O documento discute recomendações para envolver os homens na paternidade e cuidado com os filhos, incluindo o papel essencial dos Agentes Comunitários de Saúde e a necessidade de abordar mitos sobre a masculinidade. Também enfatiza a importância de grupos de pais e incentivar a participação dos homens nos grupos de gestantes para conversar sobre esses temas.
2. Uma das máximas conhecidas por quem trabalhou com homens é da
necessidade da saúde ir ao encontro dos homens. Nesse contexto, o papel
das/os Agentes Comunitários de Saúde é imprescindível para o sucesso de
qualquer ação que queira sensibilizar e envolver os homens com a
paternidade e cuidado.
É preciso abordar criticamente alguns mitos em torno da masculinidade, por
exemplo, a ideia de que os homens não conseguem controlar a sua
sexualidade, que é comumente utilizada para justificar a proibição da
permanência dos pais em leitos compartilhados de maternidades. Na
verdade, experiências como as da Maternidade Carmela Dutra, no Rio de
Janeiro, que promovem a circulação livre dos pais em todos os horários,
demonstram que as mulheres sentem-se mais seguras e relaxadas com a
presença deles e de outros familiares.
3. Conversar sobre paternidade, gestação e cuidado de filhos não faz parte do
repertório de muitos homens, por isso, a formação de grupos de pais é tão
importante. Onde eles não existirem, os homens devem ser incentivados a
participarem dos grupos preparatórios para gestantes. Nesses grupos, os/as
profissionais devem valorizar a presença dos homens e tentar ao máximo
deixá-los à vontade.
Tudo que é novo tem o potencial de gerar ansiedade e medo. É importante
que os homens assistam a vídeos retratando partos normais e cesarianas,
para que assim, saibam melhor o que possam contribuir nesse momento.