Projeto cadastrado junto ao Fhidro, visando obter recursos para construção de bacias de contenção de águas pluviais (barraginhas) na sub bacia do Ribeirão Canabrava em Poméu-MG
Minicurso_Noções básicas de revitalização de microbacias
Projeto Bacias de contenção - fhidro
1. 1. Título
CONSTRUÇÃO DE BACIAS DE CONTENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO
MUNICÍPIO DE POMPÉU (MG)- Micro bacia do Ribeirão Canabrava
2. 2. Gestão do Projeto
a) Responsáveis Técnicos
Carlos Tadeu de Melo – Engenheiro Agrônomo CREA: 12670/D
Secretário Municipal de Planejamento – Prefeitura Municipal de Pompéu
Fernando Alan Martins Machado – Técnico Agrícola CREA: 40.786/TD
Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária – Prefeitura
Municipal de Pompéu
b) Proponente (representante legal)
Prefeitura Municipal de Pompéu – CNPJ.:18.296.681/0001-42
c) Equipe
Edilson Francisco da Silva Filho – Técnico Agrícola CREA
Extensionista EMATER-MG
Gilberto Silveira – Técnico Agrícola CREA: 140810282-0
Prefeitura Municipal de Pompéu
d) Parceiros (Entidades Envolvidas)
EMATER – MG
IEF – MG
COOPEL – Cooperativa Agropecuária de Pompéu LTDA
SICOOB CREDIPÉU – Cooperativa de Crédito de Pompéu
Sindicato Rural de Pompéu
CODEMA – Conselho de Defesa do Meio Ambiente de Pompéu MG
3. 3. Introdução
Dentre os recursos da natureza oferecidos ao homem, a água doce representa um bem
finito, cuja qualidade vem piorando ao longo dos anos, devido ao aumento da população e
a ausência na maioria dos municípios de uma política clara para a sua preservação (arten
& Minella, 2002).
A constante expansão do uso de terras agricultáveis, influenciado pelo aumento do
consumo da população mundial cria a necessidade de implantar mecanismos que
promovam a otimização dos recursos produtivos associados à preservação dos recursos
naturais, bem como solo e água.
O presente projeto visa promover o desenvolvimento contínuo de mecanismos e ações
físicas e educativas, que visem à melhoria da oferta de recursos hídricos em quantidade e
qualidade suficiente para garantir uma harmonia na interação entre homem e o meio
ambiente.
O município de Pompéu - MG está localizado na região do Alto São Francisco, fazendo
parte de 03 importantes bacias hidrográficas - dos rios São Francisco, Pará e Paraopeba.
Com área de 2.570 km², o município possui cerca de 2.500 km de estradas rurais não
pavimentadas.
A Administração Pública Municipal vem dedicando um grande esforço na recuperação das
estradas rurais, considerando a sua grande importância para a circulação das riquezas e
pessoas, levando em conta se tratar de um município com aptidão agropecuária.
A escassez de recursos faz com que ação municipal limite suas atividades ao leito das
estradas, fazendo o trabalho de nivelamento das mesmas, não disponibilizando estruturas
para contenção das águas que são canalizadas das estradas rurais para as propriedades
rurais, onde provocam erosão e carreiam sólidos para os mananciais e nascentes existentes
nas partes mais baixas dos terrenos.
A construção de bacias de contenção de águas pluviais, também conhecidos como
“barraginhas”, tem como objetivo captar as águas das chuvas, evitando que elas escoem
rapidamente e provoquem erosão do solo e enchentes. Essa tecnologia faz com que as
águas permaneçam nessas estruturas pelo menor tempo possível, de modo que eles se
reabasteçam mais vezes durante o ciclo chuvoso. A tecnologia, que vem sendo estudada
pela Embrapa Milho e Sorgo desde a década de 90, traz importantes benefícios, como
elevação do nível de água do lençol freático, revitalização de córregos e rios, maior tempo
4. de umidade dos solos de baixada e diminuição dos efeitos de enchentes e veranicos. A
elevação do nível da água no solo pode ser percebida pela elevação do nível da água nas
cisternas, pelo umedecimento das baixadas e o surgimento de minadouros. Dessa forma, as
estiagens são amenizadas e os plantios de lavouras, hortas, pomares e a abertura de
cacimbas ficam favorecidos (Barros, 2003).
4. Justificativa
O Ribeirão Canabrava é um afluente direto do Rio São Francisco, possui extensão de
52,31 km, com sua nascente localizada na Serra do Mocambinho e deságua diretamente
nas águas do Lago de Três Marias, em seu lado direito, próximo à foz do Rio Paraopeba.
O Ribeirão Canabrava está sob área de influência de vegetação do tipo “Campo”, onde a
principal atividade econômica é a Pecuária Leiteira, caracterizadas por grandes extensões
de pastagens naturais e plantadas, alguns trechos com presença de florestas de eucaliptos,
que em sua maioria são de propriedade de grandes empresas siderúrgicas ou por elas
fomentadas e a grande maioria pertencente a pequenos e médios produtores rurais, que
tem esta atividade como diversificação de sua atividade principal. A Exploração das
pastagens ocorre de forma extensiva, o que requer trabalhos de conscientização no sentido
de fazer com que os produtores rurais se atentem a utilizarem técnicas de manutenção da
fertilidade do solo, controle vegetativo e mecânico dos processos erosivos, visando o
aumento da produtividade, com conseqüente melhoria nas condições físicas e químicas do
solo. O relevo da região vai do ondulado na região da nascente e da foz, ao semi-ondulado
ao longo de sua extensão. O solo predominante da região de contribuição da Micro bacia
do Ribeirão Canabrava é do tipo Cambissolo Háplico e alguns fragmentos de Latossolo
Vermelho e suas subdivisões. Os Cambissolos, por apresentarem geralmente pequena
espessura de solum, pobreza química acentuada e quando localizados em relevo
movimentado, têm-se constituído em sistemas muito instáveis (Resende et al., 1988;
Oliveira et al., 1992).
Levantamento feito utilizando a ferramenta computacional disponibilizada pela SEMAD-
MG Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais, denominada “Zoneamento
Ecológico Econômico de Minas Gerais - ZEE”, onde as imagens obtidas no ZEE para a
área em discussão, foram comparadas com o mapa obtido através da plotagem do
levantamento da área de contribuição da Micro bacia do Ribeirão Canabrava no software
5. Google Earth, constatou-se que a área objeto do projeto apresenta as seguintes
características, de acordo com a classificação obtida no trabalho do Zoneamento
Ecológico Econômico:
• Exposição do solo: varia de “Alta”, que vai da nascente até aproximadamente a
metade do seu curso, a “Muito Alta” que segue até a sua foz.
• Zona Ecologia Econômica: varia de “1”, que vai da sua nascente até a metade do
seu curso, a “2” que segue até a sua foz.
• Exposição do solo: varia de “Alta”, que vai da nascente até aproximadamente a
metade do seu curso, a “Muito Alta” que segue até a sua foz.
• Integridade da Flora: varia de “Muito Baixa”, que vai da nascente até
aproximadamente a metade do seu curso, a “Alta” que segue até a sua foz.
• Prioridade de Conservação: varia de “Baixa”, que vai da nascente até
aproximadamente a metade do seu curso, a “Muito Alta” que segue até a sua foz.
• Vulnerabilidade de Recursos hídricos: vai de alta “Alta” na região de contribuição
da sua nascente, à “Média” em todo o seu leito até a sua foz.
• Vulnerabilidade à Erosão: é classificada como “Muito Alta” na região da nascente
e da foz e de “baixa” a “média” ao longo de seu curso.
As informações obtidas por meio do Zoneamento Ecológico Econômico causaram
preocupação do poder público e das demais entidades envolvidas, o que influenciou
diretamente na tomada de decisão sobre qual micro bacia do município teria maior
urgência de intervenção no sentido de amenizar a ação dos processos erosivos.
A situação constatada no ZEE é agravada pela intervenção do homem, já que a região da
Micro bacia do Ribeirão Canabrava possui extensa malha viária não pavimentada e em
condições precárias de manutenção e pela ausência de mecanismos de contenção dos
processos erosivos.
A existência de uma extensa malha viária é fundamental em qualquer nação. O suporte
econômico de grande parte dos municípios do interior do Brasil está na produção
agropecuária, sendo que o primeiro caminho percorrido pela produção agropecuária é o
que vai da propriedade rural à rede coletora, constituído essencialmente de estradas não
pavimentadas. Este tipo de estrada é responsável pela interligação entre propriedades
rurais e povoados vizinhos, servindo também para acesso às vias principais, ou mesmo à
sede dos municípios, sendo também chamadas de estradas vicinais. Anjos Filho (1998)
salienta que as estradas devem permitir o acesso da população à educação, saúde e
6. comércio. A revitalização da economia agrícola está também relacionada diretamente à
existência de estradas em boas condições de tráfego, ajudando na manutenção do homem
no campo e na integração deste à sociedade urbana, representando, desta forma,
importante fator para a redução do êxodo rural.
A erosão provocada pela água no leito e nas margens de estradas não pavimentadas é um
dos principais fatores para sua degradação, sendo responsável por aproximadamente
metade das perdas de solo no Estado de São Paulo (ANJOS FILHO, 1998).
Estudo técnico realizado pela Agência Nacional das Águas – ANA (2004) caracteriza que
um dos principais problemas relacionados à conservação do solo são a construção e o uso
inadequado das estradas não pavimentadas. As estradas alteram o percurso natural do
escoamento superficial, a capacidade de infiltração da água no solo e, em alguns casos,
concentra águas advindas de áreas adjacentes, funcionando como um dreno. O
escoamento, quando atinge determinada vazão, assume potencial para provocar o
desprendimento e o transporte do solo, causando problemas para a manutenção da estrada.
O escoamento advindo das estradas interfere também nas áreas adjacentes, provocando a
formação de sulcos e voçorocas e, desta forma, danos às áreas agrícolas e aos recursos
hídricos e, conseqüentemente, o assoreamento dos mananciais hídricos.
De nada adiante o grande esforço realizado, para corrigir a pista de rolamento das estradas,
envolvendo nivelamento, encascalhamento, construção de “peitos de pombo”, abertura de
esgotos, etc., se não houver uma preocupação com o eficiente encaminhamento das águas
acumuladas, e deixá-las, simplesmente, escoar pelas áreas circunvizinhas.
Dessa forma, a terra carreada nas enxurradas vai se depositar no leito dos córregos, lagos e
nascentes provocando sérios desastres ambientais.
A técnica de construção das “Bacias de Contenção de Águas Pluviais”, popularmente
conhecidas como “barraginhas” recentemente aprimorada e divulgada pela EMBRAPA
Milho e Sorgo de Sete Lagoas MG, é de grande interesse tanto para a conservação das
estradas como para preservação dos córregos, ribeirões, rios e nascentes. Bacias de
Contenção são pequenas depressões, construídas para receber as águas de enxurradas
desviadas das estradas e carreadores. Essas águas são acumuladas, perdem seu efeito
destruidor, e se infiltram no solo, indo alimentar o lençol freático, revigorando as
nascentes e rios a jusante. Essa tecnologia consiste em dotar as margens das estradas
vicinais, no conjunto, em toda micro bacia, de pequenas barragens ou miniaçudes, nos
locais em que ocorram enxurradas volumosas e erosivas, barrando-as e amenizando seus
efeitos desastrosos. A construção de bacias de contenção tem como principal função a
7. recuperação de áreas degradadas pela chuva; visa também a perenização de mananciais
com água de boa qualidade e de tornar a região numa vitrine, servindo de modelo para a
implantação de várias outras (Barros, 2000).
O presente projeto está alinhado com as linhas estratégias de ação para preservação e
melhoria da disponibilidade de recursos hídricos tanto em quantidade, bem como em
qualidade, através do controle de processos erosivos por meio da construção de bacias de
captação de águas pluviais, nas margens das estradas rurais municipais.
Espera-se com o presente trabalho, através da construção das bacias, promover a
conscientização da população, principalmente dos produtores rurais, de que a água é um
bem público, portanto é de responsabilidade de cada um a sua preservação e manutenção,
conscientizando os produtores da necessidade de construírem as bacias dentro de suas
propriedades rurais, causando efeito multiplicador. Tais ações, ocorridas em cadeia
promoverão um maior reabastecimento do lençol freático na área de influência do projeto,
aumento a oferta de água para a população, tanto para consumo doméstico, como para
manutenção da produção, através da geração de energia elétrica e seu uso direto na
atividade agropecuária.
5. Área de Abrangência
Terra de Dona Joaquina de Pompéu (Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco
Soutto-Mayor), figura histórica e matriarca de todo o Oeste Mineiro. O município de
Pompéu nasceu no Pouso dos Buritis, ponto de parada das tropas que faziam o trajeto que
ligava Montes Claros ao Oeste de Minas e Pitangui a todo o Litoral Atlântico. Pompéu faz
parte da história do Brasil há mais de duzentos anos, contudo, somente em 1840 ocorreu a
fundação do arraial por Joaquim Cordeiro Valadares genro de Dona Joaquina. Em 17 de
dezembro de 1938, o então arraial do Buriti da Estrada tornou-se uma cidade, recebendo
então o nome de Pompéu, homenageando seu primeiro habitante, o Sr. Antônio Pompeu
Taques. Situado no Alto São Francisco, região Centro-Oeste de Minas Gerais, o município
de Pompéu é cercado de rios, duas represas, córregos e açudes, composto por uma área de
256.000 ha. de terras, em grande parte férteis e cultiváveis, sendo um dos maiores e mais
prósperos municípios Minas Gerais. A economia de Pompéu é bastante diversificada,
baseada principalmente na produção leiteira (atualmente a maior bacia leiteira do estado
8. de Minas Gerais e segunda maior do Brasil), de gado de corte, álcool combustível, móveis,
extração e beneficiamento de ardósia e plantio de eucalipto.
O projeto será executado no município de Pompéu (figura 1), dentro dos limites da micro
bacia do Ribeirão Canabrava (figura 2), que pertence à Bacia do Rio São Francisco. O
Ribeirão Canabrava deságua diretamente no lago de Três Marias, tendo como UPGRH o
Comitê de Bacia Hidrográfica do Entorno do Lago de Três Marias - CBH SF4. A nascente
do Ribeirão Canabrava encontra-se a aproximadamente 7 Km de distância em linha reta da
sede do Município de Pompéu, que apesar da proximidade, não recebe o esgoto vindo da
sede do município. O município possui um distrito, denominado Silva Campos, que tem
população em torno de 1000 habitantes, possui sistema de tratamento de esgotos, que
lança o mesmo após tratado no Córrego do Brito, que é afluente direto do Ribeirão
Canabrava.
9. Figura 1 – Município de Pompéu, com sua Hidrografia (Comlago, 2006)
11. '
6. Público Alvo e Beneficiados
O projeto beneficiará diretamente a população rural existente sob sua área de influência direta do mesmo, porém os resultados de longo prazo
obtidos com a sua implantação beneficiarão toda a população do município, que hoje somam 28.393 habitantes (IBGE, 2006) e também de
municípios circunvizinhos, dada a ampla divulgação a ser dada dos resultados do mesmo. O PIB per capita do município é de R$ 8.520.00
/hab/ano (Quadro 2).
Quadro 1 - Dados de pobreza e distribuição de renda no município.
Descrição Valor Unidade
Incidência da Pobreza 43.58 %
Limite inferior da Incidência de Pobreza 33.17 %
Limite superior da Incidência de Pobreza 53.98 %
Incidência da Pobreza Subjetiva 38.51 %
Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva 33.18 %
Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 43.84 %
Índice de Gini 0.41
Limite inferior do Índice de Gini 0.38
Limite superior do Índice de Gini 0.44
Fonte: IBGE Censo Demográfico 2000 e Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002/2003
12. Quadro 2 – Dados de arrecadação de impostos do município e Produto Interno Bruto
Descrição Valor Unidade %
Valor adicionado na agropecuária R$ 75.857.000,00 reais 29,35
Valor adicionado na Industria R$ 55.219.000,00 reais 21,37
Valor adicionado no Serviço R$ 110.873.000,00 reais 42,90
Impostos sobre produtos líquidos de subsídios R$ 16.486.000,00 reais 6,38
PIB a Preço de mercado corrente R$ 258.434.000,00 reais 100,00
PIB per capita R$ 8.520,00 reais
Fonte: IBGE Diretoria de
PesquisasCoordenação de Contas Nacionais
Coordenação de Contas Nacionais
7. Objetivos
7.1. Gerais
• Promover a melhoria da oferta de água em quantidade e qualidade, através do incentivo à adoção de práticas que promovam o controle
de processos erosivos, favorecendo um aumento da recarga do lençol freático sob a área de influência do projeto, contribuindo assim
para a perenização dos manaciais.
13. • Conscientizar os produtores rurais e consumidores de água da importância da gestão integrada de bacias hidrográficas por meio de
palestras e eventos voltados para o público alvo atendido, com especial atenção às escolas, para que as gerações futuras saibam cuidar
do bem imprescindível à vida humanda, que é a água.
7.2. Específicos
• Lançar mão da técnica de construção de Bacias de Contenção para solução de problemas de erosão provocados pelo carreamento da
enxurrada no leito das estradas, tendo como meta a construção Bacias de Contenção nas margens das estradas rurais localizadas na área
do projeto, em pontos a serem locados após levantamento de pontos de erosão ao longo da Micro Bacia.
• Promover campanhas de conscientização na zona rural, alertando o produtor rural da sua responsabilidade na conservação e
manutenção das Bacias de contenção e da importência da construção de bacias dentro de suas propriedades.
• Promover campanhas de conscientização nas escolas, de modo a implantar na mente dos jovens sobre a importância na preservação das
águas e sua responsabilidade para com a mesma.
14. 8. Metas e Metodologia
8.1. Metas
Palestras Educativas a serem realizadas nas escolas de nível secundário e ensino médio presentes no município e também nas comunidades rurais.
Levantamento das áreas com foco de erosão e alocação das Bacias de Contenção de Águas Pluviais.
Construção de 3000 Bacias de Contenção de Águas Pluviais.
Divulgação dos resultados dos trabalhos.
8.2. Metodologia
Inicialmente, em parceria com o CODEMA, IEF e EMATER, será feita uma campanha educativa de conscientização da comunidade rural afetada
pelo projeto, no sentido de angariar apoio dos mesmos para a execução dos trabalhos.
Posteriormente será feito campanha nas escolas secundárias e de ensino médio, envolvendo docentes e alunos de cusro técnico em meio ambiente,
presente no município, salientando sobre a existência do projeto e motivando a população no sentido de se comprometerem com a conservação das
Bacias.
Em seguida os técnicos da Prefeitura e da Emater farão um levantamento com GPS dos pontos com foco de erosão na área de abrangência do
projeto, para posterior plotagem dos pontos em mapa da malha viária do município, com personalização dos mesmos quanto à ordem de
prioridade, a ser definida pela intensidade de erosão encontrada.
Após a confecção do mapa de ordem de prioridade, os técnicos da Emater demarcarão com material próprio os locais onde serão construídas as
bacias de acordo com suas coordenadas geográficas colhidas no levantamento feito anteriormente.
Em seguida será feita a construção propriamente dita das bacias, utilizando-se pra isso máquinas do tipo “Pá Carregadeira”, gastando-se para isso 1
½(uma hora e meia) para construir uma bacia com capacidade para aproximadamente 100 metros cúbicos de água
A avaliação da eficácia da implantação das bacias será feita por meio de análise de turbidez da água do Ribeirão Canabrava, durante os meses do
período chuvoso, que vai de novembro a março, a ser feita antes e após a implantação das bacias.
15. 9. Resultados do Projeto
Espera-se com a execução do projeto, despertar na comunidade local e nas regiões circunvizinhas o sentimento de compromisso para com a
preservação dos recursos hídricos, mais especificamente no controle dos processos erosivos, fazendo com que os cidadãos e principalmente os
produtores rurais implantem em suas propriedades a técnica da construção de Bacias de Contenção de Águas Pluviais e se comprometam na
manutenção das já existentes no município, fazendo com que o projeto se torne auto sustentável no futuro. Pretende-se com isso, aumentar a vazão
dos mananciais nos períodos de estiada, diminuir as enchentes no período chuvoso, conter o processo de assoreamento dos rios, diminuindo assim
a eutrofização da água, provocada pela presença de partículas de solo presentes na mesma.
10. Tempo de duração do Projeto
O referido projeto terá duração de vinte e quatro meses, contados a partir da data da assinatura do convênio, considerando que haverá interrupção
das atividades de construção das bacias durante o período chuvoso do ano, de modo a não comprometer a integridade das mesmas.
16. 11. Orçamento do Projeto
Fonte
Natureza Custo Modalidade de
Metas Etapa Unidade Quantidade Total
de Despesa Unitário Fhidro Proponente Contrapartida
R$ R$ R$
Palestras nas escolas 33.90.35 palestra ministrada 5
Mobilização da 2.000,00 10.000,00 10.000,00
comunidade Palestras nas R$ R$ R$
33.90.35 palestra ministrada 10
comunidades rurais 2.000,00 20.000,00 20.000,00
Levantamento da Levantamento de R$ R$ R$
33.90.33 hora trabalhada 185 NF
Área campo com GPS 200,00 37.000,00 37.000,00
Construção das R$ R$ R$
Construção 44.90.51 Bacia Construída 3.000
bacias de contenção 112,33 336.990,00 336.990,00
Folhetos
Aquisição de R$ R$ R$
33.90.32 informativos de 210 20.000
folhetos informativos 0,05 1.000,00 1.000,00
mm x 297 mm
Divulgação inserção comercial R$ R$ R$
Anúncios em rádio 33.90.39 500
em rádio 2,00 1.000,00 1.000,00
Aquisição de placas aquisição de placa R$ R$ R$
33.90.32 10
informativas de 2,0 m x 1,2 m 100,00 1.000,00 1.000,00
Valor Total do Projeto R$ 406.990,00 R$ 369.990,00 R$ 37.000,00
17. 12. Cronograma de Execução
Especificações das Indicador Físico Duração
Metas Etapas
etapas Unidade Quantidade Início Término
palestra
Palestras nas escolas Serviços de consultoria 5 1/3/2011 31/3/2011
Mobilização da ministrada
comunidade Palestras nas palestra
Serviços de consultoria 10 1/4/2011 30/4/2011
comunidades rurais ministrada
Levantamento de Passagens e despesas
Levantamento da Área hora trabalhada 150 1/5/2011 30/6/2011
campo com GPS com locomoção
Construção das
Construção Obras e instalações Bacia Construída 3.000 1/7/2011 28/2/2013
bacias de contenção
Folhetos
Aquisição de folhetos Material de distribuição informativos de
20.000 1/2/2012 1/3/2012
informativos gratuita 210 mm x 297
mm
inserção
Divulgação Outros serviços de
Anúncios em rádio comercial em 500 1/2/2012 30/6/2012
terceiros pessoa jurídica
rádio
aquisição de
Aquisição de placas Material de distribuição
placa de 2,0 m x 10 1/2/2012 30/6/2012
informativas Gratuita
1,2 m
18. 13. Plano de Aplicação dos Recursos
Natureza da despesa Distribuição
código especificação total Fhidro Contrapartida
R$
33.90.35 Serviços de consultoria 30.000,00 R$ 30.000,00
R$
33.90.33 passagens e despesas com locomoção 37.000,00 R$ 37.000,00
R$
44.90.51 obras e instalações 336.990,00 R$ 336.990,00
R$
33.90.32 material de distribuição gratuita 2.000,00 R$ 2.000,00
R$
33.90.39 outros serviços de terceiros pessoa jurídica 1.000,00 R$ 1.000,00
R$
Total Geral 406.990,00 R$ 369.990,00 R$ 37.000,00
19. 14. Cronograma de desembolso
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO
FHIDRO
Metas Etapas fevereiro- fevereiro-
março-11 abril-11 maio-11 julho-11 fevereiro-12
12 12
Palestras nas R$
escolas 10.000,00
Mobilização da
comunidade Palestras nas
R$
comunidades
20.000,00
rurais
Construção
R$
Construção das bacias de
336.990,00
contenção
Aquisição de
R$
folhetos
1.000,00
informativos
Divulgação Anúncios em R$
rádio 1.000,00
Aquisição de
R$
placas
1.000,00
informativas
PROPONENTE
MESES
Metas Etapas fevereiro- fevereiro-
março-11 abril-11 maio-11 julho-11 fevereiro-12
12 12
Levantament
Levantamento da
o de campo R$ 37.000,00
Área
com GPS
20. Referências bibliográficas
BARROS, L. C. de. Barraginhas para captação de água de chuvas, recuperação de áreas degradadas e regeneração de mananciais - A, B, C E D -
Fases da mobilização. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CAPTAÇÃO E MANEJO DE ÁGUA
DE CHUVA, 4., 2003, Juazeiro. [Anais...]
MARTEN, G, H. & MINELLA, JEAN, P. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: Um desafio atual para sobrevivência futura.
Agroecologia e desenvolvimento rural sustentável.Porto Alegre, Vol. 3, nº 4, out/dez/2002. p33-38. IN: www.emater.tche.br , pesquisado em
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RESENDE, M.; CURI, N.; SANTANA, D.P. Pedologia e fertilidade do solo: interações e aplicações. Brasília: MEC: Esalq: Potafos, 1988. 83p.
OLIVEIRA, J.B. de; JACOMINE, P.K.T.; CAMARGO, M.N.
Classes gerais de solos do Brasil: guia auxiliar para seu reconhecimento. Jaboticabal: Funep, 1992. 210p.
Pruski, F.F. PROJETO: Modelo para o dimensionamento e avaliação da eficiência de sistemas para o controle da erosão hídrica em
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ANJOS FILHO, O. Estradas de terra. Jornal O Estado de São Paulo. São Paulo.
Suplemento agrícola, 29 de abril de 1998.
21. Derli Prudente Santana. Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2003. 63p. (Embrapa Milho e
Sorgo.Documentos, 30)