé Vassalo. 7.ed. Petrópolis: Vozes,
1989.
NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 2001.
_____. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Tradução de Paulo
César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução e notas de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2007.
VALÉRY, Paul. Alfabeto. Belo Horizonte: Autêntica, 2009
_____. Degas, dança, desenho. São Paulo: Cosak & Naify, 2003.
_____. Eupalinos ou O arquiteto. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996.
_____. Introdução ao método de Leonardo da Vinci
_____. Variedades. São Paulo: Iluminuras, 1991.




                                                                                35
ANEXO II
                                              OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO - EDITAL 2010
                                                       Proposta Orçamentária
                                                  ANEXO II - TABELA ORÇAMENTÁRIA

            Despesas                                  Ano 1                                              Ano 2
                                   Duração   Quantidade        Valor     Subtotal   Duração   Quantidade         Valor     Subtotal        TOTAL
                Modalidades
                                   (Meses) (Nº de Bolsistas)   (R$)       (Ano 1)   (Meses) (Nº de Bolsistas)    (R$)       (Ano 2)
             Coordenação
             (R$ 1.500,00)               12                3     1.500      54000         12                3      1.500      54000        108000
             Doutorado
 Bolsas      (R$ 1.800,00)               12                3     1.800      64800         12                3      1.800      64800        129600
             Mestrado
             (R$ 1.200,00)               12                9     1.200     129600         12                9      1.200     129600        259200
             Prof. Ed. Básica
             (R$ 765,00)                 12               18      765      165240         12               18        765     165240        330480
             Aluno Graduação
             (R$ 400,00)                 12               18      400       86400         12               18        400      86400        172800
             Material de Consumo
             (R$)                                     25.000                                            20.000                              45000
 Outras
             Diárias
despesas
             (R$)                                     15.000                                            20.000                              35000
(Custeio)
             Passagens
             (R$)                                     10.000                                            10.000                              20000
             Capital
 Capital
             (R$ 8.000,00)
                                                                                                                     TOTAL GERAL
                                                                                                                                           1100080




                                                                                                                                      36

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Projeto Escrileituras:um modo de ler-escrever em meio à vida

  • 1. PROJETO DE PESQUISA Plano de trabalho OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO – EDITAL 038/2010 Fomento a Estudos e Pesquisas em Educação CAPES/INEP ESCRILEITURAS: UM MODO DE “LER-ESCREVER” EM MEIO À VIDA Coordenação do projeto: Sandra Mara Corazza Instituição sede: Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS Núcleo proponente: UFRGS, UFPEL, UNIOESTE, UFMT e UERGS Apresentado a CAPES em setembro de 2010.
  • 2. 1. Ofício de encaminhamento do projeto: 2
  • 3. 2. Termo de compromisso dos participantes Professora Sandra Mara Corazza UFRGS Professor Silas Borges Monteiro UFMT TERMO DE COMPROMISSO Na qualidade de membro participante da equipe de trabalho que compõe o projeto Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida, venho, através deste, balizar minha concordância com a proposta de estudo e pesquisa apresentada em sua íntegra, bem como o meu compromisso quanto ao cumprimento e à execução do projeto. _________________________________________ Professor Dr. Silas Borges Monteiro / UFMT 3
  • 4. Professora Ester Maria Dreher Heuser UNIOESTE Professora Carla Gonçalves Rodrigues UFPEL TERMO DE COMPROMISSO Na qualidade de membro participante da equipe de trabalho que compõe o projeto Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida, venho, através deste, balizar minha concordância com a proposta de estudo e pesquisa apresentada em sua íntegra, bem como o meu compromisso quanto ao cumprimento e à execução do projeto. _________________________________________ Professora Dra. Carla Gonçalves Rodrigues / UFPEL 4
  • 5. Professor Gabriel Sausen Feil UNIPAMPA Professora Adriana Abech Branchelli EMEF Ver. Antônio Giúdice 5
  • 6. Professora Janete Maria do Nascimento Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR Professora Luciana Alves Pinto Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR 6
  • 7. Professora Janice Inês Winter Ortiz Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR Professor João Schommer Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR 7
  • 8. Professa Sandra Elisete Casola Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR Professora Shirlei Bracht Estadual Jardim Europa. Toledo/PR 8
  • 9. Cristiano Bedin da Costa Doutorando do PPGEDU/UFRGS Professor Eduardo Guedes Pacheco UERGS 9
  • 10. Professor Deniz Nicolay UFFS Professor Luciano Bedin da Costa SETREM 10
  • 11. Professor Paulo Mauro da Silva Secretaria Municipal de Educação de POA /RS Professora Patrícia Cardinale Dalarosa Mestranda do PPGEDU / UFRGS 11
  • 12. 3. Projeto de pesquisa nos termos do edital 038/2010/CAPES/INEP 3.1. Título do projeto: Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida. 3.2. Instituições participantes: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Programa de Pós-Graduação em Educação / Faculdade de Educação Reitoria - Av. Paulo Gama, 110 - Porto Alegre/RS - CEP: 90040-060 Fone: (51) 3308.6000 Universidade Federal de Pelotas - UFPEL Programa de Pós-Graduação em Educação / Faculdade de Educação Rua Gomes Carneiro, 1. Centro. Pelotas/ RS - CEP 96001-970 Caixa Postal 354 · Pelotas, RS Fone: (53) 3921-1401 · FAX: (53) 3921-1268 Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Faculdade de Filosofia Rua da Faculdade, 645 - Jardim Santa Maria CEP: 85903-000 - TOLEDO – PR Telefone: (045) 3379-7000 - ramal 7127 Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT Programa de Pós-Graduação em Educação Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367 - Bairro Boa Esperança. Cuiabá-MT - 78060-900 Fone/PABX: +55 (65) 3615-8000 / FAX: +55 (65) 3628-1219 Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS Faculdade de Música / Montenegro Rua Capitão Porfírio, 2141 - Centro | Montenegro-RS CEP 95780-000 | Caixa Postal: 211 Telefone: +55 (51) 3632.1879 Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA Faculdade de Comunicação Social Rua Ver. Alberto Benevenuto, 3200 - São Borja - RS - CEP: 97670-000 Fone: (55) 3430-4323 SMED/POA - Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre Rua dos Andradas, 680 - Centro Histórico - CEP 90020-040 - Porto Alegre, RS Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Antônio Giúdice - POA/RS Rua Caio Brandão de Melo, s / n. Humaitá, POA / RS Fone: 3374 1808 Escola Municipal André Zenere - Toledo/PR Rua General Câmara Leme, 1191. Jardim América. CEP: 85908-180, Toledo, PR. escola.andrezenere@toledo.pr.gov.br Fone: 3055 8781 12
  • 13. Colégio Estadual Jardim Europa – Toledo/PR Rua General Câmara, 391. Jardim Europa. Toledo – PR. CEP: 85908-180 Telefone: (0xx)45 3252-7444 jardimeuropa.seed.pr.gov.br Escola Estadual Dom José Do Despraiado Rua Dublin, S/N Bairro Rodoviária. Cuiabá, Mato Grosso. Escola Estadual Professora Paciana Torres de Santana Av. Principal, 585. Residencial Caxipó. Cuiabá/MT. CEP: 78.090-290 Telefone: (65) 3665-7247 3.3. Coordenador e equipe do projeto: Dra. Sandra Mara Corazza / UFRGS Docente responsável pela coordenação do projeto perante a CAPES. sandracorazza@terra.com.br Telefone: (51) 9919 0663 (51) 33083267 Ramal: 4151 Fax: (51) 33084120 Endereço para correspondência: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Departamento de Ensino e Currículo. Rua Paulo Gama 110, Prédio 12201, salas 808, 908, 909, Campus Central. Bairro Farroupilha. Porto Alegre, RS - Brasil CEP: 90046-900 Dra. Carla Gonçalves Rodrigues Professora da UFPel cgrm@ufpel.tche.br Telefone: (53) 91399519 ou 32233168. Av. Dom Joaquim, 529 ap. 301. Pelotas / RS CEP: 96020 260 Dra. Ester Maria Dreher Heuser Professora da UNIOESTE esterheu@hotmail.com Telefone: (45) 88273307 Rua Dom Pedro II, 2789 / 102. Toledo / PR CEP: 85902010 Dr. Silas Borges Monteiro Professor da UFMT silas@terra.com.br Telefone: (65) 3615.8422 Av. Fernando Corrêa da Costa, 2.367 - Boa Esperança. Cuiabá - Mato Grosso CEP 78.060-900 Grupo de Pesquisa DIF – artistagens, fabulações, variações vinculado ao CNPQ Pesquisadores integrantes e colaboradores: 13
  • 14. Eduardo Guedes Pacheco Professor da UERGS – Montenegro/RS Faculdade de Música edupandeiro@gmail.com Telefone: 55 99857536 / 55 32234399 Rua Bekcer Pinto 232/302 Bairro Dores – Santa Maria / RS CEP: 97050/070 Dr. Gabriel Sausen Feil Professor da UNIPAMPA – São Borja/RS Faculdade de Comunicação Social gabriel.sausen.feil@gmail.com Telefone: (55) 9972-8657 Rua Bompland 525, apto 03. Bairro Maria do Carmo. São Borja, RS CEP: 97670-000 Dr. Deniz Nicolay deniznicolay@yahoo.com.br Prof. de Fundamentos da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS Campus - Cerro Largo - RS - Brasil Rua João Sebastiany, 16 CEP: 97900 000 Fone: 055 3359 -2014 Cristiano Bedin da costa Doutorando do PPGEDU / UFRGS seuchico@yahoo.com.br Rua Grão Pará, 75 / 204. Bairro Menino Deus. POA/RS CEP: 90850-170 Telefone: 51 32079471 Patrícia Cardinale Dalarosa Mestranda do PPGEDU / UFRGS patriciadalarosa@yahoo.com.br Rua Vasco da Gama, 214 / 701. Bairro Bom Fim. POA/RS CEP: 90420-110 Telefone: 51 8142 3750 / 51 3377 9445 Dr. Luciano Bedim da Costa lucianocb@terra.com.br Professor da Sociedade Educacional Três de Maio / SETREM Av. Santa Rosa, 2405 Três de Maio / RS – CEP 98910-000 Fone / Fax: (55) 35351011 14
  • 15. Professores da rede pública de ensino: Adriana Abech Branchelli Profª da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Antônio Giúdice. POA/RS Fonoaudióloga e especialista em Linguagem e Letramento. adrianaabech@yahoo.com.br Telefone: (51) 9218 8806 Rua Joaquim G. de Campos Netto, 122 / 303. Bairro Jardim Planalto. POA/RS Paulo Mauro da Silva Professor do Centro Municipal de Educação do Trabalhador Paulo Freire. POA/RS Coordenador da Educação de Jovens e Adultos na SMED/POA. Possui formação em Artes Cênicas e Direção Teatral. pauloms@portoweb.com.br Telefone: (51) 9958 4908 Rua dos Andradas, 680. 8° andar / Edu. Jovens e Adultos. Centro Histórico. POA/RS CEP 90020-040 Janete Márcia Do Nascimento Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR jmarcia15@yahoo.com.br Telefone: (45) 9917-9258 / (45) 3252-5535 (residencial) Endereço para correspondência: Rua 1º de Maio, 2198 - fundos, Jardim Alto Alegre Toledo – Paraná Janice Inês Winter Ortiz Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR ji.winter@bol.com.br Fone. 45 3055 8781 Rua Manoel Bandeira, 12. Vila Pedrini 2, Toledo/PR CEP: 88029 808 Luciana Alves Pinto Professora da Escola Municipal André Zenere. Toledo/PR luluzinhalap@hotmail.com Fone: (45) 3055 8781 Rua Peru, 379. Ouro Verde do Oeste. Toledo/PR CEP: 85933-000 Sandra Elisete Casola Professora do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR sandracasola@seed.pr.gov.br Fone: (45) 32779626 Rua Miraldo Pedro Zibetti, 443. Jardim Santa Maria. Toledo/PR CEP: 85.903-160 Shirlei Bracht Professora do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR Shirlei.bracht@yahoo.com.br Fone: (45) 3252 – 3547 (45) 9914 – 3946 Av. Maripá, 1528. Jardim Europa. Toledo/PR CEP: 85.909-060 15
  • 16. João Luis Schommer Professor do Colégio Estadual Jardim Europa. Toledo/PR joaoluisschommer@bol.com.br / joaoschommer@hotmail.com Fone: (45) 325-6617 / (45) 9972 – 3385 Rua Santos Dumont, 1810 - Edifício Porta do Sol, Ap. 01 – Centro. Toledo/PR 3.4. Docentes responsáveis pela coordenação: Professora Dra. Sandra Mara Corazza / UFRGS http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5125809962363078 Professor Dr. Silas Borges Monteiro / UFMT http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=1235153651563231 Professora Dra. Carla Gonçalves Rodrigues / UFPEL http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=7498311941583904 Professora Dra. Ester Maria Dreher Heuser / UNIOESTE http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5548908138476554 3.5. Detalhamento do projeto: Eixos temáticos:  Educação básica  Educação de jovens e adultos  Superior: alunos de licenciaturas  Profissional: professores da rede pública de ensino Linha de pesquisa: Filosofias da Diferença e Educação Justificativa: Com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) acerca do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), concordamos com a necessidade da criação de propostas de estudos e de pesquisas empenhadas na qualificação da Educação Básica no Brasil. Sabe-se que uma das metas estabelecidas pelo MEC no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é, justamente, elevar o IDEB brasileiro. Contudo, para que se concretize a elevação dos índices educacionais, torna-se cada vez mais imprescindível o investimento em ações voltadas à importância do processo de alfabetização em crianças, jovens e adultos nas diferentes etapas da aprendizagem. Nesse sentido, o 16
  • 17. projeto de estudo e pesquisa aqui apresentado, oferece parceria e solidariedade às atuais preocupações do governo federal em relação à qualidade do ensino público. Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio à vida insere-se, portanto, num cenário que busca alternativas de compreensão e de superação dos resultados apontados pelo INEP; principalmente aqueles que sinalizam as dificuldades de linguagem na escola, expressadas pela grande maioria dos alunos da Educação Básica através da avaliação da Prova Brasil. Dificuldades, estas, pelos mais diversos motivos, relacionadas ao próprio uso e produção da linguagem, ou seja, relacionadas à associação entre conteúdos escolares e operações mentais que envolvam leitura, interpretação, escrita, variações acerca de um mesmo tema, relações entre fatos, saberes e locais, diferentes usos da linguagem, singularizações, raridades, processos de pensamento e de expressão, relações espaciais, temporais e históricas, sensibilidade para as artes como modo de expressão e de invenção, bem como as habilidades e competências necessárias ao estabelecimento de problemas no campo das ciências exatas. Como se trata de um projeto desdobrado em oficinas de escrileitura, operamos com este conceito a partir das indicações de Corazza (2007): como texto que reivindica uma postura multivalente do leitor, de co-autoria. Assim, a idéia da escrita como um processo de escrileitura, remetido a uma “escrita-pela-leitura” ou uma “leitura-pela-escrita”, propõe um texto aberto às interferências do leitor e, portanto, sempre escrevível de diferentes maneiras. Trata-se do texto produtivo, ou seja, do texto que ganha existência na medida em que o seu leitor é um produtor de significações Nesse sentido, é com o espírito da produção que o plano de trabalho, aqui apresentado, se justifica enquanto modo de intervenção bio-filosófico-pedagógica nas aprendizagens que, por excelência, envolvem processos de alfabetização e de desenvolvimento do potencial humano criativo em diferentes etapas da Educação Básica e Superior. Sua extensão aborda a alfabetização como prática e como conceito que está para além de uma apropriação do código da escrita, sabidamente necessário para responder de maneira satisfatória às demandas sociais. Entende-se a leitura e a escrita como práticas que acontecem em diferentes suportes, de múltiplos modos; como ações criadoras de sentidos diferentes para cada “leitor-escritor” em seus processos de subjetivação e que, portanto, entram na linguagem em suas variadas formas. Nessa perspectiva, propõe-se a criação de outros modos de pensar o vivido no campo das singularidades, oportunizando, através das oficinas de escritura, a experimentação de outras maneiras de expressão, de afectos e de modos de enfrentar e de ordenar o que ainda não está materializado no campo da aprendizagem. 17
  • 18. O trabalho com oficinas de escritura implica, necessariamente, o campo do vivido, dos sentidos, das sensações ou das invenções. Cada uma das oficinas compreende um convite à escrita e à leitura: escrileitura que se desdobrará em saberes, histórias, aventuras, problematizações, musicalidade, arte, fantasias e fruições. Deseja-se um encontro produzido na multiplicidade do “leitor-escritor-texto”, no qual o texto se exerça como um ato de sedução do pensamento, que seduz o outro porque o deseja. Em Barthes (2008, p. 20), temos que “o brio do texto (sem o qual, em suma, não há texto) seria a sua vontade de fruição: lá onde ele excede a procura, ultrapassa a tagarelice e através do qual tenta transbordar, forçar o embargo dos adjetivos – que são essas portas da linguagem por onde o ideológico e o imaginário penetram em grandes ondas”. Um modo de texto por onde o autor seja entornado na própria intersecção “escrita-leitura”, cujo processo de decomposição e de desocupação dos territórios identitários, permita uma possibilidade de abertura ao inusitado, à raridade e ao desejo de escrever. Trata-se de um projeto que pretende explorar e ampliar as possibilidades do trabalho com diferentes linguagens, provocando outros modos de relação com a escrita, com a leitura e com a vida. A modalidade de ação proposta através de oficinas, nesse sentido, compreende a experimentação como condição da aprendizagem, uma vez que possa convocar para a ação do pensamento. Investe-se, portanto, em processos disparadores da criação textual, na medida em que colocam um problema em cena: a ser lido, falado, enunciado, perguntado, transformado e escrito em suas variadas formas. Para a escrita que acontece nas aberturas experimentais, o conceito de experimentação aqui utilizado, ultrapassa a idéia ilusionista de uma etapa metodológica previsível e garantida ao acesso ou à comprovação do conhecimento. As experimentações textuais propostas neste projeto, não buscarão a generalização do particular ou a comprovação de quaisquer tipos de “evidências”, tampouco compreenderão a noção de conhecimento como algo de uma natureza exclusivamente empírica ou ainda passível de desvelamento. Mas tratarão, como encontramos em Nietzsche (2005), da vida como obra de arte: do desordenamento necessário à criação; da idéia de afetação, de transgressão e de abertura ao encontro inesperado com outro corpo, seja ele um texto, uma imagem, uma pergunta, um pensamento, um humano... Trata-se de por em experimentação o que não se conhece, através de uma espécie de infância do mundo. E, na extensão de sua estrangeiridade, fazer falar e escrever outra língua na liberação de forças mais criativas. 18
  • 19. O conceito de escrileitura, portanto, insere este projeto na dimensão imaginativa de toda a escritura ou texto de fruição. Ou seja, lidará com os modos de produção e de inscrição de sentidos, de histórias, de vidas, de coisas no mundo, etc; que acontecem através e nas brechas experimentais, situadas entre espaçamentos não pensados, no imenso campo de possibilidades que há entre os objetos brutos, para dizer da importância do outrem na criação. A escrileitura, como exercício imaginativo, encontra- se na própria experimentação do pensamento. Está na abertura. Ela pode produzir intensidades de tal modo que se distribuam para além do deslocamento físico. Como no olhar de Deleuze (2001), é muito viável que se possa experimentar todo o tipo de vida sem, necessariamente, qualquer movimentação mecânica ou instalação do real: As intensidades se distribuem no espaço ou em outros sistemas que não precisam ser espaços externos. Garanto que, quando leio um livro que acho bonito, ou quando ouço uma música que acho bonita, tenho a sensação de passar por emoções que nenhuma viagem me permitiu conhecer. Assim, as escrileituras podem abrir um universo de sentidos e de imagens outras; entre estas, é possível visualizar a figura do rizoma, por exemplo, abordada em Deleuze. Tessituras, velocidades, conexões, intensidades, singularização. Esquizolinhas... "Não existem pontos ou posições num rizoma como se encontra numa estrutura, numa árvore, numa raiz. Existem somente linhas" (DELEUZE; GUATTARI, 1995, p.17). Portanto, "há tipos de linhas muito diferentes na arte, mas também numa sociedade, numa pessoa" (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 47). Interessam, aqui, as noções de encontro, de acontecimento e de interceptação do Mesmo, para pensar e produzir novas escritas e aprendizagens. A experimentação, neste plano de trabalho, é entendida como algo que possa forçar o pensamento, com a potência do esfacelamento necessário daquilo que impede o estabelecimento de outros modos de relações, de outras aprendizagens. É tributária da noção de corpo rizomático, atravessado e composto por uma infinidade de linhas e de fluxos que fogem ao infinito, atravessado por cheiros, imagens, hormônios, afetos, sensações, ondas sonoras, gravitacionais, dinamizadas... Enfim, um modo de produção textual que possa fazer saltar do sítio sombreado de velhas árvores conhecidas do Éden (representacional) em direção à massa disforme da imaginação, por onde brotam desertos, saqueadores, combates, festas dionisíacas e intensidades que não se submetem ao impedimento cognitivo, mas que inauguram novas formas de “ler-escrever”. As leituras de Foucault (2007) e Deleuze (1997) permitem-nos pensar o escrileitor como um corpo que escorrega sobre a superfície livre, capaz de navegar a 19
  • 20. experimentação da escrita em toda a sua extensão, mas que também necessita de estriamentos para que possa estabelecer territórios de aprendizagem. A produção de escrileituras pode referir um contágio ou um convite do “escritor- leitor” à invenção de outra língua, na aventura da criação e da reverberação de novos sentidos, por onde não há suporte ao “re-sentimento”. No entanto, se a linguagem dispõe-se ao infinito, na fabricação de conceitos que se articulam ilimitadamente, a palavra, de certa forma, impõe limites aos significados que pode expressar. As palavras, a serviço de nomeações e de generalizações do comunicável, sugerem uma compreensão finita da realidade. Assim posto, a escrileitura se ocupará de conexões estrangeiras à palavra em si mesma, que justamente a transbordam em sua materialidade para inscrever-se na inauguração de uma língua escapista e inventora de conectores. Trata-se da dispersão lingüística produzida nos espaços intermediários da comunicação. Espaços, estes, situados entre o dito (nomeado) e o “não dito”. Brechas por onde a língua se distrai dos modelos representacionais e força a palavra a fazer outros nexos, a dizer o que ela não poderia dizer. Quando faz passar o pensamento e abre-se para a repetição da singularidade. Nesse sentido, o escrileitor pode ser entendido enquanto corpo-aberto ao movimento da criação de conceitos, como se estes fossem a própria encosta do „guardador de textos‟, como que um lugar de abrigo, uma casa movediça com janelas e portas abertas. Os conceitos, diz Deleuze (1997, p.51), “são totalidades fragmentárias que não se ajustam umas às outras, já que suas bordas não coincidem. Eles nascem de um lance de dados, não compõem um quebra-cabeça. E, todavia, eles ressoam...”. Para fazer ressoar um conceito, o escritor passa pela terra desértica, pré-conceitual e anterior à escrita: lugar de reverberação da história. Neste plano, um conceito pode retumbar e somar-se a outro(s), produzindo um terceiro, quarto, quinto.... novo conceito, inaugurando a diferença a cada repetição, conexão e deslocamento conceitual. A criação, nesse sentido, é uma necessidade de efetuação, produzida pelo estancamento do fluxo já conhecido e contínuo: quando algo do fora da linguagem força o descontínuo de uma existência em sua diferenciação. Em Diferença e repetição, Deleuze (1988) propõe a reversão do conceito de repetição. O filósofo parte do suposto de que a repetição não é a generalidade, opondo-a exatamente àquilo que compreendemos enquanto reprodução do Mesmo. Isso faz nexo com a ótica pela qual é possível tratar a dinâmica da repetição lingüística sem ligá-la às idéias de equivalência ou semelhança. Nesse sentido, o escrileitor pode produzir seu texto no arranjo de conceitos, criando novas linguagens num processo de repetição como comportamento, mas em relação a algo único ou singular, algo que 20
  • 21. não tenha semelhante ou equivalente. Do ponto de vista da repetição do semelhante (da generalidade), enxerga-se a representação do particular como se fosse o próprio particular (supostamente substituído) e ignora-se qualquer possibilidade de diferença: importa, aqui, a cópia do modelo, ou seja, a escrita descritiva. Trata-se da generalização do particular. Assim, enxerga-se um texto-desenho como representação de algo, de algo passível de substituição. No entanto, do ponto de vista da “repetição” diferencial, proposta por Deleuze (na reversão do conceito), enxerga-se uma singularidade sem equivalente, insubstituível. Sua potência está em introduzir a diferença. Um texto decorado, será sempre outro a cada repetição: no lugar do Mesmo se instala, agora, a diferença. Escrever, nesse sentido, é singularizar algo durante um processo de aventura que se repete. Tomar a escrita e a leitura como aventura, é, necessariamente, vê-las como um exercício de pensamento. Sendo assim, cada exercício de pensamento refere uma temporalidade própria ao período de sua viagem: com paradas provisórias, velocidades que passam da aceleração infinita às lentidões necessárias, esgotamentos, vôos alucinados, desatinos, excessos, escassezes de idéias, combates, multidões, inspiração, musicalidade, solidão e fome. É dizer de uma escrileitura que solicita outro tempo que não este, cronológico, mas que pede passagem para existir ao seu modo, de outras maneiras possíveis de inscrever sentidos e signos, no qual a mudança de posição e de significações dos códigos também abra passagem às escritas formais; posto que o sucesso escolar implica, essencialmente, o exercício das práticas sociais de leitura, numeramento, oralidade e escrita. Mediante ao plano de trabalho apresentado, em sua dimensão multidisciplinar da alfabetização, trata-se de desenvolver estudos e atividades no campo das múltiplas linguagens expressas nas oficinas propostas: biografemática, filosófica, musical, teatral, artística visual e lógico-matemática. Objetivos:  Produzir, em nível de mestrado e de doutorado, estudos relacionados ao conceito de aprendizagem, de letramento e de escrileitura na contemporaneidade.  Investigar as relações entre modalidades de pensar e modalidades do aprender.  Constituir espaços de pesquisa e de in(ter)venção nos modos de ler e de escrever. 21
  • 22. Contribuir na formação de recursos humanos em educação, através de experimentações previstas com docentes da rede pública de ensino e com alunos de licenciaturas.  Criar, nas oficinas de escritura, cenários de autoria e leitura junto aos alunos da Educação Básica (Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos) envolvidos no projeto.  Expandir o conceito de texto para além das noções de registro e prazer, que permita uma possibilidade ao inusitado, à raridade e ao desejo de ler e de escrever, ultrapassando assim as escolhas definidas por territórios identitários.  Desenvolver Oficinas, Colóquios, Cursos de Extensão e Ciclos de Conferências, orientados e ministrados pela equipe do projeto; professores da Linha de Pesquisa 09 Filosofia da Diferença e Educação do PPGEDU/UFRGS; bem como por pesquisadores integrantes e colaboradores do Grupo de Pesquisa DIF – artistagens, fabulações, variações; Metodologia: Pensar um método que pensa o próprio caminho da investigação, que se utiliza de um percurso desconhecido para traçar desvios e operar outras rupturas no já sabido, reconhecido e legítimo. Um método que pode estabelecer suspeitas e propor a reversão dos saberes pretensiosamente universais. Poder-se-ia dizer que se trata do método genealógico inaugurado por Foucault em 1961, na História da Loucura. No entanto, é bem possível que esta “inovação metodológica”, como bem refere Roberto Machado na introdução do livro Microfísica do poder (Foucault, 1990), nos sirva para pensar o pensamento e os saberes tanto discursivos quanto não-discursivos produzidos ao longo da história da Educação em seus dinamismos espaço-temporais. Pesquisar acerca da efetuação de um determinado saber em diferentes épocas e em diferentes locais, a fim de pensar os meios e as condições que possibilitaram o seu surgimento, bem como a instituição de uma nova prática discursiva nomeada por letramento. Trata-se de uma abordagem acerca das relações entre os saberes, observando as compatibilidades e as incompatibilidades que permitem individualizar formações discursivas, uma vez que são produzidas em espacialidades e temporalidades distintas; ou, ainda, “... uma forma de história que dê conta da constituição dos saberes, dos discursos, dos domínios de objeto, etc., sem ter que se referir a um sujeito...” (Foucault, 1990, p. 7). O método foucaultiano, tributado na análise dos conceitos que este projeto convoca a pensar, sejam eles todos atravessados pelas noções de letramento, texto, 22
  • 23. aprendizagem, pensamento e criação; implica, de antemão, uma ruptura com a noção de “sujeito-unidade”, portador de uma essência ou humanisticamente transcendente (ao modo como é tratado na filosofia humanista do pensamento moderno), e nos leva a incursionar outro conceito de sujeito. Como forma de superação do platonismo analítico-cristão da finitude, Foucault propõe uma concepção de sujeito bastante afastada do cartesianismo e da análise kantiana ao perguntar-se: “qual é, pois, a relação e a difícil interdependência entre o ser o pensamento? Que é o ser do homem, e como pode ocorrer que esse ser, que se poderia tão facilmente caracterizar pelo fato de que „ele tem pensamento‟ e que talvez seja o único a possuí-lo, tenha uma relação indelével e fundamental com o impensado? (Foucault, 1999, p.448). Há, portanto, uma interrogação acerca do modo de ser do homem e sua relação com o pensado e o impensado transcendental. Propõe-se, no entanto, que o pensamento se dirige ao impensado e com ele se articula, de modo que o sujeito seja contemporâneo do impensado e não posterior a ele, como propunha a analítica da finitude. Não sendo funcionário de pensamentos ainda não pensados (universais e anteriores a si mesmo), o sujeito pode ser tratado como uma realidade histórica do presente, constituída por determinados saberes. Posto assim, não há como tirar-lhe todas as máscaras para, enfim, desvelar uma identidade primeira, justo porque não haveria uma identidade recolhida em si mesma. A pesquisa genealógica, ao contrário, voltar-se-á para as aventuras e desvios que puderam ter acontecido, bem como a todo tipo de disfarce possível. O genealogista, por assim dizer, é uma espécie de “escutador” da história, que recusa a pesquisa da origem, como bem sugere Nietzsche ao tornar-se um sintomatologista da civilização. Nesse sentido, a força do método proposto por este projeto de pesquisa, de inspiração nietzscheana, foucaultiana e deleuziana, além de problematizar e desconstruir as noções de letramento vinculadas à filosofia humanista, principalmente aquelas implicadas por conceitos de sujeito, de realidade e de verdade, também nos arremessa à experimentação da terra desconhecida (a ser pesquisada), sem a firmeza do solo platônico-cristão das representações. Foucault, em um devir estrangeiro, nos arrasta à estrangeiridade da pesquisa e ao estranhamento de todo o tipo de convicção quando topamos o convite do arqueólogo em seu “trabalho-viagem” exploratório. É como arqueólogos, então, que nos colocaremos ao lançar mão do método genealógico da dispersão, ou seja, de um método cuja preocupação maior está justamente no jogo do discurso, no jogo que lhe é imanente, no qual seus enunciados aparecem de modo disperso e heterogêneo, em um estado tal de revezamento que permite trocas de posições, supressões, substituições e aparições descontínuas, em estado dançante, molecular e caóide; ao qual pode-se imprimir, a qualquer tempo e interesse, um 23
  • 24. determinado ordenamento político. Cabe ao método genealógico, então, pesquisar este solo de estabelecimentos conceituais “verdadeiros” e supostamente universais. Ele colocará o conceito em perspectiva genealógica, investigará as variações espaço- temporais e mudará as perguntas generalizadoras que buscam “o que é aprender?”; “o que é ensinar?”; “o que é ler?”; o que é escrever?”; “o que é pensar?” etc.; em detrimento de “quais as condições possíveis para o pensamento?”; “em que condições acontecem a leitura e a escrita?”; “como e quando surgem leitores- escritores?” Trata-se de uma investigação que colocará em evidência o drama do saber investigado, posto que estará atento as suas irregularidades e variabilidades, problematizando a sua dimensão hegemônico-representacional. É, portanto, movimento descontínuo que nos permite explorar como exploradores em terra desconhecida e encontrar raridades ou individuações não recobertas pela imagem do pensamento representacional. Nesse sentido, o pensamento de Foucault nos permite uma aproximação ao pensamento deleuziano. Permite que pensemos a pesquisa como aventura ou viagem... Da qual não se pode desembarcar com o mesmo corpo. De uma aventura que nos coloca a conhecer caminhos ainda não pensados, que revertem palavras de seus sentidos e fazem escapar o pensamento. Há quem chame de a grande aventura do espírito, em se tratando de nossas corporeidades. É a aventura do nascimento e da morte, do acontecimento que nos torna inteiramente outro: por onde não há mais reconhecimento, mas as possibilidades conceituais da linguagem. Portanto, a pesquisa propõe-se a enfrentar o “perigoso” plano de imanência, sobre o qual os corpos encontrarão velocidades e variações infinitas. Por onde “o pensamento reivindica somente o movimento que pode ser levado ao infinito” (Deleuze e Guattari, 1997, p. 53). Em Deleuze, um conceito é um estado caóide. Algo desta afirmação compõe a imagem de um mergulho no caos, no fora da linguagem representacional. Deste mergulho, breve, opera-se um retorno de pensamento: do caos tornado consistente. Uma espécie de salto radical sobre a loucura, na inversão das palavras, no reverso dos sentidos, no abandono de convicções, no seu devir criança... Enfim, o próprio acontecimento. O acontecimento, diz Deleuze (2000, p. 152), “não é o que acontece (acidente), ele é no que acontece o puro expresso que nos dá sinal e nos espera”, uma vez que “o ator efetua o acontecimento...” porque lhe é necessário e não há como não fazê-lo. Se as caóides, as três filhas do caos, a filosofia, a ciência e a arte, são formas de pensamento, como afirmam Deleuze e Guattari (1997), são realidades produzidas em planos que recortam o caos. Planos, estes, que só podem coexistir na dimensão 24
  • 25. de um “estado de sobrevôo”, uma forma em si de junção a qual Deleuze e Guattari em O que é a filosofia? nomearam por cérebro. Em se tratando de uma pesquisa que pretende ocupar-se da aprendizagem enquanto processo de pensamento e, portanto, produtora de leituras e de escritas desejantes, há de se retornar do estado caótico: traçar um programa e cartografar o ambiente da pesquisa durante o próprio percurso. Ver pontos que se sobrepõem, ver as recorrências, os detalhes de raridade. Trata-se de um método que só é possível no tempo lógico de sua produção. Estabelecido nas fronteiras do território pesquisado, possui bordas que demarcam extensões de forças, cujas contrações podem, a qualquer tempo, ora repulsar e ora aspirar outros objetos de análise. Arqueologicamente, as oficinas de escritura constituem uma metodologia encenada, que deseja colocar o pensamento em cena, desde um modo possível de pesquisar, desalojado de um contínuo de procedimentos pré-definidos, mas que compõem uma prática a ser inventada, documentada, analisada e produtora de sentidos, afecções, conceitos, relações e aprendizagens. Nesse “com-texto” de procedimentos, pretende-se constituir uma dinâmica em dois planos: um, diz respeito à modalidade das oficinas enquanto modo de intervenção na leitura e na escrita de seus integrantes; o outro, coexistente a este, compreende a investigação acerca dos movimentos de pensamento, leitura e escrita que se expressam através das oficinas, envolvendo processos mentais de diferentes ordens: do lógico-matemático-científico, das artes e das problematizações. A metodologia de trabalho empregada no projeto Escrileituras: um modo de “ler-escrever” em meio a vida, compreende um modo de intervenção investigativa nas formas de aprender e, como tal, prevê a modalidade de oficinas como estratégia de experimentações textuais. Para tanto, refere um plano de trabalho organizado em tempos, espaços e propostas específicas a cada encontro. Em relação aos locais de desenvolvimento das oficinas, considera-se imprescindível que as instituições escolares estejam de acordo com o projeto e que expressem seu conhecimento e congruência. Nesse sentido, como condição para a qualidade do trabalho, propõe-se uma relação de parceria junto às respectivas escolas, principalmente naquilo que diz respeito ao seu funcionamento: contribuição pedagógica e utilização do espaço físico de forma adequada. CARACTERÍSTICAS DO EIXO COMUM ÀS OFICINAS  Transdisciplinaridade 25
  • 26. Imersão no estrangeiro através de experimentações com texto e com a leitura  Aportagem de problematizações acerca do cotidiano  Vivência de diferentes processos de singularização (seu, do outro, do grupo)  Articulação com a docência da investigação  Produção escrita em todas as modalidades de oficinas  Espaço de correlações entre leitura, invenção, sensações, afectos e pensamento EIXOS ESPECÍFICOS DE CADA OFICINA  Artes Visuais Experimentação de coisas percebidas mas ainda não estratificadas e conhecidas, o que significaria “ver com os olhos” através das sensações. Como em Valéry (2003), operar uma certa disjunção entre o intelecto e a sensação, a fim de fazer contato com a imagem em seu estado anterior à interpretação, numa espécie de apreensão do fenômeno ainda não codificado no plano dos valores, mas passível de constituir-se como ponto de partida para a sua escritura. Uma escrita que se efetua na expressão do desconhecido, demoradamente tocado pelos olhos e mãos que, por necessidade, colocarão a visão sobre um suporte. Trata-se do diálogo entre o eu que vê e o eu que desenha ou escreve em processo de criação; ou seja, inventa-se mesmo aquilo que seja mais familiar (na medida em que o modo de ver é inventado através de sua expressão). Partindo da pergunta de Deleuze (1987) em Proust e os signos: o que a aprendizagem da literatura e da arte tem a ensinar acerca da aprendizagem? Temos que a arte não é um alvo, um ponto fixo a ser atingido, mas um atrator caótico, um ponto tendencial, sem possibilitar falar em regimes estáveis ou em resultados previsíveis. Colocar a aprendizagem do ponto de vista da arte é colocá-la do ponto de vista da invenção. A arte surge como um modo de colocação do problema do aprender. Toda aprendizagem começa com a invenção de problemas. E neste plano disforme do encontro, temos o nascedouro de uma escrita que faz artistagens, cujo percurso pode liberar o pensamento “daquilo que ele pensa silenciosamente, e permitir-lhe pensar diferentemente” (FOUCAULT, 2007, p. 14). Assim, também, o escritor-artista se “arriscará” ao encontro daquilo que o pensamento ainda não havia pensado. 26
  • 27. Biografemas Uma oficina de escritura biografemática: implicada por movimentos disparadores de pensamento. O que significa escrever os detalhes de uma vida, as raridades que passam desapercebidas ou que ainda não foram significadas e partilhadas no plano cognitivo. Transformar detalhes insignificantes (sem significação prévia) em signos de escrita. Utilizar estes signos (aqueles que podem encantar) como disparadores de um novo texto, ou seja, da escrita de uma vida em experimentação e que, portanto, é produzida na potência da invenção de sentidos. Trata-se da invenção de conectores entre ficção e realidade, entre imaginário e história biográfica. Assim, a escritura ficcional não é menos verdadeira do que aquela que se acredita no terreno da verdade: cada traço, um detalhe e cada detalhe, uma nova escritura. Trata-se, nesse sentido, do acontecimento (escrita) de uma biografia, na qual os traços são inventariados. Esta oficina, como as outras, convoca seus integrantes à postura da produção: produzir com o autor do texto lido, ao ponto de tornar a escrita uma necessidade de reinvenção do eu que escreve.  Filosofia Uma proposta de escrita por dentro do próprio texto, no qual o “dentro” comunica-se com o “fora” da escrita e, na mesma superfície, passa a conversar com quem o escreve: objetos que se produzem e ganham vida no exercício da linguagem, e que passam a dialogar e a produzir encontros de autorias inesperadas. O “escrileitor” é também considerado texto, pretexto, personagem e escritor que experimenta a superfície movediça do vivido. Ele compõe autoria com o que encontra ou com quem quer que seja que o encontre. Uma oficina provocadora de sentidos e produtora de conceitos na experimentação de sensações, afectos, desejos e outras maneiras de ser e de escrever o inefável... O texto, portanto, é único, múltiplo e infinito, porque ele se fabrica durante o processo da oficina e toma a direção que lhe surge com mais energia, durante a ocorrência de vetores que desafiam a gravidade das forças. Descontinuamente, novas conexões de conceitos provocam o pensamento e permitem uma existência possível no campo da linguagem. Cossutta (2001, p. 40) faz referência ao “intermediário entre a imagem e a forma, entre o vivido e o abstrato” em sua abordagem acerca do conceito. Quanto à semântica conceitual, Cossutta sugere que o conceito “é construído no seio da própria atividade filosófica” e que “o texto rearticula conjuntos nocionais, desloca sentidos fixados e cria expressões novas...”. (p. 42). Nessa perspectiva, a escrita se constitui e se organiza internamente través dos 27
  • 28. conceitos que consegue anexar ou inventar nas próprias amarrações que se estabelecem. É experimentação de vida na medida em que fabrica aberturas à escrita compartilhada no encontro, através do qual, leitores e escritores podem trocar de papéis e participar um da escrita do outro: quando ler e escrever se confunde na própria coexistência. Nesse sentido, o pensamento está na criação de conceitos sempre possíveis, que inspiram a pensar a vida como campo de forças e de multiplicidades, como encontramos em Deleuze (1997, p. 10) ao afirma “... filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos.”  Pensamento lógico-matemático Esta oficina considera a ciência um campo do pensamento e, portanto, uma modalidade de aprendizagem que demanda a ordenação lógica do conhecimento. Envolve, portanto, o estabelecimento de relações entre espaço, forma, grandezas, medidas, números, operações, funções, bem como os modos de tratamento das informações organizadas. Nesse sentido, desenvolver a potência do pensamento lógico-matemático implica a criação de desafios científicos, ou seja, um espaço de produção das perguntas necessárias à pesquisa e, conseqüentemente, à ordenação de objetos e de funções.  Música e corpo Musicalização como possibilidade de invenção, de sensibilização e de problematização. Esta oficina trata a música como um modo de expressão da linguagem que ela própria fabrica. Sua potência consiste, justamente, na abertura a outros modos de sentir e de pensar o cotidiano e, portanto, buscará a criação de conectores possíveis entre os modos de expressão musical e escrita. Serão realizadas audições, performances e composições que possam colocar a música e a escritura em estado de coexistência. Para o escrileitor, escrever é dar passagem à vibração dos sentidos e daquilo que se pensa, através, mesmo, do modo de olhar e experimentar o mundo. Assim, ele sugere ter olhos na ponta dos dedos para tocar a vida com vida. Ter olhos até na ponta da língua para sentir o gosto de tudo pela primeira vez, como se enchesse de estrelas o próprio céu da boca. Ou seja, trata-se de pensar com o corpo, de dentro do mundo, longe de qualquer neutralidade, assepsia ou distanciamento científico; é, também, sentir-se com o corpo todo, deixar-se tocar e colocar-se num estranhamento 28
  • 29. sonoro, como que uma viagem à infância que habita todo o tipo de novidade e se torna necessária ao espírito. Importa o que se processa no encontro dos corpos: tímpano, pandeiro, mãos, papel, cordas vocais, etc. Para além dos significados do corpo e do pensamento em si mesmos. O que há nos corpos, diz Deleuze (2000, p. 6), “são misturas: um corpo penetra outro e coexiste com ele em todas as suas partes, como a gota de vinho no mar ou o fogo no ferro. Um corpo se retira de outro, como o líquido de um vaso.” Em Nietzsche (2007, p.43), o conceito de corpo aparece voltado à arte em seu caráter mais subversivo, de modo a impor-se diante do pensamento racionalista: “O corpo é uma grande razão, uma multiplicidade com um só sentido, uma guerra e uma paz, um rebanho e um pastor (...) Há mais razão no teu corpo do que na tua melhor sabedoria (...) O ser próprio criador criou para si o apreço e o desprezo, criou para si o prazer e a dor. O corpo criador criou o espírito como mão da sua vontade. Trata-se, na perspectiva nietzscheniana, de uma corporeidade afirmativa, com potência criadora. Tratar a relação corpórea da música como também nos sugere o postulado de Spinoza ao referir-se ao corpo humano (2007, p.163): “O corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, enquanto outras tantas não tornam sua potência de agir nem maior nem menor”.  Teatro Experimentação cênica do pensamento. Modo de expressão que se elabora fora da representação de um eu fixo para, justamente, operar o movimento que há entre os corpos, seja de expulsão, atração e coexistência, capaz de inventar e desfazer personagens. Um modo de expressão textual, com máscaras, ecos e disfarces da realidade, que encena a repetição de gestos corpóreos da diferença e, portanto, encena a potência da singularização possível a ser vivida e escrita. Trata-se de um jogo que embaralha e muda códigos de lugares, pela intensidade e pela vida que se afirma na potência do que é inventado. Nesse sentido, é justamente na infância que conseguimos ler e escrever nossos textos. No Abecedário de Deleuze (2001), situando-nos na letra E de Enfance [Infância], podemos encontrar uma aproximação do ato de escrever à idéia de infância e de vida não-orgânica: A literatura e o ato de escrever têm a ver com a vida. A vida é algo mais do que pessoal. (...) Mas também não se escreve pelo simples ato de escrever. Acho que se escreve porque algo da vida passa em nós. Qualquer coisa. Escreve-se para a vida. É isso. Nós nos tornamos alguma coisa. 29
  • 30. Escrever é devir (...) escrever é mostrar a vida... É gaguejar na língua... Na Literatura, de tanto forçar a linguagem até o limite, há um devir animal da própria linguagem e do escritor e também há um devir criança, mas que não é a infância dele. Ele se torna criança, mas não é a infância dele, nem de mais ninguém. É a infância do mundo... PÚBLICO PREVISTO ÀS OFICINAS:  Estudantes de licenciaturas, no eixo Educação Superior;  Docentes da Educação Básica de Ensino, no eixo profissional;  Alunos da rede pública de ensino, nos eixos da Educação Básica e da Educação de Jovens e Adultos. PERIODICIDADE DAS OFICINAS:  Encontros semanais ou mais, conforme especificidade de cada oficina LOCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS OFICINAS:  Espaços públicos: UFRGS, UNIOESTE, UFPel, UERGS, UFMT, UNIPAMPA e escolas da Rede Pública de Ensino. ATIVIDADES GRUPO DE TRABALHO SISTEMATIZAÇÃO REALIZAÇÃO DAS OFICINAS DE ESCRITURA DA PESQUISA COMPOSTO POR JUNTO A ESTUDANTES E DOCENTES BOLSISTAS ESTUDANTES DOCENTES AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, Matriculados Matriculados Matriculados Professores RELATÓRIO, no Ensino na Educação em cursos de com Fundamental de Jovens e licenciaturas matrícula na SEMINÁRIOS, Adultos rede pública PUBLICAÇÃO de ensino Bolsistas estudantes X X X X X de mestrado e de doutorado Bolsistas estudantes X X X X X de graduação Docentes da rede X X X pública em exercício profissional 30
  • 31. Cronograma de atividades: 2011 2012 2013 2014 ATIVIDADES 2011/1 2011/2 2012/1 2012/2 2013/1 2013/2 2014/1 2014/2 Desenvolvimento semanal das X X X X X X X X oficinas Encontros quinzenais de avaliação e de X X X X X X X X planejamento dos respectivos núcleos. Seminário integrador UFRGS, UNIOESTE X X X X UFPel, UNIPAMPA, UERGS e SMED. Produção escrita de relatórios semestrais X X X X X X X X Publicação anual de artigos X X X X Ciclos de Conferências X X Seminário nacional e apresentação do trabalho produzido X X nas oficinas (textos, imagens, música, esquetes teatrais e instalações diversas) Duração do projeto: Quatro anos Resultados esperados:  Contribuição no IDEB das escolas envolvidas direta ou indiretamente no projeto  Qualificação acadêmica dos bolsistas através da realização de oficinas de escrileitura, bem como na participação da pesquisa acerca dos conceitos investigados  Reverberação, na prática docente, do trabalho com texto mediante a participação dos professores e dos docentes em formação nas oficinas,  Estabelecimento de novas relações textuais dos sujeitos envolvidos  Publicação de artigos que relacionem as temáticas: aprendizagem, pensamento, processos criativos, leitura e escrita na contemporaneidade 31
  • 32. 4. Utilização de fontes e de bases de dados: Como sintomatologistas e analíticos do sistema educacional brasileiro, utilizaremos as bases de dados educacionais do INEP. Entre estas: o Censo Escolar, com vistas ao estudo das informações relacionadas ao Nível do Ensino Fundamental e à modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Consideramos a análise dos índices relacionados, bem como o estudo de suas variações, uma possibilidade de aproximação e de contribuição acadêmica na implementação de políticas orientadas para a qualificação do sistema educacional brasileiro. Nesse sentido, os dados obtidos por regiões e municípios, nos permitem uma análise topológica e tipológica do ensino atualmente oferecido pelas escolas cadastradas no banco de informações do INEP. Também as Sinopses Estatísticas da Educação Básica, em suas informações referentes aos estabelecimentos de ensino, às matrículas, à função docente e ao movimento e rendimento escolar, serão utilizados no estudo da sintomatologia presente nos dados levantados, cuja finalidade está na pesquisa de novas proposições acerca dos modos de pensar e fazer educação. 5. Estratégias de disseminação dos resultados da pesquisa:  Publicação de artigos  Participação em espaços de formação junto aos professores da Educação Básica de Ensino  Seminário Nacional de Educação  Oficinas, colóquios e ciclos de conferências. 6. Bolsas solicitadas: Para a execução do projeto, solicitamos três bolsas para professores orientadores, três bolsas para estudantes de doutorado, nove bolsas para estudantes de mestrado, dezoito bolsas para professores da Educação Básica e também dezoito bolsas para estudantes de graduação. A posterior seleção dos bolsistas será orientada pelos seguintes critérios:  Interesse na temática da pesquisa proposta  Proximidade teórica ao pensamento da diferença abordado neste projeto  Experiência no trabalho escolar  Disponibilidade para desenvolver com empenho e com espírito pesquisador as atividades propostas no referido projeto 32
  • 33. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARTHES, Roland. A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70, 1987. _____. A câmara clara: notas sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. _____. A preparação do romance I: da vida à obra. São Paulo: Martins Fontes, 2005. _____. Aula (pronunciada dia 7 de janeiro de 1977). São Paulo: Cultrix 1989. _____. Crítica e verdade. São Paulo: Perspectiva, 2003. _____. Elementos de semiologia. São Paulo: Cultrix, 1971. _____. Ensaios sobre teatro. São Paulo: Martins Fontes, 2007. _____. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. _____. Incidentes. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988. _____. Michelet. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. _____. Mitologias. Rio de Janeiro: Difel, 1978. _____. O grão da voz: entrevistas, 1961-1980. São Paulo: Martins Fontes, 2004. _____. O grau zero da escrita seguido de Novos ensaios críticos. São Paulo: Martins Fontes, 2004. _____. O neutro: anotações de aulas e seminários ministrados no Collège de France, 1977-1978. São Paulo: Martins Fontes, 2003. _____. O prazer do texto. São Paulo: Editora Perspectiva, 2008. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (p.181-190). 83 ____. Roland Barthes por Roland Barthes. . São Paulo: Estação Liberdade, 2003 CORAZZA, Sandra Mara. Artistagens: filosofia da diferença e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. 84 _____; AQUINO, Júlio Groppa (Orgs.). Dicionário das idéias feitas em educação. Porto Alegre. 2009. 87 p. (Livro digitado). _____ (Org.). Fantasias de escritura: filosofia, educação, literatura. Porto Alegre: Sulina, 2010. _____. “Introdução ao método biografemático.” In: COSTA, Luciano Bedin da; FONSECA, Tania Mara Galli. Vidas do fora: habitantes do silêncio. Porto Alegre: Editora, 2010. p.85-107. _____. “Pesquisar o Acontecimento: estudo em XII exemplos”. In: ZORDAN, Paola; TADEU, Tomaz; Linhas de escrita. Porto Alegre: Autêntica, 2004. p.7-78. _____. “O docente da diferença”. Porto Alegre: PPGEDU/UFRGS, 2008, 16p. (Texto digitalizado.) _____. “Os sentidos do currículo” In: Revista Teias. Rio de Janeiro: UERJ, 2010. 17p. (Org. LOPES, Alice Casemiro.) (No prelo.) 33
  • 34. . _____. Os cantos de Fouror: escrileitura em filosofia-educação. Porto Alegre: Ed. Da UFRGS e Sulina, 2007. _____. Para uma filosofia do inferno na educação: Nietzsche, Deleuze e outros malditos afins. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. _____. Uma vida de professora. Ijuí: Unijuí, 2005. _____ (Org.). Dossiê Gilles Deleuze. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 27, n. 2, Jul./Dez. 2007. COSSUTTA, Frédéric. Elementos para a leitura dos textos filosóficos. São Paulo: Martins Fontes, 2001 DELEUZE, Gilles. A filosofia crítica de Kant. Lisboa: Ed. 70, 1994. _____. A ilha deserta e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006. _____. Bergsonismo. São Paulo: Ed.34, 1999. _____. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992 _____. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 1997. _____. Deux régimes de fous. Textes et entretiens 1975-1995. Paris: Minuit, 2003. _____. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988. _____. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. São Paulo: Ed. 34, 2001. _____. Espinoza e os signos. Lisboa: Rés, s/d. _____. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1991. _____. L’ ABÉCÉDAIRE de Gilles Deleuze. Entrevista com Gilles Deleuze. Editação: Brasil, Ministério de Educação, “TV Escola”, 2001. Paris: Éditions Montparnasse, 1997. 1 videocassete, VHS, cor _____. La imagen-movimiento. Estudios sobre cine 1. Barcelona: Paidós, 1994. _____. La imagen-tiempo. Estúdios sobre cine 2. Barcelona: Paidós, 1996. _____. Lógica do sentido. São Paulo: Editora Perspectiva, 2000 _____. Nietzsche. Lisboa: Ed.70, 1994. _____. Nietzsche e a filosofia. Porto: Rés, s/d. _____. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987. _____. Spinoza y el problema de la expresión. Barcelona: Atajos, 1996. _____; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, v. 1, 1995. _____. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1997. 2ª Edição FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1999. _____. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque; José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: 2007. 34
  • 35. _____. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: graal, 1990. 9ª Edição _____.Vigiar e punir. Tradução de Ligia M. Pondé Vassalo. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 1989. NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. _____. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005 SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução e notas de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2007. VALÉRY, Paul. Alfabeto. Belo Horizonte: Autêntica, 2009 _____. Degas, dança, desenho. São Paulo: Cosak & Naify, 2003. _____. Eupalinos ou O arquiteto. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996. _____. Introdução ao método de Leonardo da Vinci _____. Variedades. São Paulo: Iluminuras, 1991. 35
  • 36. ANEXO II OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO - EDITAL 2010 Proposta Orçamentária ANEXO II - TABELA ORÇAMENTÁRIA Despesas Ano 1 Ano 2 Duração Quantidade Valor Subtotal Duração Quantidade Valor Subtotal TOTAL Modalidades (Meses) (Nº de Bolsistas) (R$) (Ano 1) (Meses) (Nº de Bolsistas) (R$) (Ano 2) Coordenação (R$ 1.500,00) 12 3 1.500 54000 12 3 1.500 54000 108000 Doutorado Bolsas (R$ 1.800,00) 12 3 1.800 64800 12 3 1.800 64800 129600 Mestrado (R$ 1.200,00) 12 9 1.200 129600 12 9 1.200 129600 259200 Prof. Ed. Básica (R$ 765,00) 12 18 765 165240 12 18 765 165240 330480 Aluno Graduação (R$ 400,00) 12 18 400 86400 12 18 400 86400 172800 Material de Consumo (R$) 25.000 20.000 45000 Outras Diárias despesas (R$) 15.000 20.000 35000 (Custeio) Passagens (R$) 10.000 10.000 20000 Capital Capital (R$ 8.000,00) TOTAL GERAL 1100080 36