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DISCENTES:
CINTIA RAQUEL BATISTA
FERNANDA MARINHO
FERNANDO MILTON
MARNO MIZAEL GALVÃO
SIMONY MAGDA DA SILVA
CÓLERA, CAXUMBA,
HEPATITE B E
HEPATITE C
 Infecção intestinal aguda, causada pela enterotoxina
do bacilo da Cólera Vibrio cholerae;
 Assintomática ou oligossintomática, com diarreia leve;
 Pode se apresentar de forma grave, com diarreia
aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal
e câimbras;
 Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode
evoluir para desidratação, acidose, colapso
circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência
renal à infecção.
 Complicações:
• Depleção hidro-salina imposta pela diarreia e pelos vômitos;
• A desidratação não corrigida levará a uma deterioração
progressiva da circulação, da função renal e do balanço
hidroeletrolítico;
• Choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico,
hipocalemia, hipoglicemia;
• O aborto é comum no 3º trimestre de gestação, em casos de
choque hipovolêmico;
• As complicações podem ser evitadas com adequada hidratação
precoce.
 Agente etiológico - Vibrio cholerae O1, biotipo
clássico ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa ou
Hikogima), toxigênico, e, também, o O139.
 Modo de transmissão
• Ingestão de água ou alimentos
contaminados por fezes ou
vômitos de doente ou portador;
• A contaminação pessoa a
pessoa é menos importante na
cadeia epidemiológica;
• A variedade El Tor persiste na
água por muito tempo, o que
aumenta a probabilidade de
manter sua transmissão e
circulação.
 Diagnóstico
• Laboratorial - O V. cholerae pode ser isolado a partir
da cultura de amostras de fezes de doentes ou
portadores assintomáticos. A coleta do material pode
ser feita por swab retal ou fecal, fezes in natura ou em
papel de filtro.
• Clínico-epidemiológico - Casos de diarreia nos quais
são relacionadas variáveis com manifestações
clínicas e epidemiológicas capazes de definir o
diagnóstico, sem investigação laboratorial.
 Tratamento
• Formas leves e moderadas, com soro de reidratação
oral (SRO);
• Formas graves, com hidratação venosa e antibiótico:
oPara menores de 8 anos, recomenda-se Sulfametoxazol
(50mg/kg/dia) + Trimetoprim (10mg/kg/dia), via oral, de
12/12 horas, por 3 dias;
oPara maiores de 8 anos, Tetraciclina, 500mg, via oral, de 6/6
horas, por 3 dias; para gestantes e nutrizes, Ampicilina,
500mg, VO, de 6/6 horas, por 3 dias.
 Características epidemiológicas
• Padrão endêmico;
• Fatores que favorecem a ocorrência da doença:
 A deficiência do abastecimento de água tratada;
 Destino inadequado dos dejetos;
 Ata densidade populacional;
 Carências de habitação;
 Higiene inadequada;
 Alimentação precária;
 Educação insuficiente
• Áreas epidêmicas - maiores de 15 anos;
• Áreas endêmicas - a faixa mais jovem;
• Predominante no sexo masculino;
• 2000 a 2008
 redução significativa no número de casos e óbitos
 766 casos e 20 óbitos, todos na região Nordeste.
• A taxa de letalidade - pode atingir 50%,
• 1991 a 2004, a letalidade oscilou em torno de 1,3%,
apresentando desde então percentuais mais
elevados. Esse aumento, no entanto, não parece
estar ligado a uma deterioração do atendimento ao
paciente, mas possivelmente a uma sub-notificação
importante de casos.
 MEDIDAS DE CONTROLE
 Prover as populações sob risco, de adequada
infraestrutura de saneamento:
• água, esgotamento sanitário e coleta e disposição de lixo.
• investimentos sociais do poder público.
 A rede assistencial deve estar estruturada e
capacitada para a detecção precoce e o manejo
adequado dos casos;
 Cuidados com os vômitos e as fezes dos
pacientes no domicílio;
 Lavagem rigorosa das
mãos e procedimentos
básicos de higiene;
 Isolamento entérico nos
casos hospitalizados,
com desinfecção
concorrente de fezes,
vômitos, vestuário e
roupa de cama dos
pacientes;
 A quimioprofilaxia de contatos não é indicada por
não ser eficaz para conter a propagação dos
casos;
 Uso de antibiótico altera a flora intestinal,
modificando a suscetibilidade à infecção, podendo
provocar o aparecimento de cepas resistentes;
 A vacinação apresenta baixa eficácia (50%), curta
duração de imunidade (3 a 6 meses) e não evita a
infecção assintomática.
 Para vigiar e detectar precocemente a circulação do
agente preconiza-se:
• Fortalecimento da monitorização das doenças diarréicas agudas
(MDDA), nos municípios do país;
• Monitorização ambiental para pesquisa de V. cholerae, no
ambiente;
 No caso do V. cholerae El Tor, a relação entre doentes
e assintomáticos é muito alta, podendo haver de 30 a
100 assintomático para cada indivíduo doente; assim,
as medidas de prevenção e controle devem ser
direcionadas a toda a comunidade, para garantir o
impacto desejado.
 “As pessoas da Índia sempre
conviveram com os perigos
da cólera, mas somente
após o século 19 o resto do
mundo conheceu essa
doença. Durante esse
período, os navios mercantes
exportavam acidentalmente a
bactéria mortal para cidades
da China, do Japão, da África
do Norte, do Oriente Médio e
da Europa. Seguiram-se seis
pandemias de cólera que
mataram milhões de
pessoas.”
(http://saude.hsw.uol.com.br/dez-piores-
epidemias6.htm)
 Doença viral aguda,
caracterizada por
febre e aumento de
volume de uma ou
mais glândulas
salivares, geralmente
a parótida e, às
vezes, glândulas
sublinguais ou
submandibulares;
 Em homens adultos,
ocorre orquiepididimite
em aproximadamente
20 a 30% dos casos;
 Em mulheres, pode
ocorrer ooforite com
menor frequência,
acometendo cerca de
5% dos casos;
 Aproximadamente, 1/3
das infecções pode não
apresentar aumento,
clinicamente aparente,
dessas glândulas;
 O sistema nervoso
central, com frequência,
pode estar acometido sob
a forma de meningite
asséptica, quase sempre
sem sequelas. Mais
raramente, pode ocorrer
encefalite.
 Complicações:
• Meningite asséptica, pancreatite, tiroidite, neurites,
orquiepididimite, ooforite, miocardite e nefrite;
• Uma complicação rara é o desenvolvimento de
encefalite, podendo levar a edema cerebral,
manifestações neurológicas graves e óbito;
• Como sequelas, podem ocorrer surdez unilateral
(secundária à neurite do oitavo par craniano) e atrofia
testicular, sendo de ocorrência rara a esterilidade.
 Sinonímia - Papeira, caxumba.
 Agente etiológico - Vírus da família Paramyxoviridae,
gênero Paramyxovirus.
 Modo de transmissão - Via aérea, através
disseminação de gotículas, ou por contato direto
com saliva de pessoas infectadas.
Diagnóstico
• Clínico-epidemiológico:
 As provas sorológicas (neutralização, inibição da
hemaglutinação ou Elisa) não são utilizadas na rotina.
A fixação do complemento positiva sugere infecção
recente.
 Tratamento
• Tratamento de suporte - Repouso e analgesia.
• Meningite asséptica - tratamento sintomático.
• Encefalite - tratamento do edema cerebral, manutenção das
funções vitais.
• Tratamento de apoio para a orquite - suspensão da bolsa
escrotal através de suspensório; aplicação de bolsas de gelo;
analgesia, quando necessário.
• Para redução da resposta inflamatória, pode ser utilizado
Prednisona, 1ml/kg/dia, via oral, com redução gradual (semanal).
Outros anti-inflamatórios não hormonais também podem ser
indicados.
 Características epidemiológicas
• Ausência de imunização:
 85% dos adultos têm Parotidite Infecciosa
 1/3 dos infectados não apresentam sintomas
• A doença é mais severa em adultos;
• As estações com maior ocorrência de casos são o
inverno e a primavera;
• Costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que
acometem mais as crianças.
 MEDIDAS DE CONTROLE
 Vacinação - Indicada antes
da exposição.
 Esquema vacinal básico
• Vacina tríplice viral
(Sarampo, caxumba e
Rubéola) aos 12 meses de
idade, com uma dose
adicional entre 4 e 6 anos;
• As contra-indicações ao uso dessa vacina
são:
 antecedente de reação anafilática sistêmica
após ingestão de ovo de galinha;
 gravidez e administração de imunoglobulina
normal, sangue total ou plasma nos três
meses anteriores.
 Recomenda-se às mulheres vacinadas evitar a
gravidez por 30 dias após a aplicação. No
entanto, se alguma grávida for
inadvertidamente vacinada, não há indicação
de interrupção da gravidez.
 Ações de educação em
saúde
• Informar à população quanto às
características da Parotidite
Infecciosa e a possibilidade de
complicações;
• Orientar quanto à busca de
assistência médica adequada,
quando necessária (orquites,
mastites, meningite, encefalite);
• Educar sobre a importância de
vacinar as crianças.
 Doença viral que cursa
de forma assintomática
ou sintomática (até
formas fulminantes);
 As formas sintomáticas
são caracterizadas por
mal-estar, cefaleia, febre
baixa, anorexia, astenia,
fadiga, artralgia,
náuseas, vômitos,
desconforto no
hipocôndrio direito e
aversão a alguns
alimentos e ao cigarro;
 A icterícia, geralmente,
inicia-se quando a febre
desaparece, podendo ser
precedida por colúria e
hipocolia fecal;
 Hepatomegalia ou
hepatoesplenomegalia
também podem estar
presentes;
 Na forma aguda, os
sintomas vão
desaparecendo
paulatinamente;
 Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica
mantendo um processo inflamatório hepático por mais
de 6 meses;
 O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade
na qual ocorre a infecção.
• Menores de um ano: 90%;
• Entre 1 e 5 anos: entre 20 e 50%
• Adultos: entre 5 e 10%.
 Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida
evoluem para a cronicidade com maior frequência.
Complicações
• Cronificação da
infecção, cirrose
hepática e suas
complicações (ascite,
hemorragias digestivas,
peritonite bacteriana
espontânea,
encefalopatia hepática)
e carcinoma
hepatocelular.
 Agente etiológico - Vírus da Hepatite B (HBV). Um
vírus DNA, da família Hepadnaviridae.
Modo de transmissão
• O HBV é altamente infectivo e facilmente
transmitido:
 Via sexual;
 Transfusões de sangue;
 Procedimentos médicos e odontológicos;
 Hemodiálises sem as adequadas normas de
biossegurança;
 Transmissão vertical (mãe-filho);
 Contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de
escova dental e lâminas de barbear);
 Acidentes perfurocortantes;
• Compartilhamento de seringas e de material para a realização de
tatuagens e piercings.
 Diagnóstico:
• Clínico-laboratorial e laboratorial:
 Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente
etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos;
 Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de
aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do
parênquima hepático;
 O nível pode estar até 25 a 100 vezes acima do normal;
 As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar
aumentada (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade;
 Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e
de biologia molecular.
 Tratamento
• Não existe tratamento específico para a forma aguda.
• Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido.
• Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização
das aminotransferases.
• Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular.
• De forma prática, deve se recomendar que o próprio paciente defina sua
dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar.
• A única restrição relaciona-se à ingestão de álcool, que deve ser
suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente por 1 ano.
• Medicamentos não devem ser administrados sem
recomendação médica, para não agravar o dano hepático.
• As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou
não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor
terapêutico.
• A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clínico-
terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério
da Saúde.
• Devido à alta complexidade do tratamento,
acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve
ser realizado em serviços especializados (média ou alta
complexidade do SUS. O mesmo ocorrendo com as formas
fulminantes.
 Características epidemiológicas
• Estima-se que o HBV seja responsável por 1 milhão de mortes
ao ano e existam 350 milhões de portadores crônicos no mundo.
• A estabilidade do vírus, variedades nas formas de transmissão e
a existência de portadores crônicos permitem a sobrevida e
persistência do HBV na população.
• As infecções materno-infantil (vertical) e a horizontal, nos
primeiros anos de vida, ocorrem em regiões de alta
endemicidade como África, China e sudeste asiático.
• Já em regiões de baixa endemicidade, como Europa, EUA e
Austrália, a contaminação ocorre na vida adulta, principalmente
em grupos de risco acrescido.
• No Brasil: tendência crescente do HBV em
direção à região Sul/Norte, descrevendo três
padrões de distribuição da Hepatite B:
 Alta endemicidade, presente na região Amazônica,
alguns locais do Espírito Santo e oeste de Santa
Catarina;
 Endemicidade intermediária, nas regiões Nordeste,
Centro-oeste e Sudeste;
 Baixa endemicidade, na região Sul do país.
 No entanto, esse
padrão vem se
modificando com a
política de vacinação
contra o HBV, iniciada
sob a forma de
campanha em 1989.
 O Nordeste como um
todo, está em situação
de baixa endemicidade.
 Grupos populacionais com
comportamentos sexuais de
risco acrescido, como
profissionais do sexo e
homens que fazem sexo
com homens, além de
usuários de drogas
injetáveis que compartilham
seringas, profissionais de
saúde e pessoas
submetidas à hemodiálise
apresentam prevalências
maiores que a população
em geral.
 MEDIDAS DE CONTROLE
• Profilaxia pré-exposição, pós-exposição;
• Não-compartilhamento ou reutilização de seringas e
agulhas;
• Triagem obrigatória dos doadores de sangue;
• Inativação viral de hemoderivados;
• Medidas adequadas de biossegurança nos
estabelecimentos de saúde.
• A vacinação é a medida
mais segura para a
prevenção da Hepatite B.
• No Brasil, a vacina contra
Hepatite B está
disponível nas salas de
vacinação do SUS para
faixas etárias específicas
e para situações de
maior vulnerabilidade,
conforme descrito a
seguir.
 Faixas etárias específicas
• Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento,
preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto.
• Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade.
• Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser
aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas
de vida, para evitar a transmissão vertical.
• A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em
qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do
calendário básico.
Para todas as faixas etárias
• A vacina contra a Hepatite B está disponível nos
Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais (CRIE), conforme Manual do CRIE, 3ª
edição, do Ministério as Saúde, 2006, para os
seguintes casos:
 vítimas de abuso sexual;
 vítimas de acidentes com material biológico positivo ou
fortemente suspeito de infecção por VHB;
 profissionais de saúde;
 hepatopatias crônicas e portadores de Hepatite C;
 doadores de sangue;
 transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;
 doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea;
 potenciais receptores de múltiplas transfusões de
sangue ou politransfundidos;
 nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica;
 convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras
de HBV;
 fibrose cística;
 doença de depósito;
 imunodeprimidos;
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 pessoas reclusas (em presídios, hospitais psiquiátricos,
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 carcereiros de delegacias e penitenciárias;
 homens que fazem sexo com homens;
 profissionais do sexo;
 profissionais de saúde;
 coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
 bombeiros, policiais militares, policiais civis e policiais
rodoviários;
 profissionais envolvidos em atividade de resgate.
 Os portadores e
doentes devem ser
orientados a evitar a
disseminação do vírus
adotando medidas
simples, tais como usar
preservativos nas
relações sexuais, não
doar sangue, evitar o
compartilhamento de
seringas e agulhas
descartáveis.
 Doença viral que cursa
de forma assintomática
ou sintomática (até
formas fulminantes);
 As formas sintomáticas
são caracterizadas por
mal-estar, cefaleia, febre
baixa, anorexia, astenia,
fadiga, artralgia,
náuseas, vômitos,
desconforto no
hipocôndrio direito e
aversão a alguns
alimentos e ao cigarro;
 A icterícia, geralmente,
inicia-se quando a febre
desaparece, podendo ser
precedida por colúria e
hipocolia fecal;
 Hepatomegalia ou
hepatoesplenomegalia
também podem estar
presentes;
 Na forma aguda, os
sintomas vão
desaparecendo
paulatinamente;
 Agente etiológico - Vírus da Hepatite C (HCV). É um
vírus RNA, família Flaviviridae.
 Modo de transmissão
• A transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral.
• São consideradas populações de risco acrescido por via
parenteral:
 indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados
antes de 1993;
 pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis
(cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína)
e pipadas (crack);
 pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de
exposição percutânea.
 A transmissão sexual pode ocorrer, principalmente, em
pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de
risco acrescido (sem uso de preservativo);
 A coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – constitui
um importante facilitador dessa transmissão;
 A transmissão perinatal é possível e ocorre, quase sempre,
no momento do parto ou logo após.
 A transmissão intra-uterina é incomum
 Apesar da possibilidade
da transmissão pelo
aleitamento materno
(partículas virais foram
demonstradas no
colostro e leite
materno), não há
evidências conclusivas
de aumento do risco à
transmissão, exceto na
ocorrência de fissuras
ou sangramento nos
mamilos.
Complicações
• Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas
complicações (ascite, hemorragias digestivas,
peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia
hepática) e carcinoma hepatocelular.
 Diagnóstico - Clínico-laboratorial:
• Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar
o agente etiológico, sendo necessária a realização de
exames sorológicos;
• Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as
dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO –
que denunciam lesão do parênquima hepático;
• O nível de ALT pode estar 3 vezes maior que o normal;
• As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina
pode estar alargado (TP>17s ou INR>1,5), indicando
gravidade.
• Na infecção crônica, o padrão ondulante dos níveis
séricos das aminotransferases, especialmente a
ALT/TGP, diferentemente da Hepatite B, apresenta-se
entre seus valores normais e valores mais altos.
• A definição do agente é feita pelo marcador sorológico
anti-HCV, o qual indica contato prévio com o agente,
entretanto não define se é infecção aguda ou
pregressa e curada espontaneamente, ou se houve
cronificação da doença.
• A presença do vírus deve ser confirmada pela
pesquisa qualitativa de HCV-RNA.
 Tratamento
• Repouso relativo até a normalização das
aminotransferases.
• Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de
uso popular.
• Recomendar que o próprio paciente defina sua dieta,
de acordo com seu apetite e aceitação alimentar.
• Restrição à ingestão de álcool, que deve ser
suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo
preferencialmente por 1 ano.
• Medicamentos não devem ser administrados sem
recomendação médica, para não agravar o dano
hepático.
• As drogas consideradas “hepatoprotetoras”,
associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm
nenhum valor terapêutico.
• Na Hepatite Crônica, estima-se que um terço a um
quarto dos casos necessitará de tratamento.
• Sua indicação baseia-se no grau de acometimento
hepático.
 Pacientes sem manifestações de hepatopatia e com
aminotransferases normais devem ser avaliados
clinicamente e repetir os exames a cada 6 meses.
 O tratamento para a fase crônica e retratamento tem
diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de
portarias do Ministério da Saúde.
 Devido à alta complexidade do tratamento,
acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele
deve ser realizado em serviços especializados (média
ou alta complexidade do SUS).
Características epidemiológicas
• O vírus C costuma apresentar uma fase aguda
oligo/assintomática, de modo que ele responde
por apenas uma pequena parte das hepatites
agudas sintomáticas.
• Estima-se que existam 170 milhões de pessoas
infectadas em todo o mundo.
No Brasil, com base em doadores de
sangue a prevalência de anti-HCV:
• 0,62% no Norte;
• 0,55% no Nordeste;
• 0,43% no Sudeste;
• 0,28% no Centro-oeste;
• 0,46% no Sul.
(Anvisa, 2002).
 As populações mais atingidas são:
• pacientes que realizam múltiplas transfusões;
• Hemofílicos;
• Hemodialisados;
• usuários de drogas injetáveis e inaláveis;
• assim como portadores de tatuagens e de piercing.
 MEDIDAS DE CONTROLE
• Não há vacina, nem
imunoglobulina para a Hepatite
C.
• Aos portadores crônicos do HCV
são recomendadas as vacinas
contra Hepatite A e B, se forem
suscetíveis, evitando o risco
dessas infecções.
• É importante orientar os
portadores do HCV para evitar a
transmissão do vírus
 Não-compartilhamento de seringas;
 Uso de preservativo;
 Atenção para transmissão vertical (mãe - filho) e
maior cuidado no aleitamento materno;
 Não deve fazer doação de sangue;
 Seguir as normas de biossegurança nos
estabelecimentos de saúde e em lojas de
tatuagens e piercing;
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e
parasitárias : guia de bolso. 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2010.
Doenças infecciosas

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Doenças infecciosas

  • 1. DISCENTES: CINTIA RAQUEL BATISTA FERNANDA MARINHO FERNANDO MILTON MARNO MIZAEL GALVÃO SIMONY MAGDA DA SILVA
  • 3.
  • 4.  Infecção intestinal aguda, causada pela enterotoxina do bacilo da Cólera Vibrio cholerae;  Assintomática ou oligossintomática, com diarreia leve;  Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e câimbras;  Esse quadro, quando não tratado prontamente, pode evoluir para desidratação, acidose, colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal à infecção.
  • 5.  Complicações: • Depleção hidro-salina imposta pela diarreia e pelos vômitos; • A desidratação não corrigida levará a uma deterioração progressiva da circulação, da função renal e do balanço hidroeletrolítico; • Choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico, hipocalemia, hipoglicemia; • O aborto é comum no 3º trimestre de gestação, em casos de choque hipovolêmico; • As complicações podem ser evitadas com adequada hidratação precoce.
  • 6.  Agente etiológico - Vibrio cholerae O1, biotipo clássico ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa ou Hikogima), toxigênico, e, também, o O139.
  • 7.  Modo de transmissão • Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador; • A contaminação pessoa a pessoa é menos importante na cadeia epidemiológica; • A variedade El Tor persiste na água por muito tempo, o que aumenta a probabilidade de manter sua transmissão e circulação.
  • 8.  Diagnóstico • Laboratorial - O V. cholerae pode ser isolado a partir da cultura de amostras de fezes de doentes ou portadores assintomáticos. A coleta do material pode ser feita por swab retal ou fecal, fezes in natura ou em papel de filtro. • Clínico-epidemiológico - Casos de diarreia nos quais são relacionadas variáveis com manifestações clínicas e epidemiológicas capazes de definir o diagnóstico, sem investigação laboratorial.
  • 9.  Tratamento • Formas leves e moderadas, com soro de reidratação oral (SRO); • Formas graves, com hidratação venosa e antibiótico: oPara menores de 8 anos, recomenda-se Sulfametoxazol (50mg/kg/dia) + Trimetoprim (10mg/kg/dia), via oral, de 12/12 horas, por 3 dias; oPara maiores de 8 anos, Tetraciclina, 500mg, via oral, de 6/6 horas, por 3 dias; para gestantes e nutrizes, Ampicilina, 500mg, VO, de 6/6 horas, por 3 dias.
  • 10.  Características epidemiológicas • Padrão endêmico; • Fatores que favorecem a ocorrência da doença:  A deficiência do abastecimento de água tratada;  Destino inadequado dos dejetos;  Ata densidade populacional;  Carências de habitação;  Higiene inadequada;  Alimentação precária;  Educação insuficiente
  • 11.
  • 12.
  • 13. • Áreas epidêmicas - maiores de 15 anos; • Áreas endêmicas - a faixa mais jovem; • Predominante no sexo masculino;
  • 14. • 2000 a 2008  redução significativa no número de casos e óbitos  766 casos e 20 óbitos, todos na região Nordeste. • A taxa de letalidade - pode atingir 50%, • 1991 a 2004, a letalidade oscilou em torno de 1,3%, apresentando desde então percentuais mais elevados. Esse aumento, no entanto, não parece estar ligado a uma deterioração do atendimento ao paciente, mas possivelmente a uma sub-notificação importante de casos.
  • 15.  MEDIDAS DE CONTROLE  Prover as populações sob risco, de adequada infraestrutura de saneamento: • água, esgotamento sanitário e coleta e disposição de lixo. • investimentos sociais do poder público.  A rede assistencial deve estar estruturada e capacitada para a detecção precoce e o manejo adequado dos casos;  Cuidados com os vômitos e as fezes dos pacientes no domicílio;
  • 16.  Lavagem rigorosa das mãos e procedimentos básicos de higiene;  Isolamento entérico nos casos hospitalizados, com desinfecção concorrente de fezes, vômitos, vestuário e roupa de cama dos pacientes;
  • 17.  A quimioprofilaxia de contatos não é indicada por não ser eficaz para conter a propagação dos casos;  Uso de antibiótico altera a flora intestinal, modificando a suscetibilidade à infecção, podendo provocar o aparecimento de cepas resistentes;  A vacinação apresenta baixa eficácia (50%), curta duração de imunidade (3 a 6 meses) e não evita a infecção assintomática.
  • 18.  Para vigiar e detectar precocemente a circulação do agente preconiza-se: • Fortalecimento da monitorização das doenças diarréicas agudas (MDDA), nos municípios do país; • Monitorização ambiental para pesquisa de V. cholerae, no ambiente;  No caso do V. cholerae El Tor, a relação entre doentes e assintomáticos é muito alta, podendo haver de 30 a 100 assintomático para cada indivíduo doente; assim, as medidas de prevenção e controle devem ser direcionadas a toda a comunidade, para garantir o impacto desejado.
  • 19.  “As pessoas da Índia sempre conviveram com os perigos da cólera, mas somente após o século 19 o resto do mundo conheceu essa doença. Durante esse período, os navios mercantes exportavam acidentalmente a bactéria mortal para cidades da China, do Japão, da África do Norte, do Oriente Médio e da Europa. Seguiram-se seis pandemias de cólera que mataram milhões de pessoas.” (http://saude.hsw.uol.com.br/dez-piores- epidemias6.htm)
  • 20.
  • 21.  Doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares;
  • 22.  Em homens adultos, ocorre orquiepididimite em aproximadamente 20 a 30% dos casos;  Em mulheres, pode ocorrer ooforite com menor frequência, acometendo cerca de 5% dos casos;
  • 23.  Aproximadamente, 1/3 das infecções pode não apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glândulas;  O sistema nervoso central, com frequência, pode estar acometido sob a forma de meningite asséptica, quase sempre sem sequelas. Mais raramente, pode ocorrer encefalite.
  • 24.  Complicações: • Meningite asséptica, pancreatite, tiroidite, neurites, orquiepididimite, ooforite, miocardite e nefrite; • Uma complicação rara é o desenvolvimento de encefalite, podendo levar a edema cerebral, manifestações neurológicas graves e óbito; • Como sequelas, podem ocorrer surdez unilateral (secundária à neurite do oitavo par craniano) e atrofia testicular, sendo de ocorrência rara a esterilidade.
  • 25.  Sinonímia - Papeira, caxumba.  Agente etiológico - Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
  • 26.  Modo de transmissão - Via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas.
  • 27. Diagnóstico • Clínico-epidemiológico:  As provas sorológicas (neutralização, inibição da hemaglutinação ou Elisa) não são utilizadas na rotina. A fixação do complemento positiva sugere infecção recente.
  • 28.  Tratamento • Tratamento de suporte - Repouso e analgesia. • Meningite asséptica - tratamento sintomático. • Encefalite - tratamento do edema cerebral, manutenção das funções vitais. • Tratamento de apoio para a orquite - suspensão da bolsa escrotal através de suspensório; aplicação de bolsas de gelo; analgesia, quando necessário. • Para redução da resposta inflamatória, pode ser utilizado Prednisona, 1ml/kg/dia, via oral, com redução gradual (semanal). Outros anti-inflamatórios não hormonais também podem ser indicados.
  • 29.  Características epidemiológicas • Ausência de imunização:  85% dos adultos têm Parotidite Infecciosa  1/3 dos infectados não apresentam sintomas • A doença é mais severa em adultos; • As estações com maior ocorrência de casos são o inverno e a primavera; • Costuma apresentar-se sob a forma de surtos, que acometem mais as crianças.
  • 30.  MEDIDAS DE CONTROLE  Vacinação - Indicada antes da exposição.  Esquema vacinal básico • Vacina tríplice viral (Sarampo, caxumba e Rubéola) aos 12 meses de idade, com uma dose adicional entre 4 e 6 anos;
  • 31. • As contra-indicações ao uso dessa vacina são:  antecedente de reação anafilática sistêmica após ingestão de ovo de galinha;  gravidez e administração de imunoglobulina normal, sangue total ou plasma nos três meses anteriores.  Recomenda-se às mulheres vacinadas evitar a gravidez por 30 dias após a aplicação. No entanto, se alguma grávida for inadvertidamente vacinada, não há indicação de interrupção da gravidez.
  • 32.  Ações de educação em saúde • Informar à população quanto às características da Parotidite Infecciosa e a possibilidade de complicações; • Orientar quanto à busca de assistência médica adequada, quando necessária (orquites, mastites, meningite, encefalite); • Educar sobre a importância de vacinar as crianças.
  • 33.
  • 34.  Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática (até formas fulminantes);  As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro;
  • 35.  A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal;  Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem estar presentes;  Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente;
  • 36.  Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 meses;  O risco de cronificação pelo vírus B depende da idade na qual ocorre a infecção. • Menores de um ano: 90%; • Entre 1 e 5 anos: entre 20 e 50% • Adultos: entre 5 e 10%.  Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida evoluem para a cronicidade com maior frequência.
  • 37. Complicações • Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.
  • 38.  Agente etiológico - Vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus DNA, da família Hepadnaviridae.
  • 39. Modo de transmissão • O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido:  Via sexual;
  • 41.  Procedimentos médicos e odontológicos;
  • 42.  Hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança;
  • 43.  Transmissão vertical (mãe-filho);
  • 44.  Contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de escova dental e lâminas de barbear);
  • 46. • Compartilhamento de seringas e de material para a realização de tatuagens e piercings.
  • 47.  Diagnóstico: • Clínico-laboratorial e laboratorial:  Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos;  Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático;  O nível pode estar até 25 a 100 vezes acima do normal;  As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar aumentada (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade;  Os exames específicos são feitos por meio de métodos sorológicos e de biologia molecular.
  • 48.  Tratamento • Não existe tratamento específico para a forma aguda. • Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. • Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. • Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular. • De forma prática, deve se recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. • A única restrição relaciona-se à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente por 1 ano.
  • 49. • Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. • As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. • A forma crônica da Hepatite B tem diretrizes clínico- terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde. • Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados (média ou alta complexidade do SUS. O mesmo ocorrendo com as formas fulminantes.
  • 50.  Características epidemiológicas • Estima-se que o HBV seja responsável por 1 milhão de mortes ao ano e existam 350 milhões de portadores crônicos no mundo. • A estabilidade do vírus, variedades nas formas de transmissão e a existência de portadores crônicos permitem a sobrevida e persistência do HBV na população. • As infecções materno-infantil (vertical) e a horizontal, nos primeiros anos de vida, ocorrem em regiões de alta endemicidade como África, China e sudeste asiático. • Já em regiões de baixa endemicidade, como Europa, EUA e Austrália, a contaminação ocorre na vida adulta, principalmente em grupos de risco acrescido.
  • 51. • No Brasil: tendência crescente do HBV em direção à região Sul/Norte, descrevendo três padrões de distribuição da Hepatite B:  Alta endemicidade, presente na região Amazônica, alguns locais do Espírito Santo e oeste de Santa Catarina;  Endemicidade intermediária, nas regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste;  Baixa endemicidade, na região Sul do país.
  • 52.  No entanto, esse padrão vem se modificando com a política de vacinação contra o HBV, iniciada sob a forma de campanha em 1989.  O Nordeste como um todo, está em situação de baixa endemicidade.
  • 53.  Grupos populacionais com comportamentos sexuais de risco acrescido, como profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens, além de usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas, profissionais de saúde e pessoas submetidas à hemodiálise apresentam prevalências maiores que a população em geral.
  • 54.  MEDIDAS DE CONTROLE • Profilaxia pré-exposição, pós-exposição; • Não-compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas; • Triagem obrigatória dos doadores de sangue; • Inativação viral de hemoderivados; • Medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde.
  • 55. • A vacinação é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite B. • No Brasil, a vacina contra Hepatite B está disponível nas salas de vacinação do SUS para faixas etárias específicas e para situações de maior vulnerabilidade, conforme descrito a seguir.
  • 56.  Faixas etárias específicas • Menores de 1 ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto. • Crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos de idade. • Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. • A vacina contra Hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico.
  • 57. Para todas as faixas etárias • A vacina contra a Hepatite B está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), conforme Manual do CRIE, 3ª edição, do Ministério as Saúde, 2006, para os seguintes casos:  vítimas de abuso sexual;  vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB;
  • 58.  profissionais de saúde;  hepatopatias crônicas e portadores de Hepatite C;  doadores de sangue;  transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;  doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea;  potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos;
  • 59.  nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica;  convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de HBV;  fibrose cística;  doença de depósito;  imunodeprimidos;  populações indígenas;
  • 60.  usuários de drogas injetáveis e inaláveis;  pessoas reclusas (em presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc);  carcereiros de delegacias e penitenciárias;  homens que fazem sexo com homens;
  • 61.  profissionais do sexo;  profissionais de saúde;  coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;  bombeiros, policiais militares, policiais civis e policiais rodoviários;  profissionais envolvidos em atividade de resgate.
  • 62.  Os portadores e doentes devem ser orientados a evitar a disseminação do vírus adotando medidas simples, tais como usar preservativos nas relações sexuais, não doar sangue, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas descartáveis.
  • 63.
  • 64.  Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática (até formas fulminantes);  As formas sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro;
  • 65.  A icterícia, geralmente, inicia-se quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia fecal;  Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem estar presentes;  Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente;
  • 66.  Agente etiológico - Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.
  • 67.  Modo de transmissão • A transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral. • São consideradas populações de risco acrescido por via parenteral:  indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;  pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) e pipadas (crack);  pessoas com tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea.
  • 68.  A transmissão sexual pode ocorrer, principalmente, em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo);  A coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – constitui um importante facilitador dessa transmissão;  A transmissão perinatal é possível e ocorre, quase sempre, no momento do parto ou logo após.  A transmissão intra-uterina é incomum
  • 69.  Apesar da possibilidade da transmissão pelo aleitamento materno (partículas virais foram demonstradas no colostro e leite materno), não há evidências conclusivas de aumento do risco à transmissão, exceto na ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos.
  • 70. Complicações • Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.
  • 71.  Diagnóstico - Clínico-laboratorial: • Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos; • Os exames laboratoriais inespecíficos incluem as dosagens de aminotransferases – ALT/TGP e AST/TGO – que denunciam lesão do parênquima hepático; • O nível de ALT pode estar 3 vezes maior que o normal; • As bilirrubinas são elevadas e o tempo de protrombina pode estar alargado (TP>17s ou INR>1,5), indicando gravidade.
  • 72. • Na infecção crônica, o padrão ondulante dos níveis séricos das aminotransferases, especialmente a ALT/TGP, diferentemente da Hepatite B, apresenta-se entre seus valores normais e valores mais altos. • A definição do agente é feita pelo marcador sorológico anti-HCV, o qual indica contato prévio com o agente, entretanto não define se é infecção aguda ou pregressa e curada espontaneamente, ou se houve cronificação da doença. • A presença do vírus deve ser confirmada pela pesquisa qualitativa de HCV-RNA.
  • 73.  Tratamento • Repouso relativo até a normalização das aminotransferases. • Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular. • Recomendar que o próprio paciente defina sua dieta, de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. • Restrição à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente por 1 ano.
  • 74. • Medicamentos não devem ser administrados sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático. • As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico. • Na Hepatite Crônica, estima-se que um terço a um quarto dos casos necessitará de tratamento. • Sua indicação baseia-se no grau de acometimento hepático.
  • 75.  Pacientes sem manifestações de hepatopatia e com aminotransferases normais devem ser avaliados clinicamente e repetir os exames a cada 6 meses.  O tratamento para a fase crônica e retratamento tem diretrizes clínico-terapêuticas definidas por meio de portarias do Ministério da Saúde.  Devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados (média ou alta complexidade do SUS).
  • 76. Características epidemiológicas • O vírus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que ele responde por apenas uma pequena parte das hepatites agudas sintomáticas. • Estima-se que existam 170 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo.
  • 77. No Brasil, com base em doadores de sangue a prevalência de anti-HCV: • 0,62% no Norte; • 0,55% no Nordeste; • 0,43% no Sudeste; • 0,28% no Centro-oeste; • 0,46% no Sul. (Anvisa, 2002).
  • 78.  As populações mais atingidas são: • pacientes que realizam múltiplas transfusões; • Hemofílicos; • Hemodialisados; • usuários de drogas injetáveis e inaláveis; • assim como portadores de tatuagens e de piercing.
  • 79.  MEDIDAS DE CONTROLE • Não há vacina, nem imunoglobulina para a Hepatite C. • Aos portadores crônicos do HCV são recomendadas as vacinas contra Hepatite A e B, se forem suscetíveis, evitando o risco dessas infecções. • É importante orientar os portadores do HCV para evitar a transmissão do vírus
  • 80.  Não-compartilhamento de seringas;  Uso de preservativo;  Atenção para transmissão vertical (mãe - filho) e maior cuidado no aleitamento materno;  Não deve fazer doação de sangue;  Seguir as normas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde e em lojas de tatuagens e piercing;
  • 81.  Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso. 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.