SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
Centro de Ensino Cleonice
Rocha Lima Rodrigues
Professor: Edivan Chavier
Alunos:
Antonio Marcos
Henrique
Laís Mendes
Mauricio
Willian Silva
Narciso
Na mitologia grega, Narciso ou O Auto-Admirador (Língua
grega: Νάρκισσος ), era um herói do território de Téspias,
Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Várias versões
do seu mito sobreviveram: a de Ovídio, das suas
Metamorfoses; a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia
(9.31.7); e uma encontrada nos Papiros de Oxirrinco,
Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho
do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu
nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso
teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria
figura. Seu equivalente romano é Valentim; ainda que
este seja pouco representado, e comumente confundido
com Cupido.
Pausânias localiza a fonte de Narciso na cama juntos
em Donacon, no território dos Téspios. Pausânias acha
incrível que alguém não conseguisse distinguir um
reflexo de uma pessoa verdadeira, e cita uma variante
menos conhecida da história, na qual Narciso tinha
uma irmã gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e
usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos.
Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu,
Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e fingiu que
o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu
corpo se encontrava, apenas restou uma flor: o narciso.
Como Pausânias também nota, outra história conta
que a flor narciso foi criada para atrair Perséfone, filha
de Deméter, para longe das suas companheiras e
permitir que Hades a raptasse.
Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser
muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e
relacionada a lendas de outros povos, como os zulus,
segundo os quais o reflexo representa a alma, que é
roubada por bestas da água.
O mito
Segundo Ovídio, Narciso era um rapaz plenamente
dotado de beleza. Seus pais eram o deus do rio Céfiso e
da ninfa Liríope. Dias antes de seu nascimento, seus
pais resolveram consultar o oráculo Tirésias para saber
qual seria o destino do menino. E a revelação do
oráculo foi que ele teria uma longa vida, desde que
nunca visse seu próprio rosto.
Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito de
Boécia, que despertava amor tanto em homens e
mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém
conseguia quebrar a sua arrogância. Até as ninfas se
apaixonaram por ele, incluindo uma chamada Eco que
o amava incondicionalmente, mas o rapaz a
menosprezava.
As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-
las. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa
Némesis, (aqui, uma versão de Afrodite ) o condenou a
apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco.
Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se
no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se
embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o
transformou numa flor, narciso.
Até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige
as feições pelas quais se apaixonara.
Narcisismo
O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e
ambos derivam da palavra Grega narke,
"entorpecido" de onde também vem a palavra
narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava
a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era
emocionalmente entorpecido às solicitações
daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.
Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade:
"o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao
menos para nós) o drama da individualidade"; "ele
mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que
toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante
a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus
dramas humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel,
p.99).
Influência
A parábola de Narciso tem sido uma grande fonte de
inspiração para os artistas há pelo menos dois mil
anos, começando com o poeta romano Ovídio (livro III
das Metamorfoses). Isto foi seguido em séculos mais
recentes por outros poetas como (John Keats), e
pintores (Caravaggio, Nicolas Poussin, Turner, Salvador
Dalí, e Waterhouse). No romance de Stendhal Le
Rouge et le Noir (1830), há um narcisista clássico na
personagem de Mathilde. Diz o príncipe Korasoff a
Julien Sorel, o protagonista, sobre a sua amada:
Ela olha para ela em vez de olhar para ti, e por isso não
te conhece.
Durante as duas ou três pequenas explosões de paixão
que ela se permitiu a teu favor, ela, por um grande
esforço de imaginação, viu em ti o herói dos seus
sonhos, e não tu mesmo como realmente és.
O mito tem uma influência decidida na cultura grega
homoerótica inglesa Vitoriana, por via da influência de
André Gide no seu estudo do mito Traité du Narcisse ('O
tratado de Narciso', 1891), e da influência de Oscar
Wilde. Também, muitas personagens dos escritos de
Fyodor Dostoevsky (escritor russo do século XIX) são
tipos de Narcisos solitários, tal como Yakov Petrovich
Golyadkin em "The Double" (Publicado em 1846).
Ainda na literatura, Paulo Coelho, em O Alquimista,
utilizou como prefácio o mito, usando também a
emenda que Wilde escreveu sobre o que ocorreu
depois da morte de Narciso.
Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de
Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o
que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela
primeira vez:
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
quando não somos mutantes
[...]"
A banda Barão Vermelho também possui um música
chamada Narciso, escrita por Cazuza.A música diz:
"(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no
espelho/ Nenhum bicho ou planta/ Pode ousar assim
(...)"

Contenu connexe

Tendances

Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
Seduc/AM
 
Primeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismoPrimeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismo
Elaine Blogger
 

Tendances (20)

O Mito De Narciso
O Mito De NarcisoO Mito De Narciso
O Mito De Narciso
 
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
 
Centenário - Nelson Rodrigues
Centenário - Nelson RodriguesCentenário - Nelson Rodrigues
Centenário - Nelson Rodrigues
 
TI:Bocageapresentaçao
TI:BocageapresentaçaoTI:Bocageapresentaçao
TI:Bocageapresentaçao
 
Literatura afrobrasileira
Literatura afrobrasileiraLiteratura afrobrasileira
Literatura afrobrasileira
 
Movimento antropófago
Movimento antropófagoMovimento antropófago
Movimento antropófago
 
Simbolismo 2017 revisado
Simbolismo  2017 revisadoSimbolismo  2017 revisado
Simbolismo 2017 revisado
 
Vanguardas Europeias - Cubismo
Vanguardas Europeias - CubismoVanguardas Europeias - Cubismo
Vanguardas Europeias - Cubismo
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Negros nas hqs parte 01
Negros nas hqs parte 01Negros nas hqs parte 01
Negros nas hqs parte 01
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - Prosa
 
Literatura de Autoria Feminina
Literatura de Autoria FemininaLiteratura de Autoria Feminina
Literatura de Autoria Feminina
 
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileiraHistória da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira
História da Arte: Arte e cultura africana e afro brasileira
 
Primeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismoPrimeira fase do modernismo
Primeira fase do modernismo
 
Semana da arte moderna
Semana da arte modernaSemana da arte moderna
Semana da arte moderna
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Romantismo contexto historico caracteristicas
Romantismo contexto historico caracteristicasRomantismo contexto historico caracteristicas
Romantismo contexto historico caracteristicas
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 

Similaire à Narciso

Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E TatinhaMito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
anacandida
 
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E TatinhaMito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
anacandida
 
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregosHídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
Jamille Rabelo
 
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizadoAnalise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
Isabella Silva
 

Similaire à Narciso (20)

Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E TatinhaMito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
 
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E TatinhaMito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
Mito Do Narciso Aninha ,Paolinha E Tatinha
 
1. o patinho feio , narciso e evanescence
1. o patinho feio , narciso e evanescence1. o patinho feio , narciso e evanescence
1. o patinho feio , narciso e evanescence
 
Apresentação da análise do livro: "Hídrias" de Dora Ferreira da Silva.
Apresentação da análise do livro: "Hídrias" de Dora Ferreira da Silva.Apresentação da análise do livro: "Hídrias" de Dora Ferreira da Silva.
Apresentação da análise do livro: "Hídrias" de Dora Ferreira da Silva.
 
Narciso
NarcisoNarciso
Narciso
 
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregosHídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
Hídrias: Dora Ferreira da Silva e os mitos gregos
 
Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black WingsRevista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
 
Sobre o trágico, o cômico e o crítico
Sobre o trágico, o cômico e o críticoSobre o trágico, o cômico e o crítico
Sobre o trágico, o cômico e o crítico
 
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizadoAnalise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa atualizado
 
Parnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e SimbolismoParnasianismo e Simbolismo
Parnasianismo e Simbolismo
 
Historia do teatro
Historia do teatroHistoria do teatro
Historia do teatro
 
A perfeição.docx
A perfeição.docxA perfeição.docx
A perfeição.docx
 
Catulo E Ovídio
Catulo E OvídioCatulo E Ovídio
Catulo E Ovídio
 
Misterios Órficos
Misterios ÓrficosMisterios Órficos
Misterios Órficos
 
Os Deuses Olímpicos
Os Deuses OlímpicosOs Deuses Olímpicos
Os Deuses Olímpicos
 
Literatura antiga II
Literatura antiga IILiteratura antiga II
Literatura antiga II
 
Atividade mitologia6e7ano texto
Atividade mitologia6e7ano textoAtividade mitologia6e7ano texto
Atividade mitologia6e7ano texto
 
Mitos
MitosMitos
Mitos
 
Análise obras de arte PAS UnB 2ª etapa 2015
Análise obras de arte PAS UnB 2ª etapa 2015Análise obras de arte PAS UnB 2ª etapa 2015
Análise obras de arte PAS UnB 2ª etapa 2015
 
Historia_do_Teatro.ppt
Historia_do_Teatro.pptHistoria_do_Teatro.ppt
Historia_do_Teatro.ppt
 

Plus de Fernando Moreira (20)

A europa moderna
A europa modernaA europa moderna
A europa moderna
 
Agropecuaria no brasil
Agropecuaria no brasilAgropecuaria no brasil
Agropecuaria no brasil
 
Energias
EnergiasEnergias
Energias
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasil
 
HQs
HQsHQs
HQs
 
Função referencial
Função referencialFunção referencial
Função referencial
 
Aparelho urogenital das aves
Aparelho urogenital das avesAparelho urogenital das aves
Aparelho urogenital das aves
 
Islamismo
IslamismoIslamismo
Islamismo
 
O sistema urinário
O sistema urinárioO sistema urinário
O sistema urinário
 
Sistema circulatorio
Sistema circulatorioSistema circulatorio
Sistema circulatorio
 
A nessecidades social de infraestrutura
A nessecidades social de infraestruturaA nessecidades social de infraestrutura
A nessecidades social de infraestrutura
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 
Ferro e ouro
Ferro e ouroFerro e ouro
Ferro e ouro
 
Claudio manuel da costa
Claudio manuel da costaClaudio manuel da costa
Claudio manuel da costa
 
A música maranhense
A  música maranhenseA  música maranhense
A música maranhense
 
Teologias
TeologiasTeologias
Teologias
 
Jiu jitsu
Jiu jitsuJiu jitsu
Jiu jitsu
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileiros
 
Quimica
QuimicaQuimica
Quimica
 

Dernier

19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Dernier (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 

Narciso

  • 1. Centro de Ensino Cleonice Rocha Lima Rodrigues Professor: Edivan Chavier Alunos: Antonio Marcos Henrique Laís Mendes Mauricio Willian Silva
  • 3. Na mitologia grega, Narciso ou O Auto-Admirador (Língua grega: Νάρκισσος ), era um herói do território de Téspias, Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Várias versões do seu mito sobreviveram: a de Ovídio, das suas Metamorfoses; a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia (9.31.7); e uma encontrada nos Papiros de Oxirrinco, Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Seu equivalente romano é Valentim; ainda que este seja pouco representado, e comumente confundido com Cupido.
  • 4. Pausânias localiza a fonte de Narciso na cama juntos em Donacon, no território dos Téspios. Pausânias acha incrível que alguém não conseguisse distinguir um reflexo de uma pessoa verdadeira, e cita uma variante menos conhecida da história, na qual Narciso tinha uma irmã gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos. Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu, Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e fingiu que o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu corpo se encontrava, apenas restou uma flor: o narciso.
  • 5. Como Pausânias também nota, outra história conta que a flor narciso foi criada para atrair Perséfone, filha de Deméter, para longe das suas companheiras e permitir que Hades a raptasse. Segundo FRAZER (1887) a origem do mito pode ser muito antiga, compartilhada pelos indo-europeus, e relacionada a lendas de outros povos, como os zulus, segundo os quais o reflexo representa a alma, que é roubada por bestas da água.
  • 7. Segundo Ovídio, Narciso era um rapaz plenamente dotado de beleza. Seus pais eram o deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Dias antes de seu nascimento, seus pais resolveram consultar o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. E a revelação do oráculo foi que ele teria uma longa vida, desde que nunca visse seu próprio rosto.
  • 8. Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito de Boécia, que despertava amor tanto em homens e mulheres, mas era muito orgulhoso e ninguém conseguia quebrar a sua arrogância. Até as ninfas se apaixonaram por ele, incluindo uma chamada Eco que o amava incondicionalmente, mas o rapaz a menosprezava.
  • 9. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá- las. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis, (aqui, uma versão de Afrodite ) o condenou a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. Depois da sua morte, Afrodite o transformou numa flor, narciso. Até em sua morte, ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.
  • 11. O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra Grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.
  • 12. Mas Narciso não simboliza apenas mera negatividade: "o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao menos para nós) o drama da individualidade"; "ele mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma consciência de si mesmo" em si mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde experimenta os seus dramas humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel, p.99).
  • 14. A parábola de Narciso tem sido uma grande fonte de inspiração para os artistas há pelo menos dois mil anos, começando com o poeta romano Ovídio (livro III das Metamorfoses). Isto foi seguido em séculos mais recentes por outros poetas como (John Keats), e pintores (Caravaggio, Nicolas Poussin, Turner, Salvador Dalí, e Waterhouse). No romance de Stendhal Le Rouge et le Noir (1830), há um narcisista clássico na personagem de Mathilde. Diz o príncipe Korasoff a Julien Sorel, o protagonista, sobre a sua amada:
  • 15. Ela olha para ela em vez de olhar para ti, e por isso não te conhece. Durante as duas ou três pequenas explosões de paixão que ela se permitiu a teu favor, ela, por um grande esforço de imaginação, viu em ti o herói dos seus sonhos, e não tu mesmo como realmente és.
  • 16. O mito tem uma influência decidida na cultura grega homoerótica inglesa Vitoriana, por via da influência de André Gide no seu estudo do mito Traité du Narcisse ('O tratado de Narciso', 1891), e da influência de Oscar Wilde. Também, muitas personagens dos escritos de Fyodor Dostoevsky (escritor russo do século XIX) são tipos de Narcisos solitários, tal como Yakov Petrovich Golyadkin em "The Double" (Publicado em 1846).
  • 17. Ainda na literatura, Paulo Coelho, em O Alquimista, utilizou como prefácio o mito, usando também a emenda que Wilde escreveu sobre o que ocorreu depois da morte de Narciso. Na música, Caetano Veloso utiliza o espírito do mito de Narciso em letra de Sampa, onde pretende explicar o que lhe ocorreu quando diante de São Paulo pela primeira vez:
  • 18. Quando eu te encarei Frente a frente Não vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto É que Narciso acha feio o que não é espelho E a mente apavora o que ainda Não é mesmo velho Nada do que não era antes quando não somos mutantes [...]"
  • 19. A banda Barão Vermelho também possui um música chamada Narciso, escrita por Cazuza.A música diz: "(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no espelho/ Nenhum bicho ou planta/ Pode ousar assim (...)"