5. A frase é um conjunto de palavras organizadas
que contém um sentido lógico e completo.
Essas palavras organizam-se em torno de um
verbo conjugado.
6.
7. Telefonou à Cláudia.
Falou com a D.T.
O Paulo um CD.
A Carlota à mãe.
A Albertina um livro
ao César.
Nestas frases, temos
todas as informações
importantes de que
necessitámos para
perceber o seu
sentido?
Porquê?
8. A criança brinca.
A criança apanha uma
flor.
A criança dá a flor à
mãe.
A criança é loira.
A criança está na escola.
Numa frase, distinguem-
se dois elementos
essenciais:
o sujeito e o predicado.
Mas o mais importante é
o verbo.
9. NOTA: Não se podem separar, com uma
vírgula, o sujeito do predicado.
A menina, dança.*
Ela, é loira.*
Ela, está feliz.*
10. O SUJEITO
O sujeito coloca-se, geralmente, antes do predicado.
A criança brinca no jardim.
sujeito
MAS, às vezes, pode aparecer depois:
Onde brinca a criança?
sujeito
11. Os alunos estuda
para o teste.
Nós vou ao cinema.
Estas frases estão
correctas?
Os alunos estudam
para o teste.
Nós vamos ao
cinema.
12. O sujeito e o predicado concordam em
número e pessoa.
14. Diferentes tipos de sujeito
Existem
diferentes
tipos de
sujeito:
Simples;
Composto;
Nulo;
a) Sujeito subentendido,
b) Sujeito indeterminado.
c) Sujeito Expletivo.
15. Sujeito simples
A menina brinca.
Os alunos estudam.
Ela é simpática.
Nós fomos ao cinema.
A menina, Os alunos, Ela e Nós são
sujeitos simples.
16. Sujeito composto
A menina e o menino brincam.
Os alunos e eu fomos ao cinema.
Sujeito composto
Sujeito composto
18. Sujeito subentendido
Fui ao cinema.
Comemos gelado.
Desejou voltar a Vig.
Mora na Dinamarca.
Não está expresso o sujeito, mas, pelo
contexto, sabemos quem pratica a ação
(“eu” e “nós”). Temos então um sujeito
subentendido.
(eu)
(nós)
(Hans)
(Cavaleiro)
19. Sujeito indeterminado
Dizem que o país está cada vez pior.
Bateram à porta.
Não sabemos quem pratica a ação – o
sujeito é indeterminado.
20. Sujeito Expletivo
Ex. Choveu muito.
No inverno, anoitece cedo.
Há bolachas na lata.
O sujeito não está expresso. Refere-se a
frases que não têm sujeito, porque dizem
respeito a fenómenos meteorológicos, da
natureza ou quando utilizam o verbo
“haver”– sujeito expletivo.
21. O predicado é o que
indica o que faz o sujeito.
Pode também indicar
como é o sujeito, como
ou onde está.
Ela dança.
Esta menina é loira.
Ela está feliz.
Ela está na escola.
22. Quais as frases com sentido completo?
a) A Rita comprou no
Allegro.
b) A Rita comprou umas
calças.
c) Ontem, a Teresa deu.
d) A Teresa deu um
presente à mãe.
e) O Sérgio escreveu.
f) O Sérgio escreveu um
poema à Sofia.
b
d
f
23. O PREDICADO
O predicado pode ser constituído apenas
por um verbo.
O jovem dormiu.
O vaso partiu-se.
24. O PREDICADO
Mas o predicado pode também ser constituído por um verbo e …
Ontem, a criança deu uma flor à mãe.
predicado
O sentido da frase ficaria incompleto se disséssemos:
A criança deu.*
Ontem, a criança deu.*
Ontem, a criança deu à mãe.*
Mas posso dizer:
A criança deu uma flor à mãe.
28. COMPLEMENTO DIRETO
Dentro do predicado, o complemento direto é o
complemento selecionado pelo verbo que responde às
perguntas O quê? ou Quem?
A Inês faz os trabalhos.
↓ faz o quê?
complemento direto
O Rogério viu o Miguel.
↓ viu quem?
complemento direto
29. Complemento direto - atividade
Substitui os
complementos diretos por
pronomes pessoais.
1. Eu vi o Pedro.
2. Eles compraram uns
carros.
3. Elsa perdeu a coragem.
4. O professor trouxe as
cópias.
Correção:
1. Eu vi-o.
2. Eles compraram-
nos.
3. Elsa perdeu-a.
4. O professor trouxe-
as.
31. COMPLEMENTO INDIRETO
Dentro do predicado, o complemento
indireto é o complemento selecionado
pelo verbo que responde à pergunta A
quem?
A Marta contou um segredo ao Frederico.
↓ a quem?
complemento indireto
32. Complemento indireto - atividade
Substitui os
complementos indiretos
por pronomes pessoais.
1. O Paulo telefonou à
Rita.
2. O diretor de turma
falou aos pais.
Correção:
1. O Paulo telefonou-
lhe.
2. O diretor de turma
falou-lhes.
34. Ontem, fui ao médico com a minha mãe.
O sentido da minha frase mantém-se
mesmo quando:
Ontem, fui ao médico.
Fui ao médico com a minha mãe.
Mas
*Ontem, fui com a minha mãe. Incorreto
35. Vou ao cinema.
Chegou da Palestina.
O sentido das frases ficaria incompleto se
disséssemos:
*Vou.
*Chegou.
36. Conclusão
“ao médico”, “ao cinema” e “da
Palestina” são complementos
obrigatórios. São
complementos oblíquos.
37. Complemento oblíquo
O complemento oblíquo é um
complemento obrigatório que faz parte do
predicado.
A sua supressão pode gerar incorrecções
(agramaticalidade) ou alterações de
sentido.
38. COMPLEMENTO OBLÍQUO
A Ana pensa nas férias.
O advogado foi a Elvas.
O Cristiano Ronaldo gosta de automóveis.
O complemento oblíquo não pode ser substituído pelo
pronome pessoal “lhe” / “lhes”(ao contrário do
complemento indireto).
Ex. * A Ana pensa-lhes.
* O advogado foi-lhe.
*O Cristiano Ronaldo gosta de lhes.
39. O Gato Malhado e Andorinha Sinhá foi
escrito por Jorge Amado.
O sentido da frase ficaria incompleto se
disséssemos:
*
O Gato Malhado e Andorinha Sinhá foi
escrito.
40. Complemento agente da passiva
É a função sintática de um
grupo preposicional numa
frase passiva, introduzido pela
preposição “por”.
41. Complemento agente da passiva
É constituído pela expressão que tem a
função de sujeito na frase ativa.
Ex. A Saga/ O cavaleiro da Dinamarca foi
escrito por Sophia de Mello Breyner.
frase ativa correspondente:
Sophia de Mello Breyner escreveu A Saga.
Compl. Agente da passiva
sujeito
42. Complemento agente da passiva
NOTA:
Cuidado com as contrações da
preposição “por”:
Por+a – pela
Por+o – pelo
Por+as – pelas
Por+os - pelos
43. Complemento agente da passiva
Exemplos:
Os trabalhos foram realizados pelos
alunos.
Os alunos realizaram os trabalhos.
A tarte foi feita pela Ana.
A Ana fez a tarte.
Compl. Agente da passiva
Compl. Agente da passiva
sujeito
sujeito
44. CUIDADO!!
Nem sempre a preposição “por” introduz
um compl. agente da passiva.
Ora, vê:
Optou por descansar em casa.
Ele falou por entre os dentes.
O livro está por baixo da cama.
Eu fiz isso por ti.
Estou apaixonado por ti.
Nenhuma
destas
frases
está na
passiva!!!
45. Hans era um navegador.
O Cavaleiro era persistente.
O sentido das frases ficaria incompleto
se disséssemos:
*Hans era.
*O Cavaleiro era.
46. Predicativo do sujeito
É o termo que confere ao sujeito ou ao
objeto uma qualidade, uma característica.
Ex.:
Ele está triste.
Os alunos são inteligentes.
Passos Coelho é primeiro-ministro.
Fumar é um vício.
A garota é estudiosa.
Eles ficaram calados.
Camila chegou feliz.
Predicativo do sujeito
47. Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito é uma função
sintática desempenhada pelo constituinte
selecionado por verbos copulativos (ser,
estar, parecer, permanecer, ficar,
continuar).
Ex.:
Portugal é um encanto.
A Maria continua feliz.
48. Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito e o sujeito
concordam em género e em número.
Ex.:
O António é alto.
A Rita é a melhor aluna a Biologia.
Os jogadores permaneceram deitados.
49. Predicativo do sujeito
O Miguel é inteligente.
A minha casa é aquela.
As partes do corpo humano são três.
Estou bem.
Amar é não ter que pedir perdão.
Predicativo
do sujeito
50. Atividade
Identifica a função sintática das expressões sublinhadas.
Chegou triste.
A minha casa é aquela.
As partes do corpo humano são três.
Estou bem.
Amar é não ter que pedir perdão.
Predicativo
do sujeito
52. MODIFICADOR DA FRASE
Ontem, fui ao médico com a minha mãe.
O sentido da minha frase mantém-se
mesmo quando:
Fui ao médico com a minha mãe.
“Ontem”, é
um elemento
facultativo.
53. Modificador da frase
O modificador da frase pode
ser eliminado, porque não é
exigido por nenhum elemento
da frase. É indispensável.
54. Atividade
Identifica a função sintática das expressões sublinhadas.
Eu li a peça em casa.
Certamente, o Onzeneiro não contava com a morte.
O Diabo tratou o Onzeneiro por “meu parente”, embora
não fosse seu familiar.
São
modificadores.
55. MODIFICADOR DO NOME RESTRITIVO
Os alunos que eram do 8E são agora do 9E.
Isto significa que os alunos que não eram do
8E não são do 9E.
“que eram do 8E”, esta
referência restringe o
nome.
56. MODIFICADOR DO NOME RESTRITIVO
O modificador do nome
restritivo restringe a referência
do nome sobre o qual incide.
NOTA: não aparece entre
vírgulas.
57. MODIFICADOR DO NOME APOSITIVO
Gil Vicente, o dramaturgo, escreveu o
Auto da Barca do Inferno.
Muitas personagens-tipo, que permitem a
crítica social, entram na Barca do Diabo.
“o dramaturgo” e “que permitem
a crítica social” são
MODIFICADOR DO NOME
APOSITIVO.
58. MODIFICADOR DO NOME APOSITIVO
O modificador do nome apositivo não
restringe a referência do nome sobre o qual
incide.
Dá uma informação adicional.
NOTA: aparece entre vírgulas.
59. Vocativo
É a função sintática que identifica o
interlocutor e que ocorre frequentemente
em frases imperativas, interrogativas e
exclamativas.
a) Ex. Maria, faz-me um favor!
b) Já te disse, filho, para estudares.
c) Vais amanhã ao cinema, Júlio?
d) “Ó sino da minha aldeia…”
60. Vocativo
NOTA: O vocativo tem uma posição
variável na frase, e pode aparecer isolado
pela pontuação, sobretudo pela vírgula.
É constituído por um grupo nominal e
serve para invocar, designar ou chamar a
atenção do interlocutor.
61. Vocativo - atividade
Diz se as palavras e expressões
destacadas desempenham a
mesma função sintática:
1. A Rita fala.
2. Rita, fala.
3. Sai, Rui!
4. O Rui sai.
Correção:
1. Sujeito
2. Vocativo
3. Vocativo
4. Sujeito