Slide sobre a cirurgia pancreatectomia apresentado por um grupo de graduandos para a disciplina de Saúde do Idoso do curso de Enfermagem da Faculdade Maurício de Nassau - Campus Aliança. Lucas Fontes. http://NoCaminhoDaEnfermagem.blogspot.com.br/
3. Quando falamos em
pancreatectomia, nos referimos a
pancreatectomia corpo-caudal,
cirurgia que remove a porção
medial no pâncreas (corpo) e sua
ponta (cauda). A remoção da
cabeça do pâncreas faz parte de
outro procedimento chamado
duodenopancreatectomia.
4. Pancreatectomia corpo-caudal: é a
retirada cirúrgico do corpo e cauda
do pâncreas, com linfonodos
contíguos.
Duodenopancretatectomia: é a
retirada cirúrgica do duodeno e
cabeça do pâncreas, com
linfonodos contíguos.
Ocasionalmente, a parte final do
estômago também é retirada.
É realizada para tratamento do
câncer do pâncreas.
A pancreatectomia corpo-caudal é
indicada para o tratamento do
câncer do pâncreas localizado no
corpo e/ou na cauda.
Os tumores da cabeça pancreática
são tratados através da
duodenopancreatectomia.
O QUE É? PARA QUE É FEITA?
5. A incidência do câncer de pâncreas diminuiu discretamente nos últimos 25 anos em
homens não-caucasianos.
Tabagismo, exposição a substâncias químicas ou toxinas industriais no ambiente e uma
dieta hiperlipídica estão associadas ao câncer pancreático, embora sua função não
esteja completamente esclarecida.
Diabetes, pancreatite crônica e pancreatite hereditária também estão associadas ao
câncer de pâncreas.
O pâncreas também pode ser o local de metástase a partir de outros tumores.
Aproximadamente 75% dos cânceres de pâncreas originam-se da cabeça do pâncreas e
constituem um quadro clínico distinto.
INCIDÊNCIA:
6. CONTRA-INDICAÇÕES MAIS COMUNS:
Função cardiopulmonar comprometida.
Desnutrição severa.
Icterícia severa (bilirrubina>20) e prolongada, com alteração de função hepática
(a cirurgia pode ser feita após drenagem da via biliar e melhora dos níveis de
bilirrubina e função hepática).
Invasão de veia e artéria mesentérica superior (por vezes parte da veia pode ser
retirada, seguido de reconstrução).
Presença de doença metastática (fígado, pulmão, peritônio).
7. EXAMES REALIZADOS:
Exames de função hepática: a icterícia é um dos primeiros sinais do câncer de pâncreas, mas
também pode ser devida a outras doenças. Muitas vezes, os médicos solicitam exames de
sangue para avaliar a função hepática em pacientes com icterícia para determinar a causa.
Os exames de sangue que medem os níveis de bilirrubina são úteis para determinar se a
icterícia de um paciente é causada por doença do fígado ou por uma obstrução do fluxo de
bile.
Marcadores tumorais: são substâncias que podem ser encontrados no sangue quando o
câncer está presente.
Colangiopancreatografia: é um exame de imagem que avalia se existem anormalidades
(bloqueio, estreitamento ou dilatação) nos ductos pancreáticos e biliares. Também mostram
se o bloqueio no ducto é devido a um tumor no pâncreas.
Outros: Tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom.
8. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIO:
O tratamento da dor e a atenção para os requisitos nutricionais são importantes medidas
de enfermagem para melhorar o nível de conforto.
Medidas de enfermagem são diretamente relacionados para o alívio da dor e desconforto
associados à icterícia, anorexia e perda de peso acentuada.
Colchões especiais são benéficos e protegem as proeminências ósseas contra a pressão.
A dor associada ao câncer pancreático pode ser intensa e pode exigir o uso liberal de
opióides.
Importante verificar o consentimento informado.
Deve-se ter em conta que é uma cirurgia de grande porte, exigindo que o paciente esteja
em bom estado geral para a sua realização.
9. POSIÇÃO:
O paciente está em posição supina, com
o abdome e o campo cirúrgico
preparado desde o tórax inferior até a
área suprapúbica. Também pode ser
adotada a supina com incisão subcostal.
Uma incisão vertical na linha média
é preferida em pacientes magros,
ao passo que uma incisão
transversa é realizada em pacientes
obesos.
INCISÃO:
10. COMO É FEITO O PROCEDIMENTO:
1. A cirurgia pode ser iniciada por videolaparoscopia (cirurgia realizada através de
pequenos orifícios no abdome com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos
especiais). O paciente está sob anestesia geral.
2. Não se achando nada que contra-indique o procedimento, a cirurgia prossegue por via
aberta.
3. É feita a retirada da cabeça do pâncreas em conjunto com a vesícula biliar, parte final da
via biliar, duodeno e linfonodos (gânglios linfáticos) que drenam a região.
4. A reconstrução envolve religar a via biliar (canal que trás bile do fígado para o
duodeno), ducto pancreático e estômago novamente ao intestino.
11. COMO É FEITO O PROCEDIMENTO:
5. Quando o tumor é no corpo ou cauda, é retirado o corpo e cauda do pâncreas em
conjunto com o baço. Neste caso reconstrução não é necessária.
6. São colocados drenos no abdome, para monitorização das emendas/costuras
realizadas na reconstrução.
7. A cirurgia dura em média 6-8 horas.
14. RECUPERAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA:
O período pós-operatório imediato é passado na UTI (primeiras 24 horas).
A dieta é iniciada por boca no quarto ou quinto dia após a cirurgia, se o intestino estiver
funcionando.
Inicialmente o paciente começa ingerindo alimentos líquidos, progredindo para alimentos
pastosos e sólidos.
Drenos são retirados na alta, se amilase do líquido for normal.
O tempo médio de internação varia de 7 a 10 dias.
No pós-operatório tardio, como parte do pâncreas é removido, o restante do pâncreas
pode não produzir quantidade suficiente de insulina e instala-se o diabetes.
15. COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES:
Trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP).
Perda ponderal de peso, diarreia por insuficiência pancreática exócrina.
Vazamento de uma das costuras feitas entre a via biliar e o intestino ou ducto
pancreático e intestino, o que pode prolongar a internação. O tratamento das
complicações na maior parte das vezes é clínico e não requer nova cirurgia