O documento discute vários aspectos da vida do espírito após a morte do corpo físico, como a erraticidade espiritual e as relações entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo. Ele levanta questões sobre a natureza da vida do espírito errante, suas percepções, capacidades, educação e interações com outros mundos e espíritos.

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Raros são aqueles entre nós que experimentam
legítima indiferença em relação ao momento em
que vida chega a seu termo.
Para os demais, a certeza de que seus esforços,
progressos e frustrações se converterão em um
grande vazio, não é admissível.

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O espírita tem a certeza de que não é.
Aliás, o fundamento de sua fé raciocinada
está baseado na certeza de que a vida
continua após a morte do corpo físico,
pois essa continuidade foi confirmada
pelos Espíritos.

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Os Espíritos Superiores, que em virtude de sua
superioridade em relação aos demais Espíritos
são os mais aptos para nos revelar o que nos é
permitido saber, nos ensinaram que:
1) Os Espíritos constituem o mundo dos
Espíritos ou mundo espiritual, assim como os
homens em vida física o mundo corporal.

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2) O mundo espiritual é o mundo normal,
primitivo, eterno, preexistente e que sobrevive a
tudo.
3) O mundo corporal é o mundo secundário;
poderia deixar de existir ou jamais ter existido sem
alterar a essência do mundo espiritual.

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4) Os Espíritos nada mais são do que as almas
dos homens que aqui viveram e aqui
retornarão, até que tenham atingido a
condição dos Espíritos Puros.
5) A Vida Espírita é a VERDADEIRA VIDA DO
ESPÍRITO.

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Interpretações das mais diversas
sobre os princípios anteriormente
expostos têm servido como ponto de
partida para infindáveis especulações
sobre as relações entre o mundo
espiritual e o mundo corpóreo.

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Uma das mais interessantes e polêmicas é a que
estabelece um princípio de continuidade entre a
vida corpórea do homem e sua vida como Espírito
errante.
Admite-se, por exemplo, que o Espírito na
erraticidade possa agir, comportar-se e
experimentar situações semelhantes e até mesmo
idênticas às que aqui vivencia enquanto
encarnado.

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O objetivo do presente estudo é o de
trazer algumas questões para o
debate sobre os fundamentos destas
relações e sobre o que venha a ser de
fato a vida do Espírito quando não
atrelado aos laços da carne, ou seja, a
Vida Espírita.

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Como podemos definir o estado de
erraticidade espiritual?
Este estado seria um indicativo de
inferioridade e infelicidade para o
Espírito?

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Onde mora o Espírito errante?
Onde e como ele se reúne com os demais
Espíritos errantes?
Quais são suas ocupações?

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Pode o Espírito errante educar-se e
instruir-se?
Como ele faz isso?
Realiza ele progressos nesse processo
de educação?

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Por que mesmo tendo a consciência dos
inconvenientes de suas más paixões
adquiridas na vida terrena o Espírito
errante não as abandona na erraticidade?

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Por que mesmo tendo a consciência dos
inconvenientes de suas más paixões
adquiridas na vida terrena o Espírito
errante não as abandona na erraticidade?

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Goza o Espírito errante de plena liberdade
para adentrar e conhecer todos os
diversos mundos que constituem o
universo?

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Quais são as relações possíveis de se
estabelecer entre os mundos transitórios
da erraticidade e as chamadas colônias
espirituais difundidas pela literatura
mediúnica?

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O Espírito errante possui as mesmas
percepções que possui enquanto Espírito
encarnado? Que percepções são estas?

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Pode o Espírito errante enxergar, ouvir
sons, sentir odores? Como ele faz isso, se
não dispõe mais dos órgãos físicos
específicos para estas faculdades?

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O Espírito errante é ilimitado em
conhecimentos? Pode se dizer que ele
sabe tudo por não estar mais encarnado?

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Quais são para nós Espíritos encarnados
as implicações de se admitir como
verdadeiros e inequívocos os
ensinamentos de um Espírito errante que
aparente tudo saber?

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Qual é o propósito de um Espírito errante
em nos revelar conhecimentos que
pertencem ao passado e ao futuro?

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Pode o Espírito errante experimentar as
mesmas necessidades e os mesmos
sofrimentos físicos que experimenta como
Espírito encarnado?

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Qual a finalidade para o Espírito errante
de experimentar e vivenciar sensações e
eventos que dizem respeito ao corpo físico
de um Espírito encarnado?

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Que fundamentação encontramos na
Doutrina Espírita para compactuar com o
princípio defendido por alguns de que a
vida na terra seja uma cópia imperfeita da
vida no mundo espiritual?

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Qual é o propósito de um Espírito errante
em revelar conhecimentos que
sabidamente poderão se converter em
pontos de discórdia e dissenções entre
Espíritos encarnados?

26. Estudo Mensal | Vida Espírita – www.forumespirita.net
1- O Livro dos Espíritos. 1857
2- “Quadro da Vida Espírita”. In: Revista Espírita. Abril de 1859
3- O Céu e o Inferno. 1865