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                                             www.causaimperial.org.br/BravaGente
2 Florianópolis, 1.º de Fevereiro de 2009                              Ano I, N.º 2

  Príncipe Imperial Dom Bertrand




   Entrevista
            Crise no Luxemburgo             A Família Imperial Brasileira
                  Página: 16                         Página: 04
História                                                     dando estas dúvidas.


          Editorial                                             Fechando a revista, a crônica das desventuras re-
                                                                publicanas segundo o professor e historiador An-
                                                                tonio Caprio.
      Saudações!

      Então... chegamos ao número 2! E, numa insólita
      coincidência, é no segundo dia do segundo mês
      do ano que se comemora o aniversário de D. Ber-                                 Índice
      trand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do
      Brasil e segundo na linha de sucessão do trono.
      Assim, nosso primeiro destaque nesta edição é             Cartas....................................................02
      justamente um estudo sobre a sucessão monár-
      quica, de acordo com os princípios da Constituição        Datas....................................................03
      Imperial de 1824, e quem são os atuais príncipes          Aniversário de fevereiro
      brasileiros. Avisamos que nos próximos meses
      teremos novas matérias apresentando mais deta-
      lhes de nossa Família Imperial.
                                                                Especial.....................................................04
                                                                A Família Imperial Brasileira
      Destacamos também uma entrevista inédita e ex-
      clusiva com D. Bertrand. O príncipe, irmão mais           Entrevista................................................12
      novo de D. Luiz, é dos mais importantes divulga-          Príncipe Imperial D. Bertrand de Orleans e
      dores do movimento monárquico e do pensamento             Bragança
      conservador – e por isso mesmo é bastante cri-
      ticado pelos seus opositores. A isto, D. Bertrand         Internacional................................................16
      rebate com paciência e muita coerência, expondo           Crise no Luxemburgo
      inclusive sua opinião em vários artigos de jornais        Bélgica: Ação do Rei Alberto II
      importantes, de circulação nacional. O príncipe é
                                                                Áustria: Casamento de arquiduquesa
      também coordenador do movimento “Paz no Cam-
      po”, possuindo um blog próprio que pode visitado
      no seguinte endereço: < http://www.paznocampo.            Notícias..........................................18
      org.br/Blog/Blog_db.asp >.
                                                      Eventos...............................................19
      “...tem uma pessoa que eu admiro muito: D. Ber- Fundação do Diretório da ACI em SP
      trand é o brasileiro mais patriota que eu vi. É o su-
      jeito que pensa no Brasil 24 horas por dia. Ele está Artigo.....................................................20
      dormindo e está pensando no Brasil. É a pessoa A Maldição de Pedro II
      que mais conhece os problemas brasileiros. Se o
      Brasil fosse governado por ele seria outra coisa.
      Se tivesse eleição pra presidente e D. Bertrand
      fosse candidato, acho que todo mundo ia votar
      nele porque o sujeito transpira honestidade. Você                   P
                                                                       ublicação da
      olha pra cara dele e vê que ele é sincero... é uma
      pessoa que eu tenho grande admiração, gosto de-
      mais dele... nunca vi um político conhecer os pro-          ASSOCIAÇÃO CAUSA IMPERIAL
      blemas brasileiros como ele conhece” [OLAVO DE                  (entidade sem fins lucrativos)
      CARVALHO, filósofo e jornalista, em seu progra-                        Florianópolis (SC)
      ma de rádio “True Outspeak” de 10 de Setembro
      de 2007].                                             Rua Nossa Senhora do Rosário, 798 – CEP 88010-
                                                                           950 Florianópolis SC
      Nas notícias internacionais lembramos a atuação            Site Oficial: www.causaimperial.org.br
      política do rei Alberto II da Bélgica e do grão-duque
      Henrique I de Luxemburgo, que desmistificam a
      falsa idéia que os monarcas atuais são meramen-
      te “de enfeite”. Para saber mais sobre as funções
      régias, em breve publicaremos um especial eluci-

Revista Brava Gente Brasileira
  1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                                    1
História                                                térias: nada que seja muito medíocre nem erudito
                                                           demais. Privilegiaremos os conteúdos mais rele-
                                                           vantes ou curiosos. Aliás, de bom grado aceitamos
                      Cartas                               colaborações dos leitores que queiram contribuir
                                                           com artigos, cartas e sugestões.

                                                           E também humildemente pedimos que repassem
                Palavra do Editor                          aos seus contatos nossa revista ou os links da pá-
                                                           gina da ACI < http://www.causaimperial.org.br/
      Oi pessoal, tudo bem?                                BravaGente > ou do nosso grupo do yahoo
                                                           < http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_
      Aqui é o Geovani, um dos editores da Revista Brava_Gente >.
      BRAVA GENTE BRASILEIRA.
                                                           Calorosos abraços a todos!
      Desde já agradecemos o interesse de todos na lei-
      tura de nossa publicação. Trabalhamos com afin-
      co nos últimos meses de 2008 para começarmos
                                                                   L            L
                                                                     aerte ucas orkut     (          )
      2009 lançando esta nova revista. A primeira edição,
                                                           Mais uma excelente iniciativa!
      de Janeiro, foi muito comentada, recebendo vários
      elogios nos fóruns da internet. Ficamos felizes por
                                                           Caros membros da ACI responsáveis pela edição
      isso, porém sabemos que há muitas melhorias a
                                                           da “Brava Gente Brasileira”, Parabéns!
      serem feitas – e assim será, nos próximos meses.
                                                           Mais uma excelente iniciativa. Agora temos 4 ins-
                                                           trumentos em formatos jornalísticos de divulgação
                                                           da Causa: “Herdeiros do Porvir”, “Correio Imperial”,
      BRAVA GENTE BRASILEIRA é uma revista cul-
                                                           “Gazeta Imperial” e”Brava Gente Brasileira” (por
      tural, histórica e política publicada pela Associa-
                                                           ordem de antiguidade). Gostei do projeto gráfico,
      ção Causa Imperial, sendo nosso público-alvo
                                                           do conteúdo e do nome. Espero que os vários (e
      estudantes, professores, profissionais liberais,
                                                           muito bons) articulistas que temos no meio monár-
      aposentados, etc. Sua periodização é mensal. A
                                                           quico venham contribuir com artigos e notícias.
      distribuição será feita gratuitamente através da in-
      ternet, para alcançar o maior número possível de
      pessoas. Nossos recursos são poucos, mas não
      descartamos futuramente lançar edições impres-
      sas – inclusive alguns Círculos Monárquicos es-
      taduais planejam distribuir fotocópias àqueles que                 E  xpediente
      não possuem acesso à rede.


                                                        Editores: Geovani Németh-Torres e Erivam Ban-
      Falando do conteúdo da revista, o plano editorial
                                                        dini Pacheco
      versa sobre os seguintes assuntos:
                                                           Revisão: Daniel Mouta, Felipe Ribeiro Dias
      a) A Família Imperial Brasileira;
                                                           Colaboradores desta Edição: Antonio Caprio
      b) História, teoria e funcionamento da forma mo-
                                                         Os artigos assinados são de responsabilidade de
      nárquica de governo;
                                                         seus autores; as demais matérias são de respon-
                                                         sabilidade única e exclusividade do jornal.
      c) História do Brasil, com especial atenção ao pe-
      ríodo imperial;
                                                         INTERNET: www.causaimperial.org.br/BravaGen-
                                                         te/
      d) Demais monarquias e realezas do presente e
      do passado;
                                                         Contato : bravagente@causaimperial.org.br
      e) Temas gerais de interesse da sociedade brasi-
      leira.

      Tentaremos buscar um ponto de equilíbrio nas ma-

Revista Brava Gente Brasileira
  1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                    2
Datas
                                           23: D. Afonso Pedro de Bragança e
    Aniversários de Fevereiro              Bourbon-Duas Sicílias (1845-1847)
                                           Filho de D. PEDRO II.

    Nascimentos:

    02: D. Bertrand de Orleans e Bragan-
    ça e Wittelsbach (1941)
    1.º na Linha de Sucessão de D. LUIZ,
    Chefe da Casa Imperial Brasileira.

    02: D. Fernando Luiz de Orleans e
    Bragança e Wittelsbach (1948)
    Filho de D. PEDRO HENRIQUE.

    17: D.ª Paula de Bragança e Habsbur-
    go (1823-1833)
    Filha de D. PEDRO I.

    19: D. Luiz Gastão de Bragança e
    Bourbon-Duas Sicílias (1911-1931)
    Filho de D. Luiz Maria.                    Dom Afonso, filho de D.Pedro II

                                           31: Maria Isabel II de Alcântara Brasi-
                                           leira (1830-1896).
                                           Filha de D. PEDRO I com Domitília de
                                           Castro do Canto e Melo, Marquesa de
                                           Santos.


                                           Falecimentos:

                                           04: D. João Carlos de Bragança e
                                           Habsburgo (1821-1822)
                                           Filho de D. PEDRO I.

                                           04: D.ª Maria Amélia de Bragança e
                                           Beauharnais-Leuchtenberg (1831-
                                           1853)
                                           Filha de D. PEDRO I.

                                           07: D.ª Leopoldina de Bragança e
                                           Bourbon-Duas Sicílias (1847-1871)
     Dom Luiz Gastão de Bragança e         Filha de D. PEDRO II.
          Bourbon-Duas Sicílias

Revista Brava Gente Brasileira
 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                        3
Especial
                                      A Família Imperial Brasileira



                                                                                      Geovani Németh-Torres
                                                                                                (Historiador)




      •	       Imperadores e Chefes da Casa Imperial do Brasil, desde 1822:

      1822	    1831 – D. Pedro I
      1831	    1891 – D. Pedro II
      1891	    1921 – D.ª Isabel I
      1921	    1981 – D. Pedro III	
      1981	    Hoje – D. Luiz I

      Notas:

      1) D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho D. Pedro II em 1831.

      2) D. Pedro II foi entronizado em 1840, quando foi declarada sua maioridade. Em 1889 um golpe depôs
      o Imperador, que morreu no exílio na França. Foi sucedido na Chefia da Casa Imperial por sua filha, que
      por direito seria a Imperatriz D.ª Isabel I.

      3) A princesa Isabel faleceu em 1921, sendo sucedida pelo seu neto, De Jure Imperador D. Pedro III do
      Brasil.

      4) D. Pedro Henrique faleceu em 1981. Seu filho mais velho, D. Luiz, assumiu as tarefas como Chefe da
      Casa Imperial. O herdeiro de D. Luiz é seu irmão, D. Bertrand.




                 Outros títulos pertencentes aos herdeiros da Família Imperial Brasileira:


      Diz a CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824: Art. 105. O Herdeiro presumptivo do Imperio terá o Titulo de
      “Principe Imperial” e o seu Primogenito o de “Principe do Grão Pará” todos os mais terão o de “Príncipes”.
      O tratamento do Herdeiro presumptivo será o de “Alteza Imperial” e o mesmo será o do Principe do Grão
      Pará: os outros Principes terão o Tratamento de Alteza.



Revista Brava Gente Brasileira
  1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                     4
•	    Os Príncipes Imperiais, herdeiros imediatos do Impera-
    dor ou Chefe da Casa Imperial:

    1822	   1831 – D. Pedro I
    1822	   1825 – D.ª Maria (II, de Portugal)
    1825	   1841 –	D. Pedro (II)	
    1841	   1845 –	D.ª Januária	
    1845	   1847 –	D. Afonso	
    1847	   1848 –	D.ª Isabel (I)
    1848	   1850 –	D. Pedro Afonso	
    1850	   1891 –	D.ª Isabel (I)	
    1891	   1908 –	D. Pedro de Alcântara	
    1908	   1920 –	D. Luiz Maria	
    1920	   1921 –	D. Pedro (III)
    1921	   1931 –	D. Luiz Gastão	
    1931	   1938 –	D.ª Pia Maria	                                           Monograma de D.Luiz I, Atual
    1938	   1981 –	D. Luiz (I)	                                                Chefe da Casa Imperial
    1981	   Hoje –	 D. Bertrand	

    •	   Os Príncipes do Grão-Pará, filhos dos herdeiros imediatos do Imperador ou Chefe
    da Casa Imperial:

    1875	 1891 –	D. Pedro de Alcântara	
    1909	 1920 –	D. Pedro (III)


    A Linha de Sucessão, tal como em 2009:


    Diz a CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824: Da Successão do Imperio.

    Art. 116. O Senhor D. Pedro I, por Unanime Acclamação dos Povos, actual Imperador Constittucional, e
    Defensor Perpetuo, Imperará sempre no Brazil.

    Art. 117. Sua Descendencia legitima succederá no Throno, Segundo a ordem regular do primogenitura, e
                                          representação, preferindo sempre a linha anterior ás posteriores;
                                          na mesma linha, o gráo mais proximo ao mais remoto; no mesmo
                                          gráo, o sexo masculino ao feminino; no mesmo sexo, a pessoa
                                          mais velha á mais moça.

                                            Art. 118. Extinctas as linhas dos descendentes legitimos do Se-
                                            nhor D. Pedro I, ainda em vida do ultimo descendente, e durante
                                            o seu Imperio, escolherá a Assembléa Geral a nova Dynastia.

                                            Art. 119. Nenhum Estrangeiro poderá succeder na Corôa do Im-
                                            perio do Brazil.

                                            Art. 120. O Casamento da Princeza Herdeira presumptiva da Co-
                                            rôa será feito a aprazimento do Imperador; não existindo Impera-
                                            dor ao tempo, em que se tratar deste Consorcio, não poderá elle
                                            effectuar-se, sem approvacão da Assembléa Geral. Seu Marido
                                            não terá parte no Governo, e sómente se chamará Imperador,
                                            depois que tiver da Imperatriz filho, ou filha.
                                    •	 Linha de Sucessão de Sua Alteza Imperial e Real D.
    Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, Chefe
    da Casa Imperial desde 1981 e Imperador De Jure do Brasil:

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                  5
a) Ramo ORLEANS E BRAGANÇA
    	
         (Descendentes da Princesa Isabel)
    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    1.(n. 1938) D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial
    2.(n. 1941) D. Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil
    3.(n. 1950) D. Antônio de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Antônio

    4.(n. 1983) D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil
    5.(n. 1986) D. Rafael de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil
    6.(n. 1984) D.ª Amélia de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil
    7.(n. 1989) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    8.(n. 1944) D.ª Isabel de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil
    9.(n. 1953) D.ª Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil


           b) Ramo LIGNE E ORLEANS-BRAGANÇA
    	       (Descendentes da Princesa Eleonora)


    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D.ª Eleonora

    10.	   (n. 1989) Henri Antoine de Ligne e Orleans e Bragança, Príncipe Hereditário de Ligne
    11.	   (n. 1984) Alix Marie de Ligne e Orleans e Bragança, Princesa de Ligne


           c) Ramo SAXE-COBURGO E BRAGANÇA
    	       (Descendentes da Princesa Leopoldina)


    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina

    12.	   (n. 1931) D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos

    13.(n. 1970) D. Afonso Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos → D. Afonso

    14.(n. 2004) D.ª Pia Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos

    15.(n. 1972) D. José Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra

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16.(n. 1979) D. Antônio Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos → D. Antônio

    17.(n. 2006) D. Armando Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra
    18.(n. 2008) D. Pedro Antônio Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra
    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos

    19.(n. 1971) D.ª Teresa Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Val-
    nigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos → D.ª Teresa Cristina

    20.(n. 2003) Maria Helena Hunt
    21.(n. 2005) Gabriela Cristina Hunt

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos

    22.(n. 1974) D.ª Maria Leopoldina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna
    Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos → D.ª Maria Leopoldina

    23.(n. 2006) Eduardo Pavone

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Carlos

    24.(n. 1976) D.ª Carolina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra
    25.(n. 1985) D.ª Maria Aparecida Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna
    Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina

    26.(n. 1939) D. Filipe Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D.
    Filipe

    27.(n. 1986) D.ª Anna Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni-
    gra
    28.(n. 1988) D.ª Alice Carolina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni-
    gra

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina

    29.(n. 1936) D.ª Alice Caroline Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni-
    gra
    30.(n. 1945) D.ª Maria Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni-
    gra




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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                             7
d) Descendentes da Princesa Januária


    Nota Importante: D.ª Januária foi herdeira presuntiva do trono de seu irmão, D. Pedro II, até o nasci-
    mento do primeiro filho do Imperador. Seus descendentes não mantiveram a nacionalidade brasileira,
    contrariando assim o Artigo 119 da Constituição Imperial. Também se casaram fora da realeza, e depen-
    dendo dos contratos nupciais, os filhos do casamento perderiam os direitos sucessórios. Não obstante,
    aqui apresentamos, a título de curiosidade, apenas os descendentes atuais de D. Januária que nasce-
    ram no Brasil. A condição destas personalidades como dinastas brasileiros deve ser encarada com alto
    cepticismo, sem falar que só ascenderiam à Chefia da Casa Imperial com a extinção de todos os ramos
    descendentes de D. Pedro II – situação de remotíssima possibilidade.


    D. Pedro I → D.ª Januária → D. Luigi Maria → Maria Gennara → Maria Sofia → Nicole

    31.(n. 1952) Jocelyne Le Mauff de Kergal
    32.(n. 1954) Nolwen Le Mauff de Jergal
    33.(n. 1961) Louise Charlotte Aimée Manzon

    D. Pedro I → D.ª Januária → D. Luigi Maria → Maria Gennara → Maria Sofia → Maria Cristina

    34.(n. 1960) Pedro Afonso de Préaulx Moreira Alves
    35.(n. 1958) Isabel de Préaulx Moreira Alves
    36.(n. 1967) Anne Léonor de Préaulx Moreira Alves


          e) Descendentes da Princesa Francisca
    	      (Ramo BOURBON-DUAS SICÍLIAS)


    Nota Importante: D.ª Francisca, tia da princesa Isabel, casou-se com Francisco de Orleans, tio do
    Conde d’Eu – assim antecedendo em uma geração a ligação entre a Família Imperial de Bragança e a
    Família Real de Orleans. A princesa Francisca foi avó de João, Duque de Guisé e Chefe da Casa Real
    Francesa, cuja filha, Ana Helena, casou-se com Amadeu, terceiro Duque de Aosta (primo do Rei Vítor
    Emanuel III da Itália). Este casal teve uma filha, Maria Cristina, que se casou no Rio de Janeiro com Ca-
    simiro, príncipe de Bourbon-Duas Sicílias.

    Como no caso dos descendentes da princesa Januária, considerar os Bourbon-Duas Sicílias como di-
    nastas brasileiros deve ser visto sob certa hesitação, dependendo principalmente das cláusulas nupciais
    das gerações mais antigas.


    D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina

    37.(n. 1970) Luís Alfonso de Bourbon-Duas Sicílas, Príncipe das Duas Sicílias

    D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina →
    Luís Alfonso

    38.(n. 1999) Anna Sophia de Bourbon-Duas Sicílas, Princesa das Duas Sicílias

    D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina

    39.(n. 1974) Alessandro Enrico de Bourbon-Duas Sicílias, Príncipe das Duas Sicílias
    40.(n. 1971) Anna Cecília de Bourbon-Duas Sicílias, Princesa das Duas Sicílias
    41.(n. 1973) Elena Sofia de Bourbon-Duas Sicílias, Princesa das Duas Sicílias

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                   8
•	     Os Príncipes de Orleans e Bragança:

    Os descendentes do Conde d’Eu e da Princesa Isabel, por via masculina, recebem o título adicional de
    “Príncipes de Orleans e Bragança” desde a Declaração de Bruxelas, assinada pelos membros da Casa
    Real Francesa em 1909. Este título pode ser transmitido às mulheres, mas não pelas mulheres. Desde
    1909, os titulares deste ramo dos Orleans são:

    1909	 1940 –	D. Pedro de Alcântara	
    1940	 2007 –	D. Pedro Gastão
    2007	 Hoje – 	D. Pedro Carlos


    A) “Ramo Petrópolis”

    Na época das comemorações do Sesquicentenário da Independência, em 1972, a imprensa cunhou os
    termos “Ramo Petrópolis” e “Ramo Vassouras” para nomear as famílias dos netos da princesa Isabel, D.
    Pedro Gastão (que morava em Petrópolis-RJ) e D. Pedro Henrique (estabelecido em Vassouras-RJ). O
    “Ramo Petrópolis” trata-se dos descendentes do filho primogênito da Princesa Isabel, D. Pedro de Alcân-
    tara, que abdicou para si e seus futuros descendentes de seus direitos ao trono brasileiro, em 1908.

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão

    (n. 1945) D. Pedro Carlos de Orleans e Bragança, Príncipe Titular de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Pedro
    Carlos

    (n. 1979) D. Pedro Thiago de Orleans e Bragança, Príncipe Hereditário de Orleans e Bragança
    (n. 1982) D. Filipe de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão

    (n. 1946) D.ª Maria da Glória de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1948) D. Afonso de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Afonso

    (n. 1974) D.ª Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1977) D.ª Júlia Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão

    (n. 1949) D. Manuel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Manuel

    (n. 1978) D.ª Luiza Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1981) D. Manuel de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão

    (n. 1950) D. Cristina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1956) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Francis-
    co

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                 9
(n. 1979) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1982) D.ª Maria Isabel de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1989) D. Gabriel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1997) D.ª Manuela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. João Maria
    (n. 1954) D. João Henrique de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. João Maria → D. João Hen-
    rique

    (n. 1986) D. João Philippe Maria de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1989) D.ª Maria Christina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara

    (n. 1919) D.ª Teresa de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D.ª Teresa é a última neta da princesa Isabel viva.


    B) “Ramo Vassouras”

    Os descendentes de D. Luiz Maria, secundogênito da princesa Isabel que assumiu a posição de Príncipe
    Imperial com a renúncia de seu irmão mais velho. D. Luiz Maria é pai de D. Pedro Henrique – ou D. Pedro
    III, seu nome imperial se ainda houvesse monarquia no Brasil. É do “Ramo Vassouras” os membros da
    Família Imperial com direitos ao trono, embora alguns dos filhos de D. Pedro Henrique também tenham
    renunciado de seus direitos à Coroa. Todavia, estes príncipes ainda mantém a dignidade principesca
    como Príncipes de Orleans e Bragança.

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1938) D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1939) D. Eudes de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Eudes

    (n. 1969) D. Luiz Filipe de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1971) D.ª Anna Luiza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1977) D. Eudes de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1979) D.ª Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1979) D.ª Maria Antônia de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1985) D. Guy de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1941) D. Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Príncipe de Orleans e Bra-
    gança
    (n. 1944) D.ª Isabel de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1945) D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Pedro de Alcântara




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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                 10
(n. 1975) D.ª Maria Pia de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1978) D.ª Maria Carolina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1980) D. Gabriel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1988) D.ª Maria de Fátima de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1989) D.ª Maria Manoela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1948) D. Fernando de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Fernando

    (n. 1978) D.ª Isabel Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1982) D.ª Maria da Glória de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1984) D.ª Luíza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1950) D. Antônio de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Antônio

    (n. 1983) D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1984) D.ª Amélia de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1986) D. Rafael de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1989) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança


    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1953) D.ª Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1955) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Francisco

    (n. 1982) D.ª Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1984) D.ª Maria Tereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1984) D.ª Maria Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1957) D. Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Alberto

    (n. 1988) D. Pedro Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança
    (n. 1990) D.ª Maria Beatriz de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1995) D.ª Ana Thereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1997) D. Antônio Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança

    D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III

    (n. 1959) D.ª Maria Thereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança
    (n. 1959) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança




Revista Brava Gente Brasileira
 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                11
Entrevista:
                                                          DB: Na realidade, o Plebiscito de 1993 não foi uma
     Sua Alteza Imperial e Real                           derrota, foi uma primeira vitória dentro de uma lon-
     Príncipe Imperial D. Bertrand                        ga trajetória. Tínhamos tudo contra nós. Tivemos
                                                          noventa e nove anos de direitos políticos cassa-
     de Orleans e Bragança                                dos. A república nasceu prometendo no Artigo 7.º
                                                          de seu Decreto n.º 1 (1) que o povo seria consul-
                   --- por Geovani Németh-Torres ---      tado num plebiscito se de fato queria a república
                                                                                  ou preferiria continuar com
     É com muito prazer                                                           a monarquia. Ao invés, no
     que      transcrevemos                                                       decreto de 23 de Dezembro
     uma entrevista exclu-                                                        de 1889 (2), a república pôs
     siva com Sua Alte-                                                           fora-da-lei os monarquistas,
     za Imperial e Real D.                                                        que os cariocas chamaram
     Bertrand de Orleans                                                          de o “decreto-rolha”. A partir
     e Bragança, Príncipe                                                         da primeira constituição re-
     Imperial do Brasil, que                                                      publicana de 1891, foi ins-
     em Fevereiro completa                                                        tituída a “Cláusula Pétrea”,
     mais um ano de vida.                                                         proibindo qualquer ativida-
     Nesta oportunidade, D.                                                       de monárquica. Esta cláu-
     Bertrand expõe seus                                                          sula só caiu na atual Cons-
     comentários sobre o                                                          tituição, de 1988. Tínhamos
     Plebiscito de 1993, o                                                        contra nós toda a máqui-
     Movimento Monárqui-                                                          na governamental, toda a
     co, as perspectivas de                                                       grande mídia nas capitais
     restauração imperial                                                         e não tivemos tempo para
     no Brasil, entre outros                                                      nos articular nos cinco anos
     assuntos.                                                                    que foram dados, da pro-
                                                                                  mulgação da Constituição
                                                                                  ao plebiscito de 1993. Além
     Pergunta: Na época                                                           do mais, a campanha esta-
     do plebiscito, um grupo                                                     va indo muito bem até a mu-
     de monarquistas sugeriu a criação de um Reino do     dança da data, de 7 de Setembro para 21 de Abril,
     Brasil ao invés do retorno do Império, alguns pro-   abreviando nosso tempo. Apesar disso, tivemos
     pondo inclusive uma nova dinastia. Como Vossa        13% dos votos válidos, o que é um resultado muito
     Alteza define a campanha monárquica, de restau-      bom. Se tivesse havido tempo para uma campan-
     ração ou instauração da monarquia?                   ha de conscientização, com certeza o resultado
                                                          seria outro. A prova é que em todos os debates em
     Dom Bertrand de Orleans e Bragança: De res-          que monarquistas enfrentaram republicanos em pé
     tauração do Império do Brasil. Não seria um reino    de igualdade – num centro comercial, nas univer-
     nem uma nova dinastia, não teria sentido. Seria      sidades, nos colégios, nos sindicatos, nos partidos
     uma monarquia completamente efêmera. Alguns          políticos –, em que depois se fazia um plebiscito
     defendiam a tese que o Congresso deveria escol-      simulado, vencia a monarquia. Se houvesse um
     her uma nova dinastia, e, da mesma maneira, po-      hipotético telão, em que todos os brasileiros simul-
     deria depô-la. Nós respondemos na ocasião que        taneamente vissem um debate nacional entre mo-
     isto não seria uma monarquia autêntica, e sim um     narquia e república, provavelmente a monarquia
     simulacro de monarquia, para encobrir uma ditadu-    teria vencido. Faltou tempo para uma campanha
     ra do Legislativo. Se este tem o direito de escolher de esclarecimento mais profundo para o povo.
     e depor, é ele quem manda. Seria uma ditadura
     do Legislativo travestida de monarquia. Quanto ao Pergunta: Por outro lado, os monarquistas não
     “Reino do Brasil”, ninguém acreditou nesta idéia.    estavam unidos, havia mais de uma frente monár-
                                                          quica. Isto não atrapalhou a campanha?
     Pergunta: Como Vossa Alteza analisa a derrota
     na campanha monárquica durante o Plebiscito DB: Sim, mas isto foi culpa de um deputado pau-
     Nacional de 1993? Problemas com a campanha lista que fez uma frente monárquica cujo projeto
     ou os brasileiros não estavam preparados para o apresentado era a instauração de um reino e no
     retorno da monarquia?                                qual o Congresso escolheria a dinastia reinante.

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  1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                     12
Isso atrapalhou bastante.
                                                          DB: Claro, é uma questão de princípios! Porque,
     Pergunta: Sobre a Lei Áurea, é famosa a frase        de fato, a reforma agrária vai contra os interesses
     do Barão de Cotegipe em relação à atitude da         da nação, eu não posso, por oportunismo, tomar
     Princesa Isabel: “Vossa Alteza redimiu uma raça,     uma posição neste sentido. Da mesma maneira, D.
     mas perdeu o Trono!” Vossa Alteza, bem como seu      Luiz e eu, também somos contra o aborto, pois isto
     irmão D. Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil,     é um crime [reforçando o tom]. Um crime contra o
     ora são criticados ora elogiados por possuírem po-   direito natural e de acordo com a Igreja Católica.
     sições ditas conservadoras sobre assuntos polê-      É matar um ser indefeso, pois a vida começa no
     micos, como a Reforma Agrária ou a questão do        momento da concepção, e desde esse momento o
     aborto. Alguns críticos afirmam ainda que as opi-    bebê é um ser independente da própria mãe. Pode
     niões defendidas por Vossas Altezas os impedem       viver dentro do seio materno, mas já tem persona-
     de serem nossos sobe-                                lidade própria e todas as características do que ele
     ranos. O que diria a                                                          virá a ser no futuro. Aliás,
     eles?                                                                         63% da população brasi-
                                                                                   leira é contra o aborto, de
     DB: Eles não têm nen-                                                         acordo com um levanta-
     hum fundamento. O                                                             mento realizado recente-
     fato de termos uma                                                            mente pela “Folha de São
     posição conservado-                                                           Paulo” (3). Com relação
     ra mais nos credencia                                                         à posição conservadora,
     que dificulta. Durante                                                        também a maioria dos
     o plebiscito, nos apre-                                                       brasileiros são conserva-
     sentamos como tais e                                                          dores. Este mesmo jornal
     sempre vencemos os                                                            publicou uma pesquisa,
     debates. Temos uma                                                            em 13 de Agosto de 2006
     posição clara quanto                                                          (4), na qual 47% dos bra-
     essas questões. Hoje                                                          sileiros se disseram “de
     em dia, não há um                                                             direita”; 23%, “centro”;
     cientista político sério                                                      somente 30% “de esquer-
     que sustente a neces-                                                         da”. Os 23% de centro
     sidade de uma reforma                                                         são os que não têm co-
     agrária. Pelo contrário,                                                      ragem de se dizer de di-
     todas as que já se rea-                                                       reita, porque a direita é
     lizaram no mundo fra-                                                         continuamente “sataniza-
     cassaram. Esses pro-                                                          da” pela imprensa. A pes-
     jetos no Brasil estão                                                         quisa então mostrou que
     na contramão da His-                                                          70% dos brasileiros são
     tória, pois nosso país                                                        conservadores.
     tem atualmente cerca
     de quarenta e cinco milhões de hectares de cultivo   Pergunta: A mídia teria algum motivo em não que-
     de grãos e é uma das maiores potências agrícolas     rer o retorno da monarquia?
     do mundo. Ao mesmo tempo, sessenta e sete mil-
     hões de hectares já foram destinados às reformas     DB: Não sei... certamente ela teria suas razões.
     agrárias, que resultaram em nenhuma produção.        Mas são questões ideológicas, pois a mídia está
     Estes assentamentos são “favelas rurais” e, se-      dominada pela esquerda.
     gundo declarações de autoridades governamen-
     tais, nenhum destes consegue sobreviver sem      Pergunta: Várias publicações didáticas ou de re-
     ajuda social do governo. Não são nem capazes de  ferência, como a “Nova História Crítica: 500 anos
     subsistir, só não morrem de fome porque recebem  de História mal contada”, de Mário Furley Schmi-
     auxílio do Estado, como cestas básicas, o Bolsa  dt, ou o “Almanaque Abril” possuem informações
     Família, etc.                                    negativas ou destorcidas sobre o período monár-
                                                      quico no Brasil. De forma indireta, desde cedo as
     Pergunta: Aos que dizem que Vossa Alteza se- crianças aprendem que “monarquia é algo ruim”.
     ria um melhor candidato a “Rei” se não fosse tão O que Vossa Alteza diz sobre esta maneira de en-
     conservador, mesmo assim ainda mantém sua po- sinar a História do Brasil?
     sição?

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                     13
DB: Houve no período republicano uma defor-           paga a bala, como já foi noticiado nos jornais.
     mação muito grande da História do Brasil. Foram
     muitos que apresentaram a monarquia como um           Pergunta: Ainda sobre estes livros, Vossa Alteza
     período de tirania, de absolutismo, etc. Pelo con-    já pensou em pedir algum “direito de resposta” às
     trário, a monarquia brasileira foi muito mais demo-   críticas e inverdades ditas por esses autores?
     crática que todos os regimes que haviam na Amé-
     rica Latina. Quando                                                 DB: Não adianta. Nós temos várias
     proclamada a repú-                                                  publicações a respeito disso, mas
     blica, o presidente da                                              seria preciso que o governo revis-
     Venezuela na oca-                                                   se esta posição. Como ele também
     sião comentou: “caiu                                                é de esquerda, acaba favorecendo
     a única democracia                                                  esta visão.
     autêntica da América
     Latina”. É uma defor-                                               Pergunta: Como funciona o Movi-
     mação feita por ques-                                               mento Monárquico?
     tões ideológicas de
     uma corrente positi-                                              DB: Temos um movimento chama-
     vista que queria um regime republicano igualitário. do “Pró-Monarquia”, que tem uma estrutura in-
     Quem lê os livros que estão nas mãos de nossas      dependente da Família Imperial, mas segue as
     crianças hoje em dia, vê esta deformação, pois o    orientações de D. Luiz. O Pró-Monarquia, por sua
     período áureo da História do Brasil foi inegavel-   vez, coordena o Movimento Monárquico no resto
     mente o da monarquia.                               do Brasil, que está estabelecido através de Círcu-
                                                         los Monárquicos, pelas Frentes Monárquicas, pela
     Pergunta: O livro “Nova História Crítica” cita bar- Ação Monárquica Feminina, e pelas Juventudes
     baridades de D. Pedro e da Princesa Isabel...       Monárquicas espalhadas pelo país.

     DB: [Interrompe] Ele ridiculariza a monarquia e in-
     sulta a Princesa Isabel.                              Pergunta: Recentemente foi anunciada a reati-
                                                           vação do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro,
                                                           contando ainda com a presença de seu irmão,
     Pergunta: Por que isto acontece?                      o Príncipe D. Antônio. Vossa Alteza é a favor da
                                                           criação de novos círculos pelo Brasil? Como fa-
     DB: Por questão ideológica. Eles têm uma antiqua- zer para incentivar possíveis novos defensores da
     lidade e odeiam toda e qualquer idéia de superio- Causa Monárquica?
     ridade ou de hierarquia. Na realidade, os homens
     só são iguais em sua essência e em seus direitos, DB: É preciso que os monarquistas de uma cida-
     pois todos somos filhos de Deus, temos uma alma de se reúnam e formem um novo Círculo Monár-
     imortal a salvar; temos os direitos à vida, à consti- quico. No Rio de Janeiro, aliás, o círculo não foi
     tuição de uma família, ao trabalho, à propriedade, reativado, ele sempre existiu, houve apenas uma
     à cultura, etc. No mais somos diferentes, já que mudança de diretoria. Existem outros círculos no
     a igualdade nunca foi um padrão de perfeição. A Estado do Rio, aqui em São Paulo, em Campi-
     beleza da sociedade está exatamente nas dife- nas... Eles existem por toda parte. Para incentivar
     renças que há entre os homens, que devem ser novos monarquistas, temos um boletim, fazemos
     proporcionais, hierarquizadas, complementares e conferências e estamos viajando. Há uma ação
     harmônicas. O igualitarismo deu no comunismo, crescente para estimular os brasileiros que vêem
     o regime mais totalitário e monstruoso da face da na monarquia a única solução para nossa Pátria,
     Terra. Há um livro publicado por autores franceses que se articulem.
     de esquerda chamado “O Livro Negro do Comu-
     nismo” (5) reconhecendo que esta doutrina cau- Pergunta: Estamos nos aproximando do Bi-Cen-
     sou mais de cem milhões de vítimas para tentar tenário da Independência, em 7 de Setembro de
     se impor, e o resultado foi o fracasso espetacular 2022, uma data carregada de alto valor simbólico.
     na União Soviética, que ainda vemos em Cuba. Quais as chances da monarquia ser uma realidade
     Na China, apesar de haver certo desenvolvimento até lá?
     econômico numa pequena faixa da população, é
     um regime de, praticamente, escravidão. Por qual- DB: Eu não duvido até lá que a monarquia possa
     quer coisa um sujeito é condenado à morte, e é ser restaurada, porque, de fato, hoje em dia os bra-
     morto com um tiro na cabeça e a família é quem sileiros estão à procura de um novo rumo. Nossa

Revista Brava Gente Brasileira
 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                   14
experiência quando viajamos e temos contato com      também tem seus privilégios e responsabilidades.
     a opinião pública brasileira, vemos que as pessoas   Deus, Nosso Senhor, tem um plano para cada ser
     estão em busca de algo que tenha dado certo no       que ele cria, sua vocação – vocare. Cada homem
     passado para planejar o futuro. Neste sentido, há    e cada mulher são chamados para realizar um de-
     um número crescente de novos monarquistas no         terminado plano de Deus. Assim são os Príncipes,
     Brasil. Por exemplo, a receptividade que tivemos     os futuros professores de História, etc.
     em Lavras (6) foi extraordinária. Estive recente-
     mente em Montes Claros, em Belo Horizonte, e         Geovani Németh-Torres: Agradeço este tempo,
     em outras cidades do resto do Brasil a recepti-      muito obrigado pela entrevista!
     vidade é sempre muito grande onde D. Luiz, D.
     Antônio e eu viajamos.                                                     D. Bertrand: Está muito
     Se há alguma coisa que                                                     bem.
     nenhum brasileiro susten-                                                  _______________________
     te é que a república tenha                                                          Notas:
     dado certo. Pelo contrário,
     todos sabem que o único                                                    (1) Art. 7.º: Sendo a Repú-
     período de nossa História                                                  blica Federativa brasileira
     que tenha dado certo foi a                                                 a forma de governo procla-
     monarquia.                                                                 mada, o Governo Provisório
                                                                                não reconhece nem recon-
     Pergunta: Mas observo                                                      hecerá nenhum Governo lo-
     também que muitas pes-                                                     cal contrário à forma republi-
     soas têm um preconceito                                                    cana, aguardando, como lhe
     à idéia de monarquia, fa-                                                  cumpre, o pronunciamento
     lam coisas ruins da Famí-                                                  definitivo do voto da Nação,
     lia Imperial... Vossa Alteza                                               livremente expressado pelo
     se sente mal com essas                                                     sufrágio popular.
     críticas?
                                                                                 (2) Decr. 85-A, desta data:
     DB: Não. Passo por cima,                                                    Fica criado um Tribunal de
     deixo pra lá... e lamento                                                   exceção, composto exclusi-
     por eles! [Risos]. Mas a                                                    vamente de militares nomea-
     nós, isso não atinge.                                                       dos pelo Ministro da Guerra,
                                                                                 com a finalidade de julgar su-
     Pergunta: Sobre os repre-                                                   mariamente, em corte mar-
     sentantes da nova geração da Família Imperial, o     cial, quaisquer indivíduos que conspirassem con-
     que Vossa Alteza pode dizer da preparação e edu-     tra a República e seu governo, que aconselhassem
     cação de seus sobrinhos, D. Pedro Luiz, D.ª Amé-     ou promovessem, por palavras, escritos ou atos, a
     lia, D. Rafael e D.ª Maria Gabriela? Estarão os jo-  revolta civil ou ainda a indisciplina militar.
     vens Príncipes aptos a assumir o legado dinástico
     de sua Família, ou mesmo as responsabilidades (3) Cf: OPINIÃO PÚBLICA. Posição política, opi-
     que uma eventual restauração do Império?            nião sobre o aborto, pena de morte, descriminali-
                                                         zação da maconha e maioridade penal. 47% dos
     DB: Eles estão sendo educados pelo irmão nesta eleitores brasileiros se posicionam à direita. 10 de
     perspectiva, graças a Deus, pois sobre eles recai- Agosto de 2006. Disponível em: < http://datafolha.
     rá a continuidade dinástica.                        folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=268 >.

     Pergunta: D. Bertrand, quanto sua posição de (4) Cf: CANZIAN, Fernando. 47% do eleitorado diz
     Príncipe, considera isto um privilégio ou um far- ter posição política de direita. Reportagem de 13
     do?                                               de Agosto de 2006. Disponível em: < http://www1.
                                                       folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u81324.shtml >.
     DB: É uma missão. Como toda missão, pesa,
     mas também é reconfortante. No total pesa, pois (5) BARTOSEK, Karel et alli. O Livro Negro do
     sabemos que qualquer ato nosso tem a sua con- Comunismo: Crimes, Terror e Repressão. Rio
     seqüência, temos responsabilidades por todos de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 922 p
     nossos atos, diferente de uma pessoa comum.
     Cada um tem sua missão, você como estudante (6) Cidade mineira de origem do entrevistador.

Revista Brava Gente Brasileira
 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                     15
Internacional
                                                    Apesar de a votação ter contado com a oposição
                                                   do partido do primeiro-ministro luxemburguês, o
     C             L
        rise no uxemburgo                          social-cristão Jean-Claude Juncker, hoje o premier
                                                   assegurou que o país reduzirá as prerrogativas do
                            O Estado de São Paulo grão-duque para “evitar uma crise institucional”.
                                     (Agência Efe)
                                                   Assim, Juncker explicou que suprimirão o termo
     (2 de Dezembro de 2008)                       “sancionar” do artigo 34 da Constituição, e o subs-
                                                   tituirão por “promulgar”, o que significará que o
                                                   grão-duque só assinará as leis para que entrem
                                                   em vigor, ao mesmo tempo em que “se respeita
                                                   sua opinião”.

                                                        Henri de Luxemburgo reproduziu a crise originada
                                                        em 1990 por seu tio, o rei Balduíno da Bélgica, que
                                                        se negou a assinar o texto aprovado pelo Parla-
                                                        mento sobre a legalização do aborto.

                                                        A lei entrou para a história da Bélgica como o pri-
                                                        meiro texto que fez um rei renunciar, já que Bal-
                                                        duíno abdicou durante um dia e meio e retornou a
                                                        suas funções quando o novo texto do Código Pe-
                                                        nal foi sancionado pelo Conselho de Ministros.

                                                        Fonte: < http://www.estadao.com.br/vidae/not_
                                                        vid287421,0.htm >.




                                                        Rei belga pede “responsabili-
                                                        dade” a políticos para formar
                                                        novo Governo
                                                                                                        G1

     Grão-duque de Luxemburgo se nega a legalizar Bruxelas, 24 dez (EFE).- O rei da Bélgica pediu
     eutanásia                                          hoje “responsabilidade” aos políticos do país para
                                                        que possa ser formado rapidamente um novo Go-
     Decisão levou o governo a anunciar que modifi- verno e, lembrando uma declaração da ex-refém
     cará a Constituição para diminuir os poderes do colombiana Ingrid Betancourt, incentivou os belgas
     chefe de Estado                                    a continuarem unidos, apesar de suas diferenças
                                                        culturais.
     BRUXELAS - O grão-duque de Luxemburgo se
     negou hoje a assinar uma lei que legaliza a euta- No discurso à nação que será exibido hoje à noite
     násia, o que levou o Governo a anunciar que vai e que foi antecipado à imprensa, Alberto II atribui
     modificar a Constituição para diminuir os poderes a nova crise política belga à “crise financeira in-
     do chefe de Estado, informou a emissora RTBF.      ternacional e a suas repercussões na Bélgica no
                                                        âmbito judicial”.
     Henri de Luxemburgo invocou “razões de cons-
     ciência” para justificar sua recusa em sancionar o É a única alusão de sua mensagem aos eventos
     texto aprovado pelo Parlamento luxemburguês em da última semana, que levaram à renúncia do Go-
     fevereiro, que tornou o país o terceiro da União verno de coalizão presidido pelo democrata-cristão
     Européia (UE) a legalizar a eutanásia, após Bélgi- flamengo Yves Leterme.
     ca e Holanda fazerem o mesmo.
                                                        Cerca de nove meses após assumir o cargo, o líder

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                 16
volvidos gigantes meios financeiros; não nos es-
                                                          queçamos, por isso, da necessária proteção dos
                                                          mais desamparados”, afirmou.

                                                          Toda a segunda parte da mensagem de Natal do
                                                          rei belga foi dedicada “à outra crise” vivida pelo
                                                          país este ano e que colocou a Bélgica à beira da
                                                          cisão.

                                                       O rei dá seu respaldo explícito às conclusões dos
                                                       mediadores que defenderam uma “negociação sé-
                                                       ria e crível” entre flamengos e francófonos que leve
                                                       “a uma reforma profunda e equilibrada do Estado”
     flamengo apresentou na sexta-feira ao rei sua re-
                                                       belga com mais autonomia, competências e res-
     núncia e a de toda a sua equipe, entre acusações
                                                       ponsabilidades para as comunidades e regiões.
     de ter tentado impedir uma sentença contrária à
     venda promovida pelo Governo do grande grupo
                                                       Isso “sem questionar a solidariedade” entre todos
     bancário e de seguros Fortis.
                                                       os cidadãos.
     “Espero ferventemente”, afirma o rei, “que o sen-
                                                          Neste ponto, Alberto II confessa que ficou “mui-
     tido de responsabilidade de cada um leve rapida-
                                                          to impressionado” com um comentário de Ingrid
     mente à formação de um novo Governo capaz de
                                                          Betancourt quando visitou a Bélgica no início de
     continuar fazendo frente com eficácia aos desa-
                                                          outubro.
     fios econômicos, sociais e financeiros urgentes de
     nosso país, e de avançar na necessária reforma
                                                         Respondendo aos jornalistas, a ex-refém colom-
     do Estado”.
                                                         biana disse estar convencida de que a generosi-
                                                         dade própria dos belgas “provém do fato de que
     Na origem da última crise política belga está, se-
                                                         a Bélgica sempre viveu com duas culturas que se
     gundo o monarca, o colapso creditício internacio-
                                                         entenderam, apesar das diferenças”.
     nal, e, na raiz deste, “o desenvolvimento de produ-
     tos financeiros sem controle”, tão “complicados e
                                                         “O mundo tem necessidade desse exemplo”, dis-
     sofisticados”, explica, “que a maioria dos respon-
                                                         se Betancourt. “Há muita intolerância, muitas so-
     sáveis é incapaz de determinar seu valor real”.
                                                         luções fáceis”. “Freqüentemente dizemos que po-
                                                         deríamos viver cada um de nosso lado, mas isso
     Apesar disso, “foram colocados à venda e foram
                                                         seria fácil demais”, conclui a passagem da política
     adquiridos por instituições financeiras de todo o
                                                         colombiana citado pelo rei. EFE
     mundo em busca de margens de lucro cada vez
     maiores”.
                                                         Fonte: http://g1.globo.com
     Alberto II pede que se aprenda a lição desta crise
     mundial para que algo parecido nunca mais acon-
     teça.

     “Acho necessário submeter todos os produtos fi-
     nanceiros a um controle eficaz e criar um organis-
                                                          Casamento da Arquiduquesa
     mo regulador europeu independente”, afirmou.         Marie-Christine da Austria
     “Rejeitemos com energia a volta ao isolacionismo.    Casamento da Arquiduquesa Marie-Christine
     Aproveitemos esta crise para estabelecer novas       da Austria com o Conde Rodolphe de Limburg-
     maneiras de atuar conjuntamente, tanto no pla-       Stirum. Presença da família Imperial do Brasil,
     no europeu como mundial, como ocorreu na con-        princesa D.Eleonora de Orléans e Bragança e Lig-
     ferência de Bretton Woods de 1944. Lembremos         ne, casada com o principe titular de Ligne. Tam-
     também que as finanças devem estar a serviço da      bém presente o príncipe D.Pedro Luiz de Orléans
     economia, e esta a serviço do homem”, destacou.      e Bragança, filho de D.Antonio e D.Christine de
                                                          Ligne.
     O monarca pede também que não sejam esque-
     cidos “os mais vulneráveis, aqui e no terceiro Fonte: http://www.causaimperial.org.br/
     mundo”. “Esta crise mobilizou nos países desen- noticias/146.html

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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                  17
Notícias
                                         O busto é uma oferta da Embaixada de Por-
                                         tugal no Brasil à Prefeitura do Rio de Janei-
     Fenai-Faibra no Japão na Casa ro, para cuja execução foi possível graças ao
     Imperial                            apoio financeiro do Banco Millenium BCP, cujo
                                         director para o Brasil, João Teixeira de Abreu,
                          [Janeiro 2009] esteve também presente ao acto.

                                                   Compareceram à cerimónia o Secretário Mu-
                                                   nicipal para as Culturas, Ricardo Macieira, o
                                                   Cônsul-Geral de Portugal, embaixador Antó-
                                                   nio Almeida Lima, o coordenador brasileiro
                                                   das comemoração dos 200 anos da vinda da
                                                   corte portuguesa para o Brasil, embaixador Al-
                                                   berto da Costa e Silva, o descendente de Dom
                                                   João VI, príncipe Dom António de Orléans
                                                   e Bragança, e o Conselheiro Cultural da Em-
                                                   baixada de Portugal, Adriano Jordão.

                                                   Dezenas de crianças de escolas assistiram à
                                                   inauguração do busto.
     A representante da Fenai-Faibra no Japão,
     Mari Fujita e a pianista Mari Terada,após o Esta cerimónia marcou formalmente o termo
     seu concerto em Poços de Caldas, na noite das comemorações no Rio de Janeiro dos 200
     de abertura do Ciclo deConferências Brasil- anos da chegada da família real portuguesa.
     Japão, em cordial visita foram recebidas pelo
     Príncipe DomBertrand de Orleans e Bragança,
     em sua residência de São Paulo, estando nao-
     casião acompanhadas pelo jornalista J.H. de
     Oliveira Junior, presidente da Agência Brasi-
     leira de Notícias e da Fenai-Faibra.

     Fonte:http://www.causaimperial.org.br/
     noticias/154.html




     Dom Antônio inaugura busto de
     D.João VI
                                 [Novembro 2008]

     O Prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e o Fonte:http://www.causaimperial.org.br/
     embaixador de Portugal no Brasil, Francisco noticias/148.html
     Seixas da Costa, inauguraram na manhã des-
     ta sexta-feira, dia 28 de Novembro, um busto
     de Dom João VI, que ficará instalado no Pala-
     cete Princesa Isabel, no Centro Cultural Muni-
     cipal de Santa Cruz, local de lazer frequentado
     pelo rei luso-brasileiro.


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  1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                      18
Eventos
     Fundação do Diretório Causa                 “Sempre fui monarquista parlamentarista. Come-
                                                 cei a me interessar pelo assunto em 1993, na
     Imperial São Paulo, Jornal de               época do plebiscito. Eu tinha 11 anos e comecei
                                                 a gostar primeiro por curiosidade, até porque ain-
     Limeira                                     da era muito criança para entender sobre essas
                                                 questões políticas, e depois porque minha matéria
                               Autor: Redação JL preferida sempre foi e continua sendo História. En-
                                                 tão, na medida em que fui crescendo, esse gosto
     Limeirenses formam grupo em defesa da mo- pela monarquia parlamentarista e seus detalhes
     narquia                                     foi crescendo também até se tornar convicção”,
                                                                              diz Dally.
     Falar em Monarquia nos
     dias de hoje soa como                                                    MEDIADOR
     algo distante, que só                                                    O Kelmom Luiz de
     existe nos livros de his-                                                Souza, também pre-
     tória. No Brasil, esse                                                   sente ao encontro, é
     sistema de governo caiu                                                  adepto do movimento
     com a Proclamação da                                                     e acredita que a mo-
     República pelo mare-                                                     narquia é a melhor
     chal Deodoro da Fon-                                                     opção para mudar o
     seca no dia 15 de nov-                                                   Brasil hoje. “A maioria
     embro de 1889. Apesar                                                    dos países de primeiro
     disso, o País ainda                                                      mundo que são con-
     mantém uma Casa Im-                                                      siderados desenvolvi-
     perial - o que é ignorado                                                dos possui o sistema
     por muitas pessoas.                                                            de monarquia,
                                                                                                          como Espanha
     Apesar dos 119 anos                                                                                  e     Inglaterra”,
     de República, os                                                                                     afirma. Souza
     ventos monarquis-                                                                                    é diretor-presi-
     tas ainda sopram                                                                                     dente do Diretó-
     em vários cantos do                                                                                  rio Monárquico
     Brasil. E chegaram                                                                                   Paulista.
     a Limeira. Membros
     da família real bra-                                                                 Essa posição é
     sileira e simpatizan-                                                                compartilhada
     tes tentam reavivar                                                                  pelo empresário
     o regime. No último                                                                  santista Antônio
     dia 30, um grupo re-                                                                 da Cruz Mourão,
     uniu-se na residên-                                                                  membro da nova
     cia do príncipe dom                                                                  diretoria. “A Mo-
     Bertrand Maria José                                                                  narquia será a
     Pio Januário Miguel                                                                  principal forma
     Gabriel Rafael Gon-                                 de combate à corrupção. O monarca não é totali-
     zaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach para       tário, na verdade, ele é um mediador, que escolhe
     anunciar a fundação de um novo Diretório Monár-     um primeiro ministro para governar o seu país”,
     quico Paulista e a constituição de sua diretoria.   defende.
     No grupo, havia três limeirenses. O universitário   Quem estiver interessado em conhecer melhor o
     Fred Dally, Tatiana Bueno e Rosely Pompeo for-      movimento monarquista e o grupo que está sendo
     mam o grupo monarquista de Limeira, que tem o       formado em Limeira, pode entrar em contato pelo
     objetivo de mostrar às pessoas a importância que    e-mail monarquia.limeira@yahoo.com.br.
     o regime teve para o País nos tempos de Império
     e as propostas da Associação da Causa Imperial      F o n t e : h t t p : / / w w w. c a u s a i m p e r i a l . o r g . b r /
     (ACI), entidade com sede em Florianópolis (SC) e    noticias/149.html
     que está se disseminando pelo Brasil.



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 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                                         19
Artigo
                                                         Em 1904, Rodrigues Alves enfrenta a Revolta da
     A Maldição de Pedro II                              Vacina. A paz jamais esteve presente em seu go-
                                                         verno. Hermes da Fonseca não teve paz com a
                                                         Revolta da Chibata, em 1910, com a Revolta de
                                     Antonio Caprio      Juazeiro, em 1911 e o Contestado em 1912.Explo-
                           Prof.Historiador.Dir.IHGG     dem no Rio de Janeiro movimentos de insurreição
                                                         em 1922 e em São Paulo em 1924. As Revoltas
                                                         Tenentistas não dão um minuto de paz ao gover-
     Trezentos e oitenta e nove anos após o “descobri-   no republicano. Em 1924, a rebelião tenentista em
     mento” do Brasil é proclamada em 1889 a Repúbli-    São Paulo exige a renúncia de Artur Bernardes. A
     ca. A palavra “república” indica forma de governo   luta entre civis e militares chega a pontos extremos.
     em que o supremo                                                                      O presidente Was-
     poder é exercido,                                                                     hington Luiz man-
     temporariamente,                                                                      tém o País em
     por um ou mais                                                                        estado de sítio
     cidadãos     eleitos                                                                  desde sua posse
     pelo povo. O siste-                                                                   em 1926. A mal-
     ma é presidencia-                                                                     dição da Repúbli-
     lista. O primeiro e                                                                   ca está mais forte
     o segundo Império                                                                     do que nunca. Em
     tiveram seus altos                                                                    1930, explode a
     e baixos, mas o                                                                       revolução que leva
     segundo foi o pe-                                                                     Vargas ao poder.
     ríodo em que mais                                                                     Depois vêm a Re-
     o Brasil cresceu,                                                                     volução de 32, a
     em todos os senti-                                                                    Intentona Comu-
     dos. Os oligarquis-                                                                   nista, o Estado
     tas agrários de São                                                                   Novo, Lampião, a
     Paulo, de Minas                                                                       declaração de Gue-
     Gerais e do Rio de                                                                    rra do Brasil à Ale-
     Janeiro derruba-                                                                      manha e à Itália e
     ram o imperador                                                                       a morte de Getúlio
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     com a família para                                                                    de 1954. Nada de
     a Europa morren-                                                                      paz na República.
     do dois anos após                                                                     A “maldição” pare-
     em Paris, de pneumonia. Deodoro, no dia ante-       ce continuar forte. Chega 1956 e assume Jusce-
     rior a 15 de Novembro de 1889, passou a tarde       lino Kubitschek. É inaugurada Brasília em 1960.
     toda no palácio com o amigo e imperador Pedro II.   Jânio chega e sai. O poder é dividido entre Jango
     No dia seguinte, derruba o imperador e assume o     e militares, depois assumem estes e a ditadura
     governo provisório sob o sistema republicano, re-   militar ultrapassa 20 anos. Golpes, contra-golpes,
     nunciando em 1891 sob enorme pressão de seu         exílios, mortes, planos econômicos fracassados e
     vice, Floriano Peixoto, que assume o poder. Este    Tancredo, Sarney, Collor e o selo da maldição re-
     imediatamente tem de enfrentar movimento arma-      publicana: a reeleição. De Deodoro até Lula II já
     do contra o seu governo. A República Velha vai      se vão 41 mandatários (inclusive duas juntas), e a
     de 1889 a 1930 sob fortíssimas pressões e sem       República vai de mal a pior. Lá se vão 118 anos re-
     paz em nenhum momento. A maldição da Repúbli-       publicanos contra 389 anos do Império. A paz fica
     ca parecia nascer forte e assustadora. De 1893 a    cada dia mais distante. Será que esta maldição
     1897, a República enfrenta Antonio Conselheiro na   existe e nos foi lançada por Pedro II ou é apenas
     conhecida Revolta de Canudos. Morrem milhares       impressão minha?
     de brasileiros. De 1893 a 1895, a República arde
     com a Revolta Federalista. Só em 1895 é eleito o
     primeiro presidente civil, Prudente de Moraes.




Revista Brava Gente Brasileira
 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2                                                                                     20
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Artigo publicado Revista Brava Gente Brasileira

  • 1. www.causaimperial.org.br www.causaimperial.org.br/BravaGente 2 Florianópolis, 1.º de Fevereiro de 2009 Ano I, N.º 2 Príncipe Imperial Dom Bertrand Entrevista Crise no Luxemburgo A Família Imperial Brasileira Página: 16 Página: 04
  • 2. História dando estas dúvidas. Editorial Fechando a revista, a crônica das desventuras re- publicanas segundo o professor e historiador An- tonio Caprio. Saudações! Então... chegamos ao número 2! E, numa insólita coincidência, é no segundo dia do segundo mês do ano que se comemora o aniversário de D. Ber- Índice trand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil e segundo na linha de sucessão do trono. Assim, nosso primeiro destaque nesta edição é Cartas....................................................02 justamente um estudo sobre a sucessão monár- quica, de acordo com os princípios da Constituição Datas....................................................03 Imperial de 1824, e quem são os atuais príncipes Aniversário de fevereiro brasileiros. Avisamos que nos próximos meses teremos novas matérias apresentando mais deta- lhes de nossa Família Imperial. Especial.....................................................04 A Família Imperial Brasileira Destacamos também uma entrevista inédita e ex- clusiva com D. Bertrand. O príncipe, irmão mais Entrevista................................................12 novo de D. Luiz, é dos mais importantes divulga- Príncipe Imperial D. Bertrand de Orleans e dores do movimento monárquico e do pensamento Bragança conservador – e por isso mesmo é bastante cri- ticado pelos seus opositores. A isto, D. Bertrand Internacional................................................16 rebate com paciência e muita coerência, expondo Crise no Luxemburgo inclusive sua opinião em vários artigos de jornais Bélgica: Ação do Rei Alberto II importantes, de circulação nacional. O príncipe é Áustria: Casamento de arquiduquesa também coordenador do movimento “Paz no Cam- po”, possuindo um blog próprio que pode visitado no seguinte endereço: < http://www.paznocampo. Notícias..........................................18 org.br/Blog/Blog_db.asp >. Eventos...............................................19 “...tem uma pessoa que eu admiro muito: D. Ber- Fundação do Diretório da ACI em SP trand é o brasileiro mais patriota que eu vi. É o su- jeito que pensa no Brasil 24 horas por dia. Ele está Artigo.....................................................20 dormindo e está pensando no Brasil. É a pessoa A Maldição de Pedro II que mais conhece os problemas brasileiros. Se o Brasil fosse governado por ele seria outra coisa. Se tivesse eleição pra presidente e D. Bertrand fosse candidato, acho que todo mundo ia votar nele porque o sujeito transpira honestidade. Você P ublicação da olha pra cara dele e vê que ele é sincero... é uma pessoa que eu tenho grande admiração, gosto de- mais dele... nunca vi um político conhecer os pro- ASSOCIAÇÃO CAUSA IMPERIAL blemas brasileiros como ele conhece” [OLAVO DE (entidade sem fins lucrativos) CARVALHO, filósofo e jornalista, em seu progra- Florianópolis (SC) ma de rádio “True Outspeak” de 10 de Setembro de 2007]. Rua Nossa Senhora do Rosário, 798 – CEP 88010- 950 Florianópolis SC Nas notícias internacionais lembramos a atuação Site Oficial: www.causaimperial.org.br política do rei Alberto II da Bélgica e do grão-duque Henrique I de Luxemburgo, que desmistificam a falsa idéia que os monarcas atuais são meramen- te “de enfeite”. Para saber mais sobre as funções régias, em breve publicaremos um especial eluci- Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 1
  • 3. História térias: nada que seja muito medíocre nem erudito demais. Privilegiaremos os conteúdos mais rele- vantes ou curiosos. Aliás, de bom grado aceitamos Cartas colaborações dos leitores que queiram contribuir com artigos, cartas e sugestões. E também humildemente pedimos que repassem Palavra do Editor aos seus contatos nossa revista ou os links da pá- gina da ACI < http://www.causaimperial.org.br/ Oi pessoal, tudo bem? BravaGente > ou do nosso grupo do yahoo < http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_ Aqui é o Geovani, um dos editores da Revista Brava_Gente >. BRAVA GENTE BRASILEIRA. Calorosos abraços a todos! Desde já agradecemos o interesse de todos na lei- tura de nossa publicação. Trabalhamos com afin- co nos últimos meses de 2008 para começarmos L L aerte ucas orkut ( ) 2009 lançando esta nova revista. A primeira edição, Mais uma excelente iniciativa! de Janeiro, foi muito comentada, recebendo vários elogios nos fóruns da internet. Ficamos felizes por Caros membros da ACI responsáveis pela edição isso, porém sabemos que há muitas melhorias a da “Brava Gente Brasileira”, Parabéns! serem feitas – e assim será, nos próximos meses. Mais uma excelente iniciativa. Agora temos 4 ins- trumentos em formatos jornalísticos de divulgação da Causa: “Herdeiros do Porvir”, “Correio Imperial”, BRAVA GENTE BRASILEIRA é uma revista cul- “Gazeta Imperial” e”Brava Gente Brasileira” (por tural, histórica e política publicada pela Associa- ordem de antiguidade). Gostei do projeto gráfico, ção Causa Imperial, sendo nosso público-alvo do conteúdo e do nome. Espero que os vários (e estudantes, professores, profissionais liberais, muito bons) articulistas que temos no meio monár- aposentados, etc. Sua periodização é mensal. A quico venham contribuir com artigos e notícias. distribuição será feita gratuitamente através da in- ternet, para alcançar o maior número possível de pessoas. Nossos recursos são poucos, mas não descartamos futuramente lançar edições impres- sas – inclusive alguns Círculos Monárquicos es- taduais planejam distribuir fotocópias àqueles que E xpediente não possuem acesso à rede. Editores: Geovani Németh-Torres e Erivam Ban- Falando do conteúdo da revista, o plano editorial dini Pacheco versa sobre os seguintes assuntos: Revisão: Daniel Mouta, Felipe Ribeiro Dias a) A Família Imperial Brasileira; Colaboradores desta Edição: Antonio Caprio b) História, teoria e funcionamento da forma mo- Os artigos assinados são de responsabilidade de nárquica de governo; seus autores; as demais matérias são de respon- sabilidade única e exclusividade do jornal. c) História do Brasil, com especial atenção ao pe- ríodo imperial; INTERNET: www.causaimperial.org.br/BravaGen- te/ d) Demais monarquias e realezas do presente e do passado; Contato : bravagente@causaimperial.org.br e) Temas gerais de interesse da sociedade brasi- leira. Tentaremos buscar um ponto de equilíbrio nas ma- Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 2
  • 4. Datas 23: D. Afonso Pedro de Bragança e Aniversários de Fevereiro Bourbon-Duas Sicílias (1845-1847) Filho de D. PEDRO II. Nascimentos: 02: D. Bertrand de Orleans e Bragan- ça e Wittelsbach (1941) 1.º na Linha de Sucessão de D. LUIZ, Chefe da Casa Imperial Brasileira. 02: D. Fernando Luiz de Orleans e Bragança e Wittelsbach (1948) Filho de D. PEDRO HENRIQUE. 17: D.ª Paula de Bragança e Habsbur- go (1823-1833) Filha de D. PEDRO I. 19: D. Luiz Gastão de Bragança e Bourbon-Duas Sicílias (1911-1931) Filho de D. Luiz Maria. Dom Afonso, filho de D.Pedro II 31: Maria Isabel II de Alcântara Brasi- leira (1830-1896). Filha de D. PEDRO I com Domitília de Castro do Canto e Melo, Marquesa de Santos. Falecimentos: 04: D. João Carlos de Bragança e Habsburgo (1821-1822) Filho de D. PEDRO I. 04: D.ª Maria Amélia de Bragança e Beauharnais-Leuchtenberg (1831- 1853) Filha de D. PEDRO I. 07: D.ª Leopoldina de Bragança e Bourbon-Duas Sicílias (1847-1871) Dom Luiz Gastão de Bragança e Filha de D. PEDRO II. Bourbon-Duas Sicílias Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 3
  • 5. Especial A Família Imperial Brasileira Geovani Németh-Torres (Historiador) • Imperadores e Chefes da Casa Imperial do Brasil, desde 1822: 1822 1831 – D. Pedro I 1831 1891 – D. Pedro II 1891 1921 – D.ª Isabel I 1921 1981 – D. Pedro III 1981 Hoje – D. Luiz I Notas: 1) D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho D. Pedro II em 1831. 2) D. Pedro II foi entronizado em 1840, quando foi declarada sua maioridade. Em 1889 um golpe depôs o Imperador, que morreu no exílio na França. Foi sucedido na Chefia da Casa Imperial por sua filha, que por direito seria a Imperatriz D.ª Isabel I. 3) A princesa Isabel faleceu em 1921, sendo sucedida pelo seu neto, De Jure Imperador D. Pedro III do Brasil. 4) D. Pedro Henrique faleceu em 1981. Seu filho mais velho, D. Luiz, assumiu as tarefas como Chefe da Casa Imperial. O herdeiro de D. Luiz é seu irmão, D. Bertrand. Outros títulos pertencentes aos herdeiros da Família Imperial Brasileira: Diz a CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824: Art. 105. O Herdeiro presumptivo do Imperio terá o Titulo de “Principe Imperial” e o seu Primogenito o de “Principe do Grão Pará” todos os mais terão o de “Príncipes”. O tratamento do Herdeiro presumptivo será o de “Alteza Imperial” e o mesmo será o do Principe do Grão Pará: os outros Principes terão o Tratamento de Alteza. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 4
  • 6. Os Príncipes Imperiais, herdeiros imediatos do Impera- dor ou Chefe da Casa Imperial: 1822 1831 – D. Pedro I 1822 1825 – D.ª Maria (II, de Portugal) 1825 1841 – D. Pedro (II) 1841 1845 – D.ª Januária 1845 1847 – D. Afonso 1847 1848 – D.ª Isabel (I) 1848 1850 – D. Pedro Afonso 1850 1891 – D.ª Isabel (I) 1891 1908 – D. Pedro de Alcântara 1908 1920 – D. Luiz Maria 1920 1921 – D. Pedro (III) 1921 1931 – D. Luiz Gastão 1931 1938 – D.ª Pia Maria Monograma de D.Luiz I, Atual 1938 1981 – D. Luiz (I) Chefe da Casa Imperial 1981 Hoje – D. Bertrand • Os Príncipes do Grão-Pará, filhos dos herdeiros imediatos do Imperador ou Chefe da Casa Imperial: 1875 1891 – D. Pedro de Alcântara 1909 1920 – D. Pedro (III) A Linha de Sucessão, tal como em 2009: Diz a CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824: Da Successão do Imperio. Art. 116. O Senhor D. Pedro I, por Unanime Acclamação dos Povos, actual Imperador Constittucional, e Defensor Perpetuo, Imperará sempre no Brazil. Art. 117. Sua Descendencia legitima succederá no Throno, Segundo a ordem regular do primogenitura, e representação, preferindo sempre a linha anterior ás posteriores; na mesma linha, o gráo mais proximo ao mais remoto; no mesmo gráo, o sexo masculino ao feminino; no mesmo sexo, a pessoa mais velha á mais moça. Art. 118. Extinctas as linhas dos descendentes legitimos do Se- nhor D. Pedro I, ainda em vida do ultimo descendente, e durante o seu Imperio, escolherá a Assembléa Geral a nova Dynastia. Art. 119. Nenhum Estrangeiro poderá succeder na Corôa do Im- perio do Brazil. Art. 120. O Casamento da Princeza Herdeira presumptiva da Co- rôa será feito a aprazimento do Imperador; não existindo Impera- dor ao tempo, em que se tratar deste Consorcio, não poderá elle effectuar-se, sem approvacão da Assembléa Geral. Seu Marido não terá parte no Governo, e sómente se chamará Imperador, depois que tiver da Imperatriz filho, ou filha. • Linha de Sucessão de Sua Alteza Imperial e Real D. Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial desde 1981 e Imperador De Jure do Brasil: Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 5
  • 7. a) Ramo ORLEANS E BRAGANÇA (Descendentes da Princesa Isabel) D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III 1.(n. 1938) D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial 2.(n. 1941) D. Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil 3.(n. 1950) D. Antônio de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Antônio 4.(n. 1983) D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil 5.(n. 1986) D. Rafael de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil 6.(n. 1984) D.ª Amélia de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil 7.(n. 1989) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III 8.(n. 1944) D.ª Isabel de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil 9.(n. 1953) D.ª Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil b) Ramo LIGNE E ORLEANS-BRAGANÇA (Descendentes da Princesa Eleonora) D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D.ª Eleonora 10. (n. 1989) Henri Antoine de Ligne e Orleans e Bragança, Príncipe Hereditário de Ligne 11. (n. 1984) Alix Marie de Ligne e Orleans e Bragança, Princesa de Ligne c) Ramo SAXE-COBURGO E BRAGANÇA (Descendentes da Princesa Leopoldina) D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina 12. (n. 1931) D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos 13.(n. 1970) D. Afonso Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos → D. Afonso 14.(n. 2004) D.ª Pia Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos 15.(n. 1972) D. José Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 6
  • 8. 16.(n. 1979) D. Antônio Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos → D. Antônio 17.(n. 2006) D. Armando Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra 18.(n. 2008) D. Pedro Antônio Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos 19.(n. 1971) D.ª Teresa Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Val- nigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos → D.ª Teresa Cristina 20.(n. 2003) Maria Helena Hunt 21.(n. 2005) Gabriela Cristina Hunt D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos 22.(n. 1974) D.ª Maria Leopoldina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos → D.ª Maria Leopoldina 23.(n. 2006) Eduardo Pavone D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Carlos 24.(n. 1976) D.ª Carolina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra 25.(n. 1985) D.ª Maria Aparecida Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina 26.(n. 1939) D. Filipe Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Barão de Taxis Bordogna Valnigra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina → D. Filipe 27.(n. 1986) D.ª Anna Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni- gra 28.(n. 1988) D.ª Alice Carolina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni- gra D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Leopoldina → D. Augusto Leopoldo → D.ª Teresa Cristina 29.(n. 1936) D.ª Alice Caroline Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni- gra 30.(n. 1945) D.ª Maria Cristina Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, Baronesa de Taxis Bordogna Valni- gra Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 7
  • 9. d) Descendentes da Princesa Januária Nota Importante: D.ª Januária foi herdeira presuntiva do trono de seu irmão, D. Pedro II, até o nasci- mento do primeiro filho do Imperador. Seus descendentes não mantiveram a nacionalidade brasileira, contrariando assim o Artigo 119 da Constituição Imperial. Também se casaram fora da realeza, e depen- dendo dos contratos nupciais, os filhos do casamento perderiam os direitos sucessórios. Não obstante, aqui apresentamos, a título de curiosidade, apenas os descendentes atuais de D. Januária que nasce- ram no Brasil. A condição destas personalidades como dinastas brasileiros deve ser encarada com alto cepticismo, sem falar que só ascenderiam à Chefia da Casa Imperial com a extinção de todos os ramos descendentes de D. Pedro II – situação de remotíssima possibilidade. D. Pedro I → D.ª Januária → D. Luigi Maria → Maria Gennara → Maria Sofia → Nicole 31.(n. 1952) Jocelyne Le Mauff de Kergal 32.(n. 1954) Nolwen Le Mauff de Jergal 33.(n. 1961) Louise Charlotte Aimée Manzon D. Pedro I → D.ª Januária → D. Luigi Maria → Maria Gennara → Maria Sofia → Maria Cristina 34.(n. 1960) Pedro Afonso de Préaulx Moreira Alves 35.(n. 1958) Isabel de Préaulx Moreira Alves 36.(n. 1967) Anne Léonor de Préaulx Moreira Alves e) Descendentes da Princesa Francisca (Ramo BOURBON-DUAS SICÍLIAS) Nota Importante: D.ª Francisca, tia da princesa Isabel, casou-se com Francisco de Orleans, tio do Conde d’Eu – assim antecedendo em uma geração a ligação entre a Família Imperial de Bragança e a Família Real de Orleans. A princesa Francisca foi avó de João, Duque de Guisé e Chefe da Casa Real Francesa, cuja filha, Ana Helena, casou-se com Amadeu, terceiro Duque de Aosta (primo do Rei Vítor Emanuel III da Itália). Este casal teve uma filha, Maria Cristina, que se casou no Rio de Janeiro com Ca- simiro, príncipe de Bourbon-Duas Sicílias. Como no caso dos descendentes da princesa Januária, considerar os Bourbon-Duas Sicílias como di- nastas brasileiros deve ser visto sob certa hesitação, dependendo principalmente das cláusulas nupciais das gerações mais antigas. D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina 37.(n. 1970) Luís Alfonso de Bourbon-Duas Sicílas, Príncipe das Duas Sicílias D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina → Luís Alfonso 38.(n. 1999) Anna Sophia de Bourbon-Duas Sicílas, Princesa das Duas Sicílias D. Pedro I → D.ª Francisca → Francisca → João III da França → Ana Helena → Maria Cristina 39.(n. 1974) Alessandro Enrico de Bourbon-Duas Sicílias, Príncipe das Duas Sicílias 40.(n. 1971) Anna Cecília de Bourbon-Duas Sicílias, Princesa das Duas Sicílias 41.(n. 1973) Elena Sofia de Bourbon-Duas Sicílias, Princesa das Duas Sicílias Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 8
  • 10. Os Príncipes de Orleans e Bragança: Os descendentes do Conde d’Eu e da Princesa Isabel, por via masculina, recebem o título adicional de “Príncipes de Orleans e Bragança” desde a Declaração de Bruxelas, assinada pelos membros da Casa Real Francesa em 1909. Este título pode ser transmitido às mulheres, mas não pelas mulheres. Desde 1909, os titulares deste ramo dos Orleans são: 1909 1940 – D. Pedro de Alcântara 1940 2007 – D. Pedro Gastão 2007 Hoje – D. Pedro Carlos A) “Ramo Petrópolis” Na época das comemorações do Sesquicentenário da Independência, em 1972, a imprensa cunhou os termos “Ramo Petrópolis” e “Ramo Vassouras” para nomear as famílias dos netos da princesa Isabel, D. Pedro Gastão (que morava em Petrópolis-RJ) e D. Pedro Henrique (estabelecido em Vassouras-RJ). O “Ramo Petrópolis” trata-se dos descendentes do filho primogênito da Princesa Isabel, D. Pedro de Alcân- tara, que abdicou para si e seus futuros descendentes de seus direitos ao trono brasileiro, em 1908. D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão (n. 1945) D. Pedro Carlos de Orleans e Bragança, Príncipe Titular de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Pedro Carlos (n. 1979) D. Pedro Thiago de Orleans e Bragança, Príncipe Hereditário de Orleans e Bragança (n. 1982) D. Filipe de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão (n. 1946) D.ª Maria da Glória de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1948) D. Afonso de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Afonso (n. 1974) D.ª Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1977) D.ª Júlia Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão (n. 1949) D. Manuel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Manuel (n. 1978) D.ª Luiza Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1981) D. Manuel de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão (n. 1950) D. Cristina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1956) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. Pedro Gastão → D. Francis- co Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 9
  • 11. (n. 1979) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1982) D.ª Maria Isabel de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1989) D. Gabriel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1997) D.ª Manuela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. João Maria (n. 1954) D. João Henrique de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara → D. João Maria → D. João Hen- rique (n. 1986) D. João Philippe Maria de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1989) D.ª Maria Christina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Pedro de Alcântara (n. 1919) D.ª Teresa de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D.ª Teresa é a última neta da princesa Isabel viva. B) “Ramo Vassouras” Os descendentes de D. Luiz Maria, secundogênito da princesa Isabel que assumiu a posição de Príncipe Imperial com a renúncia de seu irmão mais velho. D. Luiz Maria é pai de D. Pedro Henrique – ou D. Pedro III, seu nome imperial se ainda houvesse monarquia no Brasil. É do “Ramo Vassouras” os membros da Família Imperial com direitos ao trono, embora alguns dos filhos de D. Pedro Henrique também tenham renunciado de seus direitos à Coroa. Todavia, estes príncipes ainda mantém a dignidade principesca como Príncipes de Orleans e Bragança. D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1938) D. Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1939) D. Eudes de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Eudes (n. 1969) D. Luiz Filipe de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1971) D.ª Anna Luiza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1977) D. Eudes de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1979) D.ª Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1979) D.ª Maria Antônia de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1985) D. Guy de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1941) D. Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Príncipe de Orleans e Bra- gança (n. 1944) D.ª Isabel de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1945) D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Pedro de Alcântara Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 10
  • 12. (n. 1975) D.ª Maria Pia de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1978) D.ª Maria Carolina de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1980) D. Gabriel de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1988) D.ª Maria de Fátima de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1989) D.ª Maria Manoela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1948) D. Fernando de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Fernando (n. 1978) D.ª Isabel Maria de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1982) D.ª Maria da Glória de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1984) D.ª Luíza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1950) D. Antônio de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Antônio (n. 1983) D. Pedro Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1984) D.ª Amélia de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1986) D. Rafael de Orleans e Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1989) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1953) D.ª Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1955) D. Francisco de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Francisco (n. 1982) D.ª Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1984) D.ª Maria Tereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1984) D.ª Maria Eleonora de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1957) D. Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III → D. Alberto (n. 1988) D. Pedro Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança (n. 1990) D.ª Maria Beatriz de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1995) D.ª Ana Thereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1997) D. Antônio Alberto de Orleans e Bragança, Príncipe de Orleans e Bragança D. Pedro I → D. Pedro II → D.ª Isabel I → D. Luiz Maria → D. Pedro III (n. 1959) D.ª Maria Thereza de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança (n. 1959) D.ª Maria Gabriela de Orleans e Bragança, Princesa de Orleans e Bragança Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 11
  • 13. Entrevista: DB: Na realidade, o Plebiscito de 1993 não foi uma Sua Alteza Imperial e Real derrota, foi uma primeira vitória dentro de uma lon- Príncipe Imperial D. Bertrand ga trajetória. Tínhamos tudo contra nós. Tivemos noventa e nove anos de direitos políticos cassa- de Orleans e Bragança dos. A república nasceu prometendo no Artigo 7.º de seu Decreto n.º 1 (1) que o povo seria consul- --- por Geovani Németh-Torres --- tado num plebiscito se de fato queria a república ou preferiria continuar com É com muito prazer a monarquia. Ao invés, no que transcrevemos decreto de 23 de Dezembro uma entrevista exclu- de 1889 (2), a república pôs siva com Sua Alte- fora-da-lei os monarquistas, za Imperial e Real D. que os cariocas chamaram Bertrand de Orleans de o “decreto-rolha”. A partir e Bragança, Príncipe da primeira constituição re- Imperial do Brasil, que publicana de 1891, foi ins- em Fevereiro completa tituída a “Cláusula Pétrea”, mais um ano de vida. proibindo qualquer ativida- Nesta oportunidade, D. de monárquica. Esta cláu- Bertrand expõe seus sula só caiu na atual Cons- comentários sobre o tituição, de 1988. Tínhamos Plebiscito de 1993, o contra nós toda a máqui- Movimento Monárqui- na governamental, toda a co, as perspectivas de grande mídia nas capitais restauração imperial e não tivemos tempo para no Brasil, entre outros nos articular nos cinco anos assuntos. que foram dados, da pro- mulgação da Constituição ao plebiscito de 1993. Além Pergunta: Na época do mais, a campanha esta- do plebiscito, um grupo va indo muito bem até a mu- de monarquistas sugeriu a criação de um Reino do dança da data, de 7 de Setembro para 21 de Abril, Brasil ao invés do retorno do Império, alguns pro- abreviando nosso tempo. Apesar disso, tivemos pondo inclusive uma nova dinastia. Como Vossa 13% dos votos válidos, o que é um resultado muito Alteza define a campanha monárquica, de restau- bom. Se tivesse havido tempo para uma campan- ração ou instauração da monarquia? ha de conscientização, com certeza o resultado seria outro. A prova é que em todos os debates em Dom Bertrand de Orleans e Bragança: De res- que monarquistas enfrentaram republicanos em pé tauração do Império do Brasil. Não seria um reino de igualdade – num centro comercial, nas univer- nem uma nova dinastia, não teria sentido. Seria sidades, nos colégios, nos sindicatos, nos partidos uma monarquia completamente efêmera. Alguns políticos –, em que depois se fazia um plebiscito defendiam a tese que o Congresso deveria escol- simulado, vencia a monarquia. Se houvesse um her uma nova dinastia, e, da mesma maneira, po- hipotético telão, em que todos os brasileiros simul- deria depô-la. Nós respondemos na ocasião que taneamente vissem um debate nacional entre mo- isto não seria uma monarquia autêntica, e sim um narquia e república, provavelmente a monarquia simulacro de monarquia, para encobrir uma ditadu- teria vencido. Faltou tempo para uma campanha ra do Legislativo. Se este tem o direito de escolher de esclarecimento mais profundo para o povo. e depor, é ele quem manda. Seria uma ditadura do Legislativo travestida de monarquia. Quanto ao Pergunta: Por outro lado, os monarquistas não “Reino do Brasil”, ninguém acreditou nesta idéia. estavam unidos, havia mais de uma frente monár- quica. Isto não atrapalhou a campanha? Pergunta: Como Vossa Alteza analisa a derrota na campanha monárquica durante o Plebiscito DB: Sim, mas isto foi culpa de um deputado pau- Nacional de 1993? Problemas com a campanha lista que fez uma frente monárquica cujo projeto ou os brasileiros não estavam preparados para o apresentado era a instauração de um reino e no retorno da monarquia? qual o Congresso escolheria a dinastia reinante. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 12
  • 14. Isso atrapalhou bastante. DB: Claro, é uma questão de princípios! Porque, Pergunta: Sobre a Lei Áurea, é famosa a frase de fato, a reforma agrária vai contra os interesses do Barão de Cotegipe em relação à atitude da da nação, eu não posso, por oportunismo, tomar Princesa Isabel: “Vossa Alteza redimiu uma raça, uma posição neste sentido. Da mesma maneira, D. mas perdeu o Trono!” Vossa Alteza, bem como seu Luiz e eu, também somos contra o aborto, pois isto irmão D. Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil, é um crime [reforçando o tom]. Um crime contra o ora são criticados ora elogiados por possuírem po- direito natural e de acordo com a Igreja Católica. sições ditas conservadoras sobre assuntos polê- É matar um ser indefeso, pois a vida começa no micos, como a Reforma Agrária ou a questão do momento da concepção, e desde esse momento o aborto. Alguns críticos afirmam ainda que as opi- bebê é um ser independente da própria mãe. Pode niões defendidas por Vossas Altezas os impedem viver dentro do seio materno, mas já tem persona- de serem nossos sobe- lidade própria e todas as características do que ele ranos. O que diria a virá a ser no futuro. Aliás, eles? 63% da população brasi- leira é contra o aborto, de DB: Eles não têm nen- acordo com um levanta- hum fundamento. O mento realizado recente- fato de termos uma mente pela “Folha de São posição conservado- Paulo” (3). Com relação ra mais nos credencia à posição conservadora, que dificulta. Durante também a maioria dos o plebiscito, nos apre- brasileiros são conserva- sentamos como tais e dores. Este mesmo jornal sempre vencemos os publicou uma pesquisa, debates. Temos uma em 13 de Agosto de 2006 posição clara quanto (4), na qual 47% dos bra- essas questões. Hoje sileiros se disseram “de em dia, não há um direita”; 23%, “centro”; cientista político sério somente 30% “de esquer- que sustente a neces- da”. Os 23% de centro sidade de uma reforma são os que não têm co- agrária. Pelo contrário, ragem de se dizer de di- todas as que já se rea- reita, porque a direita é lizaram no mundo fra- continuamente “sataniza- cassaram. Esses pro- da” pela imprensa. A pes- jetos no Brasil estão quisa então mostrou que na contramão da His- 70% dos brasileiros são tória, pois nosso país conservadores. tem atualmente cerca de quarenta e cinco milhões de hectares de cultivo Pergunta: A mídia teria algum motivo em não que- de grãos e é uma das maiores potências agrícolas rer o retorno da monarquia? do mundo. Ao mesmo tempo, sessenta e sete mil- hões de hectares já foram destinados às reformas DB: Não sei... certamente ela teria suas razões. agrárias, que resultaram em nenhuma produção. Mas são questões ideológicas, pois a mídia está Estes assentamentos são “favelas rurais” e, se- dominada pela esquerda. gundo declarações de autoridades governamen- tais, nenhum destes consegue sobreviver sem Pergunta: Várias publicações didáticas ou de re- ajuda social do governo. Não são nem capazes de ferência, como a “Nova História Crítica: 500 anos subsistir, só não morrem de fome porque recebem de História mal contada”, de Mário Furley Schmi- auxílio do Estado, como cestas básicas, o Bolsa dt, ou o “Almanaque Abril” possuem informações Família, etc. negativas ou destorcidas sobre o período monár- quico no Brasil. De forma indireta, desde cedo as Pergunta: Aos que dizem que Vossa Alteza se- crianças aprendem que “monarquia é algo ruim”. ria um melhor candidato a “Rei” se não fosse tão O que Vossa Alteza diz sobre esta maneira de en- conservador, mesmo assim ainda mantém sua po- sinar a História do Brasil? sição? Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 13
  • 15. DB: Houve no período republicano uma defor- paga a bala, como já foi noticiado nos jornais. mação muito grande da História do Brasil. Foram muitos que apresentaram a monarquia como um Pergunta: Ainda sobre estes livros, Vossa Alteza período de tirania, de absolutismo, etc. Pelo con- já pensou em pedir algum “direito de resposta” às trário, a monarquia brasileira foi muito mais demo- críticas e inverdades ditas por esses autores? crática que todos os regimes que haviam na Amé- rica Latina. Quando DB: Não adianta. Nós temos várias proclamada a repú- publicações a respeito disso, mas blica, o presidente da seria preciso que o governo revis- Venezuela na oca- se esta posição. Como ele também sião comentou: “caiu é de esquerda, acaba favorecendo a única democracia esta visão. autêntica da América Latina”. É uma defor- Pergunta: Como funciona o Movi- mação feita por ques- mento Monárquico? tões ideológicas de uma corrente positi- DB: Temos um movimento chama- vista que queria um regime republicano igualitário. do “Pró-Monarquia”, que tem uma estrutura in- Quem lê os livros que estão nas mãos de nossas dependente da Família Imperial, mas segue as crianças hoje em dia, vê esta deformação, pois o orientações de D. Luiz. O Pró-Monarquia, por sua período áureo da História do Brasil foi inegavel- vez, coordena o Movimento Monárquico no resto mente o da monarquia. do Brasil, que está estabelecido através de Círcu- los Monárquicos, pelas Frentes Monárquicas, pela Pergunta: O livro “Nova História Crítica” cita bar- Ação Monárquica Feminina, e pelas Juventudes baridades de D. Pedro e da Princesa Isabel... Monárquicas espalhadas pelo país. DB: [Interrompe] Ele ridiculariza a monarquia e in- sulta a Princesa Isabel. Pergunta: Recentemente foi anunciada a reati- vação do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro, contando ainda com a presença de seu irmão, Pergunta: Por que isto acontece? o Príncipe D. Antônio. Vossa Alteza é a favor da criação de novos círculos pelo Brasil? Como fa- DB: Por questão ideológica. Eles têm uma antiqua- zer para incentivar possíveis novos defensores da lidade e odeiam toda e qualquer idéia de superio- Causa Monárquica? ridade ou de hierarquia. Na realidade, os homens só são iguais em sua essência e em seus direitos, DB: É preciso que os monarquistas de uma cida- pois todos somos filhos de Deus, temos uma alma de se reúnam e formem um novo Círculo Monár- imortal a salvar; temos os direitos à vida, à consti- quico. No Rio de Janeiro, aliás, o círculo não foi tuição de uma família, ao trabalho, à propriedade, reativado, ele sempre existiu, houve apenas uma à cultura, etc. No mais somos diferentes, já que mudança de diretoria. Existem outros círculos no a igualdade nunca foi um padrão de perfeição. A Estado do Rio, aqui em São Paulo, em Campi- beleza da sociedade está exatamente nas dife- nas... Eles existem por toda parte. Para incentivar renças que há entre os homens, que devem ser novos monarquistas, temos um boletim, fazemos proporcionais, hierarquizadas, complementares e conferências e estamos viajando. Há uma ação harmônicas. O igualitarismo deu no comunismo, crescente para estimular os brasileiros que vêem o regime mais totalitário e monstruoso da face da na monarquia a única solução para nossa Pátria, Terra. Há um livro publicado por autores franceses que se articulem. de esquerda chamado “O Livro Negro do Comu- nismo” (5) reconhecendo que esta doutrina cau- Pergunta: Estamos nos aproximando do Bi-Cen- sou mais de cem milhões de vítimas para tentar tenário da Independência, em 7 de Setembro de se impor, e o resultado foi o fracasso espetacular 2022, uma data carregada de alto valor simbólico. na União Soviética, que ainda vemos em Cuba. Quais as chances da monarquia ser uma realidade Na China, apesar de haver certo desenvolvimento até lá? econômico numa pequena faixa da população, é um regime de, praticamente, escravidão. Por qual- DB: Eu não duvido até lá que a monarquia possa quer coisa um sujeito é condenado à morte, e é ser restaurada, porque, de fato, hoje em dia os bra- morto com um tiro na cabeça e a família é quem sileiros estão à procura de um novo rumo. Nossa Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 14
  • 16. experiência quando viajamos e temos contato com também tem seus privilégios e responsabilidades. a opinião pública brasileira, vemos que as pessoas Deus, Nosso Senhor, tem um plano para cada ser estão em busca de algo que tenha dado certo no que ele cria, sua vocação – vocare. Cada homem passado para planejar o futuro. Neste sentido, há e cada mulher são chamados para realizar um de- um número crescente de novos monarquistas no terminado plano de Deus. Assim são os Príncipes, Brasil. Por exemplo, a receptividade que tivemos os futuros professores de História, etc. em Lavras (6) foi extraordinária. Estive recente- mente em Montes Claros, em Belo Horizonte, e Geovani Németh-Torres: Agradeço este tempo, em outras cidades do resto do Brasil a recepti- muito obrigado pela entrevista! vidade é sempre muito grande onde D. Luiz, D. Antônio e eu viajamos. D. Bertrand: Está muito Se há alguma coisa que bem. nenhum brasileiro susten- _______________________ te é que a república tenha Notas: dado certo. Pelo contrário, todos sabem que o único (1) Art. 7.º: Sendo a Repú- período de nossa História blica Federativa brasileira que tenha dado certo foi a a forma de governo procla- monarquia. mada, o Governo Provisório não reconhece nem recon- Pergunta: Mas observo hecerá nenhum Governo lo- também que muitas pes- cal contrário à forma republi- soas têm um preconceito cana, aguardando, como lhe à idéia de monarquia, fa- cumpre, o pronunciamento lam coisas ruins da Famí- definitivo do voto da Nação, lia Imperial... Vossa Alteza livremente expressado pelo se sente mal com essas sufrágio popular. críticas? (2) Decr. 85-A, desta data: DB: Não. Passo por cima, Fica criado um Tribunal de deixo pra lá... e lamento exceção, composto exclusi- por eles! [Risos]. Mas a vamente de militares nomea- nós, isso não atinge. dos pelo Ministro da Guerra, com a finalidade de julgar su- Pergunta: Sobre os repre- mariamente, em corte mar- sentantes da nova geração da Família Imperial, o cial, quaisquer indivíduos que conspirassem con- que Vossa Alteza pode dizer da preparação e edu- tra a República e seu governo, que aconselhassem cação de seus sobrinhos, D. Pedro Luiz, D.ª Amé- ou promovessem, por palavras, escritos ou atos, a lia, D. Rafael e D.ª Maria Gabriela? Estarão os jo- revolta civil ou ainda a indisciplina militar. vens Príncipes aptos a assumir o legado dinástico de sua Família, ou mesmo as responsabilidades (3) Cf: OPINIÃO PÚBLICA. Posição política, opi- que uma eventual restauração do Império? nião sobre o aborto, pena de morte, descriminali- zação da maconha e maioridade penal. 47% dos DB: Eles estão sendo educados pelo irmão nesta eleitores brasileiros se posicionam à direita. 10 de perspectiva, graças a Deus, pois sobre eles recai- Agosto de 2006. Disponível em: < http://datafolha. rá a continuidade dinástica. folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=268 >. Pergunta: D. Bertrand, quanto sua posição de (4) Cf: CANZIAN, Fernando. 47% do eleitorado diz Príncipe, considera isto um privilégio ou um far- ter posição política de direita. Reportagem de 13 do? de Agosto de 2006. Disponível em: < http://www1. folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u81324.shtml >. DB: É uma missão. Como toda missão, pesa, mas também é reconfortante. No total pesa, pois (5) BARTOSEK, Karel et alli. O Livro Negro do sabemos que qualquer ato nosso tem a sua con- Comunismo: Crimes, Terror e Repressão. Rio seqüência, temos responsabilidades por todos de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 922 p nossos atos, diferente de uma pessoa comum. Cada um tem sua missão, você como estudante (6) Cidade mineira de origem do entrevistador. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 15
  • 17. Internacional Apesar de a votação ter contado com a oposição do partido do primeiro-ministro luxemburguês, o C L rise no uxemburgo social-cristão Jean-Claude Juncker, hoje o premier assegurou que o país reduzirá as prerrogativas do O Estado de São Paulo grão-duque para “evitar uma crise institucional”. (Agência Efe) Assim, Juncker explicou que suprimirão o termo (2 de Dezembro de 2008) “sancionar” do artigo 34 da Constituição, e o subs- tituirão por “promulgar”, o que significará que o grão-duque só assinará as leis para que entrem em vigor, ao mesmo tempo em que “se respeita sua opinião”. Henri de Luxemburgo reproduziu a crise originada em 1990 por seu tio, o rei Balduíno da Bélgica, que se negou a assinar o texto aprovado pelo Parla- mento sobre a legalização do aborto. A lei entrou para a história da Bélgica como o pri- meiro texto que fez um rei renunciar, já que Bal- duíno abdicou durante um dia e meio e retornou a suas funções quando o novo texto do Código Pe- nal foi sancionado pelo Conselho de Ministros. Fonte: < http://www.estadao.com.br/vidae/not_ vid287421,0.htm >. Rei belga pede “responsabili- dade” a políticos para formar novo Governo G1 Grão-duque de Luxemburgo se nega a legalizar Bruxelas, 24 dez (EFE).- O rei da Bélgica pediu eutanásia hoje “responsabilidade” aos políticos do país para que possa ser formado rapidamente um novo Go- Decisão levou o governo a anunciar que modifi- verno e, lembrando uma declaração da ex-refém cará a Constituição para diminuir os poderes do colombiana Ingrid Betancourt, incentivou os belgas chefe de Estado a continuarem unidos, apesar de suas diferenças culturais. BRUXELAS - O grão-duque de Luxemburgo se negou hoje a assinar uma lei que legaliza a euta- No discurso à nação que será exibido hoje à noite násia, o que levou o Governo a anunciar que vai e que foi antecipado à imprensa, Alberto II atribui modificar a Constituição para diminuir os poderes a nova crise política belga à “crise financeira in- do chefe de Estado, informou a emissora RTBF. ternacional e a suas repercussões na Bélgica no âmbito judicial”. Henri de Luxemburgo invocou “razões de cons- ciência” para justificar sua recusa em sancionar o É a única alusão de sua mensagem aos eventos texto aprovado pelo Parlamento luxemburguês em da última semana, que levaram à renúncia do Go- fevereiro, que tornou o país o terceiro da União verno de coalizão presidido pelo democrata-cristão Européia (UE) a legalizar a eutanásia, após Bélgi- flamengo Yves Leterme. ca e Holanda fazerem o mesmo. Cerca de nove meses após assumir o cargo, o líder Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 16
  • 18. volvidos gigantes meios financeiros; não nos es- queçamos, por isso, da necessária proteção dos mais desamparados”, afirmou. Toda a segunda parte da mensagem de Natal do rei belga foi dedicada “à outra crise” vivida pelo país este ano e que colocou a Bélgica à beira da cisão. O rei dá seu respaldo explícito às conclusões dos mediadores que defenderam uma “negociação sé- ria e crível” entre flamengos e francófonos que leve “a uma reforma profunda e equilibrada do Estado” flamengo apresentou na sexta-feira ao rei sua re- belga com mais autonomia, competências e res- núncia e a de toda a sua equipe, entre acusações ponsabilidades para as comunidades e regiões. de ter tentado impedir uma sentença contrária à venda promovida pelo Governo do grande grupo Isso “sem questionar a solidariedade” entre todos bancário e de seguros Fortis. os cidadãos. “Espero ferventemente”, afirma o rei, “que o sen- Neste ponto, Alberto II confessa que ficou “mui- tido de responsabilidade de cada um leve rapida- to impressionado” com um comentário de Ingrid mente à formação de um novo Governo capaz de Betancourt quando visitou a Bélgica no início de continuar fazendo frente com eficácia aos desa- outubro. fios econômicos, sociais e financeiros urgentes de nosso país, e de avançar na necessária reforma Respondendo aos jornalistas, a ex-refém colom- do Estado”. biana disse estar convencida de que a generosi- dade própria dos belgas “provém do fato de que Na origem da última crise política belga está, se- a Bélgica sempre viveu com duas culturas que se gundo o monarca, o colapso creditício internacio- entenderam, apesar das diferenças”. nal, e, na raiz deste, “o desenvolvimento de produ- tos financeiros sem controle”, tão “complicados e “O mundo tem necessidade desse exemplo”, dis- sofisticados”, explica, “que a maioria dos respon- se Betancourt. “Há muita intolerância, muitas so- sáveis é incapaz de determinar seu valor real”. luções fáceis”. “Freqüentemente dizemos que po- deríamos viver cada um de nosso lado, mas isso Apesar disso, “foram colocados à venda e foram seria fácil demais”, conclui a passagem da política adquiridos por instituições financeiras de todo o colombiana citado pelo rei. EFE mundo em busca de margens de lucro cada vez maiores”. Fonte: http://g1.globo.com Alberto II pede que se aprenda a lição desta crise mundial para que algo parecido nunca mais acon- teça. “Acho necessário submeter todos os produtos fi- nanceiros a um controle eficaz e criar um organis- Casamento da Arquiduquesa mo regulador europeu independente”, afirmou. Marie-Christine da Austria “Rejeitemos com energia a volta ao isolacionismo. Casamento da Arquiduquesa Marie-Christine Aproveitemos esta crise para estabelecer novas da Austria com o Conde Rodolphe de Limburg- maneiras de atuar conjuntamente, tanto no pla- Stirum. Presença da família Imperial do Brasil, no europeu como mundial, como ocorreu na con- princesa D.Eleonora de Orléans e Bragança e Lig- ferência de Bretton Woods de 1944. Lembremos ne, casada com o principe titular de Ligne. Tam- também que as finanças devem estar a serviço da bém presente o príncipe D.Pedro Luiz de Orléans economia, e esta a serviço do homem”, destacou. e Bragança, filho de D.Antonio e D.Christine de Ligne. O monarca pede também que não sejam esque- cidos “os mais vulneráveis, aqui e no terceiro Fonte: http://www.causaimperial.org.br/ mundo”. “Esta crise mobilizou nos países desen- noticias/146.html Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 17
  • 19. Notícias O busto é uma oferta da Embaixada de Por- tugal no Brasil à Prefeitura do Rio de Janei- Fenai-Faibra no Japão na Casa ro, para cuja execução foi possível graças ao Imperial apoio financeiro do Banco Millenium BCP, cujo director para o Brasil, João Teixeira de Abreu, [Janeiro 2009] esteve também presente ao acto. Compareceram à cerimónia o Secretário Mu- nicipal para as Culturas, Ricardo Macieira, o Cônsul-Geral de Portugal, embaixador Antó- nio Almeida Lima, o coordenador brasileiro das comemoração dos 200 anos da vinda da corte portuguesa para o Brasil, embaixador Al- berto da Costa e Silva, o descendente de Dom João VI, príncipe Dom António de Orléans e Bragança, e o Conselheiro Cultural da Em- baixada de Portugal, Adriano Jordão. Dezenas de crianças de escolas assistiram à inauguração do busto. A representante da Fenai-Faibra no Japão, Mari Fujita e a pianista Mari Terada,após o Esta cerimónia marcou formalmente o termo seu concerto em Poços de Caldas, na noite das comemorações no Rio de Janeiro dos 200 de abertura do Ciclo deConferências Brasil- anos da chegada da família real portuguesa. Japão, em cordial visita foram recebidas pelo Príncipe DomBertrand de Orleans e Bragança, em sua residência de São Paulo, estando nao- casião acompanhadas pelo jornalista J.H. de Oliveira Junior, presidente da Agência Brasi- leira de Notícias e da Fenai-Faibra. Fonte:http://www.causaimperial.org.br/ noticias/154.html Dom Antônio inaugura busto de D.João VI [Novembro 2008] O Prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e o Fonte:http://www.causaimperial.org.br/ embaixador de Portugal no Brasil, Francisco noticias/148.html Seixas da Costa, inauguraram na manhã des- ta sexta-feira, dia 28 de Novembro, um busto de Dom João VI, que ficará instalado no Pala- cete Princesa Isabel, no Centro Cultural Muni- cipal de Santa Cruz, local de lazer frequentado pelo rei luso-brasileiro. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 18
  • 20. Eventos Fundação do Diretório Causa “Sempre fui monarquista parlamentarista. Come- cei a me interessar pelo assunto em 1993, na Imperial São Paulo, Jornal de época do plebiscito. Eu tinha 11 anos e comecei a gostar primeiro por curiosidade, até porque ain- Limeira da era muito criança para entender sobre essas questões políticas, e depois porque minha matéria Autor: Redação JL preferida sempre foi e continua sendo História. En- tão, na medida em que fui crescendo, esse gosto Limeirenses formam grupo em defesa da mo- pela monarquia parlamentarista e seus detalhes narquia foi crescendo também até se tornar convicção”, diz Dally. Falar em Monarquia nos dias de hoje soa como MEDIADOR algo distante, que só O Kelmom Luiz de existe nos livros de his- Souza, também pre- tória. No Brasil, esse sente ao encontro, é sistema de governo caiu adepto do movimento com a Proclamação da e acredita que a mo- República pelo mare- narquia é a melhor chal Deodoro da Fon- opção para mudar o seca no dia 15 de nov- Brasil hoje. “A maioria embro de 1889. Apesar dos países de primeiro disso, o País ainda mundo que são con- mantém uma Casa Im- siderados desenvolvi- perial - o que é ignorado dos possui o sistema por muitas pessoas. de monarquia, como Espanha Apesar dos 119 anos e Inglaterra”, de República, os afirma. Souza ventos monarquis- é diretor-presi- tas ainda sopram dente do Diretó- em vários cantos do rio Monárquico Brasil. E chegaram Paulista. a Limeira. Membros da família real bra- Essa posição é sileira e simpatizan- compartilhada tes tentam reavivar pelo empresário o regime. No último santista Antônio dia 30, um grupo re- da Cruz Mourão, uniu-se na residên- membro da nova cia do príncipe dom diretoria. “A Mo- Bertrand Maria José narquia será a Pio Januário Miguel principal forma Gabriel Rafael Gon- de combate à corrupção. O monarca não é totali- zaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach para tário, na verdade, ele é um mediador, que escolhe anunciar a fundação de um novo Diretório Monár- um primeiro ministro para governar o seu país”, quico Paulista e a constituição de sua diretoria. defende. No grupo, havia três limeirenses. O universitário Quem estiver interessado em conhecer melhor o Fred Dally, Tatiana Bueno e Rosely Pompeo for- movimento monarquista e o grupo que está sendo mam o grupo monarquista de Limeira, que tem o formado em Limeira, pode entrar em contato pelo objetivo de mostrar às pessoas a importância que e-mail monarquia.limeira@yahoo.com.br. o regime teve para o País nos tempos de Império e as propostas da Associação da Causa Imperial F o n t e : h t t p : / / w w w. c a u s a i m p e r i a l . o r g . b r / (ACI), entidade com sede em Florianópolis (SC) e noticias/149.html que está se disseminando pelo Brasil. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 19
  • 21. Artigo Em 1904, Rodrigues Alves enfrenta a Revolta da A Maldição de Pedro II Vacina. A paz jamais esteve presente em seu go- verno. Hermes da Fonseca não teve paz com a Revolta da Chibata, em 1910, com a Revolta de Antonio Caprio Juazeiro, em 1911 e o Contestado em 1912.Explo- Prof.Historiador.Dir.IHGG dem no Rio de Janeiro movimentos de insurreição em 1922 e em São Paulo em 1924. As Revoltas Tenentistas não dão um minuto de paz ao gover- Trezentos e oitenta e nove anos após o “descobri- no republicano. Em 1924, a rebelião tenentista em mento” do Brasil é proclamada em 1889 a Repúbli- São Paulo exige a renúncia de Artur Bernardes. A ca. A palavra “república” indica forma de governo luta entre civis e militares chega a pontos extremos. em que o supremo O presidente Was- poder é exercido, hington Luiz man- temporariamente, tém o País em por um ou mais estado de sítio cidadãos eleitos desde sua posse pelo povo. O siste- em 1926. A mal- ma é presidencia- dição da Repúbli- lista. O primeiro e ca está mais forte o segundo Império do que nunca. Em tiveram seus altos 1930, explode a e baixos, mas o revolução que leva segundo foi o pe- Vargas ao poder. ríodo em que mais Depois vêm a Re- o Brasil cresceu, volução de 32, a em todos os senti- Intentona Comu- dos. Os oligarquis- nista, o Estado tas agrários de São Novo, Lampião, a Paulo, de Minas declaração de Gue- Gerais e do Rio de rra do Brasil à Ale- Janeiro derruba- manha e à Itália e ram o imperador a morte de Getúlio Pedro II, banido em 24 de agosto com a família para de 1954. Nada de a Europa morren- paz na República. do dois anos após A “maldição” pare- em Paris, de pneumonia. Deodoro, no dia ante- ce continuar forte. Chega 1956 e assume Jusce- rior a 15 de Novembro de 1889, passou a tarde lino Kubitschek. É inaugurada Brasília em 1960. toda no palácio com o amigo e imperador Pedro II. Jânio chega e sai. O poder é dividido entre Jango No dia seguinte, derruba o imperador e assume o e militares, depois assumem estes e a ditadura governo provisório sob o sistema republicano, re- militar ultrapassa 20 anos. Golpes, contra-golpes, nunciando em 1891 sob enorme pressão de seu exílios, mortes, planos econômicos fracassados e vice, Floriano Peixoto, que assume o poder. Este Tancredo, Sarney, Collor e o selo da maldição re- imediatamente tem de enfrentar movimento arma- publicana: a reeleição. De Deodoro até Lula II já do contra o seu governo. A República Velha vai se vão 41 mandatários (inclusive duas juntas), e a de 1889 a 1930 sob fortíssimas pressões e sem República vai de mal a pior. Lá se vão 118 anos re- paz em nenhum momento. A maldição da Repúbli- publicanos contra 389 anos do Império. A paz fica ca parecia nascer forte e assustadora. De 1893 a cada dia mais distante. Será que esta maldição 1897, a República enfrenta Antonio Conselheiro na existe e nos foi lançada por Pedro II ou é apenas conhecida Revolta de Canudos. Morrem milhares impressão minha? de brasileiros. De 1893 a 1895, a República arde com a Revolta Federalista. Só em 1895 é eleito o primeiro presidente civil, Prudente de Moraes. Revista Brava Gente Brasileira 1.º Fev. 2009 – Ano I, N.º 2 20
  • 22. Associação Causa Imperial Brasil. No seu coração bate um Império FILIE-SE na ACI www.causaimperial.org.br