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IMMANUEL KANT
    (1724-1804)
   A FUNDAMENTAÇÃO
METAFÍSICA DOS COSTUMES
Boa ideia…! Assim
                     já posso ir de férias.
  O Homem deve
     também
acreditar no Homem
Perguntas fundamentais:
• De que depende o valor moral de uma
  acção?
• Qual o princípio que deve servir de
  fundamento à acção, moralmente boa?
• Qual o critério que me é fornecido para
  avaliar as acções morais? Em que nos
  baseamos para essa avaliação?
Quais os principais anseios do ser
            humano?
• Felicidade
• Será a felicidade uma coisa boa?
• Se for atingida por motivos menos
  positivos, ela não é boa. Por exemplo: um
  sádico pode alcançar felicidade se causar
  sofrimento às pessoas.
• Acima de tudo a felicidade tem de ser
  merecida.
Pode, então, a felicidade ser um
         princípio moral?
• Isto é, a felicidade pode ser um critério de
  avaliação e, simultaneamente, um
  princípio, uma crença básica fundamental
  do ponto de vista ético?

• Para tal, é necessário que a felicidade
  seja um critério   universal.
Para ser universal um princípio tem
                de:
• Tem de servir de • Tem de se assumir
  igual modo para    como uma coisa
  todo o ser         boa em si. Uma
  humano.            coisa boa em si
                     (fim em si mesmo)
                     corresponde à sua
                     boa intenção, e
                     não aos seus
                     resultados.
A felicidade possui estas
            características?
• Para Kant, NÃO!
• O conceito de felicidade não é universal:
  para um assassino a felicidade é atingida
  matando;
• Assim, a felicidade é contingente,
  depende de vários factores e de várias
  motivações.
• Logo, a felicidade não é uma coisa boa
  em si.
O que há de mais universal?



• Só a   boa vontade.
Qual o seu significado?
• A vontade corresponde à própria intenção.
  Posso ser corajoso, inteligente,
  perseverante, se não houver uma boa
  vontade, uma boa intenção, então todas
  estas virtudes poderão tornar-se más.
• Se, pelo contrário, estas virtudes forem
  executadas com boa vontade, então
  tornar-se-ão também boas.
Qual a relação entre a boa vontade
   e a relação com os outros?
• Age de tal forma que trates a humanidade,
  na tua pessoa ou na pessoa de outrem,
  sempre como um fim e nunca apenas
  como um meio. (Imperativo categórico)

• Por que razão devemos tratar a
  humanidade como um fim em si mesmo?
1     As coisas só têm valor se houver uma pessoa que lhe atribua
      finalidade.


2       Os agentes têm valor intrínseco, isto é têm dignidade.




      São agentes livres, racionais, capazes de tomar as suas
      mesmas decisões, estabelecer objectivos e guiar a sua
      conduta pela razão.




                                             Logo, seu valor é
    Como seres racionais,
                                             absoluto e não é
    devem ser respeitados
                                             comparável com o valor
    pela sua racionalidade
                                             de outra coisa.
É desejável mentir?
• O argumento de Kant:
1-Devemos fazer apenas aquelas acções que estejam em
   conformidade com regras que possamos desejar ver
   adoptadas universalmente.
2- Se mentíssemos, estaríamos a seguir a regra «é
   permissível mentir».
3- Esta regra não poderia ser adoptada universalmente,
   porque se derrotaria a si mesma: as pessoas deixariam
   de acreditar umas nas outras, e então deixaria de valer
   a pena viver.
4- Logo, não devemos mentir.
Críticas
• 1. No ponto dois do argumento, pode-se
  questionar que regras poderiam ser
  essas. Há situações em que mentir pode
  tornar-se universal. É permissível mentir
  quando fazê-lo salva a vida de uma
  pessoa.
Críticas (cont.)
• 2. Vejamos a seguinte situação:
O caso da pergunta do assassino
Suponhamos que alguém foge de um assassino e
  lhe diz que vai para casa esconder-se. O
  assassino chega e, fazendo-se passar por
  inocente, pergunta para onde o homem foi. Se
  disser a verdade, o homem morre. Suponha-se
  ainda que o assassino está a dirigir-se para o
  sítio onde se esconde o homem. O que fazer?
Críticas (cont.)
• Eis a resposta de Kant:
• Pensamos, por vezes, que as consequências de dizer a verdade
  seriam más e as consequências da mentira seriam boas. Porém,
  nunca podemos ter a certeza das consequências das nossas ações.
  Os resultados de uma mentira podem ser inesperadamente maus.
  Logo, o melhor a fazer é evitar o mal conhecido e arcar com as
  consequências. Mesmo que as consequências sejam más, não
  serão culpa nossa.




          Não somos responsáveis por quaisquer más
          consequências de dizer a verdade?
Aspectos positivos
• Com Kant encontramos as razões para
  acreditar que ninguém é especial em
  termos éticos (não posso afirmar que é
  errado alguém beber a minha cerveja e
  depois eu beber a cerveja de alguém).
• A máxima universal afirma que qualquer
  decisão se justifica se estivermos
  dispostos a vê-la aceite por todos nas
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Fundamentação metafísica dos costumes

  • 1. IMMANUEL KANT (1724-1804) A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES
  • 2. Boa ideia…! Assim já posso ir de férias. O Homem deve também acreditar no Homem
  • 3. Perguntas fundamentais: • De que depende o valor moral de uma acção? • Qual o princípio que deve servir de fundamento à acção, moralmente boa? • Qual o critério que me é fornecido para avaliar as acções morais? Em que nos baseamos para essa avaliação?
  • 4. Quais os principais anseios do ser humano? • Felicidade • Será a felicidade uma coisa boa? • Se for atingida por motivos menos positivos, ela não é boa. Por exemplo: um sádico pode alcançar felicidade se causar sofrimento às pessoas. • Acima de tudo a felicidade tem de ser merecida.
  • 5. Pode, então, a felicidade ser um princípio moral? • Isto é, a felicidade pode ser um critério de avaliação e, simultaneamente, um princípio, uma crença básica fundamental do ponto de vista ético? • Para tal, é necessário que a felicidade seja um critério universal.
  • 6. Para ser universal um princípio tem de: • Tem de servir de • Tem de se assumir igual modo para como uma coisa todo o ser boa em si. Uma humano. coisa boa em si (fim em si mesmo) corresponde à sua boa intenção, e não aos seus resultados.
  • 7. A felicidade possui estas características? • Para Kant, NÃO! • O conceito de felicidade não é universal: para um assassino a felicidade é atingida matando; • Assim, a felicidade é contingente, depende de vários factores e de várias motivações. • Logo, a felicidade não é uma coisa boa em si.
  • 8. O que há de mais universal? • Só a boa vontade.
  • 9. Qual o seu significado? • A vontade corresponde à própria intenção. Posso ser corajoso, inteligente, perseverante, se não houver uma boa vontade, uma boa intenção, então todas estas virtudes poderão tornar-se más. • Se, pelo contrário, estas virtudes forem executadas com boa vontade, então tornar-se-ão também boas.
  • 10. Qual a relação entre a boa vontade e a relação com os outros? • Age de tal forma que trates a humanidade, na tua pessoa ou na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca apenas como um meio. (Imperativo categórico) • Por que razão devemos tratar a humanidade como um fim em si mesmo?
  • 11. 1 As coisas só têm valor se houver uma pessoa que lhe atribua finalidade. 2 Os agentes têm valor intrínseco, isto é têm dignidade. São agentes livres, racionais, capazes de tomar as suas mesmas decisões, estabelecer objectivos e guiar a sua conduta pela razão. Logo, seu valor é Como seres racionais, absoluto e não é devem ser respeitados comparável com o valor pela sua racionalidade de outra coisa.
  • 12. É desejável mentir? • O argumento de Kant: 1-Devemos fazer apenas aquelas acções que estejam em conformidade com regras que possamos desejar ver adoptadas universalmente. 2- Se mentíssemos, estaríamos a seguir a regra «é permissível mentir». 3- Esta regra não poderia ser adoptada universalmente, porque se derrotaria a si mesma: as pessoas deixariam de acreditar umas nas outras, e então deixaria de valer a pena viver. 4- Logo, não devemos mentir.
  • 13. Críticas • 1. No ponto dois do argumento, pode-se questionar que regras poderiam ser essas. Há situações em que mentir pode tornar-se universal. É permissível mentir quando fazê-lo salva a vida de uma pessoa.
  • 14. Críticas (cont.) • 2. Vejamos a seguinte situação: O caso da pergunta do assassino Suponhamos que alguém foge de um assassino e lhe diz que vai para casa esconder-se. O assassino chega e, fazendo-se passar por inocente, pergunta para onde o homem foi. Se disser a verdade, o homem morre. Suponha-se ainda que o assassino está a dirigir-se para o sítio onde se esconde o homem. O que fazer?
  • 15. Críticas (cont.) • Eis a resposta de Kant: • Pensamos, por vezes, que as consequências de dizer a verdade seriam más e as consequências da mentira seriam boas. Porém, nunca podemos ter a certeza das consequências das nossas ações. Os resultados de uma mentira podem ser inesperadamente maus. Logo, o melhor a fazer é evitar o mal conhecido e arcar com as consequências. Mesmo que as consequências sejam más, não serão culpa nossa. Não somos responsáveis por quaisquer más consequências de dizer a verdade?
  • 16. Aspectos positivos • Com Kant encontramos as razões para acreditar que ninguém é especial em termos éticos (não posso afirmar que é errado alguém beber a minha cerveja e depois eu beber a cerveja de alguém). • A máxima universal afirma que qualquer decisão se justifica se estivermos dispostos a vê-la aceite por todos nas mesmas circunstâncias.