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CONTO DE
MISTÉRIO
5º ANO
DEFINIÇÃO
O CONTO DE MISTÉRIO É UMA NARRATIVA QUE
PROVOCA NO LEITOR SUSUPENSE, TENSÃO E
QUE, EM GERAL, APRESENTA UM FINAL
INESPERADO. QUANDO ESSA TEMÁTICA
ENVOLVE SERES SOBRENATURAIS TEMOS UMA
VARIAÇÃO QUE SÃO OS CONTOS DE
ASSOMBRAÇÃO.
REPERTÓRIO
PROPORCIONAR AOS ALUNOS VÁRIAS OPORTUNIDADES DE LEITURA,
COM O OBJETIVO DE AMPLIAR O REPERTÓRIO, O QUE FAVORECERÁ
DIRETAMENTE AS ATIVIDADES DE ESCRITA.
SUGESTÃO
LEITURA DOS CONTOS DE
STANISLAW PONTE PRETA
BREVE COMENTÁRIO
SOBRE A BIOGRAFIA DO
AUTOR
STANISLAW PONTE PRETA (1923-1968), AUTOR
CARIOCA, QUE VIVEU EM OUTRA ÉPOCA E QUE NA
VERDADE CHAMAVA-SE SÉRGIO PORTO, NO ENTANTO
USAVA ESSE PSEUDÔNIMO PARA ASSINAR SUAS
CRÔNICAS NO JORNAL “ÚLTIMA HORA”, DO RIO, NA
DÉCADA DE 40.
LEITURA COLABORATIVA
A VELHA
CONTRABANDISTA
Diz que era uma velhinha que sabia andar
de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um
bruto saco atrás da lambreta. O pessoal
da Alfândega - tudo malandro velho -
começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com
o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou
ela parar. A velhinha parou e então o fiscal
perguntou assim pra ela:
Escuta aqui, vovozinha, a senhora
passa por aqui todo dia, com esse
saco aí atrás. Que diabo a senhora
leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos
dentes que lhe restavam e mais
outros, que ela adquirira no
odontólogo, e respondeu:
E AÍ?
O QUE VOCÊ ACHA QUE HAVIA
DENTRO DO SACO?
É AREIA!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que
não era areia nenhuma e mandou a
velhinha saltar da lambreta para
examinar o saco. A velhinha saltou, o
fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha
areia. Muito encabulado, ordenou à
velhinha que fosse em frente. Ela
montou na lambreta e foi embora, com o
saco de areia atrás.
Mas o fiscal, estava desconfiado ainda.
Talvez a velhinha passasse um dia com areia
e no outro com muamba, dentro daquele
maldito saco. No dia seguinte, quando ela
passou na lambreta com o saco atrás, o
fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o
que é que ela levava no saco e ela respondeu
que era areia, uai!
O fiscal examinou e era mesmo. Durante um
mês seguido o fiscal interceptou a velhinha
e, todas as vezes, o que ela levava no saco
era areia.
O QUE VOCÊS ACHAM?
ELA ESTAVA FALANDO A
VERDADE?
Diz que foi aí que o fiscal se
chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal
de alfândega com 40 anos de
serviço. Manjo essa coisa de
contrabando pra burro. Ninguém
me tira da cabeça que a senhora
é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a
velhinha. E já ia tocar a lambreta,
quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a
senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém,
mas a senhora vai me dizer: qual é o
contrabando que a senhora está
passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que
não "espáia"? - quis saber
a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
SERÁ QUE ELA VAI
CONTAR?
E QUE SEGREDO SERÁ
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Stanislaw Ponte Preta

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Conto de mistério

  • 2. DEFINIÇÃO O CONTO DE MISTÉRIO É UMA NARRATIVA QUE PROVOCA NO LEITOR SUSUPENSE, TENSÃO E QUE, EM GERAL, APRESENTA UM FINAL INESPERADO. QUANDO ESSA TEMÁTICA ENVOLVE SERES SOBRENATURAIS TEMOS UMA VARIAÇÃO QUE SÃO OS CONTOS DE ASSOMBRAÇÃO.
  • 3. REPERTÓRIO PROPORCIONAR AOS ALUNOS VÁRIAS OPORTUNIDADES DE LEITURA, COM O OBJETIVO DE AMPLIAR O REPERTÓRIO, O QUE FAVORECERÁ DIRETAMENTE AS ATIVIDADES DE ESCRITA.
  • 4. SUGESTÃO LEITURA DOS CONTOS DE STANISLAW PONTE PRETA
  • 5. BREVE COMENTÁRIO SOBRE A BIOGRAFIA DO AUTOR STANISLAW PONTE PRETA (1923-1968), AUTOR CARIOCA, QUE VIVEU EM OUTRA ÉPOCA E QUE NA VERDADE CHAMAVA-SE SÉRGIO PORTO, NO ENTANTO USAVA ESSE PSEUDÔNIMO PARA ASSINAR SUAS CRÔNICAS NO JORNAL “ÚLTIMA HORA”, DO RIO, NA DÉCADA DE 40.
  • 7. Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
  • 8. Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco? A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
  • 9. E AÍ? O QUE VOCÊ ACHA QUE HAVIA DENTRO DO SACO?
  • 11. Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
  • 12. Mas o fiscal, estava desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
  • 13. O QUE VOCÊS ACHAM? ELA ESTAVA FALANDO A VERDADE?
  • 14. Diz que foi aí que o fiscal se chateou: - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
  • 15. - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: - Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
  • 16. - O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha. - Juro - respondeu o fiscal.
  • 17. SERÁ QUE ELA VAI CONTAR? E QUE SEGREDO SERÁ ESSE?