3. Níveis de consciência:
Consciência intransitiva: a realidade a partir de
explicações mágicas;
Consciência transitiva ingênua: o indivíduo está
insatisfeito com a realidade, mas resiste em alterá-
la, ainda usa explicações mágicas. É a típica opinião
de massa.
Consciência transitiva: forma crítica de pensar. O
indivíduo vê a si próprio em função do mundo e em
termos de sua dependência histórica e social.
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3
4. É local de conhecimento mútuo para o aluno e
o professor;
A escola não é, ela está sendo
historicamente;
A escola só pode ser compreendida no
contexto em que está inserida (sociedade);
A educação formal vivida na escola é um
subsistema de um sistema maior;
uma instituição que existe num contexto
histórico de uma sociedade;
4
5. A relação professor-aluno é horizontal.
A educação deve guiar o processo de superação da
relação opressor-oprimido através de uma
educação problematizadora.
O professor deve estar engajado numa prática
transformadora. “Ensinar é transformar”.
Visa levar o aluno a superação da consciência
ingênua, até que seja capaz de criticar seu meio.
O processo educativo é um processo de
conscientização.
É importante que o professor valorize a cultura do
aluno.
5
6. Professor e aluno aprendem conjuntamente;
Transforma-se o contexto real em contexto
teórico;
A busca de um tema gerador, que é codificado,
visa explicitar o pensamento do homem sobre a
realidade;
Utilizam-se situações vivenciais do grupo em forma
de debate;
Intervenção do professor: A consciência transitiva
é desenvolvida quando o professor consegue que seu
aluno faça uma transposição didática 6do conteúdo
7.
8. Diante do desafio de educar:
A culpa pelo fracasso escolar, um jogo onde ora se
culpa a criança, a família, seguimento social, o
sistema econômico, político e social. Se a
aprendizagem ocorre num vínculo de
subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser
culpada. “a culpa, o considerar-se culpado, em
geral está no nível imaginário” (FERNÀNDEZ,
1994) ela ainda afirma que o contrário da culpa é
a responsabilidade.
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8
9. O trabalho na instituição escolar apresenta duas
naturezas:
O Primeira - voltada para alunos que com
dificuldades.
Objetivo: reintegrar e readaptar o aluno à
situação de sala de aula, respeitando às suas
necessidades e aos ritmos.
Meta: desenvolver as funções cognitivas
integradas ao afetivo, desbloqueando e
canalizando o aluno gradualmente para a
aprendizagem dos conceitos, conforme os
objetivos da aprendizagem formal.
9
10. O segunda - assessoria aos
pedagogos, orientadores e
professores.
Objetivo: trabalhar as questões
pertinentes às relações vinculares,
entre professor e aluno.
Meta: redefinir os procedimentos
pedagógicos, integrando o afetivo e o
cognitivo, por meio da aprendizagem
dos conceitos, às diferentes áreas do
conhecimento. 10
11. 1º nível, diminuir a frequência dos problemas de
aprendizagem. Questões didático-metodológicas,
formação e na orientação de professores, e
aconselhamento aos pais.
2º nível, diminuir e tratar dos problemas de
aprendizagem já instalados, procura-se avaliar os
currículos com os professores para que não se repita
tais transtornos.
3º nível, eliminar os transtornos já instalados, em um
procedimento clínico com todas as suas implicações. O
caráter preventivo permanece aí, uma vez que, ao
eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o
aparecimento de outros. 11
12. Segundo João Beauclair,
Vivenciar Psicopedagogia é um estado de ser e estar
sempre em formação e em processo de criação.
Criação de sentidos para nossa própria trajetória enquanto
aprendentes e ensinantes, enquanto seres viventes na
complexa gama de relações que estabelecemos com o nosso
tempo e espaço humano.
(processos de transmissão e apropriação dos
conhecimentos) o papel essencial do psicopedagogo é o de
ser mediador em todo esse movimento.
12
13. Segundo Beatriz Scoz,“(...) a
psicopedagogia deve ser direcionada não só
para os descompassos da aprendizagem,
mas também para uma melhoria da
qualidade de ensino nas escolas” (1996,p.8).
Olívia Porto diz que a psicopedagogia tem
como objetivo resgatar uma visão mais
globalizante do processo de aprendizagem e
dos problemas decorrentes desse processo
(2006, p.111)
13
14. A psicopedagogia Institucional
propõe analisar a instituição e
suas relações com uma abordagem
reflexiva e crítica, buscando
construir um espaço que contribua
para a redução do fracasso
escolar em nosso país.
14
15. define a aprendizagem como um processo de
troca mútua entre o meio e o indivíduo, tendo o
outro como mediador.
Cabe ao professor instigar o sujeito,
desafiando, mobilizando, questionando e
utilizando os “erros” de forma construtiva,
garantindo assim uma reelaboração das
hipóteses levantadas, favorecendo a construção
do conhecimento.
15
16. A Psicopedagogia defende que “para que haja
aprendizagem, intervêm o nível cognitivo e o
desejante, além do organismo e do corpo”
Fernández, 1991, p. 74)
o construtivismo foca a subjetivação, enfatizando
o interacionismo; acredita no ato de aprender
como uma interação, fundamentada nas ideias de
Pichon Riviére e de Vygotsky; defende a
importância da simbolização no processo de
aprendizagem baseada nos estudos psicanalíticos,
além da contribuição de Jung.
16
17. É necessário que o psicopedagogo
tenha um olhar abrangente sobre
as causas das dificuldades de
aprendizagem, indo além dos
problemas biológicos, rompendo
assim com a visão simplista dos
problemas de aprendizagem
17
18. Educação: tem caráter amplo;
Ciência: explicitada como um produto
histórico;
Educação como ato político;
Conhecimento como transformação contínua;
Aspecto técnico não é excluído, mas não é
priorizado.
18
19. FAGALI, Eloisa Quadros. Psicopedagogia
Institucional Aplicada: A aprendizagem escolar
dinâmica e construção em sala de aula.,
Petrópoles, RJ:Vozes, 2011.
Scoz, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade
Escolar: O problema escolar e de aprendizagem.
16ª edição. Petrópoles, RJ: Vozes, 2009.