SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  73
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Felipe P Carpes
Biomecânica do tecido ósseo e articulações
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Veja 04/1996
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Objetivos da aula
Discutir as propriedades mecânicas de ossos, músculos,
articulações, tendões e ligamento;
Apresentar conceitos básicos referentes ao sistema músculo-
esquelético e suas características biomecânicas;
Descrever mecanismos de interação entre os tecidos ósseo,
muscular e nervoso com base na neuromecânica;
Apresentar fatores selecionados que influenciam as propriedades
mecânicas destes tecidos.
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Músculos
Ossos
Articulações
Tendões
Ligamentos
Cinemática
Cinética
Eletromiografia
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Matriz orgânica (cálcio, fosfato, colágeno): 60 a 70%
Água: 25 a 30%
Tecido ósseo
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Funções
– Suporte mecânico
– Locomoção
– Proteção para órgãos
internos
– Ponto para fixação muscular
– Medula óssea – vértebras,
fêmur e crista ilíaca
Você sabia?
Os ossos constituem cerca de
16% da massa corporal total
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Diferentes formas
Diferentes tamanhos
Forma e tamanho são determinadas pelas cargas
mecânicas
Ossos longos e “ocos”
Ossos curtos e “sólidos”
Ossos com formato não comparável a outros objetos.
Anatomia óssea
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Basicamente, as características de sobrecarga
e uso definem o formato dos ossos
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Forma
dos
ossos
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Diáfise – corpo
Epífise – extremidades
Placa/linha Epifisal– região de
crescimento
Artérias Nutrientes– medula e osso
compacto
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Arquitetura de ossos
chatos
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Cortical ou compacto
- córtex do osso
- estrutura densa
- resistente a deformação
Trabecular ou esponjoso
- interno ao cortical
- estrutura de malha frouxa
- espaços intersticiais
preenchidos com medula óssea
Arquitetura óssea
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Perfuração / Canais de VolkmannCentral / Canais Haversianos
cortical
trabecular
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Hierarquia
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Compressão
Tensão
Cisalha
Estresse(Mpa)
200
150
100
50
Tensão
Compressão
Força e dureza do tecido ósseo
Cortical
Trabecular
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Força e dureza (cortical mais resistente)
Anisotropia (diferentes respostas a cargas em diferentes
direções)
Viscoelasticidade (diferentes respostas de acordo com a
velocidade)
Resposta elástica (absorção do impacto – deformação)
Resposta plástica (mudança na forma – micro-rupturas)
Piezoeletricidade (campo elétrico atrai ou repele moléculas do
plasma, o que participa no fortalecimento
da estrutura)
Características biomecânicas
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Força durante ação isométrica
de (a) flexores, (b) extensores,
(c) adutores e (d) abdutores do
quadril.
Força axial sobre o fêmur (linha
preta) em comparação com a
FRS (linha fina)
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
A geometria do osso adaptou-
se ao exercício de impacto,
especialmente na região média
do fêmur.
O número e intensidade de
impactos diários são os
principais fatores influenciando
a adaptação
De acordo com a Lei de Wolff, a densidade,
e em menor proporção o tamanho e a
forma, dos ossos são determinadas pela
magnitude e direção das forças atuando
sobre eles.
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Lei de Roux: A orientação do sistema trabecular depende
da direção das forças
Vídeo
Reconstrução da cabeça do
fêmur
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Osso normal
Implante de crômio
Implante de titânio
ANDAR
Gafaniz et al 2007
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Características mecânicas dos ossos
Tensão (stress) - σ = F/A
Deformação (strain) - ε = (L-L0)/L0
Elasticidade
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Sem carga
Comprimento
Diâmetro
Sobrecargas mecânicas
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Sobrecargas mecânicas
Efeito Poisson
Simeón Poisson foi estudante de
Doutorado de Joseph Lagrange
Você sabia?
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
COMPORTAMENTO MECÂNICO
– Lei de Hooke –” Tensão é
proporcional à deformação”
– Não-Hookeano – não
responde de forma linear à
aplicação de carga.
carga
deformação
inclin = módulo de
elasticidade
Displacement
(strain)
Force
(stress)
Elastic
material
Displacement
(strain)
Non elastic
material
Force
(stress)
Robert Hooke (1635-1703)
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
RESPOSTA ELÁSTICA
Quando submetido a uma carga, o osso deforma-se na busca de
absorção de impacto e energia
Essa deformação atinge cerca de 3% do comprimento
Deformação
Carga
Região elástica
Deformação
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
RESPOSTA PLÁSTICA
Após o ponto de deformação, ocorrem micro-rupturas
no tecido e o osso experimenta uma fase plástica
Com isso, ao remover-se a carga, o osso não retorna
mais a sua forma original
Deformação
Estresse(carga)
Fratura / falha
Região plástica
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Resistência a falha
Diminuição com a
idade
Diferença entre
ossos e regiões do
corpo
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Envelhecimento
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
jovem idoso
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Viscoelasticidade
Diferentes respostas
a diferentes
velocidades de
aplicação de carga
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Anisotropia
Diferentes respostas
a cargas aplicadas
em diferentes
direções
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Remodelação óssea
Como os ossos resistem por tanto tempo ao longo da vida?
Qual é o processo que determina essa resistência ?
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Modelação e remodelação óssea
Remodelagem e depósito ósseo
Cargas mecânicas
Intermitentes
Reabsorção > depósito: osteoporose
Miosite ossificante ~ calcificação precoce
Ação de:
Osteócitos - mineralização
Osteoclastos – digerem matriz
Osteoblastos - reconstroem
Vídeo
Remodelagem
óssea
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Os processos ocorrem devido à atividade de:
 Osteoblasto - célula óssea responsável pela produção de
tecido ósseo
 Osteoclasto - célula óssea responsável pela reabsorção
de tecido ósseo
 Osteócito - osteoblastos envolvidos pela própria matriz
que produziram.
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
E quando a resistência não é
suficiente?
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Humanos: levam de 3 a 4 meses para completar Um
ósteon
4 º É realizado o preenchimento das lamelas
concentricamente, apresentando enchimento
cônico da cavidade.
3º Surgem osteoblastos, começam a
depositar uma junção osteóide (pré-
osso), que mineraliza.
2º -Inversão de 1 a 2 dias: Células mononucleares
revestem a parede cavitária em pequena
extensão
1º - Osteoclastos reabsorvem / alargam
cavidade
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
E quando a resistência não é
suficiente?
Fratura
Hematoma (vasos rompidos)
Fluxo sanguíneo interrompido
Formação de um calo mole
Preenchimento a parte fraturada
Osteoclastos digerem as estruturas
mortas
Forma o calo ósseo (dá
estabilidade)
Atividade dos osteoblastos
Consolidação do osso novamente
Ação dos osteoclastos para reduzir
o calo ósseo que ficou
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
E quando a resistência não é
suficiente?
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Adaptação do Tecido Ósseo: IMOBILIZAÇÃOIMOBILIZAÇÃO
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
 Indivíduos acamados sofrem severa perda do
tecido ósseo (1% / sem);
 Estado estável de perda óssea é atingido após
perda da ordem de 30 a 40%
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Densidade óssea em crianças (12 - 13 anos) em função da
atividade física
(Grimston et al., 1993)
Carga ativa: Contração muscular (natação)
“Impacto”: 3 vezes o Peso Corporal (corredores, ginastas, dançarinos)
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Características do tecido ósseo de crianças
Maior Proporção de Colágeno
 Aumento da flexibilidade óssea
 Maior tolerância à deformação plástica.
Diminuição da resistência à compressão
Alto potencial de remodelagem
Sobrecarga
Adulto
Crianç
a
FRATURA Deformação
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Corredores (cross-country) apresentam mais massa óssea
quando comparados à sedentários de mesma idade e peso
(Dalin & Olsson, 1974).
Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam maior
densidade óssea vertebral que o grupo controle
(sedentárias). Na pós-menopausa esta diferença se acentua.
Mulheres no período de pós-menopausa, praticantes de
atividade física (1 hora / 3x semanais / 1 ano) aumentaram
sua densidade óssea. Inativas diminuíram sua densidade no
mesmo período (Aloia et al., 1978).
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
 Dança x CaminhadaDança x Caminhada:: Dança preservou melhor a integridade
óssea de mulheres (pós-menopausa) do que a caminhada.
Ambas as atividades condicionaram adaptações biopositivas
(Zetterberg et al., 1990)
 SoldadosSoldados:: Observa-se grande aumento (5 - 10 %) da massa
óssea de recrutas, após 16 semanas de treinamento. Grupo
apresenta alto índice de lesões ósseas.
 AstronautasAstronautas apresentam grande excreção de cálcio através
da urina. Após 1 ano de permanência no espaço podem
ocorrer perdas de massa óssea da ordem de 25 % (Raumbaut
et al., 1979).
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Terminações ósseas
Articulações
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
movimento
Quais as características da terminação óssea?
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Líquido Sinovial
Produzido pela membrana sinovial
Nutrição da cartilagem
Proteção
Discos fibrocartilaginosos
Otimiza a função da cartilagem
Estabiliza a articulação
Estruturas protetoras
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Conexão entre ossos – formando
segmentos: articulações
Imóveis (sinartroses)
Semi-móveis (anfiartroses)
Móveis (diartroses)
Bola e soquete, pivô, sela, dobradiça, elipsóide, plana
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Fibrosa Cartilaginosa Sinovial
Conexão entre ossos – formando
segmentos: articulações
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Cartilagem articular (CA)
5% células
95% matriz
65 – 80% água
Espessura de 1 a 7 mm
↑ quadril e joelho
↓ tornozelo e cotovelo
Anisotrópica
Você sabia?
Que a CA da patela
tem ~ 5mm de
espessura
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
CARTILAGEM ARTICULAR
Espessura de 1 a 5 mm (diminui com a idade)
Deformável
Avascular
Baixa taxa metabólica
Anisotrópicas
Funções
Características
Transferir forças
Distribuição de força
Reduzir atrito e limitar movimento articular
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Baixo conteúdo de proteoglicanos,
possui camadas alinhadas e
uniformes de colágeno
Maior conteúdo de proteoglicanos, e
uma rede de fibras de colágeno e
células esferoidais entre elas.
Elevado conteúdo de proteoglicanos,
fibras de colágeno alinhadas
perpendicularmente a articulação e
células arredondadas em colunas
entre as redes de colágeno.
Elevada concentração de
cálcio, ausência de
proteoglicanos, fibras de
colágeno e condrócitos
Proteoglicanos
Atraem água para o tecido
Ação sobre enzimas
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Fatores responsáveis pela degeneração da
cartilagem articular
Magnitude do estresse imposto (Carga total + Distribuição do estresse)
Irregularidades na superfície articular
Freqüência do estresse aplicado
Mudanças na estrutura molecular microscópica da estrutura de colágeno-
proteoglicanos
Degeneração associada a artrite reumatóide
Hemorragias associadas a hemofilia
Desordens no metabolismo do colágeno
Degradação do tecido por enzimas proteolíticas
Mudanças na propriedade mecânica intrínseca do tecido
Afrouxamento da rede de colágeno
Diminuição da rigidez da cartilagem
Aumento na pearmeabilidade
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Artrite reumatóide
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Compressão
Tensão/ Compressão
Cisalhamento
Torção
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Pilar anterior Pilar posterior
Segmento
passivo
( vértebra)
Segmento
ativo
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
EXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNAEXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNA
VERTEBRALVERTEBRAL
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
EXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNAEXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNA
VERTEBRALVERTEBRAL
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
WHITE III e PANJABI
(1990)
Resistência das vértebras
Cargas compressivas
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Wilke et al. (1999)
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Já sabemos algumas peculiaridades
biomecânicas do osso
Já vimos como funciona a conexão entre
os ossos - articulação
Na próxima aula, vamos conectar os ossos
e os músculos...
Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
Referências básicas
• Hamill J, Knutzen KM. Bases biomecânicas do
movimento humano. Manole: São Paulo, 1999.
• Enoka RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia.
2.ed. Manole: São Paulo, 2000.
• Hall S. Basic biomechanics. 5.ed. McGrow Hill:
Boston, 2007.
• Winter D.A. Biomechanics and motor control of
human movement. 2.ed. John Wiley & Sons: New
York, 1990.

Contenu connexe

Tendances

Biomecânica do Joelho
Biomecânica do JoelhoBiomecânica do Joelho
Biomecânica do JoelhoWelisson Porto
 
Anatomia corpo humano parte 2
Anatomia corpo humano parte 2Anatomia corpo humano parte 2
Anatomia corpo humano parte 2Alexandre Donha
 
Cinesiologia Conceitos e-definicoes
Cinesiologia Conceitos e-definicoesCinesiologia Conceitos e-definicoes
Cinesiologia Conceitos e-definicoesTaianna Ribeiro
 
01 aula biomecanica conceitos
01 aula  biomecanica conceitos01 aula  biomecanica conceitos
01 aula biomecanica conceitosBruno Mendes
 
alavanca e sistemas osteo
alavanca e sistemas osteoalavanca e sistemas osteo
alavanca e sistemas osteoBruno Mendes
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Marcus Prof
 
Cinesio unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humano
Cinesio   unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humanoCinesio   unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humano
Cinesio unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humanoGuilherme Weiss Freccia
 
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICABIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICAEdilson Porfirio
 
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosAnatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosIgor Maurer
 

Tendances (20)

Biomecânica - Aula 2 biomec - terminol mov e revisao
Biomecânica - Aula 2   biomec - terminol mov e revisaoBiomecânica - Aula 2   biomec - terminol mov e revisao
Biomecânica - Aula 2 biomec - terminol mov e revisao
 
Biomecânica do Joelho
Biomecânica do JoelhoBiomecânica do Joelho
Biomecânica do Joelho
 
Anatomia corpo humano parte 2
Anatomia corpo humano parte 2Anatomia corpo humano parte 2
Anatomia corpo humano parte 2
 
Cinesiologia Conceitos e-definicoes
Cinesiologia Conceitos e-definicoesCinesiologia Conceitos e-definicoes
Cinesiologia Conceitos e-definicoes
 
01 aula biomecanica conceitos
01 aula  biomecanica conceitos01 aula  biomecanica conceitos
01 aula biomecanica conceitos
 
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologiaAula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
Aula 1 unidade i fundamentos de cinesiologia
 
Biomecânica - Aula 10 cinetica
Biomecânica - Aula 10   cineticaBiomecânica - Aula 10   cinetica
Biomecânica - Aula 10 cinetica
 
Aula 2 - Bioenergetica - Fisiologia do exercício
Aula 2   - Bioenergetica - Fisiologia do exercícioAula 2   - Bioenergetica - Fisiologia do exercício
Aula 2 - Bioenergetica - Fisiologia do exercício
 
Aula 4 Cinematica Linear (partes 1 e 2)
Aula 4   Cinematica Linear (partes 1 e 2)Aula 4   Cinematica Linear (partes 1 e 2)
Aula 4 Cinematica Linear (partes 1 e 2)
 
alavanca e sistemas osteo
alavanca e sistemas osteoalavanca e sistemas osteo
alavanca e sistemas osteo
 
Biomecânica Básica
Biomecânica BásicaBiomecânica Básica
Biomecânica Básica
 
Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013Aula1 cinesiologia2013
Aula1 cinesiologia2013
 
Biomecanica dos tendões e ligamentos
Biomecanica dos tendões e ligamentosBiomecanica dos tendões e ligamentos
Biomecanica dos tendões e ligamentos
 
Aula 6 Cinética Linear
Aula 6   Cinética LinearAula 6   Cinética Linear
Aula 6 Cinética Linear
 
Cinesio unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humano
Cinesio   unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humanoCinesio   unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humano
Cinesio unidade 1 1-conceitos e principios do movimento humano
 
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICABIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
BIOMECANICA APLICADA AO TREINAMENTO E A ED.FISICA
 
Métodos de medição todos
Métodos de medição   todosMétodos de medição   todos
Métodos de medição todos
 
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maosAnatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
Anatomia (músculos) - flexão e extensão do carpo e dos dedos das maos
 
Aula 1 - Introdução a fisiologia do exercício e controle interno
Aula 1 - Introdução a fisiologia do exercício e controle internoAula 1 - Introdução a fisiologia do exercício e controle interno
Aula 1 - Introdução a fisiologia do exercício e controle interno
 
Anatomia Coluna Vertebral
Anatomia Coluna VertebralAnatomia Coluna Vertebral
Anatomia Coluna Vertebral
 

En vedette

Control de calidad en laboratorio clinico ok
Control de calidad en laboratorio clinico okControl de calidad en laboratorio clinico ok
Control de calidad en laboratorio clinico okeddynoy velasquez
 

En vedette (14)

Biomecânica - Aula 3 oper vetoriais e cond equilibrio
Biomecânica - Aula 3   oper vetoriais e cond equilibrioBiomecânica - Aula 3   oper vetoriais e cond equilibrio
Biomecânica - Aula 3 oper vetoriais e cond equilibrio
 
Aula 9 Biomec Musculos E Ossos Parte 2
Aula 9  Biomec Musculos E Ossos Parte 2Aula 9  Biomec Musculos E Ossos Parte 2
Aula 9 Biomec Musculos E Ossos Parte 2
 
Biomecânica - Aula 9 cinematica angular fisio
Biomecânica - Aula 9   cinematica angular fisioBiomecânica - Aula 9   cinematica angular fisio
Biomecânica - Aula 9 cinematica angular fisio
 
Biomecânica - Aula 8 cinematica angular ef
Biomecânica - Aula 8   cinematica angular efBiomecânica - Aula 8   cinematica angular ef
Biomecânica - Aula 8 cinematica angular ef
 
Aula 10 Exercicio Em Condicoes Especiais
Aula 10   Exercicio Em Condicoes EspeciaisAula 10   Exercicio Em Condicoes Especiais
Aula 10 Exercicio Em Condicoes Especiais
 
Biomecânica - Aula 4 estatica
Biomecânica - Aula 4   estaticaBiomecânica - Aula 4   estatica
Biomecânica - Aula 4 estatica
 
Biomecânica - Aula 6 maquinas simples
Biomecânica - Aula 6   maquinas simplesBiomecânica - Aula 6   maquinas simples
Biomecânica - Aula 6 maquinas simples
 
Aula 8 Tipos De Analises Mecanicas
Aula 8   Tipos De Analises MecanicasAula 8   Tipos De Analises Mecanicas
Aula 8 Tipos De Analises Mecanicas
 
Aula 7 - Cinetica Angular
Aula 7 -  Cinetica AngularAula 7 -  Cinetica Angular
Aula 7 - Cinetica Angular
 
Biomecânica - Aula 5 cg e estabilidade
Biomecânica - Aula 5   cg e estabilidadeBiomecânica - Aula 5   cg e estabilidade
Biomecânica - Aula 5 cg e estabilidade
 
Aula 7 Testes De Esforco
Aula 7   Testes De EsforcoAula 7   Testes De Esforco
Aula 7 Testes De Esforco
 
Control de calidad en laboratorio clinico ok
Control de calidad en laboratorio clinico okControl de calidad en laboratorio clinico ok
Control de calidad en laboratorio clinico ok
 
Aula 8 exercicio para populacoes especiais
Aula 8    exercicio para populacoes especiaisAula 8    exercicio para populacoes especiais
Aula 8 exercicio para populacoes especiais
 
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento FisicoAula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
 

Similaire à Biomecânica - Aula 11 biomec musculos e ossos parte 1

Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]
Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]
Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]Natha Fisioterapia
 
Tipos especiais de Fraturas
Tipos especiais de FraturasTipos especiais de Fraturas
Tipos especiais de FraturasEduardo Ferreira
 
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...KauannaMartins1
 
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...Paula Antunes
 
Biomateriais em Artroplastia de Quadril:
Biomateriais em Artroplastia de Quadril: Biomateriais em Artroplastia de Quadril:
Biomateriais em Artroplastia de Quadril: Aline Raquel Nunes
 
Anatomia geral dos ossos e articulações
Anatomia geral dos ossos e articulaçõesAnatomia geral dos ossos e articulações
Anatomia geral dos ossos e articulaçõesFilipe Matos
 
Musculos Generalidades
Musculos GeneralidadesMusculos Generalidades
Musculos GeneralidadesTiago Domingos
 
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...Fernando Farias
 
Tecido ósseo e muscular
Tecido ósseo e muscularTecido ósseo e muscular
Tecido ósseo e muscularbrandaobio
 
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptx
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptxNOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptx
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptxItalloMoura
 

Similaire à Biomecânica - Aula 11 biomec musculos e ossos parte 1 (20)

ossos_musculos_fisio.ppt
ossos_musculos_fisio.pptossos_musculos_fisio.ppt
ossos_musculos_fisio.ppt
 
Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]
Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]
Biomecanica dos sistema osseo [modo de compatibilidade]
 
Tipos especiais de Fraturas
Tipos especiais de FraturasTipos especiais de Fraturas
Tipos especiais de Fraturas
 
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...
LIVRO CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO LOCOMOTOR - MEMBROS INFERIORES E C...
 
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...
Analysis of biomechanics femur behavior based on Huiskes model of bone adapta...
 
Articulacoes
ArticulacoesArticulacoes
Articulacoes
 
Biomateriais em Artroplastia de Quadril:
Biomateriais em Artroplastia de Quadril: Biomateriais em Artroplastia de Quadril:
Biomateriais em Artroplastia de Quadril:
 
Anatomia geral dos ossos e articulações
Anatomia geral dos ossos e articulaçõesAnatomia geral dos ossos e articulações
Anatomia geral dos ossos e articulações
 
Musculos Generalidades
Musculos GeneralidadesMusculos Generalidades
Musculos Generalidades
 
Articulacoes
ArticulacoesArticulacoes
Articulacoes
 
U2
U2U2
U2
 
Articulacoes
ArticulacoesArticulacoes
Articulacoes
 
Articulacoes
ArticulacoesArticulacoes
Articulacoes
 
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...
Força Reactiva em Ciclo Muscular de Alongamento – Encurtamento: Revisão Persp...
 
Tecido ósseo e muscular
Tecido ósseo e muscularTecido ósseo e muscular
Tecido ósseo e muscular
 
Articulacoes
ArticulacoesArticulacoes
Articulacoes
 
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptx
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptxNOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptx
NOÇÕES DE ANATOMIA_ OSSOS, MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES.pptx
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Siatema muscular
Siatema muscularSiatema muscular
Siatema muscular
 
Fisiologia muscular
Fisiologia muscularFisiologia muscular
Fisiologia muscular
 

Plus de Felipe P Carpes - Universidade Federal do Pampa (7)

Biomecânica - Aula 7 cinematica linear
Biomecânica - Aula 7   cinematica linearBiomecânica - Aula 7   cinematica linear
Biomecânica - Aula 7 cinematica linear
 
Aula 5 Adaptacoes Respiratórias
Aula 5   Adaptacoes RespiratóriasAula 5   Adaptacoes Respiratórias
Aula 5 Adaptacoes Respiratórias
 
Aula 4 Adaptacoes Cardiovasculares Ao Exercicio
Aula 4   Adaptacoes Cardiovasculares Ao ExercicioAula 4   Adaptacoes Cardiovasculares Ao Exercicio
Aula 4 Adaptacoes Cardiovasculares Ao Exercicio
 
Aula 3 Metabolismo E Exercicio
Aula 3   Metabolismo E ExercicioAula 3   Metabolismo E Exercicio
Aula 3 Metabolismo E Exercicio
 
Aula 5 Cinematica Angular
Aula 5   Cinematica AngularAula 5   Cinematica Angular
Aula 5 Cinematica Angular
 
Aula 3 - Biomecânica - trigonometria
Aula 3 - Biomecânica - trigonometriaAula 3 - Biomecânica - trigonometria
Aula 3 - Biomecânica - trigonometria
 
Aula 1 - Biomecânica_Fisioterapia UNIPAMPA
Aula 1 - Biomecânica_Fisioterapia UNIPAMPAAula 1 - Biomecânica_Fisioterapia UNIPAMPA
Aula 1 - Biomecânica_Fisioterapia UNIPAMPA
 

Biomecânica - Aula 11 biomec musculos e ossos parte 1

  • 1. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Felipe P Carpes Biomecânica do tecido ósseo e articulações
  • 2. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Veja 04/1996
  • 3. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Objetivos da aula Discutir as propriedades mecânicas de ossos, músculos, articulações, tendões e ligamento; Apresentar conceitos básicos referentes ao sistema músculo- esquelético e suas características biomecânicas; Descrever mecanismos de interação entre os tecidos ósseo, muscular e nervoso com base na neuromecânica; Apresentar fatores selecionados que influenciam as propriedades mecânicas destes tecidos.
  • 4. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Músculos Ossos Articulações Tendões Ligamentos Cinemática Cinética Eletromiografia
  • 5. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Matriz orgânica (cálcio, fosfato, colágeno): 60 a 70% Água: 25 a 30% Tecido ósseo
  • 6. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Funções – Suporte mecânico – Locomoção – Proteção para órgãos internos – Ponto para fixação muscular – Medula óssea – vértebras, fêmur e crista ilíaca Você sabia? Os ossos constituem cerca de 16% da massa corporal total
  • 7. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Diferentes formas Diferentes tamanhos Forma e tamanho são determinadas pelas cargas mecânicas Ossos longos e “ocos” Ossos curtos e “sólidos” Ossos com formato não comparável a outros objetos. Anatomia óssea
  • 8. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Basicamente, as características de sobrecarga e uso definem o formato dos ossos
  • 9. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 10. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Forma dos ossos
  • 11. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Diáfise – corpo Epífise – extremidades Placa/linha Epifisal– região de crescimento Artérias Nutrientes– medula e osso compacto
  • 12. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Arquitetura de ossos chatos
  • 13. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Cortical ou compacto - córtex do osso - estrutura densa - resistente a deformação Trabecular ou esponjoso - interno ao cortical - estrutura de malha frouxa - espaços intersticiais preenchidos com medula óssea Arquitetura óssea
  • 14. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Perfuração / Canais de VolkmannCentral / Canais Haversianos cortical trabecular
  • 15. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Hierarquia
  • 16. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Compressão Tensão Cisalha Estresse(Mpa) 200 150 100 50 Tensão Compressão Força e dureza do tecido ósseo Cortical Trabecular
  • 17. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Força e dureza (cortical mais resistente) Anisotropia (diferentes respostas a cargas em diferentes direções) Viscoelasticidade (diferentes respostas de acordo com a velocidade) Resposta elástica (absorção do impacto – deformação) Resposta plástica (mudança na forma – micro-rupturas) Piezoeletricidade (campo elétrico atrai ou repele moléculas do plasma, o que participa no fortalecimento da estrutura) Características biomecânicas
  • 18. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 19. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Força durante ação isométrica de (a) flexores, (b) extensores, (c) adutores e (d) abdutores do quadril. Força axial sobre o fêmur (linha preta) em comparação com a FRS (linha fina)
  • 20. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html A geometria do osso adaptou- se ao exercício de impacto, especialmente na região média do fêmur. O número e intensidade de impactos diários são os principais fatores influenciando a adaptação De acordo com a Lei de Wolff, a densidade, e em menor proporção o tamanho e a forma, dos ossos são determinadas pela magnitude e direção das forças atuando sobre eles.
  • 21. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Lei de Roux: A orientação do sistema trabecular depende da direção das forças Vídeo Reconstrução da cabeça do fêmur
  • 22. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 23. Osso normal Implante de crômio Implante de titânio ANDAR Gafaniz et al 2007
  • 24. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Características mecânicas dos ossos Tensão (stress) - σ = F/A Deformação (strain) - ε = (L-L0)/L0 Elasticidade
  • 25. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Sem carga Comprimento Diâmetro Sobrecargas mecânicas
  • 26. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Sobrecargas mecânicas Efeito Poisson Simeón Poisson foi estudante de Doutorado de Joseph Lagrange Você sabia?
  • 27. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 28. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html COMPORTAMENTO MECÂNICO – Lei de Hooke –” Tensão é proporcional à deformação” – Não-Hookeano – não responde de forma linear à aplicação de carga. carga deformação inclin = módulo de elasticidade Displacement (strain) Force (stress) Elastic material Displacement (strain) Non elastic material Force (stress) Robert Hooke (1635-1703)
  • 29. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html RESPOSTA ELÁSTICA Quando submetido a uma carga, o osso deforma-se na busca de absorção de impacto e energia Essa deformação atinge cerca de 3% do comprimento Deformação Carga Região elástica Deformação
  • 30. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html RESPOSTA PLÁSTICA Após o ponto de deformação, ocorrem micro-rupturas no tecido e o osso experimenta uma fase plástica Com isso, ao remover-se a carga, o osso não retorna mais a sua forma original Deformação Estresse(carga) Fratura / falha Região plástica
  • 31. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Resistência a falha Diminuição com a idade Diferença entre ossos e regiões do corpo
  • 32. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Envelhecimento
  • 33. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html jovem idoso
  • 34. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Viscoelasticidade Diferentes respostas a diferentes velocidades de aplicação de carga
  • 35. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Anisotropia Diferentes respostas a cargas aplicadas em diferentes direções
  • 36. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Remodelação óssea Como os ossos resistem por tanto tempo ao longo da vida? Qual é o processo que determina essa resistência ?
  • 37. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Modelação e remodelação óssea Remodelagem e depósito ósseo Cargas mecânicas Intermitentes Reabsorção > depósito: osteoporose Miosite ossificante ~ calcificação precoce Ação de: Osteócitos - mineralização Osteoclastos – digerem matriz Osteoblastos - reconstroem Vídeo Remodelagem óssea
  • 38. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Os processos ocorrem devido à atividade de:  Osteoblasto - célula óssea responsável pela produção de tecido ósseo  Osteoclasto - célula óssea responsável pela reabsorção de tecido ósseo  Osteócito - osteoblastos envolvidos pela própria matriz que produziram.
  • 39. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 40. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html E quando a resistência não é suficiente?
  • 41. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Humanos: levam de 3 a 4 meses para completar Um ósteon 4 º É realizado o preenchimento das lamelas concentricamente, apresentando enchimento cônico da cavidade. 3º Surgem osteoblastos, começam a depositar uma junção osteóide (pré- osso), que mineraliza. 2º -Inversão de 1 a 2 dias: Células mononucleares revestem a parede cavitária em pequena extensão 1º - Osteoclastos reabsorvem / alargam cavidade
  • 42. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html E quando a resistência não é suficiente? Fratura Hematoma (vasos rompidos) Fluxo sanguíneo interrompido Formação de um calo mole Preenchimento a parte fraturada Osteoclastos digerem as estruturas mortas Forma o calo ósseo (dá estabilidade) Atividade dos osteoblastos Consolidação do osso novamente Ação dos osteoclastos para reduzir o calo ósseo que ficou
  • 43. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html E quando a resistência não é suficiente?
  • 44. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Adaptação do Tecido Ósseo: IMOBILIZAÇÃOIMOBILIZAÇÃO
  • 45. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html  Indivíduos acamados sofrem severa perda do tecido ósseo (1% / sem);  Estado estável de perda óssea é atingido após perda da ordem de 30 a 40%
  • 46. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Densidade óssea em crianças (12 - 13 anos) em função da atividade física (Grimston et al., 1993) Carga ativa: Contração muscular (natação) “Impacto”: 3 vezes o Peso Corporal (corredores, ginastas, dançarinos)
  • 47. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Características do tecido ósseo de crianças Maior Proporção de Colágeno  Aumento da flexibilidade óssea  Maior tolerância à deformação plástica. Diminuição da resistência à compressão Alto potencial de remodelagem Sobrecarga Adulto Crianç a FRATURA Deformação
  • 48. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Corredores (cross-country) apresentam mais massa óssea quando comparados à sedentários de mesma idade e peso (Dalin & Olsson, 1974). Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam maior densidade óssea vertebral que o grupo controle (sedentárias). Na pós-menopausa esta diferença se acentua. Mulheres no período de pós-menopausa, praticantes de atividade física (1 hora / 3x semanais / 1 ano) aumentaram sua densidade óssea. Inativas diminuíram sua densidade no mesmo período (Aloia et al., 1978).
  • 49. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html  Dança x CaminhadaDança x Caminhada:: Dança preservou melhor a integridade óssea de mulheres (pós-menopausa) do que a caminhada. Ambas as atividades condicionaram adaptações biopositivas (Zetterberg et al., 1990)  SoldadosSoldados:: Observa-se grande aumento (5 - 10 %) da massa óssea de recrutas, após 16 semanas de treinamento. Grupo apresenta alto índice de lesões ósseas.  AstronautasAstronautas apresentam grande excreção de cálcio através da urina. Após 1 ano de permanência no espaço podem ocorrer perdas de massa óssea da ordem de 25 % (Raumbaut et al., 1979).
  • 50. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Terminações ósseas Articulações
  • 51. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html movimento Quais as características da terminação óssea?
  • 52. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Líquido Sinovial Produzido pela membrana sinovial Nutrição da cartilagem Proteção Discos fibrocartilaginosos Otimiza a função da cartilagem Estabiliza a articulação Estruturas protetoras
  • 53. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Conexão entre ossos – formando segmentos: articulações Imóveis (sinartroses) Semi-móveis (anfiartroses) Móveis (diartroses) Bola e soquete, pivô, sela, dobradiça, elipsóide, plana
  • 54. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Fibrosa Cartilaginosa Sinovial Conexão entre ossos – formando segmentos: articulações
  • 55. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 56. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Cartilagem articular (CA) 5% células 95% matriz 65 – 80% água Espessura de 1 a 7 mm ↑ quadril e joelho ↓ tornozelo e cotovelo Anisotrópica Você sabia? Que a CA da patela tem ~ 5mm de espessura
  • 57. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html CARTILAGEM ARTICULAR Espessura de 1 a 5 mm (diminui com a idade) Deformável Avascular Baixa taxa metabólica Anisotrópicas Funções Características Transferir forças Distribuição de força Reduzir atrito e limitar movimento articular
  • 58. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 59. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 60. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Baixo conteúdo de proteoglicanos, possui camadas alinhadas e uniformes de colágeno Maior conteúdo de proteoglicanos, e uma rede de fibras de colágeno e células esferoidais entre elas. Elevado conteúdo de proteoglicanos, fibras de colágeno alinhadas perpendicularmente a articulação e células arredondadas em colunas entre as redes de colágeno. Elevada concentração de cálcio, ausência de proteoglicanos, fibras de colágeno e condrócitos Proteoglicanos Atraem água para o tecido Ação sobre enzimas
  • 61. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 62. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 63. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Fatores responsáveis pela degeneração da cartilagem articular Magnitude do estresse imposto (Carga total + Distribuição do estresse) Irregularidades na superfície articular Freqüência do estresse aplicado Mudanças na estrutura molecular microscópica da estrutura de colágeno- proteoglicanos Degeneração associada a artrite reumatóide Hemorragias associadas a hemofilia Desordens no metabolismo do colágeno Degradação do tecido por enzimas proteolíticas Mudanças na propriedade mecânica intrínseca do tecido Afrouxamento da rede de colágeno Diminuição da rigidez da cartilagem Aumento na pearmeabilidade
  • 64. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Artrite reumatóide
  • 65. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html
  • 66. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Compressão Tensão/ Compressão Cisalhamento Torção
  • 67. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Pilar anterior Pilar posterior Segmento passivo ( vértebra) Segmento ativo
  • 68. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html EXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNAEXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNA VERTEBRALVERTEBRAL
  • 69. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html EXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNAEXEMPLO DA APLICAÇÃO NA COLUNA VERTEBRALVERTEBRAL
  • 70. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html WHITE III e PANJABI (1990) Resistência das vértebras Cargas compressivas
  • 71. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Wilke et al. (1999)
  • 72. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Já sabemos algumas peculiaridades biomecânicas do osso Já vimos como funciona a conexão entre os ossos - articulação Na próxima aula, vamos conectar os ossos e os músculos...
  • 73. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec.html Referências básicas • Hamill J, Knutzen KM. Bases biomecânicas do movimento humano. Manole: São Paulo, 1999. • Enoka RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2.ed. Manole: São Paulo, 2000. • Hall S. Basic biomechanics. 5.ed. McGrow Hill: Boston, 2007. • Winter D.A. Biomechanics and motor control of human movement. 2.ed. John Wiley & Sons: New York, 1990.

Notes de l'éditeur

  1. O crômio é um  metal de transição ,  duro , frágil, de coloração cinza semelhante ao  aço . É muito resistente à  corrosão . Seu maior  estado de oxidação  é +6, ainda que estes compostos sejam muito  oxidantes . Os estados de oxidação +4 e +5 são pouco frequentes, enquanto que os estados mais estáveis são +2 e +3. Também é possível obter-se compostos nos quais o crômio apresenta estados de oxidação mais baixos, porém são bastantes raros.
  2. descrever o papel do líquido sinovial e dos discos fibrocartilaginosos
  3. definir as caracteríscas do tecido das articuações
  4. definir as caracteríscas do tecido das articuações