1. Centro de Atendimento Educacional Especializado Herbert José de
Souza
CAEE-BETINHO
Palestrantes :
Profª: Ivaneide Gomes dos Santos Barbosa
(Projeto ASI)
Profª: Marlene Evangelista Mota
(AEE – Tecnologias Assistivas)
22 de novembro de 2013
Uruaçu/GO
3. “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um
distúrbio específico de origem constitucional caracterizado por
uma dificuldade na decodificação de palavras simples que, como
regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico.
Essas dificuldades não são esperadas com relação à idade e a
outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não são um resultado
de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A
dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes
formas de linguagem frequentemente incluindo, além das
dificuldades com leitura, uma dificuldade
de escrita e de soletração.”
4. (Susan
Brady,
Hugh
Catts,
Emerson
Dickman, Guinevere Eden, Jack Fletcher, Jeffrey
Gilger, Robin Moris, Harley Tomey and Thomas Viall)
“Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de
origem neurológica.
É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta
na leitura e por dificuldade na habilidade de
decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam
tipicamente do déficit no componente fonológico da
linguagem que é inesperado em relação a outras
habilidades cognitivas consideradas na faixa etária .“
6.
A dislexia é genética e hereditária;
Começa a tornar-se evidente na fase da
alfabetização;
Incidência maior em meninos - 3/1;
Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões
de pessoas possuem algum tipo de
necessidade especial;
Os distúrbios de aprendizagem afetam de
10 a 15% da população mundial.
7. •
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Histórico Familiar;
Fraco desenvolvimento da atenção;
Imaturidade no trato com outras crianças;
Dificuldade de aprender rimas e canções;
Atraso no desenvolvimento da fala e da
linguagem;
Atraso no desenvolvimento visual;
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
Dificuldade com quebra - cabeças;
Falta de interesse por livros e impressos.
8. •
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Dificuldade na aquisição de habilidades lingüísticas;
Dificuldade com análise e síntese de um som de uma
palavra;
Pobre reconhecimento de rimas e aliteração;
Desatenção e dispersão;
Dificuldade na coordenação motora fina;
Dificuldade na coordenação motora grossa;
Desorganização geral;
Dificuldades visuais;
Confusão entre esquerda e direita;
Dificuldade em manusear mapas e dicionários;
Dificuldade com uma segunda língua;
9. •
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Dificuldade na linguagem e na fala, com vocabulário
pobre;
Problemas de conduta;
Dificuldade de copiar de livros ou da lousa;
Dificuldade na leitura;
Dificuldade de memória de curto termo;
Dificuldade na matemática e em desenho
geométrico;
Disnomias: incapacidade em nomear pessoas ou
objetos;
Emocional afetado;
Grande desempenho em provas orais.
10. •
Histórico Familiar;
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Continua a ter dificuldade na leitura e escrita;
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Dificuldade para soletrar;
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Memória imediata prejudicada;
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Dificuldade em dar nomes a objetos e pessoas;
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Dificuldade em aprender uma segunda língua;
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Dificuldade em organização geral;
•
Comprometimento emocional;
11.
Confusão entre letras, sílabas ou palavras com
diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t: h-n;
i-j; m-n;v-u etc.;
Confusão entre letras que possuem um ponto de
articulação
comum
e
cujos
sons
são
acusticamente próximos: f-v; t-d; p-b;
Confusão entre letras, sílabas ou palavras com
grafia similar, mas com diferente orientação no
espaço: b-d; p-b; b-q; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; ae;
12.
Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: meem; sol-los; som- mos; sal-las; pal-pla;
Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou
menos similar ou criação de palavras , porém com
diferente significado: soltou-salvou; era-ficava;
Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso
por fama , casa por casaco;
Repetições de sílabas, palavras ou frases;
Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder
a linha ao ler;
13.
Excessiva fixação do olho na linha;
Soletração
defeituosa;
reconhece
letras
isoladamente; porém, sem poder organizar a palavra
como um todo, ou então lê a palavra sílaba por sílaba,
ou ainda lê o texto ” palavra por palavra”;
Problemas de compreensão;
Leitura e
excepcionais;
Ilegibilidade;
escrita
em
espelho
em
casos
14. Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas
isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em
casa, deve se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por Neuropsicólogos,
Fonoaudiólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa
investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior
abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade
do parecer de outros profissionais, como Neurologista,
Oftalmologista e outros, conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades
antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o
que chamamos de avaliação multidisciplinar e de exclusão.
15.
As diferenças são individuais;
O diagnóstico é clínico - de exclusão;
O tratamento é clínico e educacional;
Compreensão - estudo científico;
A intervenção deverá ser prematura com um
tratamento adequado.
16.
Atraso na fala;
Organização temporal - ritmo lento;
Visualização;
Audibilização;
Memória fraca para dígitos e sentenças;
Incapacidade de expressão (na pré-escola a criança já
apresenta dificuldade para encontrar palavras: Disnomias);
Percepção fonêmica e de ordenação de sons pobres;
Rima e aliteração;
Cópia-escrita espontânea-ditado;
Dificuldade com outro idioma.
17. Treino da linguagem + fala + leitura do disléxico
Utilizar métodos estimulantes como:
ARTE
MÚSICA
COMPUTADOR
ESPORTES
18.
Interesse-se pelo seu aluno disléxico.
Coloque-o de frente e no centro da lousa.
Sempre que possível dê-lhe atenção individualizada;
Escreva claro e compassado, delimitando partes da
lousa com divisória em giz bem forte;
Devido ao seu problema de memória de curto prazo
as informações novas devem ser repetidas mais de
uma vez.
Exija concentração e disciplina no conteúdo bordado;
Mostre onde acertou, sem punir o erro;
Seja claro e sucinto das ordens dadas;
Utilize material visual, claro, criativo e que chame a
atenção;
19.
Use sempre mais de um canal de aprendizagem e
informação, com diferentes recursos audio-visuais.Ex:
entonação na
voz, dramatização, sons, desenhos, texturas, luzes, músic
as, descobertas, retroprojetor, data show, etc.
Produzir erros “de propósito” para os alunos
descobrirem;
Realizar atividades conjuntas, troca de cadernos, de
funções, etc;
Dar notas separadas para a ideia e para a escrita;
Não exagerar nas atividades;
Aceitar respostas curtas e diretas;
Entrar em contato com os profissionais que trata esta
criança;
20.
Numa dislexia de natureza auditiva é aconselhável utilizar-se o método
analítico, na dislexia visual deve-se aplicar o método sintético e na dislexia
fonológica deve-se utilizar o método fonológico:
O método analítico, também conhecido como “método olhar-edizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste
princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de
unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes
menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras
e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a
grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por
letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre
fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino
permite primeiro descobrir o princípio alfabético
e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua
língua, através de textos produzidos especificamente para este fim
21.
A Síndrome de Irlen (S.I.) é uma alteração visoperceptual, causada por um desequilíbrio da
capacidade de adaptação à luz que produz
alterações no córtex visual e déficits na leitura. A
Síndrome tem caráter hereditário e se manifesta
sob maior demanda de atenção visual.
Descrita em 1983 pela psicóloga Helen
Síndrome
de
Irlen
Irlen,
a
tem
como
manifestações, além da fotofobia, problemas na
resolução
viso-espacial,
dificuldades
na
manutenção do foco, estresse visual, alteração na
percepção de profundidade e cefaléias.
22.
Durante a leitura, segundo pacientes, o brilho
ou reflexo do papel branco contra o texto
causam irritabilidade, assim como a luz natural
ou fluorescente. Eles possuem ainda sensação
de movimentação das letras que “pulsam,
tremem, vibram, confluem ou desaparecem”
dificultando a leitura. Além disso, queixam-se
de insegurança ao dirigir, praticar esportes com
bola ou em outros movimentos, como descer e
subir escadas rolantes.
23. Dislexia de leitura
Visuoperceptual
Está associada à percepção das coisas pelos olhos.
É caracterizada pela sensibilidade a luz.
Alguns dos sintomas apresentados nesses casos
são dor de cabeça, sonolência e desempenho mais
lento em relação às demais pessoas – características
semelhantes as de dislexia e Transtorno do Déficit
de Atenção (TDA), o que faz a síndrome ser
comumente
confundida
com
as
outras.
Sensibilidade à luz.