O documento discute os quatro pilares da sexualidade humana: sexo biológico, papel sexual, identidade sexual e orientação sexual. Apresenta cada um desses pilares e explica conceitos como gênero, diversidade sexual, homossexualidade e homofobia. Também aborda questões legais e educacionais relacionadas à sexualidade.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Pilares da sexualidade encontro com professores mediadores 2013
1. Os pilares da sexualidade
O corpo é uma página em branco na qual ooss vvaalloorreess ccuullttuurraaiiss
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Fernanda Rezende Pedroza
Professor Coordenador de Núcleo Pedagógico - Biologia
2013
2. Nascimento Morte
Corpo Cultura
SEXUALIDADE
História Costumes
Assim, sexualidade não é apenas sexo.
3. Sexualidade
Está relacionada com a busca do prazer
físico e emocional.
A sexualidade humana combina aspectos
biológicos, sociais, culturais e psíquicos.
5. 4 Pilares da Sexualidade
Sexo biológico –
constituído por
características fenotípicas
(órgãos genitais, mama,
barba, etc.) e genotípicas
(gene masculino XY e
feminino XX).
6. 4 Pilares da Sexualidade
Papel gênero (sexual) – comportamento
masculino ou feminino determinado pela
sociedade/cultura.
Variação conforme a época e a cultura.
Determinado pela sociedade e em constante
transformação.
Não há correspondência entre os papéis sexuais
que adquirimos e a nossa orientação sexual
7. Gênero
É o conjunto de valores, atitudes, papéis, práticas ou
características culturais baseadas no sexo biológico.
Masculino
Feminino
A gente não nasce mulher, torna-se mulher
Simone de Beauvoir, 1983
8. 4 Pilares da Sexualidade
Identidade gênero (sexual) – vinculada à ideia
de quem acreditamos ser. Aspectos importantes:
características físicas, contexto familiar e social. A
identidade não é tão presa ao sexo biológico.
Travestis – Pessoas que têm identidade
masculina e feminina acopladas, não sentem
desconforto com o seu sexo biológico, geralmente
são heterossexuais.
Rogéria/Astolfo
Encarnando a personagem Dimmy Kieer, o ex-
BBB Dicesar Ferreira diz que ser drag queen
virou profissão.
9. 4 Pilares da Sexualidade
Transexuais – Pessoas que têm identidade
oposta ao seu sexo biológico.
Ariadne Thalia Arantes
Lea T – filha de Toninho Cerezzo
10. 4 Pilares da Sexualidade
Orientação afetivo-sexual – indica por qual
gênero que uma pessoa se sente preferencialmente
atraída fisicamente e/ou emocionalmente.
Pode ser por alguém do sexo oposto, e nesse
caso a pessoa é heterossexual.
Pode ser por alguém do mesmo sexo, e
nesse caso a pessoa é homossexual
(gays ou lésbicas)
Pode ser tanto por uma pessoa do mesmo
sexo ou do sexo oposto, e nesse caso, a
pessoa é bissexual.
11. Orientação Sexual
Inúmeras pesquisas da sociologia, medicina, psicologia,
antropologia tentam explicar o fenômeno, mas não há
nenhuma teoria conclusiva.
12. Diversidade Sexual
Conhecimento das diferentes formas e
possibilidades de expressão da sexualidade ao
longo da existência humana.
A homossexualidade integra a diversidade sexual,
assim como a bissexualidade e a
heterossexualidade.
13. Homossexualidade
Não é doença física nem problema psicológico. Tampouco é uma
opção pessoal, pois não implica em escolha. (se há ma escolha é
inconsciente)
Assim, é impossível a um/uma homossexual levar ou influenciar
outra pessoa a ter a mesma orientação dele ou dela.
1999 – A homossexualidade foi eliminada do código internacional
de doença (CID), e tentativas de cura foram publicamente
repudiadas pelo Conselho Federação de Psicologia
Homossexualidade e não homossexualismo.
O sufixo "ismo" é muito usado na terminologia de palavras associadas a
doenças.
14. Homofobia
É a aversão diante do desejo sexual e afetivo por
pessoas do mesmo sexo. Esse sentimento é
movido, sobretudo, pelo desconhecimento, pela
desinformação em relação à sexualidade e às
diferentes formas de expressão do desejo, do
afeto e dos sentimentos.
15. Amparos legais
Estado de São Paulo, a lei 10.948, de 5/11/2001 em
seu artigo 1º diz o seguinte: será punida toda
manifestação atentatória ou discriminatória contra cidadão
ou cidadão homossexual, bissexual ou transgênero
(travesti, transexual).
Então, mesmo no caso de se alegar que era apenas
“brincadeira” ou “gozação”, a pessoa que discriminou a
outra por conta da orientação sexual dela, pode ser
processada. A lei atinge principalmente empresas e
estabelecimentos (tais como escolas e serviços de saúde)
podendo vir a aplicar multa, suspensão ou até mesmo
cassar a licença de funcionamento. Um/a funcionário/a
público/a pode, inclusive, perder o cargo.
16. Pesquisas
¼ estudantes não gostariam de ter um colega de classe
homossexual. A mesma rejeição explícita, apareceu entre
professores, ainda que em menor grau. UNESCO, 2004
Homossexuais enfrentam violência, ofensa e extorsão.
Brasil sem homofobia: Combate à Discriminação contra
GLBT e Promoção da Cidadania Homossexual, 2004
Brasil é campeão mundial em assassinatos homossexuais.
A cada 3 dias um homossexual é barbaramente
assassinado, vítima da homofobia.
Luiz Mott, Dept. Antropologia da Universidade Federal da
Bahia.
17. Amparos legais
Constituição Federal de 1988. Artigo 3, IV “Promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Artigo 13 “Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos
contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais.
Artigo 15 “A criança e o adolescente tem direito à liberdade,
ao respeito e à dignidade como pessoas humanas”.
Artigo 17 “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação
da imagem, da identidade e da autonomia.
Artigo 18 “É dever de todos zelar pela dignidade da criança e
do adolescente, pondo-os salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, atemorizante, vexatório ou
constrangedor.
18. Educação
A escola tem um papel importante na desconstrução
de mitos e preconceitos e na aquisição de valores
democráticos.
Nosso objetivo é estimular educadores/as a refletirem
sobre sua visão e opinião em relação à
homossexualidade, e repensar a sexualidade dos/das
jovens no sentido de colaborar, através de seu trabalho,
para a eliminação do preconceito e da discriminação
aos/as homossexuais.
19. Educação...
Sabemos que o desafio é grande....
Sugestões relevantes antes de iniciar ações na escola:
Diálogo, estudo e planejamento com todos da escola
(gestores, professores, funcionários e alunos)
Diálogo e conversa com a família
Projeto político-pedagógico
20. Material de apoio:
Kits Prevenção e Comunidade
distribuídos ao longo dos anos:
1998-2002-2005-2009-2013
25. E se fosse com você
KIT 2009
A adolescência
O corpo das garotas
O corpo dos garotos
Diversidade Sexual na Escola: uma metodologia de trabalho com adolescentes e
jovens
Era uma vez uma outra Maria – DVD e manual
Fenômeno bullying: como prevenir a adolescência e educar par a paz
Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas
Medo de quê? DVD e folheto
Saúde e prevenção nas escolas –diretrizes e guia para o educador
Sexo & Cia: as dúvidas mais comuns (e as mais entranhas) que rolam na
adolescência
Violência urbana
Preconceito e discriminação no contexto escolar: manual de atividades
preventivas para lidar com estas situações.
26. Guias de atividades:
• Saúde e Prevenção nas Escolas – Guia para
Educadores e
Diretrizes para Implementação do Projeto.
• Preconceito e Discriminação no contexto escolar.
Guia com sugestões de atividades preventivas
para a HTPC e sala de aula. Disponível
digitalizado no site FDE
27.
28. E se Fosse com Você?
Autores: Sandra Sarue e
Marcelo Boffa
O tema tratado nessa história é o do
bullying, ou seja, situações onde a
diferença é tratada como
desigualdade por meio de
xingamentos, gozações e ofensas.
Em um colégio, onde uma
determinada turma de estudantes se
“diverte” provocando e aterrorizando
os demais colegas, a professora
descobriu uma forma eficiente de
acabar com esse tipo de atitude.
29. Menina Bonita do Laço de Fita
Autora: Ana Maria Machado
Este livro, um dos mais
premiados e traduzidos da obra
de Ana Maria Machado, conta a
história de um coelhinho branco
que faz de tudo para mudar de
cor.
Coloca em cena diversos
aspectos relacionados a questão
étnica/racial possibilitando,
assim, um amplo debate sobre a
auto-estima, a igualdade e a
fraternidade.
30. Sexo & Cia - As Dúvidas Mais
Comuns (e as Mais Estranhas)
que Rolam na Adolescência -
Publifolha
Autor: Jairo Bouer
Nesse guia, os/as adolescentes
encontrarão, na forma de
perguntas e respostas, explicações
para as dúvidas mais frequentes
sobre sexualidade, saúde
reprodutiva, DST e aids, métodos
contraceptivos, uso de drogas,
relacionamentos afetivos e
identidade sexual.
O livro de Jairo Bouer
31. O Corpo das Garotas
Autor: Jairo Bouer
De forma clara e objetiva, o autor
esclarece as principais dúvidas que
uma garota tem na pré-adolescência,
como a anatomia dos
órgãos femininos internos e
externos, a reação dos hormônios, o
crescimento dos seios e o
desenvolvimento rápido do corpo.
Traz também dicas para eliminar os
pêlos indesejados, para tratar de
cravos e espinhas, para diminuir os
efeitos da TPM e enfatiza que o/a
ginecologista é um aliado
importante.
32. O Corpo dos Garotos
Autor: Jairo Bouer
Explica ao menino que, de repente, o corpo
dele passa por uma revolução: pêlos e
espinhas aparecem por todos os lados, a voz
desafina, ele se sente inseguro com relação
a sexo. Uma fase tumultuada, mas que tem
começo, meio e fim. Como essas mudanças
não vêm com aviso prévio, o autor explica
como encarar tudo isso com naturalidade.
33. A Adolescência – Publifolha
Autor: Contardo Calligaris
Nesta publicação, o
psicanalista Contardo Calligaris
parte da idéia de que a
adolescência é sobretudo uma
criação sócio-cultural
relativamente recente.
Com texto leve, didático e
simples, possibilita ao/a
educador/a decifrar, além da
mística que envolve este
fenômeno, seus problemas
intrínsecos e aparentemente
insolúveis.
34. Fenômeno Bullying: como prevenir a
violência nas escolas e educar para a paz -
Ed. Versus
Autora – Cleo Fante
Trata do conjunto de atitudes
agressivas, intencionais e repetitivas,
ocorrido em um determinado
ambiente, especialmente no contexto
escolar, conhecido como Fenômeno
Bullying.
Oferece um panorama mundial sobre
bullying, destacando a realidade
vivida hoje nas escolas brasileiras e
apresentando uma proposta de
programa pautado em valores como
tolerância, respeito e solidariedade.
35. Violência Urbana
Autores: Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme
Assis de Almeida
A violência de caráter endêmico, implantada
num sistema de relações assimétricas não é
um fenômeno novo: dá continuidade a uma
longa tradição de práticas de autoritarismo.
Este livro apresenta os patamares da
violência urbana no Brasil, o contexto maior
em que ela se apresenta e indica os
caminhos para sua superação.
36. Medo de quê – DVD e Manual
Autores: Instituto Promundo, Ecos,
Papai e Salud y Gênero
Este desenho animado (sem falas) é um
convite para refletir sobre a necessidade
de se buscar por uma sociedade mais
plural e solidária. Tem por objetivo
estimular reflexões críticas que
contribuam para o respeito à diversidade
sexual e para a redução da homofobia.
37. Era uma vez uma outra Maria –
DVD e Manual
Autores: Instituto Promundo, Ecos,
Papai e Salud y Gênero
Conta a história de Maria, que percebe a
forma diferente e, muitas vezes,
desigual como são criadas as meninas e
os meninos.
Em formato de desenho animado, sem
palavras, é um bom instrumento para
os/as educadores preocupados em
abordar os temas da gravidez na
adolescência e da violência sexual de
forma inovadora.
Acompanha um guia de discussão, com
sugestões de técnicas de trabalho em
grupo.
38. Livreto Informativo sobre
Drogas Psicotrópicas
Autor: Centro Brasileiro de
Informações sobre Drogas
Psicotrópicas
Com o objetivo de promover a cidadania e
reduzir a vulnerabilidade da comunidade
escolar em relação à ao uso indevido de
drogas e à infecção pelas DST e HIV,
esta publicação traz informações
atualizadas sobre os diferentes tipos
de drogas, seus efeitos e índices
sobre o uso das diferentes
substâncias no país.
39. Diversidade Sexual na Escola: uma
metodologia de trabalho com
adolescentes e jovens
Autores: ECOS/CORSA
A partir de textos e de propostas de
oficinas, esta publicação possibilita
aos/às profissionais da educação
informações importantes sobre
questões relacionadas à diversidade
sexual.
Favorece, ainda, o questionamento e
a desconstrução de uma série de
preconceitos e discriminações
existentes no contexto escolar tais
como: a homofobia, lesbofobia e
transfobia.
40. Saúde e Prevenção nas Escolas
– Guia para Educadores e
Diretrizes para Implementação
do Projeto.
Autores: Ministérios da Saúde e
da Educação com o apoio da
UNESCO, UNICEF e UNFPA
Traz textos e oficinas sobre os
diferentes aspectos da sexualidade e
da saúde reprodutiva de
adolescentes e jovens, tendo com
base o respeito aos direitos
humanos.
As diretrizes para a replicação do
projeto são apresentadas
didaticamente reforçando-se a
necessidade do envolvimento dos
níveis federal, estadual e municipal,
41. KIT 2013
Guia de sugestões de atividades para HTPC e Sala de Aula
Eu sou assim, viu?
Adolescente Um bate-papo sobre sexo
Como restaurar a paz nas escolas – Um guia para educadores
Preconceito contra homossexualidades: a hierarquia da invisibilidade
Bullying Intimidação no ambiente escolar
Bullying e Cyberbulling – O que fazemos com o que fazem conosco?
Uso de Drogas e Prevenção – Da desconstrução da postura proibicionista às Ações
Redutoras de Vulnerabilidade
Anjos no aquário
Pai? Eu?
Preconceito contra a mulher – diferença, poemas e corpos
O jeitão da turma
Álcool, cigarro e drogas
Em seu lugar – Um jogo para profissionais que trabalham com adolescentes e jovens
Corpo, Gênero e Sexualidade
Criança e Consumo -
Vídeo Era uma vez uma família
42. Questões norteadoras para discussão
1- O PMEC deve ter preocupações com o aluno ou aluna homossexual?
2- O que o PMEC pode fazer se um ou mais alunos xingarem outro (s) de bicha, viado
ou sapatão?
3- O que o PMEC pode fazer se perceber que há um ou mais alunos hostilizando com
frequência outro (s) aluno por conta de sua orientação sexual?
4- O professor deve conversar com a classe, com outros professores ou com os pais
sobre a homossexualidade de algum aluno (a)?
43. A promoção da diversidade constitui um fator
de inclusão e educação, só é inclusiva e de
qualidade se for realizada a partir da
diversidade, se aguçar nossa crítica e nos levar
a interrogar nossas certezas, incertezas, limites
e possibilidades.
Sylvia Cavasin
Socióloga