SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  59
Télécharger pour lire hors ligne
Congresso Clariano
     do RS
                       Clara
  e seu Contexto Histórico
 Frei Irineu Trentin    ESTEF   Frei José Bernardi
Clara de Assis
   Biografia – ícone da história
   Mulher nobre
   Mulher pobre
   Mulher em busca da liberdade
   Mulher em defesa da cidade e da
    religião
Clara mulher nobre

“Clara, natural de Assis, nobre de
nascimento e muito mais pela
graça... Firme na decisão e
ardentíssima no amor de Deus.
Foi Clara de nome, mais clara pro
sua vida...” (I Celano X,17)
Idade Média: Cronologia
Início: 476 d.C.- queda do Império
  Romano do Ocidente
Fim: 1453 d.C.- queda do Império
  Romano do Oriente (tomada de
  Constantinopla pelos Turcos
  Otomanos).
 Caracteriza-se pelo modo de produção
                  feudal.
Séc V   Séc XI   Séc XV
Idade Média: características
 Ruralização: o mundo rural supera o mundo
   urbano.
 Tendência à auto-suficiência: produção para a
   subsistência, não para o comércio. Pouco uso
   da moeda
 Descentralização do poder: ausência de poder
   centralizado (Estado).
 Fragmentação e privatização do poder
   político: a ausência do poder estatal transfere
   para o poder privado (senhor feudal) a
   administração local, a aplicação da justiça, a
   cobrança de impostos, a segurança pública e o
   direito à guerra.
Idade Média: características
  Clericalização da sociedade: a Igreja é a
   referência religiosa, política, ideológica e
   social da Europa Ocidental.
  Sociedade de Ordens: divisão da sociedade
   em categorias sociais permanentes: Clérigos
   (Igreja), Guerreiros (Senhores Feudais) e
   Camponeses (servos). As classes sociais são
   definidas pelo nascimento. Exemplo: um filho
   de camponês vai ser sempre camponês.
CATEGORIAS SOCIAIS


Bellatores - Nobres
Oratores - Clero
Laboratores - Servos
O padre
reza;
O nobre
protege;
o servo
trabalha.
A Sociedade Feudal: componentes econômicos e sociais.


Feudo:
unidade de
produção
agrícola,
amonetária e
auto-suficiente.
A Sociedade Feudal: componentes econômicos e
                    sociais.
   RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS

Relações vassálicas.
- relações de dependência pessoal e de
obrigações recíprocas.
- suserano: doava a terra (beneficium) proteção.
- vassalo: recebe a terra fidelidade, auxílio nas
guerras, pagamento de resgate.
- homenagem (cerimônia): juramento de
fidelidade.
- ajuda (auxilium) e consulta (consilium) mútuas.
Deveres dos Servos
                 Trabalho gratuito de 3 a 5 dias por
 Corvéia
                 Semana no Manso Senhorial.

                 Dar parte da produção (3/4) ao
  Talha
                 Suserano.

                Pagamento, em espécie, pela utilização
Banalidades
                de instrumentos do Feudo.

 Tostão         Dar 10 por cento da produção feudal
De Pedro        para a Igreja Católica.

                Noite de núpcias do vassalo é, na
Formariage
                verdade, do Suserano.
Descentralização           Nobreza Feudal

Economia Agrícola             Subsistência

Sociedade Estamental               Poder Clerical

Cultura influenciada pela Igreja           Trevas/Ignorância

Religião Cristã          Poder do Papado
Clara mulher pobre
“...tendo vendido e distribuído tudo
aos pobres, proponde-vos a não ter
absolutamente nenhuma propriedade,
aderindo totalmente aos vestígios
daquele que por vós se fez pobre,
caminho, verdade e vida...” (Inocêncio III,
Privilegium Paupertatis)
Novidades
   Comércio: nova atividade econômica
   Dinheiro: utensílio indispensável
   Cidades: novo estilo de vida
   Burguesia: uma nova classe social
REI




CLERO          NOBREZA



        POVO
Igreja Medieval
A principal instituição medieval será a Igreja.
  Esta exercia um papel decisivo em todos
  os setores da vida medieval: na
  organização econômica, na coesão social,
  na legitimação da dominação política e
  nas manifestações culturais.
O clero estava organizado em clero secular
  (que vivia no mundo cotidiano em contato
  com os fiéis) e o clero regular (que vivia
  nos mosteiros, isolado do mundo) que
  obedecia regras.
Igreja Medieval
Exercia dois tipos de poderes:
• espiritual (autoridade religiosa máxima)
• temporal (poder político decorrente das
  grandes extensões de terra que a Igreja
  possuía; exército; povo).
O exercício do poder temporal levou a Igreja
  a envolver-se em várias questões
  políticas.
ESTADO PONTIFÍCIO
• Há tempo os papas possuíam bens (doações). Era
  chamado Patrimônio de São Pedro.
• Doação de Pepino: Em 754/756, Pepino o Breve, rei
  dos Francos, doou parte do território conquistado
  dos Longobardos.
• Surgem os Estados Pontifícios ou Estados Papais.
• 1870 – Guerra de unificação da Itália. Fim dos
  Estados Pontifícios.

• 1929 – Pactos de Latrão: Mussolini e Papa
  Pio XI. Surge o Estado do Vaticano.
Assuntos que perpassam a história da
           Igreja - Clero

• INVESTIDURA LEIGA = É a nomeação de
  eclesiásticos por parte do poder civil.
      (especialmente bispos e abades)



• NICOLAISMO = Não observância do celibato
  eclesiástico (Ap 2,6.15).
SIMONIA = Venda de coisas sagradas por
dinheiro (At 8, 18: Simão Mago queria
comprar de Pedro o Espírito Santo).
Compra e venda de sacramentos, bens ou
ofícios eclesiásticos;
Compra da dignidade eclesiástica com a
prestação de serviços ou favores;
Penetração em ofícios eclesiásticos
mediante intercessão de algum potente.
SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS
RELIGIOSAS
  A reforma gregoriana era do alto;
  agora a reforma vem de baixo.
  A reforma gregoriana tem carater institucional; os
   novos movimentos um carater carismático.
       Mas qual é a relação deste novo movimento com a
   reforma gregoriana e com a luta pela investidura?
   Tanto a reforma gregoriana quanto este novo
   movimento de vida religiosa querem retornar à Igreja
   das origens: uma igreja livre para a reforma, uma
   igreja pobre e apostólica para o novo movimento.
         As duas iniciativas reformadoras se entendem e em
     parte se ajudam mutuamente. Existem monges, eremitas,
     pregadores itinerantes que lutam contra a simonia,
     nicolaitismo, decadência do clero. Os Papas da reforma, em
     contrapartida, favorecem a “ascenção” dos personagens
     mais importantes do movimento.
SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS
RELIGIOSAS
       A nova forma de vida é deixar os bens terrenos e
  trabalhar pelo Evangelho, como os Apóstolos. Isto se torna o
  ponto focal da nova concepção do Cristianismo. Mas as
  pregações itinerantes vão criando novas instituições
  religiosas. As que se submetem às diretivas eclesiásticas são
  reconhecidas (aquelas que criaram uma forma estável de
  vida). As que se põem em contraste com a Igreja hierárquica,
  são combatidas e suprimidas com a força.
       Surgem novos movimentos religiosos. É a procura de
  novas formas de vida. No início o ideal se concentra na
  pobreza individual, entendida como completa renúncia a
  qualquer segurança terreste. Os homens impelidos por estas
  aspirações se retiram (sozinhos ou em grupos) em lugares
  solitários, onde ganham o pão com o trabalho manual. Seu
  protesto é contra a grandiosa atividade edilícia desenvolvida
  pelos monges antigos; contra as suntuosas decorações, etc.
  Suas igrejas e habitações querem ser muito modestas.
SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS
RELIGIOSAS

  Por volta da metade do séc. XI a vida
   religiosa assume um significado mais
   amplo, sob o modelo da vida apostólica
   de Cristo, vista como uma escolha de
   pobreza e de pregação itinerante.
   Pobreza evangélica e Vida Apostólica
   surgem contemporaneamente em
   ambientes, países e classes sociais
   muito diversas: monges, clero diocesano,
   canônicos regulares, nobres...
Novas Ordens
 Cônegos Regulares – Roberto Arbrissel
  – 1100
 Cartuxos – São Bruno – 1101
 Cistercienses – Bernardo de Claraval –
  1115
 Premostratenses – Norberto de Xanten –
  1118
Movimentos religiosos populares
• Durante a alta Idade Média, ocorreu uma série de
  movimentos populares que defendiam a volta à pureza e
  pobreza evangélicas e pretendiam a reforma do clero.
  Assim, no século XI surgiram em Milão os patarinos, que
  logo passaram das propostas de reforma à oposição ao
  clero, a seus ritos e aos sacramentos.

• A ênfase na vinda de um messias libertador que
  estabeleceria o reino de justiça e paz - que, segundo os
  milenaristas, duraria mil anos - reapareceu na situação
  de crise social dos séculos XII e XIII. O abade Joaquim
  de Fiore, morto em 1202, elaborou uma teologia da
  história segundo a qual, depois da idade do Pai (Antigo
  Testamento) e da idade do Filho (a igreja), viria a do
  Espírito, que suprimiria a hierarquia eclesiástica.
Movimentos religiosos populares
                   OS CÁTAROS
       O nome vem do grego “katharos”, que
    significa puro. Representam a “Igreja dos
    santos”. Também são conhecidos por
    Albigenses, porque a cidade de Albi era o
    centro do movimento
•       A partir de 1140, aparecem os Cátaros,
    principalmente no sul da França. A doutrina dos
    cátaros é um néo-maniqueismo que considera o
    mundo material como obra de um deus mau. Assim
    desclassificam toda a realidade sacramental da Igreja.

• Levam à negação da encarnação e ressurreição
  de Cristo.
Movimentos religiosos populares
                  OS CÁTAROS
       Em 1167, em Toulouse (sul da França), fizeram
um concílio. À rica Igreja católica, cheia de bens
temporais, pecaminosos, contrapuseram sua Igreja
pobre que condenava qualquer tipo de posse. Eles
definiam-se “católicos ideais”. Designavam a Igreja
católica como “sinagoga de satanás”.
       São uma seita elitista exclusivista: “só uma parte
de seus membros se salva, ou melhor, tem condições
de viver o ideal do completo despojamento das coisas
materiais”. Evitam qualquer contato com a matéria para
conservar a pureza. A inteira obra da criação é
pecaminosa em si mesma.
VALDENSES ou Pobres de Lyon


São os seguidores de Pedro Valdo, rico
mercador de Lyon (França). Lendo Mt 10,5
ss descobriu o ideal da pobreza. Distribuiu
seus bens. Pregou a pobreza e a
penitência. Seus seguidores primavam pela
piedade, boas obras, leitura da Bíblia,
pregação missionária e mendicância. Valdo
foi completamente ortodoxo, ao menos nos
primeiros tempos.
VALDENSES ou Pobres de Lyon

Concílio de Tours (1163) estabeleceu: “Os albigenses
convictos sejam encarcerados, privados de seus bens e
remetidos às autoridades temporais”.
Esta decisão suscitou uma rebelião armada. O concílio
de Latrão convocou uma cruzada contra eles. O bispo
local proibiu-os de pregar porque na época os leigos não
podiam falar sobre questões de fé. Valdo e seus
companheiros descumpriram a proibição e foram
excomungados em 1184.
Na França tiveram muitos seguidores, visto que a vida
de parte do clero causava escândalo aos fiéis e era
grande o anseio por uma reforma da Igreja.
Clara, mulher em busca da
           liberdade

“Recorreram (os familiares) à violência
impetuosa... Querendo convencê-la a sair
dessa baixeza, indigna de sua linhagem...
Mas ela segurou a tolha do altar e mostrou
a cabeça tonsurada, garantindo que jamais
poderiam afastá-la do serviço de Cristo”
Situação da Mulher

Sociedade Patriarcal
Diferente ser nobre e ser serva
Mulher na Igreja:
•Eremita
•Monja
•“Mulheres religiosas” - Beguinas
Beguinas
   O surgimento das Beguinas foi determinado pelo desejo
    de vida apostólica, no seguimento de Jesus Cristo pobre.
   Os motivos econômicos e sociais – como a procura do
    próprio sustento e o aumento do excedente de
    população feminina – não foram determinantes.
    Predominavam mulheres das classes sociais mais altas
    que não buscavam no movimento religioso a própria
    subsistência, mas fugiam da riqueza familiar e optavam
    por uma vida pobre, como ideal evangélico.
   Também não lhes faltava a possibilidade de casamento,
    mas livremente renunciavam a ele, provocando com
    frequência sérios conflitos familiares.
Beguinas
 Como todo movimento religioso feminino, o movimento
  das Beguinas enfrentou muitas hostilidades. As mulheres
  eram acusadas de propagar novidades inaceitáveis. Sua
  forma de pensar e realizar a vida cristã constrastava com
  o pensamento dos homens e com a ordem estabelecida
  na Igreja. Não raro, pesava sobre as mulheres a suspeita
  de heresia.
 Para fugir à suspeita de heresia, as Beguinas buscavam
  com insistência o apoio espiritual de alguma Ordem
  masculina e a aprovação de seu propósito de via junto às
  autoridades eclesiásticas. Furtavam-se aos cuidados do
  clero diocesano, considerado corrupto, autoritário e
  pouco confiável. Preferiam a assistência espiritual das
  Ordens monásticas renovadas e, no século XIII, das
  Ordens Mendicantes.
Mulheres nos movimentos religiosos
• Cátaros e Valdenses deram às mulheres um
  espaço de participação que lhes era negado na
  Igreja da época. Entre os Cátaros, as mulheres
  também podiam receber o ‘consolamentum’
  que as tornava “perfeitas” e lhes permitia
  exercer vários ministérios reconhecidos,
  embora não fossem admitidas ao episcopado.
• Entre os Valdenses, as mulheres exerciam o
  ministério da pregação e de vários
  sacramentos. Em alguns lugares, presidiam
  inclusive a Eucaristia.
INQUISIÇÃO

 Um produto da sua época;
 O contraste existente entre a vida pobre de
  Jesus e a Igreja do tempo, saltava aos olhos;
 Cresciam os movimentos populares contra a
  religião estabelecida e a riqueza do clero;
  crescia também a consciência dos leigos;
 Bispados estavam nas mãos dos nobres e
  poderosos leigos;
 Numa sociedade acostumada à violência, a
  heresia é concebida como uma ofensa à
  verdade e à convivência social.
INQUISIÇÃO

 Na idade média, o herético religioso
  era identificado a um revolucionário
  político. Por isso considerado
  subversivo, perigoso.
 Objetivos:
  Salvaguardar a ortodoxia da fé cristã;
  Afastar e eliminar todos os inimigos da
   cristandade;
  Extirpar as heresias
INQUISIÇÃO
 Inquisição Secular – civil: desde sempre
 Inquisição Episcopal: 1229 Concílio de Toulouse
 Inquisição Pontifícia: 1231 o Papa Gregório IX
  organiza a inquisição. Em 1232 confiou o ofício
  de inquisidores aos Freis Dominicanos; Em
  1248 Inocêncio IV concedeu este “privilégio” aos
  franciscanos. Em 1252 autorizou também a
  tortura, se necessário, para arrancar a confissão
  da heresia.
 Inquisição Espanhola: Sob os Reis católicos
  Fernando e Isabela.
MEIOS UTILIZADOS PARA
    COMBATER AS HERESIAS

 Pregação: Os Cistercienses, seguidos
  pelos Dominicanos e Franciscanos;
 Inquisição: 1184 - acordo de Verona
  entre o Papa e o Imperador; 1231 - sob o
  controle da Igreja: “Inquisição Pontifícia”;
 Cruzadas: a) 1208-12;      b) 1218-19;    c)
  1225-29.
ORDENS MENDICANTES

 Movimentos Evangélicos (protesto evangélico),
    contra uma Igreja demasiado florescente.
 Desejavam que a Igreja fosse fiel à pobreza de
         Cristo expressa no Evangelho.
 Pretendem ser retorno ao Evangelho e à Igreja
das origens. Não são reforma de um estilo de vida
              monacal. É inovação.

  Novidades: convive com o povo; combate às
  heresias; ação missionária; pobreza coletiva.
CARACTERÍSTICAS DAS ORDENS
              MENDICANTES
   Valorização da pobreza: os irmãos viviam do
    trabalho manual ou de esmolas e, no início, quase
    todos eram leigos;
   Para facilitar a pregação, não viviam em lugares
    afastados, mas gostavam de viver nas cidades e
    renunciavam ficar muito tempo num mesmo lugar;
   Delas surgiram também as chamadas “Ordens
    Terceiras”, das quais podiam participar as pessoas
    casadas e solteiras, que muitas vezes renunciavam
    às suas propriedades e viviam em comum;
   Pregavam, com a palavra e o exemplo, o desapego
    da riqueza à sociedade e à Igreja de sua época,
    que eram marcadas pela cobiça e ambição.
ORDENS MENDICANTES
 PREGADORES ou Dominicanos: Domingos de Gusmão
                                    (1170-1221)
 FRANCISCANOS: Francisco de Assis (1181-1226)
 CARMELITAS: Bertoldo de Calábria (1185)
 EREMITAS DE S. AGOSTINHO: Grupos de eremitas
                                          (1256)
 MERCEDÁRIOS: Pedro Nolasco e Pedro Peñafort
                                          (1222)
 SERVITAS: Irmandade de mercadores e patrícios da
  cidade (1233). Em 1424 declarada mendicante.

   TRINITÁRIOS: S. João da Mata e S. Felix de Valois
ORDEM DOS PREGADORES - OP
Em 1215 Domingos ganhou um castelo.
  Sentiu a hora oportuna de fundar a Ordem dos Pregadores
  (O.P.). Funda uma comunidade para combater os
  albigenses.
        O IVº Concílio de Latrão (1215), sugeriu-lhe
    as finalidades da Ordem:
   Reforma da Igreja;
   Confirmação da fé.
   Correção dos costumes;
   Extirpação da heresia;
         No decreto três, decidia a “Instituição de pregadores e
    administradores da penitência”; no decreto onze ordenava:
    “Em cada catedral ou paróquia haja um professor para o
    ensino gratuito”. Tudo isso foi assimilado por Domingos.
ORDEM DOS PREGADORES - OP
 Inocêncio III aprovou o projeto de Domingos
  aconselhando-o a escolher uma regra das já
  existentes. Escolheu a de Santo Agostinho. Era o
  ano de 1215. Em 1218 a ordem decidiu ser
  formada por clérigos bem formados em teologia
  para a própria santificação e para a pregação
  (até então o ofício de pregador era reservado ao
  bispo e aos párocos).
 6 de agosto de 1221, Domingos faleceu em
  Bologna. Foi canonizado aos 3 de julho de
  1234.
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
 Francisco de Assis (1181-1226) nasceu e morreu
  em Assis. Desde moço apaixonou-se pelo ideal
  da cavalaria. Em 1206-7 uma doença dá-lhe
  ocasião de endereçar a vida para outros ideais.
 Aos 24 de fevereiro de 1209, na igreja da
  Porciúncula ouviu Mt. 10,7. (Anunciai o Reino. De graça
  recebestes. Não levei nada pelo caminho). Escolhe uma vida
  de extrema pobreza e de pregação itinerante.
 Inocêncio III, em 1210, aprovou oralmente a forma de
  vida para pregar a penitência e os bons costumes.
Em 1212, no domingo de Ramos, Francisco recebe Clara de
  Assis. Inicia a 2ª Ordem Franciscana (desde 1253,
  Ordem das Clarissas).
Uma mulher em defesa da fé e
         da cidade
Não fiquem com medo. Eles não nos podem
fazer mal... E foi tanta a força da oração que os
inimigos sarracenos foram embora sem fazer
mal algum, como se tivessem sido expulsos...

Clara sabendo que Assis ia ser tomada, disse
às irmãs: recebemos muitos bens desta cidade,
por isso vamos pedir a Deus que a guarde...
ISLAMISMO
   MAOMÉ (571-632)
   Por volta de 610 Maomé inicia, na Arábia, sua
    pregação, afirmando ter recebido uma missão
    celeste:
   A revelação de um Deus único (monoteísmo),
   Ao qual todo crente (muçulmano),
   Deve submeter-se (Islã).
   Suas visões estão no Livro Sagrado: Alcorão.
   Maomé e os sucessores (Califas), realizam uma
    gigantesca obra de unificação religiosa e
    política, usando também as forças das armas
    (guerra santa).
OS CINCO PILARES DO ISLÃ

   Profissão de fé (O único Deus é Ala, e
    Maomé é seu profeta)
   Oração ritual (cinco vezes por dia:
    amanhecer, meio-dia, tarde, entardecer e
    noite)
   Caridade (purifica a pessoa e seus bens)
   Jejum durante o Ramadã (Nada de comida,
    bebidas, fumar, nem relações sexuais até o
    cair da noite)
   Peregrinação à Meca (Ao menos uma vez na
    vida de cada muçulmano.
CRUZADAS
   Grandes expedições organizadas pelos
 cristãos da Europa Ocidental para libertar
 Jerusalém e os lugares santos do domínio
          dos turcos muçulmanos.
Uma guerra só é considerada Cruzada, quando:
- O Papa a proclama;
- Há uma indulgência específica;
- Os participantes se obrigam por juramento a combater
até a morte e buscar a libertação da Terra Santa;
-Aos participantes (cruzados) há certos privilégios: seus
bens são protegidos; dispensa das taxas/impostos;
dívidas perdoadas ou prolongadas...
Cruzadas – Apelo do Papa Urbano II
       Sínodo de Clermont (França) - 1095 - Urbano II
        - Proibe o concubinato, a simonia e todo vínculo vassalítico;
       - Lança o apelo para a Cruzada – libertar os
    cristãos do Oriente e os Lugares Santos da
    dominação do Islã.
       - Promulgou a: - Paz de Deus tornando imunes pessoas e coisas
  (agricultores, mulheres, crianças e clérigos) da cobiça dos guerreiros.
  Instituiu a “guerra contra a guerra” para assegurar a paz;
                 - Trégua de Deus: é a instituição que limitava os tempos
  de violência, constringindo os nobres a absterem-se de guerras em
  determinados períodos do ano litúrgico (quaresma) e certos dias da
  semana. A guerra era suspensa de quarta a noite até segunda de manhã;
       - Instituiu as Milícias de Paz (exércitos) para proteger os pobres, as
  abadias, as igrejas contra as “guerras privadas” que os nobres promoviam
  para expandirem suas propriedades.
        Como o Imperador Henrique IV está excomungado, fraco e
    com disputas internas, o Papa era reconhecido pelos fiéis como o
    verdadeiro chefe da Cristandade. Colocava em evidência um
    exército internacional para a defesa dos cristãos do Oriente
CRUZADAS
       Por quê o Papa no comando das Cruzadas?
       Quando, em 1095, Urbano II conclamou a Cruzada,
    o Imperador Henrique IV e o rei da França, Felipe,
    estavam excomungados. Guilherme, o Ruivo, da
    Inglaterra, não havia reconhecido o Papa. Humilhado o
    Imperador, então o Papa assegurou-se o comando único
    do Ocidente.
        À conclamação do dia 27 de nov. de 1095, formaram-se 4
    exércitos alimentados pelo feudalismo ocidental, basicamente na
    cavalaria francesa. Encontraram-se em 1097. Paralelamente e antes
    disso, Pedro, o Eremita, conduziu uma cruzada popular que foi
    dizimada pelos Turcos em Constantinopla. O próprio imperador
    oriental não lhes deu pousada em Constantinopla.
       Para financiar estas expedições o Papa aumentou
    taxas de impostos e concedeu indulgências em troca de
    donativos. Os senhores feudais deviam comprar o “voto
    de cruzado”
Antecedentes para as Cruzadas
      As Cruzadas tinham seus antecedentes nas
    PEREGRINAÇÕES prescritas ou assumidas espontaneamente
    como forma de penitência (O Bispo Gunther, de Bamberga, fez uma
    peregrinação com 7 mil diocesanos em 1065). Nos primeiros tempos
    as Cruzadas foram chamadas de “Peregrinações”.
       - Na Idade Média havia a idéia de que a Terra Santa
    era uma herança cristã que precisava ser recuperada pois tinha
    sido roubada pelos árabes;
         - As contínuas guerras, motivadas por Papas e Bispos, contra
    os “infiéis”, os pagãos, os normandos, os sarracenos... foram
    formando a idéia de uma guerra santa lícita;
         - As primeiras vítimas dos invasores eram os mosteiros e bens
    da igreja;
         - Havia também uma atitude ambígua. De um lado a Igreja
    exigia que os soberanos fizessem guerra. De outra parte estabelecia
    uma penitência de 40 dias para os soldados que matassem um
    inimigo;
Antecedentes para as Cruzadas
        - Nos séc. X e XI surge o movimento da Paz de Deus
    que “faz guerra para ter a paz”;
        - Bispos “em pessoa” tomaram armas organizando
    Milícias de Paz;
        - Os cavaleiros franceses que em 1063 partiram
    para a guerra espanhola receberam a primeira
    indulgência historicamente demonstrável de uma
    cruzada;
        - Bonizo de Sutri, entre 1090-1095 escreveu um
    catálogo de deveres do cavaleiro cristão, salientando a
    luta contra os heréticos e cismáticos;
        - Bernardo de Claraval em 1120 escreve inspirando
    o surgimento das Ordens Cavaleirescas. Ele mesmo
    prometeu imunidade dos crimes e absolvição das penas
    dos combatentes;
Outros estímulos para participar das
                 Cruzadas
        - A recompensa espiritual da indulgência;
       - A pregação itinerante das novas ordens religiosas.
    Milhares de pessoas seguiam estes pregadores;
        - Motivos econômicos: Houve anos de carestia agrícola
    por duas situações: o crescimento demográfico e o sistema
    carolíngeo da divisão infinita da terra entre os filhos ao ponto
    que não era possível cultivá-la. Para mudar esta situação
    mudou-se o sistema de propriedade. Os nobres e os
    mosteiros compraram o máximo terreno que podiam. O
    sistema de herança passou ao primogênito. Os outros filhos
    faziam-se: 1) monges; 2) vassalos de algum proprietário; 3)
    guerreiros que seriam contratados pelos senhores. Isto
    favoreceu as “guerras privadas”. Houve também a proibição
    de casamentos. A Cruzada foi uma ocasião certa para aqueles
    que esperavam fazer uma rápida carreira.
CRUZADAS
           Oficialmente houve 7 Cruzadas
O Papa Urbano II, no Sínodo de Clermont em
  1095 lança o apelo para a Cruzada.
   Primeira Cruzada (1096-1099)
   Segunda Cruzada (1147-1149)
   Terceira Cruzada (1189-1192)
   Quarta Cruzada (1202-1204)
    – 1212 Cruzada das crianças
   Quinta Cruzada (1228-1229)
   Sexta Cruzada ( 1248-1254)
   Sétima Cruzada (1270)
ORDENS MILITARES
  Surgem no tempo das Cruzadas. São ordens da Igreja
romana que nasceram da necessidade do Império cristão
  de agrupar esforços no sentido de propagar a religião.
Principal tarefa: combater os infiéis, proteger os bens e os
                         cristãos.

1120 – ORDEM DOS TEMPLÁRIOS:Extinta em 1314
1136 - ORDEM DOS HOSPITALÁRIOS
1158 - ORDEM DE CALATRAVA
1160 – ORDEM DE SANTIAGO: Extinta em 1493
1176 – ORDEM DE AVIS (ramo da Ordem de Calatrava)
1193 – ORDEM DOS CAVALEIROS TEUTÔNICOS
1323 – ORDEM DE CRISTO
Séc. XIV – ORDEM DE JARRETEIRA
Conclusões
 Época   de   transição
 Época   de   inovações
 Época   de   conflitos
 Época   de   incertezas

Contenu connexe

Tendances

História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaHistória da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasAndre Nascimento
 
A igreja medieval
A igreja medievalA igreja medieval
A igreja medievalMi v
 
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média   aula 1 - 2 biA igreja católica na idade média   aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 biCybelle Cardozo
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasHistória da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaHistória da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaAndre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e Calvino
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e CalvinoHistória da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e Calvino
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e CalvinoAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)Andre Nascimento
 
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)Andre Nascimento
 
História da Igreja - Concílios de Nicéia e Constantinopla
História da Igreja - Concílios de Nicéia e ConstantinoplaHistória da Igreja - Concílios de Nicéia e Constantinopla
História da Igreja - Concílios de Nicéia e ConstantinoplaGlauco Gonçalves
 
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de Lutero
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de LuteroHistória da Igreja II: Aula 2: A Reforma de Lutero
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de LuteroAndre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)Andre Nascimento
 
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasHistória da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasAndre Nascimento
 
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de Milão
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de MilãoHistória da Igreja - Das perseguições ao Edito de Milão
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de MilãoGlauco Gonçalves
 

Tendances (20)

História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesaHistória da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
História da Igreja I: Aula 5 - Em posição de defesa
 
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os AnabatistasHistória da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
História da Igreja II: Aula 4: Reforma Radical: Muntzer e os Anabatistas
 
Reforma protestante e contrarreforma 2018
Reforma protestante e contrarreforma 2018Reforma protestante e contrarreforma 2018
Reforma protestante e contrarreforma 2018
 
A igreja medieval
A igreja medievalA igreja medieval
A igreja medieval
 
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média   aula 1 - 2 biA igreja católica na idade média   aula 1 - 2 bi
A igreja católica na idade média aula 1 - 2 bi
 
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e heregesHistória da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
História da Igreja I: Aula 6 - Império, bárbaros e hereges
 
História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas CatólicasHistória da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
História da Igreja II: Aula 6: Reformas Católicas
 
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré ReformaHistória da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
História da Igreja II: Aula 1: Pré Reforma
 
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e Calvino
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e CalvinoHistória da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e Calvino
História da Igreja II: Aula 3: Reforma na Suíça: Zuínglio e Calvino
 
A igreja medieval
A igreja medievalA igreja medieval
A igreja medieval
 
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
História da Igreja I: Aula 9: Império e Cristianismo Latino Teutônico (2/2)
 
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
História da Igreja II: Aula 12: Protestantismo na AL e Brasil (parte 2)
 
História da Igreja - Concílios de Nicéia e Constantinopla
História da Igreja - Concílios de Nicéia e ConstantinoplaHistória da Igreja - Concílios de Nicéia e Constantinopla
História da Igreja - Concílios de Nicéia e Constantinopla
 
Curso modular (1)
Curso modular (1)Curso modular (1)
Curso modular (1)
 
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de Lutero
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de LuteroHistória da Igreja II: Aula 2: A Reforma de Lutero
História da Igreja II: Aula 2: A Reforma de Lutero
 
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
História da Igreja I: Aula 8: Império e Cristianismo Latino Teutônico (1/2)
 
2 a igreja medieval
2 a igreja medieval2 a igreja medieval
2 a igreja medieval
 
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internasHistória da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
História da Igreja I: Aula 12: Tentativas de mudanças internas
 
A igreja na idade média
A igreja na idade médiaA igreja na idade média
A igreja na idade média
 
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de Milão
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de MilãoHistória da Igreja - Das perseguições ao Edito de Milão
História da Igreja - Das perseguições ao Edito de Milão
 

En vedette

Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de Azevedo
Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de AzevedoClara de Assis : biografia e cartas / Monica de Azevedo
Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de AzevedoEugenio Hansen, OFS
 
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcap
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcapO projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcap
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcapEugenio Hansen, OFS
 
7 Alongamentos alongamentos para a coluna
7 Alongamentos alongamentos para a coluna7 Alongamentos alongamentos para a coluna
7 Alongamentos alongamentos para a colunaEugenio Hansen, OFS
 
Formação da Europa feudal
Formação da Europa feudalFormação da Europa feudal
Formação da Europa feudalRenata Telha
 
She Did Not Consider Her Destiny
She Did Not Consider Her DestinyShe Did Not Consider Her Destiny
She Did Not Consider Her DestinyDave Stewart
 
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...SlideShare
 

En vedette (9)

Linda OraçãO
Linda OraçãOLinda OraçãO
Linda OraçãO
 
Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de Azevedo
Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de AzevedoClara de Assis : biografia e cartas / Monica de Azevedo
Clara de Assis : biografia e cartas / Monica de Azevedo
 
Silencie
SilencieSilencie
Silencie
 
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcap
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcapO projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcap
O projeto franciscano de vida / Frei Aldir Crocoli, OFMcap
 
7 Alongamentos alongamentos para a coluna
7 Alongamentos alongamentos para a coluna7 Alongamentos alongamentos para a coluna
7 Alongamentos alongamentos para a coluna
 
Feudalismo europeu
Feudalismo europeuFeudalismo europeu
Feudalismo europeu
 
Formação da Europa feudal
Formação da Europa feudalFormação da Europa feudal
Formação da Europa feudal
 
She Did Not Consider Her Destiny
She Did Not Consider Her DestinyShe Did Not Consider Her Destiny
She Did Not Consider Her Destiny
 
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
 

Similaire à Clara de Assis e o contexto histórico da Idade Média

O poder da igreja católica no mundo feudal
O poder da igreja católica no mundo feudalO poder da igreja católica no mundo feudal
O poder da igreja católica no mundo feudalPablo Silveira
 
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aulaPIB Penha
 
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...Tiago Silva
 
12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptxPIB Penha - SP
 
09. aula de história geral - reforma protestante
09. aula de história geral - reforma protestante09. aula de história geral - reforma protestante
09. aula de história geral - reforma protestanteDarlan Campos
 
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptx
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptxSA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptx
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptxValval58
 
O livro negro do cristianismo dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...
O livro negro do cristianismo  dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...O livro negro do cristianismo  dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...
O livro negro do cristianismo dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...Ruby Vitória
 
Aula - História da Igreja.pptx
Aula - História da Igreja.pptxAula - História da Igreja.pptx
Aula - História da Igreja.pptxDenisAurlio2
 
Alta Idade Média
Alta Idade Média Alta Idade Média
Alta Idade Média Janayna Lira
 
A reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaA reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaKelly Delfino
 
A Sociedade Senhorial
A Sociedade SenhorialA Sociedade Senhorial
A Sociedade SenhorialCPH
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroAna Barreiros
 

Similaire à Clara de Assis e o contexto histórico da Idade Média (20)

8. reforma e contra reforma
8. reforma e contra reforma8. reforma e contra reforma
8. reforma e contra reforma
 
O poder da igreja católica no mundo feudal
O poder da igreja católica no mundo feudalO poder da igreja católica no mundo feudal
O poder da igreja católica no mundo feudal
 
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula10   Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
10 Os pré-reformadores do cristianismo - 10ª aula
 
Reforma
ReformaReforma
Reforma
 
8
88
8
 
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
 
12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx
 
09. aula de história geral - reforma protestante
09. aula de história geral - reforma protestante09. aula de história geral - reforma protestante
09. aula de história geral - reforma protestante
 
REFORMA PROTESTANTE.ppt
REFORMA PROTESTANTE.pptREFORMA PROTESTANTE.ppt
REFORMA PROTESTANTE.ppt
 
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptx
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptxSA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptx
SA_HIS_HIG_V01_U00_C00_03_APR.pptx
 
O livro negro do cristianismo dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...
O livro negro do cristianismo  dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...O livro negro do cristianismo  dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...
O livro negro do cristianismo dois mil anos de crimes em nome de deus www.ia...
 
Aula - História da Igreja.pptx
Aula - História da Igreja.pptxAula - História da Igreja.pptx
Aula - História da Igreja.pptx
 
Alta Idade Média
Alta Idade Média Alta Idade Média
Alta Idade Média
 
A reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosaA reforma & a contra reforma religiosa
A reforma & a contra reforma religiosa
 
Igreja medieval 2019 pdf
Igreja medieval 2019 pdfIgreja medieval 2019 pdf
Igreja medieval 2019 pdf
 
30a atos
30a atos30a atos
30a atos
 
A Sociedade Senhorial
A Sociedade SenhorialA Sociedade Senhorial
A Sociedade Senhorial
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
 
Maçons religiosos
Maçons religiososMaçons religiosos
Maçons religiosos
 
A cultura do mosteiro 10º ano
A cultura do mosteiro 10º anoA cultura do mosteiro 10º ano
A cultura do mosteiro 10º ano
 

Plus de Eugenio Hansen, OFS

0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...
0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...
0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...Eugenio Hansen, OFS
 
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorum
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorumLivros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorum
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorumEugenio Hansen, OFS
 
Proposta de Logo Associação Gaúcha de Esperanto
Proposta de Logo Associação Gaúcha de EsperantoProposta de Logo Associação Gaúcha de Esperanto
Proposta de Logo Associação Gaúcha de EsperantoEugenio Hansen, OFS
 
Apresentação franciscanismo com videos
Apresentação franciscanismo com videosApresentação franciscanismo com videos
Apresentação franciscanismo com videosEugenio Hansen, OFS
 
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil 2000
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil   2000Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil   2000
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil 2000Eugenio Hansen, OFS
 
Lectio divina JMJ2013 0rientacoes
Lectio divina JMJ2013 0rientacoesLectio divina JMJ2013 0rientacoes
Lectio divina JMJ2013 0rientacoesEugenio Hansen, OFS
 
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012Repasse Congresso Clariano Canindé 2012
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012Eugenio Hansen, OFS
 

Plus de Eugenio Hansen, OFS (20)

0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...
0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...
0 0 0 identidade visual gea 2020Manual de Identidade Visual / Gaŭĉa Esperanto...
 
1917-2017 Brazilo
1917-2017 Brazilo1917-2017 Brazilo
1917-2017 Brazilo
 
1917 2017 mondo
1917 2017 mondo1917 2017 mondo
1917 2017 mondo
 
1917
19171917
1917
 
Gea 2016
Gea 2016Gea 2016
Gea 2016
 
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorum
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorumLivros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorum
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorum
 
Perdao de Assis
Perdao de AssisPerdao de Assis
Perdao de Assis
 
Proposta de Logo Associação Gaúcha de Esperanto
Proposta de Logo Associação Gaúcha de EsperantoProposta de Logo Associação Gaúcha de Esperanto
Proposta de Logo Associação Gaúcha de Esperanto
 
Bbliasdacoleoeichenberg
BbliasdacoleoeichenbergBbliasdacoleoeichenberg
Bbliasdacoleoeichenberg
 
Aprendendo a amar
Aprendendo a amarAprendendo a amar
Aprendendo a amar
 
Oclc cbbd-2013
Oclc cbbd-2013Oclc cbbd-2013
Oclc cbbd-2013
 
Este livro é meu!
Este livro é meu!Este livro é meu!
Este livro é meu!
 
Apresentação franciscanismo com videos
Apresentação franciscanismo com videosApresentação franciscanismo com videos
Apresentação franciscanismo com videos
 
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil 2000
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil   2000Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil   2000
Antonio Cândido indica 10 livros para conhecer o brasil 2000
 
Rara educação
Rara educaçãoRara educação
Rara educação
 
Lectio divina JMJ2013 001
Lectio divina JMJ2013 001Lectio divina JMJ2013 001
Lectio divina JMJ2013 001
 
Lectio divina JMJ2013 0rientacoes
Lectio divina JMJ2013 0rientacoesLectio divina JMJ2013 0rientacoes
Lectio divina JMJ2013 0rientacoes
 
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012Repasse Congresso Clariano Canindé 2012
Repasse Congresso Clariano Canindé 2012
 
Conversão e Capítulo Eletivo
Conversão e Capítulo EletivoConversão e Capítulo Eletivo
Conversão e Capítulo Eletivo
 
Poesia mistica sufi
Poesia mistica sufiPoesia mistica sufi
Poesia mistica sufi
 

Dernier

O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .Steffany69
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxLennySilva15
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaSammis Reachers
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 

Dernier (14)

O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .o cristão e as finanças a luz da bíblia .
o cristão e as finanças a luz da bíblia .
 
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptxCópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
Cópia de Ideais - Desbravadores e Aventureiros.pdf.pptx
 
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide SilvaVivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 

Clara de Assis e o contexto histórico da Idade Média

  • 1. Congresso Clariano do RS Clara e seu Contexto Histórico Frei Irineu Trentin ESTEF Frei José Bernardi
  • 2. Clara de Assis  Biografia – ícone da história  Mulher nobre  Mulher pobre  Mulher em busca da liberdade  Mulher em defesa da cidade e da religião
  • 3. Clara mulher nobre “Clara, natural de Assis, nobre de nascimento e muito mais pela graça... Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Foi Clara de nome, mais clara pro sua vida...” (I Celano X,17)
  • 4. Idade Média: Cronologia Início: 476 d.C.- queda do Império Romano do Ocidente Fim: 1453 d.C.- queda do Império Romano do Oriente (tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos). Caracteriza-se pelo modo de produção feudal.
  • 5. Séc V Séc XI Séc XV
  • 6. Idade Média: características Ruralização: o mundo rural supera o mundo urbano. Tendência à auto-suficiência: produção para a subsistência, não para o comércio. Pouco uso da moeda Descentralização do poder: ausência de poder centralizado (Estado). Fragmentação e privatização do poder político: a ausência do poder estatal transfere para o poder privado (senhor feudal) a administração local, a aplicação da justiça, a cobrança de impostos, a segurança pública e o direito à guerra.
  • 7. Idade Média: características  Clericalização da sociedade: a Igreja é a referência religiosa, política, ideológica e social da Europa Ocidental.  Sociedade de Ordens: divisão da sociedade em categorias sociais permanentes: Clérigos (Igreja), Guerreiros (Senhores Feudais) e Camponeses (servos). As classes sociais são definidas pelo nascimento. Exemplo: um filho de camponês vai ser sempre camponês.
  • 8. CATEGORIAS SOCIAIS Bellatores - Nobres Oratores - Clero Laboratores - Servos
  • 10.
  • 11. A Sociedade Feudal: componentes econômicos e sociais. Feudo: unidade de produção agrícola, amonetária e auto-suficiente.
  • 12.
  • 13. A Sociedade Feudal: componentes econômicos e sociais. RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS Relações vassálicas. - relações de dependência pessoal e de obrigações recíprocas. - suserano: doava a terra (beneficium) proteção. - vassalo: recebe a terra fidelidade, auxílio nas guerras, pagamento de resgate. - homenagem (cerimônia): juramento de fidelidade. - ajuda (auxilium) e consulta (consilium) mútuas.
  • 14. Deveres dos Servos Trabalho gratuito de 3 a 5 dias por Corvéia Semana no Manso Senhorial. Dar parte da produção (3/4) ao Talha Suserano. Pagamento, em espécie, pela utilização Banalidades de instrumentos do Feudo. Tostão Dar 10 por cento da produção feudal De Pedro para a Igreja Católica. Noite de núpcias do vassalo é, na Formariage verdade, do Suserano.
  • 15. Descentralização Nobreza Feudal Economia Agrícola Subsistência Sociedade Estamental Poder Clerical Cultura influenciada pela Igreja Trevas/Ignorância Religião Cristã Poder do Papado
  • 16. Clara mulher pobre “...tendo vendido e distribuído tudo aos pobres, proponde-vos a não ter absolutamente nenhuma propriedade, aderindo totalmente aos vestígios daquele que por vós se fez pobre, caminho, verdade e vida...” (Inocêncio III, Privilegium Paupertatis)
  • 17. Novidades  Comércio: nova atividade econômica  Dinheiro: utensílio indispensável  Cidades: novo estilo de vida  Burguesia: uma nova classe social
  • 18. REI CLERO NOBREZA POVO
  • 19. Igreja Medieval A principal instituição medieval será a Igreja. Esta exercia um papel decisivo em todos os setores da vida medieval: na organização econômica, na coesão social, na legitimação da dominação política e nas manifestações culturais. O clero estava organizado em clero secular (que vivia no mundo cotidiano em contato com os fiéis) e o clero regular (que vivia nos mosteiros, isolado do mundo) que obedecia regras.
  • 20. Igreja Medieval Exercia dois tipos de poderes: • espiritual (autoridade religiosa máxima) • temporal (poder político decorrente das grandes extensões de terra que a Igreja possuía; exército; povo). O exercício do poder temporal levou a Igreja a envolver-se em várias questões políticas.
  • 21. ESTADO PONTIFÍCIO • Há tempo os papas possuíam bens (doações). Era chamado Patrimônio de São Pedro. • Doação de Pepino: Em 754/756, Pepino o Breve, rei dos Francos, doou parte do território conquistado dos Longobardos. • Surgem os Estados Pontifícios ou Estados Papais. • 1870 – Guerra de unificação da Itália. Fim dos Estados Pontifícios. • 1929 – Pactos de Latrão: Mussolini e Papa Pio XI. Surge o Estado do Vaticano.
  • 22. Assuntos que perpassam a história da Igreja - Clero • INVESTIDURA LEIGA = É a nomeação de eclesiásticos por parte do poder civil. (especialmente bispos e abades) • NICOLAISMO = Não observância do celibato eclesiástico (Ap 2,6.15).
  • 23. SIMONIA = Venda de coisas sagradas por dinheiro (At 8, 18: Simão Mago queria comprar de Pedro o Espírito Santo). Compra e venda de sacramentos, bens ou ofícios eclesiásticos; Compra da dignidade eclesiástica com a prestação de serviços ou favores; Penetração em ofícios eclesiásticos mediante intercessão de algum potente.
  • 24. SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS RELIGIOSAS  A reforma gregoriana era do alto;  agora a reforma vem de baixo.  A reforma gregoriana tem carater institucional; os novos movimentos um carater carismático.  Mas qual é a relação deste novo movimento com a reforma gregoriana e com a luta pela investidura? Tanto a reforma gregoriana quanto este novo movimento de vida religiosa querem retornar à Igreja das origens: uma igreja livre para a reforma, uma igreja pobre e apostólica para o novo movimento.  As duas iniciativas reformadoras se entendem e em parte se ajudam mutuamente. Existem monges, eremitas, pregadores itinerantes que lutam contra a simonia, nicolaitismo, decadência do clero. Os Papas da reforma, em contrapartida, favorecem a “ascenção” dos personagens mais importantes do movimento.
  • 25. SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS RELIGIOSAS  A nova forma de vida é deixar os bens terrenos e trabalhar pelo Evangelho, como os Apóstolos. Isto se torna o ponto focal da nova concepção do Cristianismo. Mas as pregações itinerantes vão criando novas instituições religiosas. As que se submetem às diretivas eclesiásticas são reconhecidas (aquelas que criaram uma forma estável de vida). As que se põem em contraste com a Igreja hierárquica, são combatidas e suprimidas com a força.  Surgem novos movimentos religiosos. É a procura de novas formas de vida. No início o ideal se concentra na pobreza individual, entendida como completa renúncia a qualquer segurança terreste. Os homens impelidos por estas aspirações se retiram (sozinhos ou em grupos) em lugares solitários, onde ganham o pão com o trabalho manual. Seu protesto é contra a grandiosa atividade edilícia desenvolvida pelos monges antigos; contra as suntuosas decorações, etc. Suas igrejas e habitações querem ser muito modestas.
  • 26. SURGIMENTO DE NOVAS ORDENS RELIGIOSAS  Por volta da metade do séc. XI a vida religiosa assume um significado mais amplo, sob o modelo da vida apostólica de Cristo, vista como uma escolha de pobreza e de pregação itinerante. Pobreza evangélica e Vida Apostólica surgem contemporaneamente em ambientes, países e classes sociais muito diversas: monges, clero diocesano, canônicos regulares, nobres...
  • 27. Novas Ordens  Cônegos Regulares – Roberto Arbrissel – 1100  Cartuxos – São Bruno – 1101  Cistercienses – Bernardo de Claraval – 1115  Premostratenses – Norberto de Xanten – 1118
  • 28. Movimentos religiosos populares • Durante a alta Idade Média, ocorreu uma série de movimentos populares que defendiam a volta à pureza e pobreza evangélicas e pretendiam a reforma do clero. Assim, no século XI surgiram em Milão os patarinos, que logo passaram das propostas de reforma à oposição ao clero, a seus ritos e aos sacramentos. • A ênfase na vinda de um messias libertador que estabeleceria o reino de justiça e paz - que, segundo os milenaristas, duraria mil anos - reapareceu na situação de crise social dos séculos XII e XIII. O abade Joaquim de Fiore, morto em 1202, elaborou uma teologia da história segundo a qual, depois da idade do Pai (Antigo Testamento) e da idade do Filho (a igreja), viria a do Espírito, que suprimiria a hierarquia eclesiástica.
  • 29. Movimentos religiosos populares OS CÁTAROS O nome vem do grego “katharos”, que significa puro. Representam a “Igreja dos santos”. Também são conhecidos por Albigenses, porque a cidade de Albi era o centro do movimento • A partir de 1140, aparecem os Cátaros, principalmente no sul da França. A doutrina dos cátaros é um néo-maniqueismo que considera o mundo material como obra de um deus mau. Assim desclassificam toda a realidade sacramental da Igreja. • Levam à negação da encarnação e ressurreição de Cristo.
  • 30. Movimentos religiosos populares OS CÁTAROS Em 1167, em Toulouse (sul da França), fizeram um concílio. À rica Igreja católica, cheia de bens temporais, pecaminosos, contrapuseram sua Igreja pobre que condenava qualquer tipo de posse. Eles definiam-se “católicos ideais”. Designavam a Igreja católica como “sinagoga de satanás”. São uma seita elitista exclusivista: “só uma parte de seus membros se salva, ou melhor, tem condições de viver o ideal do completo despojamento das coisas materiais”. Evitam qualquer contato com a matéria para conservar a pureza. A inteira obra da criação é pecaminosa em si mesma.
  • 31. VALDENSES ou Pobres de Lyon São os seguidores de Pedro Valdo, rico mercador de Lyon (França). Lendo Mt 10,5 ss descobriu o ideal da pobreza. Distribuiu seus bens. Pregou a pobreza e a penitência. Seus seguidores primavam pela piedade, boas obras, leitura da Bíblia, pregação missionária e mendicância. Valdo foi completamente ortodoxo, ao menos nos primeiros tempos.
  • 32. VALDENSES ou Pobres de Lyon Concílio de Tours (1163) estabeleceu: “Os albigenses convictos sejam encarcerados, privados de seus bens e remetidos às autoridades temporais”. Esta decisão suscitou uma rebelião armada. O concílio de Latrão convocou uma cruzada contra eles. O bispo local proibiu-os de pregar porque na época os leigos não podiam falar sobre questões de fé. Valdo e seus companheiros descumpriram a proibição e foram excomungados em 1184. Na França tiveram muitos seguidores, visto que a vida de parte do clero causava escândalo aos fiéis e era grande o anseio por uma reforma da Igreja.
  • 33. Clara, mulher em busca da liberdade “Recorreram (os familiares) à violência impetuosa... Querendo convencê-la a sair dessa baixeza, indigna de sua linhagem... Mas ela segurou a tolha do altar e mostrou a cabeça tonsurada, garantindo que jamais poderiam afastá-la do serviço de Cristo”
  • 34. Situação da Mulher Sociedade Patriarcal Diferente ser nobre e ser serva Mulher na Igreja: •Eremita •Monja •“Mulheres religiosas” - Beguinas
  • 35. Beguinas  O surgimento das Beguinas foi determinado pelo desejo de vida apostólica, no seguimento de Jesus Cristo pobre.  Os motivos econômicos e sociais – como a procura do próprio sustento e o aumento do excedente de população feminina – não foram determinantes.  Predominavam mulheres das classes sociais mais altas que não buscavam no movimento religioso a própria subsistência, mas fugiam da riqueza familiar e optavam por uma vida pobre, como ideal evangélico.  Também não lhes faltava a possibilidade de casamento, mas livremente renunciavam a ele, provocando com frequência sérios conflitos familiares.
  • 36. Beguinas  Como todo movimento religioso feminino, o movimento das Beguinas enfrentou muitas hostilidades. As mulheres eram acusadas de propagar novidades inaceitáveis. Sua forma de pensar e realizar a vida cristã constrastava com o pensamento dos homens e com a ordem estabelecida na Igreja. Não raro, pesava sobre as mulheres a suspeita de heresia.  Para fugir à suspeita de heresia, as Beguinas buscavam com insistência o apoio espiritual de alguma Ordem masculina e a aprovação de seu propósito de via junto às autoridades eclesiásticas. Furtavam-se aos cuidados do clero diocesano, considerado corrupto, autoritário e pouco confiável. Preferiam a assistência espiritual das Ordens monásticas renovadas e, no século XIII, das Ordens Mendicantes.
  • 37. Mulheres nos movimentos religiosos • Cátaros e Valdenses deram às mulheres um espaço de participação que lhes era negado na Igreja da época. Entre os Cátaros, as mulheres também podiam receber o ‘consolamentum’ que as tornava “perfeitas” e lhes permitia exercer vários ministérios reconhecidos, embora não fossem admitidas ao episcopado. • Entre os Valdenses, as mulheres exerciam o ministério da pregação e de vários sacramentos. Em alguns lugares, presidiam inclusive a Eucaristia.
  • 38. INQUISIÇÃO  Um produto da sua época;  O contraste existente entre a vida pobre de Jesus e a Igreja do tempo, saltava aos olhos;  Cresciam os movimentos populares contra a religião estabelecida e a riqueza do clero; crescia também a consciência dos leigos;  Bispados estavam nas mãos dos nobres e poderosos leigos;  Numa sociedade acostumada à violência, a heresia é concebida como uma ofensa à verdade e à convivência social.
  • 39. INQUISIÇÃO Na idade média, o herético religioso era identificado a um revolucionário político. Por isso considerado subversivo, perigoso. Objetivos:  Salvaguardar a ortodoxia da fé cristã;  Afastar e eliminar todos os inimigos da cristandade;  Extirpar as heresias
  • 40. INQUISIÇÃO  Inquisição Secular – civil: desde sempre  Inquisição Episcopal: 1229 Concílio de Toulouse  Inquisição Pontifícia: 1231 o Papa Gregório IX organiza a inquisição. Em 1232 confiou o ofício de inquisidores aos Freis Dominicanos; Em 1248 Inocêncio IV concedeu este “privilégio” aos franciscanos. Em 1252 autorizou também a tortura, se necessário, para arrancar a confissão da heresia.  Inquisição Espanhola: Sob os Reis católicos Fernando e Isabela.
  • 41. MEIOS UTILIZADOS PARA COMBATER AS HERESIAS  Pregação: Os Cistercienses, seguidos pelos Dominicanos e Franciscanos;  Inquisição: 1184 - acordo de Verona entre o Papa e o Imperador; 1231 - sob o controle da Igreja: “Inquisição Pontifícia”;  Cruzadas: a) 1208-12; b) 1218-19; c) 1225-29.
  • 42. ORDENS MENDICANTES Movimentos Evangélicos (protesto evangélico), contra uma Igreja demasiado florescente. Desejavam que a Igreja fosse fiel à pobreza de Cristo expressa no Evangelho. Pretendem ser retorno ao Evangelho e à Igreja das origens. Não são reforma de um estilo de vida monacal. É inovação. Novidades: convive com o povo; combate às heresias; ação missionária; pobreza coletiva.
  • 43. CARACTERÍSTICAS DAS ORDENS MENDICANTES  Valorização da pobreza: os irmãos viviam do trabalho manual ou de esmolas e, no início, quase todos eram leigos;  Para facilitar a pregação, não viviam em lugares afastados, mas gostavam de viver nas cidades e renunciavam ficar muito tempo num mesmo lugar;  Delas surgiram também as chamadas “Ordens Terceiras”, das quais podiam participar as pessoas casadas e solteiras, que muitas vezes renunciavam às suas propriedades e viviam em comum;  Pregavam, com a palavra e o exemplo, o desapego da riqueza à sociedade e à Igreja de sua época, que eram marcadas pela cobiça e ambição.
  • 44. ORDENS MENDICANTES  PREGADORES ou Dominicanos: Domingos de Gusmão (1170-1221)  FRANCISCANOS: Francisco de Assis (1181-1226)  CARMELITAS: Bertoldo de Calábria (1185)  EREMITAS DE S. AGOSTINHO: Grupos de eremitas (1256)  MERCEDÁRIOS: Pedro Nolasco e Pedro Peñafort (1222)  SERVITAS: Irmandade de mercadores e patrícios da cidade (1233). Em 1424 declarada mendicante.  TRINITÁRIOS: S. João da Mata e S. Felix de Valois
  • 45. ORDEM DOS PREGADORES - OP Em 1215 Domingos ganhou um castelo. Sentiu a hora oportuna de fundar a Ordem dos Pregadores (O.P.). Funda uma comunidade para combater os albigenses. O IVº Concílio de Latrão (1215), sugeriu-lhe as finalidades da Ordem:  Reforma da Igreja;  Confirmação da fé.  Correção dos costumes;  Extirpação da heresia; No decreto três, decidia a “Instituição de pregadores e administradores da penitência”; no decreto onze ordenava: “Em cada catedral ou paróquia haja um professor para o ensino gratuito”. Tudo isso foi assimilado por Domingos.
  • 46. ORDEM DOS PREGADORES - OP  Inocêncio III aprovou o projeto de Domingos aconselhando-o a escolher uma regra das já existentes. Escolheu a de Santo Agostinho. Era o ano de 1215. Em 1218 a ordem decidiu ser formada por clérigos bem formados em teologia para a própria santificação e para a pregação (até então o ofício de pregador era reservado ao bispo e aos párocos).  6 de agosto de 1221, Domingos faleceu em Bologna. Foi canonizado aos 3 de julho de 1234.
  • 47. SÃO FRANCISCO DE ASSIS  Francisco de Assis (1181-1226) nasceu e morreu em Assis. Desde moço apaixonou-se pelo ideal da cavalaria. Em 1206-7 uma doença dá-lhe ocasião de endereçar a vida para outros ideais.  Aos 24 de fevereiro de 1209, na igreja da Porciúncula ouviu Mt. 10,7. (Anunciai o Reino. De graça recebestes. Não levei nada pelo caminho). Escolhe uma vida de extrema pobreza e de pregação itinerante.  Inocêncio III, em 1210, aprovou oralmente a forma de vida para pregar a penitência e os bons costumes. Em 1212, no domingo de Ramos, Francisco recebe Clara de Assis. Inicia a 2ª Ordem Franciscana (desde 1253, Ordem das Clarissas).
  • 48. Uma mulher em defesa da fé e da cidade Não fiquem com medo. Eles não nos podem fazer mal... E foi tanta a força da oração que os inimigos sarracenos foram embora sem fazer mal algum, como se tivessem sido expulsos... Clara sabendo que Assis ia ser tomada, disse às irmãs: recebemos muitos bens desta cidade, por isso vamos pedir a Deus que a guarde...
  • 49. ISLAMISMO  MAOMÉ (571-632)  Por volta de 610 Maomé inicia, na Arábia, sua pregação, afirmando ter recebido uma missão celeste:  A revelação de um Deus único (monoteísmo),  Ao qual todo crente (muçulmano),  Deve submeter-se (Islã).  Suas visões estão no Livro Sagrado: Alcorão.  Maomé e os sucessores (Califas), realizam uma gigantesca obra de unificação religiosa e política, usando também as forças das armas (guerra santa).
  • 50. OS CINCO PILARES DO ISLÃ  Profissão de fé (O único Deus é Ala, e Maomé é seu profeta)  Oração ritual (cinco vezes por dia: amanhecer, meio-dia, tarde, entardecer e noite)  Caridade (purifica a pessoa e seus bens)  Jejum durante o Ramadã (Nada de comida, bebidas, fumar, nem relações sexuais até o cair da noite)  Peregrinação à Meca (Ao menos uma vez na vida de cada muçulmano.
  • 51. CRUZADAS Grandes expedições organizadas pelos cristãos da Europa Ocidental para libertar Jerusalém e os lugares santos do domínio dos turcos muçulmanos. Uma guerra só é considerada Cruzada, quando: - O Papa a proclama; - Há uma indulgência específica; - Os participantes se obrigam por juramento a combater até a morte e buscar a libertação da Terra Santa; -Aos participantes (cruzados) há certos privilégios: seus bens são protegidos; dispensa das taxas/impostos; dívidas perdoadas ou prolongadas...
  • 52. Cruzadas – Apelo do Papa Urbano II  Sínodo de Clermont (França) - 1095 - Urbano II - Proibe o concubinato, a simonia e todo vínculo vassalítico;  - Lança o apelo para a Cruzada – libertar os cristãos do Oriente e os Lugares Santos da dominação do Islã.  - Promulgou a: - Paz de Deus tornando imunes pessoas e coisas (agricultores, mulheres, crianças e clérigos) da cobiça dos guerreiros. Instituiu a “guerra contra a guerra” para assegurar a paz;  - Trégua de Deus: é a instituição que limitava os tempos de violência, constringindo os nobres a absterem-se de guerras em determinados períodos do ano litúrgico (quaresma) e certos dias da semana. A guerra era suspensa de quarta a noite até segunda de manhã;  - Instituiu as Milícias de Paz (exércitos) para proteger os pobres, as abadias, as igrejas contra as “guerras privadas” que os nobres promoviam para expandirem suas propriedades.  Como o Imperador Henrique IV está excomungado, fraco e com disputas internas, o Papa era reconhecido pelos fiéis como o verdadeiro chefe da Cristandade. Colocava em evidência um exército internacional para a defesa dos cristãos do Oriente
  • 53. CRUZADAS  Por quê o Papa no comando das Cruzadas?  Quando, em 1095, Urbano II conclamou a Cruzada, o Imperador Henrique IV e o rei da França, Felipe, estavam excomungados. Guilherme, o Ruivo, da Inglaterra, não havia reconhecido o Papa. Humilhado o Imperador, então o Papa assegurou-se o comando único do Ocidente.  À conclamação do dia 27 de nov. de 1095, formaram-se 4 exércitos alimentados pelo feudalismo ocidental, basicamente na cavalaria francesa. Encontraram-se em 1097. Paralelamente e antes disso, Pedro, o Eremita, conduziu uma cruzada popular que foi dizimada pelos Turcos em Constantinopla. O próprio imperador oriental não lhes deu pousada em Constantinopla.  Para financiar estas expedições o Papa aumentou taxas de impostos e concedeu indulgências em troca de donativos. Os senhores feudais deviam comprar o “voto de cruzado”
  • 54. Antecedentes para as Cruzadas  As Cruzadas tinham seus antecedentes nas PEREGRINAÇÕES prescritas ou assumidas espontaneamente como forma de penitência (O Bispo Gunther, de Bamberga, fez uma peregrinação com 7 mil diocesanos em 1065). Nos primeiros tempos as Cruzadas foram chamadas de “Peregrinações”.  - Na Idade Média havia a idéia de que a Terra Santa era uma herança cristã que precisava ser recuperada pois tinha sido roubada pelos árabes;  - As contínuas guerras, motivadas por Papas e Bispos, contra os “infiéis”, os pagãos, os normandos, os sarracenos... foram formando a idéia de uma guerra santa lícita;  - As primeiras vítimas dos invasores eram os mosteiros e bens da igreja;  - Havia também uma atitude ambígua. De um lado a Igreja exigia que os soberanos fizessem guerra. De outra parte estabelecia uma penitência de 40 dias para os soldados que matassem um inimigo;
  • 55. Antecedentes para as Cruzadas  - Nos séc. X e XI surge o movimento da Paz de Deus que “faz guerra para ter a paz”;  - Bispos “em pessoa” tomaram armas organizando Milícias de Paz;  - Os cavaleiros franceses que em 1063 partiram para a guerra espanhola receberam a primeira indulgência historicamente demonstrável de uma cruzada;  - Bonizo de Sutri, entre 1090-1095 escreveu um catálogo de deveres do cavaleiro cristão, salientando a luta contra os heréticos e cismáticos;  - Bernardo de Claraval em 1120 escreve inspirando o surgimento das Ordens Cavaleirescas. Ele mesmo prometeu imunidade dos crimes e absolvição das penas dos combatentes;
  • 56. Outros estímulos para participar das Cruzadas - A recompensa espiritual da indulgência;  - A pregação itinerante das novas ordens religiosas. Milhares de pessoas seguiam estes pregadores;  - Motivos econômicos: Houve anos de carestia agrícola por duas situações: o crescimento demográfico e o sistema carolíngeo da divisão infinita da terra entre os filhos ao ponto que não era possível cultivá-la. Para mudar esta situação mudou-se o sistema de propriedade. Os nobres e os mosteiros compraram o máximo terreno que podiam. O sistema de herança passou ao primogênito. Os outros filhos faziam-se: 1) monges; 2) vassalos de algum proprietário; 3) guerreiros que seriam contratados pelos senhores. Isto favoreceu as “guerras privadas”. Houve também a proibição de casamentos. A Cruzada foi uma ocasião certa para aqueles que esperavam fazer uma rápida carreira.
  • 57. CRUZADAS Oficialmente houve 7 Cruzadas O Papa Urbano II, no Sínodo de Clermont em 1095 lança o apelo para a Cruzada.  Primeira Cruzada (1096-1099)  Segunda Cruzada (1147-1149)  Terceira Cruzada (1189-1192)  Quarta Cruzada (1202-1204) – 1212 Cruzada das crianças  Quinta Cruzada (1228-1229)  Sexta Cruzada ( 1248-1254)  Sétima Cruzada (1270)
  • 58. ORDENS MILITARES Surgem no tempo das Cruzadas. São ordens da Igreja romana que nasceram da necessidade do Império cristão de agrupar esforços no sentido de propagar a religião. Principal tarefa: combater os infiéis, proteger os bens e os cristãos. 1120 – ORDEM DOS TEMPLÁRIOS:Extinta em 1314 1136 - ORDEM DOS HOSPITALÁRIOS 1158 - ORDEM DE CALATRAVA 1160 – ORDEM DE SANTIAGO: Extinta em 1493 1176 – ORDEM DE AVIS (ramo da Ordem de Calatrava) 1193 – ORDEM DOS CAVALEIROS TEUTÔNICOS 1323 – ORDEM DE CRISTO Séc. XIV – ORDEM DE JARRETEIRA
  • 59. Conclusões  Época de transição  Época de inovações  Época de conflitos  Época de incertezas