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Mamãe, quero Slack! (parte 1)
Autor: Xerxes Lins <xerxeslins at gmail.com>
Data: 10/12/2008
Prefácio
Aviso do autor
Todas as informações apresentadas neste artigo são produtos da minha escassa
experiência com o Linux e do meu esforço em buscar respostas na internet. Isso
quer dizer que o artigo pode conter informações não muito eficientes.
Peço ao leitor que, por gentileza, contribua com o artigo apontando caminhos
alternativos, mais eficientes que os aqui apresentados. O artigo é muito simples
e básico por dois motivos: um, eu não tenho muito conhecimento sobre Linux.
Dois, o artigo foi feito para iniciantes. Quando digo iniciantes, porém, quero me
referir à usuários que tenham noções de informática, que saibam o que é uma
partição de HD.
Introdução
Além de servir como uma espécie de guia para iniciantes do Slackware, esse
artigo tem como segundo objetivo contribuir para desmistificar a falsa idéia de
que Slackware é distribuição para quem "manja de Linux".
É verdade que o Slackware não foi concebido para atrair novos usuários, como
o Ubuntu por exemplo. Mas nem por isso ele deve ser considerado um sistema
inacessível para novatos. Eu sou novato e uso Slackware!
A dificuldade que usuários podem encontrar ao iniciar o uso do Slackware
surge da falta de informação sobre comandos e explicações sobre o sistema
Linux em geral. Nada que boa vontade e paciência para pesquisar não resolva.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
2. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Talvez alguém argumente: "mas eu não quero saber comandos de Linux, eu só
quero utilizar". Ok, se é assim, meu conselho é: não use Linux, pois mais cedo
ou mais tarde, usuários de Linux vão precisar entender como o sistema
funciona e quanto mais cedo vier esse entendimento, melhor. Por tanto, viva o
Slackware para iniciantes!
Mini-resumo da história do Slackware e informações adicionais
Slackware Linux foi criado por Patrick Volkerding em 1993 (algumas fontes
dizem 1992). Foi baseada na distribuição SLS Linux (Softlanding Linux System)
e era fornecida em forma de imagens para disquetes de 3.5 polegadas.
É a distribuição Linux mais antiga e ainda ativa. Até 1995 era considerado
como o "Linux padrão", mas sua popularidade diminuiu muito depois do
surgimento de distribuições mais amigáveis. Mesmo assim o Slackware continua
sendo uma distribuição muito apreciada e respeitada, pois não mudou sua
filosofia, continua fiel aos padrões UNIX e é composta apenas por aplicações
estáveis.
Em 1999 a versão do Slackware pulou de 4.0 para 7.0. Uma jogada de
marketing para mostrar que o Slackware estava tão atualizado como as outras
distribuições Linux. Acontece que muitas distribuições tinham versões bem
elevadas, e isso podia causar a impressão de que o Slackware estava
desatualizado. A demora para lançamento de novas versões do Slackware
também contribuiu para isso.
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Imagem "antiga" da minha área de trabalho, usando o Slackware com o
gerenciador de janelas Fluxbox
Em 2004 Patrick Volkerding esteve seriamente doente - com um tipo de
infecção, e o desenvolvimento do Slackware tornou-se incerto.
Muitos acharam que ele iria morrer. Mas ele melhorou e retomou o
desenvolvimento do Slackware, embora não esteja completamente curado até
hoje.
Patrick Volkerding (2000, Nova York - EUA)
Em 2005 o ambiente gráfico GNOME foi removido do projeto Slackware, o que
desagradou muitos usuários. A justificativa de Patrick foi de que leva-se muito
tempo para empacotar os binários. Porém, muitas comunidades desenvolvem
projetos de GNOME para o Slackware. Alguns exemplos de projetos são: Gnome
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Slackbuild , Gnome Slacky e Dropline Gnome. Por isso, Gnome de alta qualidade
é o que não falta para o Slackware, apesar de não ser um ambiente nativo.
Slackware com Gnome do projeto Gnome Slackbuild
Em 2007 foi lançada a versão 12.0 do Slackware, uma versão inovadora e que
de certa forma causou algumas controvérsias. Foi a primeira versão do
Slackware que foi um pouco contra a sua própria filosofia. Primeiro, porque
passou a montar dispositivos automaticamente, segundo porque alguns pacotes
antigos não eram mais compatíveis coma a nova versão devido ao novo GCC
4.1.2. e por último, porque foi a primeira versão a vir com a última versão do
Kernel (na época).
Vale destacar também que a versão 12.0 vem com Compiz instalado, mas que
por falta de ferramentas gráficas para configuração, muitos usuários não
sabiam como usar.
Slackware 12.0 com Compiz nativo
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Enquanto esse artigo está sendo digitado, a versão atual do Slackware é a 12.1.
Ela não difere muito da 12.0, basicamente houve várias atualizações de
aplicativos e do kernel. A maior novidade agora é que a versão corrente do
Slackware tem disponível os pacotes do ambiente gráfico KDE 4.1. Muitos
usuários acostumados com o KDE 3.5 não gostaram das modificações, mas uma
coisa é certa: o visual do KDE 4.1 é muito mais atraente que o do 3.5.
KDE 4.1
Informações adicionais
A filosofia K.I.S.S. Uma das características do Slackware é que ele é baseado
na filosofia KISS (acrônimo de "keep it simple, stupid"). Trata-se de uma
filosofia utilizada por desenvolvedores de softwares em geral. Basicamente,
seguir a filosofia KISS significa fazer o que é preciso sem frescuras ou
complicações adicionais; da maneira mais específica e simples possível (o que
não quer dizer da maneira mais amigável). Essa é a filosofia do sistema UNIX.
Nome Slackware
O nome Slackware vem de "slack", que significa "preguiçoso". Pode parecer
estranho, mas a distribuição faz jus ao nome. Muitas das configurações do
Slackware são feitas manualmente através de edição de textos, sem ferramentas
gráficas. É como se o sistema tivesse preguiça de trabalhar para o usuário; é o
usuário quem fica com o trabalho pesado.
Tux com cachimbo
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O símbolo da distribuição Slackware é um Tux com cachimbo. Isso lembra
antiguidade e experiência. Já que Slackware é uma distribuição antiga e tem a
fama de ser utilizado por usuários experientes em Linux. Nesse artigo você verá
que na verdade usuários com conhecimento mínimo em informática podem
começar a usar o Slackware, bastando apenas umas poucas orientações.
Slackware vs outras distros
O objetivo dessa parte do artigo é apenas realçar algumas características que
diferenciam as distribuições aqui comparadas. Não tenho nenhum interesse em
denegrir ou menosprezar qualquer distribuição. No meu entendimento dizer
que uma distribuição é melhor que a outra tem muito mais a ver com gosto
pessoal e costume do que qualquer outra coisa.
Existem muitas distribuições no mundo. Apenas relacionei aqui aquelas com
que tive mais contato, direta ou indiretamente. Peço desculpas aos usuários das
distribuições citadas se por acaso errei em alguns pontos. Se for esse o caso,
peço que por gentileza relatem os meus erros para que os outros leitores
tenham a informação correta.
Slackware Linux
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Página: www.slackware.com
Arquitetura suportada: i486, x86_64 (slam64)
Requerimento mínimo: 16 MB RAM
Instalação: não muito fácil, menus em modo texto. A interação com o usuário é
grande e todo o processo não demora muito. Só em inglês.
Pacotes: a seleção não é específica para desktops ou para desenvolvedores ou
para servidores, mas possui pacotes para atender a todas essas áreas,
principalmente servidores. O usuários escolhe os pacotes durante a instalação.
Se optar por instalar tudo, muita coisa não será usada. Não possui gerenciador
padrão de pacotes.
Ambiente gráfico: não tem padrão. O usuários escolhe inicialmente entre KDE,
XFCE, Fluxbox e outros.
Configuração do sistema: essencialmente pelo terminal, modo texto ou até
mesmo menus em modo texto. Exemplo: pkgtools.
Resolve dependência de pacotes: não, pois não possui gerenciador de pacotes
por padrão. Porém, gerenciadores que resolvem dependências podem ser
instalados.
Velocidade de boot: O padrão não é muito rápido. Precisa desabilitar serviços e
fazer outras configurações para ficar melhor.
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Segurança: muito seguro.
Bugs: completamente livre de bugs.
Ubuntu Linux
Ubuntu, de acordo com a Distrowatch é a distribuição mais popular e ocupa a
primeira posição em popularidade há muito tempo. É uma distribuição que
sofre um certo preconceito, pois muitos acreditam que é uma distribuição feita
par noobs. Ubuntu é uma palavra africana que significa algo mais ou menos
como "humanidade para todos".
Página: www.ubuntu-br.org
Arquitetura suportada: amd64, i386.
Requerimento mínimo: 192 MB RAM
Instalação: fácil em modo gráfico. apesar de ser fácil e precisar de pouca
interação com o usuário é demorada. Em muitos idiomas diferentes.
Pacotes: vem com uma ótima seleção de pacotes para desktops e boa seleção
para servidor; muito mais pode ser adicionado usando gerenciador de pacotes
padrão.
Ambiente gráfico: o padrão é Gnome.
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Configuração do sistema: essencialmente em modo gráfico.
Resolve dependência de pacotes: sim.
Velocidade de boot: o padrão é um pouco rápido. Pode ficar mais rápido se
desabilitar serviços.
Segurança: seguro.
Bugs: alguns usuários dizem que abandonaram o Ubuntu devido a Bugs. Mas o
sistema é constantemente atualizado.
Zenwalk
Zenwalk é uma distribuição veloz feita para desktops e para desenvolvedores. É
baseada em Slackware, mas possui outra filosofia e outro foco de usuários. Uma
dica do VOL que compara Zenwalk com o Slackware detalhadamente: Zenwalk
vs Slackware.
Página: www.zenwalk.org/
Arquitetura suportada: x86
Requerimento mínimo: 128 MB RAM
Pacotes: vem com uma ótima seleção de pacotes para desktops e
desenvolvedores; muito mais pode ser adicionado usando gerenciador de
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
10. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
pacotes padrão.
Instalação: rápida e fácil com menus em modo texto. Apenas em inglês.
Ambiente gráfico: o padrão é XFCE.
Configuração do sistema: Modo gráfico e em modo texto, sendo que o modo
texto é automatizado.
Resolve dependência de pacotes: sim.
Velocidade de boot: o padrão é bem rápido.
Segurança: seguro.
Bugs: considerado livre de bugs.
Arch Linux
Arch Linux é uma distribuição com uma filosofia semelhante à do Slackware:
Keep it simple, keep it lightweight, ou seja: mantenha o sistema simples e leve.
É uma distribuição feita para usuários avançados que sabem como configurar
manualmente todo o sistema e sabem exatamente o que precisam inserir nele.
Página: http://www.archlinux.org
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Arquitetura suportada: i686, amd64
Requerimento mínimo: 16 MB RAM
Instalação: difícil com menus e edição de arquivos em modo texto. A interação
com o usuário é grande e todo o processo é muito demorado precisando de
internet. Apenas em inglês.
Pacotes: vem sem pacotes por padrão. O sistema é construído pelo usuário do
zero com o seu excelente gerenciador de pacotes.
Ambiente gráfico: não tem padrão. O usuários instala o que quiser.
Configuração do sistema: essencialmente pelo terminal, modo texto.
Resolve dependência de pacotes: sim.
Velocidade de boot: O padrão é muito rápido.
Segurança: muito seguro.
Bugs: considerado livre de bugs embora exista comentários de usuários sobre
problemas de compatibilidade com o Gnome.
Gentoo Linux
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Gentoo Linux é uma distribuição voltada para usuários avançados, assim como
o Arch Linux. Todo o sistema é construído e compilado pelo usuário do zero. O
Portage, seu gerenciador de pacotes padrão, compila tudo! Isso quer dizer que
o sistema fica perfeitamente de acordo com o máquina.
Página: www.gentoo.org
Arquitetura suportada: x86, amd64
Requerimento mínimo: 64MB RAM
Instalação: modo gráfico. Todo o processo é extremamente demorado
precisando de internet.
Pacotes: vem sem pacotes por padrão. O sistema é construído pelo usuário do
zero com o seu excelente gerenciador de pacotes.
Ambiente gráfico: não tem padrão. O usuários instala o que quiser.
Configuração do sistema: essencialmente pelo terminal, modo texto.
Resolve dependência de pacotes: sim.
Velocidade de boot: O padrão é muito rápido.
Segurança: muito seguro.
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13. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Bugs: completamente livre de bugs.
Conclusão
Com essa minúscula análise podemos perceber que o Slackware possui pontos
fortes e fracos em relação às outras distros. O pior ponto fraco, na minha
opinião, é que o Slackware não tem gerenciador de pacotes padrão e o melhor
ponto forte que eu acho é que ele é extremamente estável.
Também é otimizado para servidores. Além disso, muitas das suas configurações
em modo texto, possuem exemplos ou são pré-configurados, bastando o usuário
realizar algumas poucas modificações. Como também é um sistema completo,
não é preciso passar dias e dias baixando coisas na internet para poder deixá-lo
utilizável.
Filhos (e netos) do Slackware Linux
Distribuições derivadas do Slackware Linux é o que não falta. Veja as imagens
de algumas delas.
BackTrack
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
14. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Distribuição Linux suíça para servidores, especificamente.
Página oficial: http://www.remote-exploit.org/backtrack.html
GoblinX
GoblinX Linux é uma distribuição brasileira. É um live cd (roda sem precisar
instalar no HD), mas ao mesmo tempo um sistema operacional completo.
Página oficial: www.goblinx.com.br
Slax
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
15. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Esse é outro Live CD. Sua intenção é ser um Slackware simplificado para
Desktops.
Página oficial: www.slax.org
Wolvix
Distribuição voltada para desktops leves. Baseada no Slax, que por sua vez é
baseado no Slackware - logo, esse sistema seria um "neto" do Slackware.
Página oficial: wolvix.org
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16. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Finalizando...
Existem muitas outras distribuições baseadas em Slackware, a lista é imensa.
Essas foram algumas selecionadas aleatoriamente. A minha distro baseada em
Slackware predileta é a Zenwalk. Ainda neste artigo, na parte "Slackware VS
Outras distros" você pode achar mais informações sobre ela. Também existem
distribuições baseadas em Zenwalk.
Acontece que por seu caráter "genérico", o Slackware é uma ótima opção para
servir de base para outras distribuições com caráter mais específico.
Mamãe, quero Slack!
Essa parte do artigo é dedicada à ensinar as formas de
adquirir o Slackware Linux. Basicamente existem três formas:
1. Baixar no site oficial do Slackware, dessa forma você irá obter uma imagem
ISO que deverá ser queimada em um DVD com a utilização de algum aplicativo
de gravação como o Nero, Brasero ou K3B.
Clique aqui para ter acesso aos servidores do Brasil. Se preferir baixar via
torrent, clique aqui.
2. Comprando: você pode comprar o Slackware Linux na loja virtual oficial.
Nessa loja, além do sistema operacional, você pode comprar camisetas e outras
coisas para ajudar o projeto Slackware. Você pode escolher entre 6 CDs ou um
DVD, sendo cada opção com ou sem o manual do sistema. O grande
inconveniente dessa opção é o preço. A opção mais barata (os 6 CDs) custa
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
17. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
quase U$ 50,00!
Porém, você pode comprar através do Mercado Livre, por exemplo. Sai mais em
conta. Em média custa uns R$ 10,00 o DVD. Lembrando aos iniciantes que isso
não é pirataria, é completamente legal, já que se trata de um software livre.
Você estará pagando pelo CD, pelo envio e pelo trabalho que a pessoa teve para
gravar; e não pelo sistema operacional. O meu Slackware 12.1 foi comprado no
Mercado Livre.
Recomendo esse vendedor: http://produto.mercadolivre.com.br
/MLB-85919478-_JM
Obs.: Se o vendedor não cumprir com o contrato ou acordo de venda, eu não
tenho nada a ver com isso. Apenas indico esse vendedor porque comprei dele e
tudo ocorreu normalmente.
Uma dica: quando for comprar pelo Mercado Livre, prefira os usuários com boa
reputação, com medalhas.
Outra forma de adquirir o Slackware Linux é em banca de revista. Sim, você
pode notar que às vezes, algumas distribuições são vendidas em bancas de
revistas junto com algum manual de instalação ou algo parecido. O meu
Slackware 12.0 foi comprado numa banca. Não custa nada dar uma olhada.
3. Copiando de alguém que já tenha: essa é a opção mais legal, pois não custa
nada, só o preço do DVD. Se tiver algum amigo que usa Linux, pergunte se ele
tem Slackware Linux, em caso afirmativo, pegue emprestado para copiar. Se
seu amigo tentar desencorajá-lo com frases do tipo "Slackware é para quem
pode e não para quem quer", ou "Slackware é para quem manja Linux, comece
com o Ubuntu", diga a ele que você não espera aprender tudo de uma vez, mas
irá exercitar sua paciência e prefere começar com o Slackware, pois ele é mais
estável que muitas distros existentes.
Instalação do Slackware Linux
Está preparado para experimentar o lado negro da força? OK! Então vamos lá!
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
18. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Imagem original de http://slackart.linuxpackages.net
Diferente de algumas distribuições mais amigáveis, a instalação do Slackware
Linux é feita na "tela preta", ou seja, no console. Porém, é muito simples. Basta
seguir esse tutorial passo-a-passo.
Se quiser utilizar outras fontes, recomendo as seguintes:
Instalação passo a passo do Slackware 10.0 - Slackware-Brasil
Como instalar o Slackware 12 - tuxtoriais
Instalação Slackware 12 - kerkeberos.net
Você também pode procurar no Youtube ou em mais sites por tutoriais de
instalação do Slackware Linux.
Assumiremos que você já adquiriu o sistema operacional. Se ainda não, leia
neste artigo a parte com o título: "Mamãe, quero Slack!"
Dê boot pelo DVD.
Quando surgir uma tela como essa mostrada abaixo, tecle ENTER.
Tecle 1 para poder configurar o teclado e pressione ENTER.
Na lista que surgir, como na imagem abaixo, escolha o a opção "br-abnt2". Use
as setas do teclado para cima e para baixo e quando encontrar a opção correta,
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
19. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
escolha OK e tecle ENTER.
Teste o teclado, veja se tudo está funcionando normalmente e em caso
afirmativo, digite 1 e tecle ENTER.
Leia a mensagem que vai aparecer, como na imagem abaixo.
Se não quiser ler, tudo bem. Nessa parte digite o nome "root" e tecle ENTER.
Agora você estará logado como root, como na imagem abaixo.
Root no Linux é "o cara", é o usuário que pode fazer tudo com o sistema, como o
usuário administrador do Windows. Antes da instalação, iremos particionar o
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
20. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
HD.
Simplesmente digite o comando "cfdisk" (sem aspas) e tecle ENTER. O cfdisk
irá iniciar e você irá ver algo como na imagem abaixo.
O cfdisk é bem intuitivo. É recomendado o uso mínimo de duas partições. A
partição root (/) e a partição SWAP. A Partição root, ou raiz, receberá o sistema
operacional e a partição SWAP servirá de memória virtual.
Para criar uma partição root navegue com as setas do teclado até New,
pressione ENTER e selecione [Primary] e depois [Beginning]. Escolha o
tamanho da partição lembrando de deixar HD suficiente para SWAP. Quanto
você deve deixar para SWAP? o dobro da sua memória RAM está ótimo, mas não
precisará de mais de 1GB de SWAP. O tamanho das partições no cfdisk estará
em MB, então caso não seja bom de conta pode usar uma calculadora. Dica: 1
GB = 1024 MB.
Enquanto cria duas partições, sua tela deverá estar parecida com a imagem
abaixo:
Escolha a partição destinada a ser a SWAP e navegue no menu até [Type],
escolha o tipo 82 que é tipo SWAP.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
21. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Defina a partição root como [Bootable] através do menu de navegação do
cfdisk.
Veja na imagem abaixo como deverá ficar:
Depois disso escolha a opção [Write] no menu de navegação. Para confirmar
digite "yes" (sem aspas). Saia do cfdisk usando a opção [Quit].
Continuando na linha de comando digite "setup" para iniciar o menu de
instalação.
O próximo passo é selecionar a opção ADDSWAP, pois os outros passos já foram
feitos.
As opções com [*] são ativadas e desativadas com o uso da tecla de espaço.
Na tela como na imagem abaixo, ele mostrará que a partição SWAP foi
detectada. Tecle ENTER.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
22. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Na tela seguinte, escolha "no", como na imagem abaixo.
Tudo feito, escolha ok:
Agora pressione ENTER para escolher a partição root.
Escolha a primeira opção na tela mostrada como na imagem abaixo.
Escolha ext3.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
23. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Escolha Ok teclando enter.
Escolha a opção número 1 como na imagem abaixo para instalar a partir do CD
ou DVD.
Agora escolha a opção AUTO.
Agora na tela mostrada abaixo, use as setas e a tecla de espaço para selecionar
a opção KDEI, pois isso é o suporte a idiomas. Existe uma maneira de instalar
apenas o português, o que exige um pouco mais de trabalho, mas só que esse
tutorial tem como objetivo ser o mais simples possível, sem entrar em detalhes,
por isso vamos instalar todos os idiomas mesmo. Selecione KDEi e depois OK.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
24. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Agora escolha a opção FULL:
Espere alguns minutos... algo entre 30 a 40 minutos enquanto o sistema é
instalado.
Quando a tela mostrada abaixo aparecer, selecione SKIP.
Selecione a primeira opção: no modem.
Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
25. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Escolha a opção SIMPLE.
Aqui não digite nada, apenas escolha OK.
Grave o LILO na MBR.
Selecione o seu tipo de mouse, normalmente é a primeira opção.
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26. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Escolha YES e pressione ENTER.
Configurar a internet? Escolha NO.
Na tela que surgir, mesmo que o serviços selecionados sejam diferentes do
apresentado na imagem, deixe como está e escolha OK. Mais à frente
configuraremos os serviços.
Na tela abaixo escolha NO.
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27. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Mais uma vez escolha NO e tecle ENTER em OK.
Nessa lista, mostrada abaixo, escolha America/suacidadecapital.
Agora escolha KDE.
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28. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Será perguntado se deseja mudar a senha do usuário root, responda YES.
Digite a senha e ele pedirá para repetí-la. Redigite. Dica: escolha uma senha
com letras e números e com no mínimo 6 caracteres.
Na tela abaixo escolha OK para voltar para o menu inicial.
No menu inicial, escolha EXIT.
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29. Mamãe, quero Slack! (parte 1) [Artigo]
Após isso, surgirá o console. Tecle CTRL+ALT+DEL para reiniciar o sistema.
Quando o sistema iniciar, você se deparará com a tela do LILO. Pressione
ENTER para entrar no sistema.
Agora na próxima parte do artigo iremos às configurações...
Na próxima parte...
Na próxima parte do artigo falarei sobre a configuração do sistema:
vídeo
som
internet
instalação de programas
configuração de serviços
atualização do sistema
e dicas
Peço desculpas pela falta de profundidade nos assuntos apresentados, relembro
que o artigo foi feito para iniciantes e que eu não entendo muito de Linux.
Bem, até a próxima.
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Mamae-quero-Slack-(parte-1)
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