1. O documento discute cenários de produção e consumo de energia no mundo, Brasil e Bahia no século XXI. 2. Apresenta os principais pontos da primeira e segunda revolução energética no mundo e a necessidade de uma terceira revolução baseada em fontes renováveis. 3. Discutem-se os planos nacionais de energia do Brasil e alternativas mais sustentáveis, como maior uso de fontes renováveis e eficiência energética.
Cenários da produção e consumo de energia no mundo, no brasil e na bahiua no século xxi
1. CENÁRIOS DA PRODUÇÃO E
CONSUMO DE ENERGIA NO
MUNDO, NO BRASIL E NA BAHIA
NO SÉCULO XXI
Conferência realizada na Associação
Comercial da Bahia no dia 04/08/2016
Engo. e Prof. Fernando Alcoforado
2. SUMÁRIO DA APRESENTAÇÃO
1. Cenários de energia no mundo até 2030
2. O imperativo da terceira revolução
energética no mundo
3. O sistema energético sustentável para o
mundo
4. Os absurdos do Plano Nacional de Energia
2030 no Brasil
5. O futuro energético necessário ao Brasil
6. Potencialidades energéticas na Bahia-
oportunidades de investimentos
8. 1ª revolução energética no mundo
• 1ª revolução energética no mundo na Inglaterra
• Uso do carvão em substituição à madeira até
então amplamente utilizada porque
proporcionava energia bem maior para o mesmo
volume, além de ser mais fácil e econômica para
transportá-lo.
• A 1ª revolução energética ocorreu
simultaneamente com o advento da 1ª
Revolução Industrial.
• O desenvolvimento das minas de carvão e a
invenção da máquina a vapor deram nascimento
na Europa e no Ocidente a uma nova economia.
9. 2ª revolução energética no mundo
• A 2ª revolução energética, que coincidiu com 2ª
Revolução Industrial, ocorreu com o advento do petróleo
e da eletricidade.
• A utilização do petróleo como fonte de energia no mundo
teve seu início nos Estados Unidos com a exploração do
primeiro poço em 1901 no Texas.
• Da mesma forma que a máquina a vapor foi determinante
para o advento do carvão como fonte de energia, o motor
a explosão exerceu o mesmo papel com o advento do
petróleo.
• A descoberta de um vetor energético como a eletricidade
e a invenção das máquinas elétricas no século XIX,
juntamente com a introdução dos veículos automotores,
lançaram as bases para a introdução da moderna
sociedade de consumo, caracterizada por uma intensidade
energética nunca vista na história da humanidade.
10. Consequências ambientais da 1ª e 2ª
revolução energética no mundo
• O consumo mundial de energia primária proveniente de
fontes não renováveis (petróleo, carvão, gás natural e
nuclear) correspondeu a aproximadamente 86% do total,
cabendo apenas 14% às fontes renováveis.
• A geração, manuseio e uso da energia é responsável por 57%
da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
• A emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera em
1973 foi de 16,2 bilhões de toneladas anuais e em 1998 foi
da ordem de 23 bilhões de toneladas, aproximadamente o
dobro da quantidade emitida em 1965.
• As emissões de carbono deverão aumentar alcançando 32,8
bilhões de toneladas anuais de CO2 em 2020.
11. Principais causas do efeito-estufa na atmosfera
Fatores causadores do efeito estufa Contribuição (%)
Uso e produção de energia 57
CFC 17
Práticas agrícolas 14
Desmatamento 9
Outras atividades industriais 3
Fonte: Lashof, D.A. & Tirpak, D.A., n.2
16. Consequências do aquecimento global
• 1,5 a 4,5 °C é a faixa de elevação que deve sofrer a temperatura média
global até o final do século XXI.
• 2.000 quilômetros quadrados em todo ano, áreas desse tamanho se
transformam em deserto devido à falta de chuvas.
• 40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século,
caso a temperatura suba de 2 a 3 graus.
• A calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos provocando
o fim das correntes marítimas no Oceano Atlântico.
• O clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte. Quanto ao resto do
mundo a temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão
alterados em todo o planeta.
• De 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas
décadas, segundo diferentes hipóteses.
• Diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos
padrões climáticos
• O fluxo dos rios poderá diminuir em 50% ou mais podendo alguns deles
secarem completamente
• Importantes lençóis freáticos poderão ficar seriamente reduzidos, fazendo
com que os poços de irrigação sequem
17. Como evitar as consequências do
aquecimento global
• Redução imediata na emissão de gases de efeito
estufa.
• Não permitir um aquecimento global no século XXI
superior a dois graus centígrados.
• As emissões mundiais terão que ser reduzidas
abaixo de seus níveis de 1990.
• Estabilização das concentrações de dióxido de
carbono em 450 ppm (partes por milhão) sem a
qual o mundo se defrontaria até o final do século
XXI com uma mudança climática catastrófica que
pode ameaçar a sobrevivência da humanidade.
18. Como evitar as consequências energéticas
e ambientais da 1ª e 2ª revolução
energética no mundo
• Desencadear a 3ª revolução energética com a
implantação de um sistema de energia
sustentável em escala planetária que
implicaria:
1. na substituição de fontes de energia não
renovável (petróleo, carvão e gás natural)
causadoras do efeito estufa por fontes de
energia renovável ; e,
2. na adoção de políticas de economia de
energia.
20. Consumo Mundial de Energia e Emissões de CO2 em 1989 e 2030
Fonte: Worldwatch Institute. Consumo Mundial de Energia e Emissões de CO2 em 1989 e 2030.
Fonte de Energia 1989 2030
(Com mudança na matriz
energética mundial)
Energia
(Mtep)
CO2
(milhões de ton.)
Energia
(Mtep)
CO2
(milhões de ton.)
Petróleo 3.098 2.393 1.500 1.160
Carvão 2.231 2.396 240 430
Gás Natural 1.707 975 1.750 1.000
Renováveis 1.813 - 7.000 -
Nuclear 451 - 0 0
Total 9.300 5.764 10.490 2.590
21. 4. OS ABSURDOS DO PLANO NACIONAL DE
ENERGIA 2030 NO BRASIL
22. Os absurdos do Plano Nacional de
Energia 2030 no Brasil
• Implantação das hidrelétricas na Amazônia.
• Ampliação da capacidade de geração de
centrais elétricas nucleares no Brasil,
sobretudo após o recente acidente nuclear
em Fukushima no Japão.
• Ênfase no aumento da produção de petróleo
e nenhuma às ações de racionalização no
consumo de derivados para reduzir a emissão
de gases do efeito estufa.
23. Incremento do suprimento de energia elétrica
no Brasil programado até 2030
FONTE DE ENERGIA GW
hidrelétricas 174
PCH´s 8
usinas eólicas 3,3
termelétricas (biomassa) 4,75
termelétricas (resíduos urbanos) 1,3
termelétricas (gás natural) 15,5
térmelétricas (carvão mineral) 6
centrais nucleares 8
24. Produção de derivados de petróleo no
Brasil em 2010 e 2030 (Milhões de litros)
DERIVADOS DE
PETRÓLEO 2010 2030
Óleo diesel 51.243 97.876
Gasolina 19.580 42.190
GLP 13.866 24.888
Óleo combustível 8.079 9.112
Querosene 3.868 9.902
Total 96.636 183.968
25. Alternativas à Implantação das
hidrelétricas na Amazônia
1. Uso de PCH´s (pequenas centrais hidrelétricas) ou hidrelétricas
de médio porte em várias regiões do Brasil próximas dos
mercados consumidores (83GW)
2. Uso do potencial eólico (143,5 GW)
3. Utilização de resíduos urbanos que pode gerar energia para
abastecer 30% da demanda de eletricidade do País
4. Utilização de sistemas de energia solar fotovoltaica ou
termossolar onde justificar sua implantação
5. Incentivo à economia de energia em todos os setores da
atividade do país
6. Uso da cogeração na indústria visando a produção de calor e
eletricidade com a utilização de resíduos da produção
industrial e do gás natural
26. Alternativas à implantação de
centrais nucleares no Brasil
1. Implantação em larga escala de usinas eólicas
(143,5 GW)
2. Implantação de centrais hidrelétricas de
pequeno e médio porte mais próximas dos
mercados de consumo (83GW)
3. Utilização de centrais termelétricas operadas
com biomassa, resíduos urbanos e gás natural
(combustível fóssil menos agressivo ao meio
ambiente)
4. Utilização de sistemas de cogeração de vapor e
eletricidade na indústria com o uso de resíduos
e gás natural
5. Adoção de políticas de economia de energia
27. Alternativas ao aumento da produção
de petróleo no Brasil
1. Substituição da gasolina pelo etanol e do diesel pelo biodiesel no
setor de transporte
2. Substituição do óleo combustível pelo gás natural e biomassa na
indústria
3. Restrição ao uso de automóveis nos centros urbanos e em outras
áreas das cidades
4. Substituição do GLP pelo gás natural no setor residencial
5. Aumento da eficiência dos veículos automotores para
economizar energia
6. Expansão dos sistemas ferroviário e hidroviário para o
transporte de carga em substituição ao rodoviário
7. Expansão do transporte coletivo, sobretudo o transporte de
massa de alta capacidade como o metrô, BRT ou VLT para reduzir
o uso de automóveis nas cidades
8. Incentivo à fabricação e utilização de carros elétricos
9. Incentivo à fabricação de máquinas e equipamentos de maior
eficiência para economizar energia
29. OFERTA INTERNA DE ENERGIA NO
BRASIL EM 2009 E 2030- %
FONTE DE ENERGIA 2009 2030 (PNE)
petróleo e derivados 37,9 28
gás natural 8,7 15,5
carvão mineral 4,7 6,9
urânio 1,4 3
hidráulica e eletricidade 15,2 13,5
lenha e carvão vegetal 10,1 5,5
produtos da cana 18,2 18,5
outras renováveis 3,8 9,1
Total 100 100
30. Oferta interna de energia no Brasil
em 2009 e 2030- %
Petróleo
e derivados
38%
Gás natural
9%
Carvão
mineral
5%
Urânio
1%
Hidráulica e
eletricidade
15%
Lenha e
carvão
vegetal
10%
Produtos da
cana
18%
Outras
renováveis
4%
2009
petróleo e
derivados
28%
gás natural
15%
carvão
mineral
7%
urânio
3%
hidráulica e
eletricidade
13%lenha e
carvão
vegetal
6%
produtos da
cana
19%
outras
renováveis
9%
2030
31. Fontes renováveis e não renováveis na
matriz energética brasileira- %
0
10
20
30
40
50
60
2005 2010 2020 2030
Fontes renováveis
Fontes não renováveis
34. Fontes de energia não renováveis
• Petróleo
• Carvão
• Gás natural
• Nuclear
35. Fontes de energia renováveis
• Hidráulica
• Biomassa
• Etanol
• Biodiesel
• Biogás
• Geotérmica
• Marítima
• Eólica
• Solar
• Pilha Combustível
36. CENÁRIOS DE CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA NO BRASIL EM 2050
CENÁRIO DE REFERÊNCIA 2050
(MME)
CENÁRIO INTERMEDIÁRIO
2050
(USP)
CENÁRIO REVOLUÇÃO ENERGÉTICA 2050
(GREENPEACE)
Geração total: 1639 TWh/ano Geração total: 1166 TWh/ano Geração total: 1077 TWh/ano
Eficiência energética: 0 TWh/ano Eficiência energética: 413 TWh/ano Eficiência energética: 413 TWh/ano
Hidrelétricas 38% Hidrelétricas 40% Hidrelétricas 38%
Gás natural 34% Gás natural 25% Gás natural 12%
Biomassa e resíduos 15% Biomassa e resíduos 24% Biomassa e resíduos 26%
Eólica 4% Eólica 8% Eólica 20%
Nuclear 6% Nuclear 2% Nuclear 0%
Diesel e Óleo combustivel 3% Diesel e Óleo combustivel 1% Diesel e Óleo combustivel 0%
Carvão 0% Carvão 0% Carvão 0%
Painéis fotovoltaicos 0% Painéis fotovoltaicos 0% Painéis fotovoltaicos 4%
37. Custos da geração de energia elétrica –
R$/MWh (taxa de retorno= 10% a.a.)
• UHEs - R$ 60,63 a R$ 101,35 (tendência: crescimento)
• PCHs - R$ 112,47 a R$ 161,96 (tendência: estabilidade)
• Eólica - R$ 89,00 a R$ 118,00 (tendência: queda)
• Solar fotovoltaica- R$ 402 a R$ 602 (tendência: queda)
• Biomassa (cana-de-açúcar) - R$ 91,00 a R$ 131,00 (tendência: queda)
• Nuclear - R$ 155,00 a R$ 192,68 (tendência: crescimento)
• Gás natural em Ciclo Combinado - R$ 173,58 (tendência: queda)
• Carvão pulverizado nacional - R$ 133,55 (tendência: estabilidade)
38. Evolução futura dos custos de produção de
eletricidade no mundo
• Energia eólica- se situa entre 50 e 95 US$/MWh, podendo
atingir US$ 30/MWh no ano 2030
• Energia fotovoltaica- se situa entre 500 e 1.160 US$/MWh,
podendo alcançar US$ 40 /MWh no ano 2030;
• Energia termossolar- se situa entre 220 e 730 US$/MWh,
podendo alcançar US$ 60/MWh no ano 2030
• Biomassa- se situa entre 45 e 105 US$/MWh podendo
alcançar US$ 50/MWh no ano 2030
• Todos estes números foram calculados considerando-se uma
taxa de retorno de 15% ao ano e a vida útil de 20 anos.
45. PCHS- pequenas centrais hidrelétricas
na Bahia
• Em 2002, havia 914 MW de potencial
inventariado de PCHs no Estado da Bahia,
distribuídos entre 87 centrais
• As PCHs recebem o mesmo tratamento
das grandes hidrelétricas no
licenciamento ambiental
• As PCHs poderão exercer um papel de
indutor de crescimento em regiões mais
isoladas
• As PCHs colaboram na redução das
perdas nas linhas de transmissão de
energia do sistema interligado
46. Usinas Eólicas na Bahia
•O potencial eólico da Bahia é estimado em 40
GW
•Os ventos da Bahia são considerados os
melhores do mundo, por serem unidirecionais e
constantes, características que permitem uma
excelente capacidade de geração de energia
eólica
•A energia eólica cria oportunidades de trabalho
e de geração de renda no interior da Bahia
•A Bahia concentra boa parte de seu potencial
eólico ao longo de toda margem direita do Rio
São Francisco, desde a Serra do Espinhaço até
Juazeiro
•As turbinas eólicas produzem nível elevado de
poluição sonora, impacto visual negativo e
impactos sobre a fauna e sobre o uso de terras
47. Cogeração com o uso de resíduos ou biomassa
na Bahia
•O potencial estimado de geração de energia elétrica no
Estado da Bahia através do aproveitamento de cana-de-açúcar
está entre 200 a 1.000 GWh/ano, resíduos agrícolas entre 50 a
500 GWh/ano, resíduos de madeira entre 200 e 500 GWh/ano e
o aproveitamento de óleos vegetais entre 2 a 10 GWh/ano
• Há duas áreas promissoras na Bahia para cogeração:i) O
Oeste do Estado: Formosa do Rio Preto pode produzir 318.147
MWh/ano, ou em 3 municípios próximos que, com algodão,
soja e arroz, produziriam 204.172 MWh/ano;e, ii) O Litoral Norte
com o uso de resíduos do coco-da-baía, produzindo 313.172
MWh/ano
•Com a utilizaçao de resíduos do algodão, arroz, coco-da-baia,
milho, café e soja produzidos na Bahia é possivel gerar de
2.792 GWh/ano a 3.909 GWh/ano de energia elétrica com uma
potência na faixa de 531 MW a 744 MW
•As centrais elétricas de cogeração podem provocar a emissão
de poluentes aéreos, elevado consumo de água e elevações na
temperatura de cursos naturais d’água devido a seu sistema
de refrigeração
48. ETANOL
• A Bahia possui 120 municípios produtores de cana-de-
açúcar com área plantada de 92.947 ha e produtividade
estimada em 5.592.921 t de cana (IBGE, 2005), produzidas
em mais de 7.000 estabelecimentos espalhados em treze
polos produtivos
• A produção dos derivados da cana-de-açúcar no Estado
da Bahia conta com 7.000 estabelecimentos, que geram
cerca de 35.000 empregos diretos
• A produção de etanol da Bahia em 2019 será de 0,222
bilhões de litros e a demanda de 2,068 bilhões de litros. O
déficit em 2019 será de 1,846 bilhões de litros. Este
déficit indica a necessidade de criar incentivos para a
produção interna de álcool no estado da Bahia
• A produção de etanol impacta sobre o meio ambiente
desde a produção da cana de açúcar até a sua
fabricação afetando o solo agrícola, o meio hídrico e o ar
49. BIODIESEL
•A Bahia é responsável por 5% da produção nacional de biodiesel.
A produção em 2011 foi de 132 mil m³ e, em 2010, de 92 mil m³
com uma variação de 43%
•Há três unidades de produção de biodiesel hoje na Bahia. Uma é
a Petrobrás Biocombustíveis (PBIO), em Candeias. Outra é a
Brasilecodiesel, em Iraquara. E a terceira é a Comanche, em
Simões Filho
•O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB)
não está funcionando bem na Bahia porque a produção da
agricultura familiar na Bahia está muito pequena
• Entre as alternativas em discussão está a expansão da produção
de dendê no Brasil. A cultura do dendê tem reais possibilidades
de crescer na Bahia. A mamona da Bahia, apesar de não ser
competitiva na produção de biodiesel, vive um bom momento com
preços altos e remuneração recorde para o produtor
•Um dos principais atributos do biodiesel é a sua capacidade de
reduzir a emissão de poluentes atmosféricos em comparação com
o óleo diesel, contribuindo para a redução do efeito estufa com
melhorias na qualidade de vida e da saúde pública
•Existem impactos de cunho negativos que estão sendo bastante
debatidos. Um deles e o mais antigo é sobre a questão da
produção de energia versus a produção de alimentos
50. NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A BAHIA
Política de suprimento de energia elétrica requerida para a
Bahia
• Implantar PCH´s (pequenas centrais hidrelétricas) e
hidrelétricas de médio porte em várias regiões da Bahia (914
MW).
• Implantar usinas eólicas (40 GW) e sistemas híbridos (solar e
eólico) nas localidades mais apropriadas.
• Implantar sistemas de energia solar fotovoltaica ou
termossolar onde justificar sua implantação, sobretudo no
Semiárido.
• Produzir energia com o uso de resíduos e do biogás
provenientes dos aterros sanitários.
• Implantar sistema de cogeração na indústria para produzir
vapor e eletricidade utilizando resíduos da produção
industrial e o gás natural.
• Economizar energia em todos os setores de atividade da
Bahia.
51. NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A BAHIA
Política requerida para o setor de petróleo e gás natural da Bahia
• Reduzir o consumo de derivados de petróleo promovendo a utilização de
substitutos para a gasolina e o óleo diesel no setor de transporte e para o
óleo combustível na indústria
• Elevar a produção de etanol e biodiesel na Bahia para atender a demanda
• Substituir a gasolina pelo etanol e do diesel pelo biodiesel no setor de
transporte
• Substituir o óleo combustível pelo gás natural e biomassa na indústria
• Substituir o carvão mineral pelo gás natural na indústria
• Substituir o GLP pelo gás natural onde for possível no setor residencial e de
serviços
• Reduzir o consumo de petróleo através de ações de economia de energia
considerando a : 1) produção de vapor e eletricidade na indústria com o
uso de sistemas de cogeração; 2) expansão de sistemas ferroviários e
hidroviários para o transporte de carga em substituição aos caminhões; 3)
expansão de sistema de transporte coletivo, sobretudo o transporte de
massa de alta capacidade como o metrô ou VLT para reduzir o uso de
automóveis nas cidades
• Restringir o uso de automóveis nos centros e em outras áreas das cidades
• Utilizar preferencialmente derivados de petróleo para fins não energéticos,
sobretudo como matéria prima industrial
52. Potencial de geração de energia elétrica
na Bahia (apenas com o uso da energia
solar)
• Como exercício teórico, consideremos o suprimento
do consumo de energia elétrica da Bahia em 2013
(463,740 mil GWh) com a utilização apenas da energia
solar fotovoltaica.
• Admitindo o potencial de energia solar de 8
KWh/m2/dia, em 365 dias seriam produzidos 2.920
KWh/m2 (8 KWh x 365 dias/m2= 2.920 KWh/m2).
• A quantidade em Km2 de painéis voltaicos
necessários seria de 158,8 Km2 (463.740.000.000
KWh/ 2.920 KWh/m2= 158.815.068 m2= 158,8 Km2).
• Esta quantidade em Km2 seria correspondente a
2,83% da área do Estado da Bahia de 560.000 Km2
(158,8 km2/560.000 Km2).
53. Potencial de geração de energia elétrica na
Bahia (sem o uso da energia solar)
• O consumo de energia elétrica na Bahia em 2013 = 463,740 mil
GWh
• O potencial total de geração de energia elétrica na Bahia=
356,413 mil GWh (76,85% do consumo em 2013)
• O potencial eólico da Bahia é estimado em 40 GW= 350,400 mil
GWh
• O potencial estimado de cogeração de energia elétrica no
Estado da Bahia através do aproveitamento de:
• cana-de-açúcar está entre 200 a 1.000 GWh/ano =1 mil GWh
• resíduos agrícolas entre 50 a 500 GWh/ano= 0,5 mil GWh
• resíduos de madeira entre 200 e 500 GWh/ano = 0,5 mil GWh
• óleos vegetais entre 2 a 10 GWh/ano= 0,01 mil GWh
• O potencial de PCH: 914 MW= 8.006.640 MWh= 4,003 mil GWh
54. CONCLUSÕES
• Urge a implantação de um sistema sustentável
de energia no mundo e no Brasil para reduzir as
emissões de gases do efeito estufa e evitar a
mudança climática catastrófica
• O Brasil deveria rever o PNE 2030 abandonando
a implantação de hidrelétricas na Amazônia,
centrais elétricas nucleares e o aumento da
produção de petróleo no Brasil priorizando as
fontes renováveis de energia (eólica, solar e
biomassa)
• A Bahia deveria priorizar o aproveitamento de
fontes de energia renovável (PCH´s, eólica , solar
e biomassa) e incrementar a produção de etanol
e biodiesel para atender a demanda interna