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HEMATOLOGIA
TROMBOCITOPENIAS
Dr Francismar Prestes Leal (CRM/PR 18829)
Médico Hematologista (UFSM/UNIFESP)
Professor Uningá/Maringá/PR
Outubro/2013
© L. A. Burden 2005
TROMBOCITOPENIA
• Definição:
– Contagem plaquetária abaixo do valor normal
– Plaquetometria <150.000/mm3 (<150x109/L)
– Pseudotrombocitopenia pode ocorrer quando há
aglutinação/agregação plaquetária, que interfere
na contagem automática (0,1-0,2% dos casos)
– Trombocitopenia: sempre confirmar “em lâmina”
TROMBOCITOPENIA
TROMBOCITOPENIA
• Alteração da distribuição
– Hiperesplenismo (sequestro esplênico)
• Normalmente, o baço sequestra até 1/3 da
massa plaquetária
• Em pacientes com esplenomegalia, até 90%
da massa de plaquetas pode ficar aprisionada
no baço aumentado
• A produção e a sobrevida das plaquetas,
todavia, costumam ser normais
TROMBOCITOPENIA
– Hiperesplenismo (sequestro esplênico)
• Hipotermia pode causar sequestro esplênico
temporário de plaquetas
• Seja qual for a causa, o hiperesplenismo
raramente tem importância clínica, uma vez
que as plaquetas podem ser mobilizadas do
baço quando necessário
• A contagem de plaquetas costuma ser maior
que 40.000/mm3, com boa resposta medular
TROMBOCITOPENIA
– Hiperesplenismo (sequestro esplênico)
• Em pacientes com hepatopatia e
esplenomegalia, os sangramentos geralmente
decorrem da coagulopatia hepática
• Cirrose hepática, com hipertensão portal e
esplenomegalia congestiva é a causa mais
comum de hiperesplenismo, mas qualquer
condição que aumente o baço pode cursar
com trombocitopenia
TROMBOCITOPENIA
– Hiperesplenismo (sequestro esplênico)
• O baço é usualmente palpável e o grau de
trombocitopenia correlaciona-se inversamente
com o tamanho do baço
• Pacientes com esplenomegalia maciça e
trombocitopenia grave podem ter hepatopatia
grave ou uma doença da medula óssea
• O tratamento é o da “causa base”, sendo a
esplenectomia raramente indicada
TROMBOCITOPENIA
– Transfusão maciça
• Pacientes que recebem >15 concentrados de
hemácias dentro de 24h, habitualmente
desenvolvem trombocitopenia (moderada)
• A gravidade da trombocitopenia correlacionase com número de transfusões
• O manejo depende da gravidade do caso,
desde expectante até transfusão plaquetária
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
– Trombocitopenias congênitas/hereditárias
• Geralmente, há claro padrão de herança
– Anemia de Fanconi (aplasia medular grave,
baixa estatura, anomalias esqueléticas, GU,
cardíacas e do SNC; fatal; TMO)
– TAR (ausência dos rádios; esplenectomia?)
– May-Hegglin (plaquetas gigantes, inclusões
leucocitárias; assintomáticos)
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
– Trombocitopenias congênitas/hereditárias
– Alport (nefrite, surdez; macroplaquetas; não
responde a corticoides/esplenectomia)
– Kasabach-Merritt (angioma cavernoso
gigante; quadro mimetiza uma CID; a
remoção/tratamento do tumor costuma
melhorar o quadro)
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
– Trombocitopenias adquiridas
• Aplasia megacariocítica (rara; pródromo de
SMD ou AA; autoimune?; terapia empírica?)
• Infecção:
– Causa mais comum de trombocitopenia?
– Viral (HIV, CMV, EBV, hantavirus, vacinas)
– Outras (micoplasma, micobactérias,
erliquiose, malária etc.)
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
• Associada ao HIV:
– Trombocitopenia ocorre em até 43% dos
adultos infectados pelo HIV
– Produção ineficaz e redução da sobrevida
das plaquetas (mecanismo imune)
– Há correlação com a contagem de CD4
(direta) e com a carga viral (inversa)
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
• Associada ao HIV:
– Contagem plaquetária >50.000/mm 3
– Medula óssea “reacional” ou “displásica”
– Atentar para doença granulomatosa/linfoma
– Resolução espontânea frequente
– Responde à terapia ARV (ART)
– Corticoterapia/Ig/Anti-D nos casos graves
TROMBOCITOPENIA
• Diminuição da produção
• Deficiência nutricional
– B12, folatos, outros (ferro?)
• Álcool
– Multifatorial
» Lesão pelo álcool
» Hepatopatia/hiperesplenismo
» Déficit nutricional (folatos, B12 etc.)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome
hemolítico-urêmica (PTT/SHU)
• Diferentes manifestações do mesmo processo
• Patogênese complexa e “pouco” entendida
• Agregação plaquetária por multímeros de vWF
• Formação de trombos plaquetários na
(micro)circulação
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome
hemolítico-urêmica (PTT/SHU)
• 60-70% dos pacientes são mulheres
• Pêntade clássica: trombocitopenia, anemia
hemolítica microangiopática, sintomas/sinais
neurológicos, envolvimento renal e febre
• Basta: trombocitopenia, hemólise
microangiopática e neuropatia ou nefropatia
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome
hemolítico-urêmica (PTT/SHU)
• Apresentação comum:
– Cefaleia, confusão, convulsão, paresias
– Sangramentos (hematúria, epistaxe, GI,
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– Fadiga; dor abdominal
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTT/SHU
• Laboratório:
– Trombocitopenia (fundamental)
– Hemólise microangiopática (anemia,
reticulocitose, aumento da BI e da DHL)
– Hematúria, proteinúria (dano renal)
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TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTT/SHU
• Diagnóstico diferencial:
– Sepse/CID
– Endocardite infecciosa
– Síndrome de Evans (Coombs +)
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– Anemia megaloblástica
– SMD
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTT/SHU
• Tratamento
– Plasmaférese
» Uma troca diária (40mL/kg) até que
ocorra melhora clínica/laboratorial
» Aumento/redução conforme resposta
» Queda da mortalidade (90% para <20%)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTT/SHU
• Tratamento
– Corticoides: <10% de resposta
– Imunossupressores: resposta irregular
– Esplenectomia: em desuso
– Transfusão de plaquetas: contraindicada?
• Prognóstico: boa evolução em 80%?
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTT/SHU associada à infecções:
• SHU epidêmica: ocorre após GECA por E. coli
(0157:H7) ou Shigella que produzem
shigatoxina; diarreia sanguinolenta e grave;
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achados de SHU; tratamento de suporte
• Outras: rickettsia, outras bactérias e vírus
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Outras causas de PTT/SHU:
• Drogas (quinino, ticlopidina, quimioterápicos
antineoplásicos, ciclosporina A, metronidazol,
sinvastatina, cocaína, ecstasy)
• Transplante de células tronco (DECH etc.)
• Câncer (gástrico, metastático)
• Doença autoimune (LES, SAF, esclerodermia)
• Gravidez (diferencial com síndrome HELLP)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Trombocitopenia gestacional
• Ocorre em pelo menos 5% das gestações
• Leve a moderada (>70.000/mm3)
• Assintomática; ocorre apenas nas gestações
• Melhora espontânea após o parto
• Feto/neonato sem trombocitopenia
• Abordagem habitual da gestação/parto
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Trombocitopenia na gestação
• Pre-eclâmpsia
– HAS, proteinúria e edema (na gestação)
– Eclâmpsia: pré-eclâmpsia + neuropatia
– Trombocitopenia em 15% (<5% grave)
– Pode evoluir para síndrome HELLP
– Tratamento: parto; plasmaférese nos casos
mais graves (parto não feito ou ineficaz)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
• Doença adquirida por adultos e crianças
• Trombocitopenia isolada sem causa aparente
• O diagnóstico é de exclusão (outras doenças)
• No adulto, a PTI é insidiosa e crônica
• Em crianças, aguda e autolimitada (<6 meses)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Redução da sobrevida plaquetária por
destruição por anticorpos/sequestro esplênico
• Anticorpos contra glicoproteínas da membrana
plaquetária (GPIIb/GPIIIa e/ou GPIb/IX)
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afetar a trombocitopoese
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Parece haver aumento da função plaquetária
(TS pode ser normal)
• Mais frequente em mulheres jovens?
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ou com longa história de púrpura
• Púrpura/petéquias “não palpáveis”
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Púrpura, epistaxe, sangramento gengival,
menorragia, hematúria e perdas GI: “comuns”
• Hemorragias graves são infrequentes, exceto
nos casos muito graves (<5.000/mm3)
• Sangramento em SNC é incomum, mas é a
principal causa de morte
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Baço palpável praticamente exclui PTI
• Hemograma normal, exceto trombocitopenia
• Anemia só se houver grandes sangramentos
• Coagulograma restante normal (até o TS)
• Medula óssea “reacional”
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Diagnóstico diferencial:
– Infecções agudas
– SMD
– CID; PTT/SHU
– Hiperesplenismo
– Trombocitopenias congênitas etc.
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– PTI do adulto
• Tratamento:
– Plaquetas >30.-50.000/mm3: não precisa!
– Plaquetas <30.000/mm3 e sangramentos:
» Prednisona 1-2mg/kg/dia
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TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Trombocitopenia cíclica
• Rara, ocorre mais em mulheres jovens,
relacionada ao ciclo menstrual (21-28 dias)
• Aumentos cíclicos da atividade macrofágica e
reduções cíclicas da produção plaquetária
• Condição comumente crônica; pródromo AA?
• Terapias sem sucesso (G-CSF?)
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Trombocitopenia induzida por heparina (TIH)
• Pode ser leve, iniciando logo após o início da
heparina e melhora mesmo com o seguimento
da droga. Resulta da agregação plaquetária
• Pode ser associada com trombose, sendo
mais rara, iniciando após 5-8 dias de terapia.
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as plaquetas, apesar da contagem baixa
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Trombocitopenia induzida por heparina (TIH)
• Diagnóstico: queda da contagem plaquetária
(>50% ;<100.000/µL) após início da heparina
• Parar heparinização
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TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura pós-transfusional
• Trombocitopenia aguda grave 5-15 dias após
uma transfusão de hemocomponente com aloanticorpos plaqueta-específicos (altos títulos)
• Anti-HPA-1a em 80% dos casos
• Pacientes previamente aloimunizados:
mulheres multíparas, politransfundidos etc.
TROMBOCITOPENIA
• Aumento da destruição
– Púrpura pós-transfusional
• Trombocitopenia e sangramentos graves, dias
depois de uma transfusão (hemácias etc.)
• Pode haver febre e outros sinais de reação
• Sorologia apropriada detecta os anticorpos
• O tratamento é imunossupressivo (e/ou Ig;
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Trombocitopenias

  • 1. HEMATOLOGIA TROMBOCITOPENIAS Dr Francismar Prestes Leal (CRM/PR 18829) Médico Hematologista (UFSM/UNIFESP) Professor Uningá/Maringá/PR Outubro/2013 © L. A. Burden 2005
  • 2. TROMBOCITOPENIA • Definição: – Contagem plaquetária abaixo do valor normal – Plaquetometria <150.000/mm3 (<150x109/L) – Pseudotrombocitopenia pode ocorrer quando há aglutinação/agregação plaquetária, que interfere na contagem automática (0,1-0,2% dos casos) – Trombocitopenia: sempre confirmar “em lâmina”
  • 4. TROMBOCITOPENIA • Alteração da distribuição – Hiperesplenismo (sequestro esplênico) • Normalmente, o baço sequestra até 1/3 da massa plaquetária • Em pacientes com esplenomegalia, até 90% da massa de plaquetas pode ficar aprisionada no baço aumentado • A produção e a sobrevida das plaquetas, todavia, costumam ser normais
  • 5. TROMBOCITOPENIA – Hiperesplenismo (sequestro esplênico) • Hipotermia pode causar sequestro esplênico temporário de plaquetas • Seja qual for a causa, o hiperesplenismo raramente tem importância clínica, uma vez que as plaquetas podem ser mobilizadas do baço quando necessário • A contagem de plaquetas costuma ser maior que 40.000/mm3, com boa resposta medular
  • 6. TROMBOCITOPENIA – Hiperesplenismo (sequestro esplênico) • Em pacientes com hepatopatia e esplenomegalia, os sangramentos geralmente decorrem da coagulopatia hepática • Cirrose hepática, com hipertensão portal e esplenomegalia congestiva é a causa mais comum de hiperesplenismo, mas qualquer condição que aumente o baço pode cursar com trombocitopenia
  • 7. TROMBOCITOPENIA – Hiperesplenismo (sequestro esplênico) • O baço é usualmente palpável e o grau de trombocitopenia correlaciona-se inversamente com o tamanho do baço • Pacientes com esplenomegalia maciça e trombocitopenia grave podem ter hepatopatia grave ou uma doença da medula óssea • O tratamento é o da “causa base”, sendo a esplenectomia raramente indicada
  • 8. TROMBOCITOPENIA – Transfusão maciça • Pacientes que recebem >15 concentrados de hemácias dentro de 24h, habitualmente desenvolvem trombocitopenia (moderada) • A gravidade da trombocitopenia correlacionase com número de transfusões • O manejo depende da gravidade do caso, desde expectante até transfusão plaquetária
  • 9. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção – Trombocitopenias congênitas/hereditárias • Geralmente, há claro padrão de herança – Anemia de Fanconi (aplasia medular grave, baixa estatura, anomalias esqueléticas, GU, cardíacas e do SNC; fatal; TMO) – TAR (ausência dos rádios; esplenectomia?) – May-Hegglin (plaquetas gigantes, inclusões leucocitárias; assintomáticos)
  • 10. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção – Trombocitopenias congênitas/hereditárias – Alport (nefrite, surdez; macroplaquetas; não responde a corticoides/esplenectomia) – Kasabach-Merritt (angioma cavernoso gigante; quadro mimetiza uma CID; a remoção/tratamento do tumor costuma melhorar o quadro)
  • 11. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção – Trombocitopenias adquiridas • Aplasia megacariocítica (rara; pródromo de SMD ou AA; autoimune?; terapia empírica?) • Infecção: – Causa mais comum de trombocitopenia? – Viral (HIV, CMV, EBV, hantavirus, vacinas) – Outras (micoplasma, micobactérias, erliquiose, malária etc.)
  • 12. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção • Associada ao HIV: – Trombocitopenia ocorre em até 43% dos adultos infectados pelo HIV – Produção ineficaz e redução da sobrevida das plaquetas (mecanismo imune) – Há correlação com a contagem de CD4 (direta) e com a carga viral (inversa)
  • 13. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção • Associada ao HIV: – Contagem plaquetária >50.000/mm 3 – Medula óssea “reacional” ou “displásica” – Atentar para doença granulomatosa/linfoma – Resolução espontânea frequente – Responde à terapia ARV (ART) – Corticoterapia/Ig/Anti-D nos casos graves
  • 14. TROMBOCITOPENIA • Diminuição da produção • Deficiência nutricional – B12, folatos, outros (ferro?) • Álcool – Multifatorial » Lesão pelo álcool » Hepatopatia/hiperesplenismo » Déficit nutricional (folatos, B12 etc.)
  • 15. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome hemolítico-urêmica (PTT/SHU) • Diferentes manifestações do mesmo processo • Patogênese complexa e “pouco” entendida • Agregação plaquetária por multímeros de vWF • Formação de trombos plaquetários na (micro)circulação
  • 16. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome hemolítico-urêmica (PTT/SHU) • 60-70% dos pacientes são mulheres • Pêntade clássica: trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática, sintomas/sinais neurológicos, envolvimento renal e febre • Basta: trombocitopenia, hemólise microangiopática e neuropatia ou nefropatia
  • 17. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura trombocitopênica trombótica/Síndrome hemolítico-urêmica (PTT/SHU) • Apresentação comum: – Cefaleia, confusão, convulsão, paresias – Sangramentos (hematúria, epistaxe, GI, menorragia) – Fadiga; dor abdominal
  • 18. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTT/SHU • Laboratório: – Trombocitopenia (fundamental) – Hemólise microangiopática (anemia, reticulocitose, aumento da BI e da DHL) – Hematúria, proteinúria (dano renal) – Biópsia do órgão envolvido (desnecessária)
  • 19. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTT/SHU • Diagnóstico diferencial: – Sepse/CID – Endocardite infecciosa – Síndrome de Evans (Coombs +) – LES/SAF – Anemia megaloblástica – SMD
  • 20. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTT/SHU • Tratamento – Plasmaférese » Uma troca diária (40mL/kg) até que ocorra melhora clínica/laboratorial » Aumento/redução conforme resposta » Queda da mortalidade (90% para <20%)
  • 21. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTT/SHU • Tratamento – Corticoides: <10% de resposta – Imunossupressores: resposta irregular – Esplenectomia: em desuso – Transfusão de plaquetas: contraindicada? • Prognóstico: boa evolução em 80%?
  • 22. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTT/SHU associada à infecções: • SHU epidêmica: ocorre após GECA por E. coli (0157:H7) ou Shigella que produzem shigatoxina; diarreia sanguinolenta e grave; febre e hipertensão são comuns; demais achados de SHU; tratamento de suporte • Outras: rickettsia, outras bactérias e vírus
  • 23. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Outras causas de PTT/SHU: • Drogas (quinino, ticlopidina, quimioterápicos antineoplásicos, ciclosporina A, metronidazol, sinvastatina, cocaína, ecstasy) • Transplante de células tronco (DECH etc.) • Câncer (gástrico, metastático) • Doença autoimune (LES, SAF, esclerodermia) • Gravidez (diferencial com síndrome HELLP)
  • 24. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Trombocitopenia gestacional • Ocorre em pelo menos 5% das gestações • Leve a moderada (>70.000/mm3) • Assintomática; ocorre apenas nas gestações • Melhora espontânea após o parto • Feto/neonato sem trombocitopenia • Abordagem habitual da gestação/parto
  • 25. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Trombocitopenia na gestação • Pre-eclâmpsia – HAS, proteinúria e edema (na gestação) – Eclâmpsia: pré-eclâmpsia + neuropatia – Trombocitopenia em 15% (<5% grave) – Pode evoluir para síndrome HELLP – Tratamento: parto; plasmaférese nos casos mais graves (parto não feito ou ineficaz)
  • 26. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) • Doença adquirida por adultos e crianças • Trombocitopenia isolada sem causa aparente • O diagnóstico é de exclusão (outras doenças) • No adulto, a PTI é insidiosa e crônica • Em crianças, aguda e autolimitada (<6 meses)
  • 27. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Redução da sobrevida plaquetária por destruição por anticorpos/sequestro esplênico • Anticorpos contra glicoproteínas da membrana plaquetária (GPIIb/GPIIIa e/ou GPIb/IX) • Anticorpos contra megacariócitos podem afetar a trombocitopoese
  • 28. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Parece haver aumento da função plaquetária (TS pode ser normal) • Mais frequente em mulheres jovens? • Pacientes assintomáticos (achado laboratorial) ou com longa história de púrpura • Púrpura/petéquias “não palpáveis”
  • 29. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Púrpura, epistaxe, sangramento gengival, menorragia, hematúria e perdas GI: “comuns” • Hemorragias graves são infrequentes, exceto nos casos muito graves (<5.000/mm3) • Sangramento em SNC é incomum, mas é a principal causa de morte
  • 30. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Baço palpável praticamente exclui PTI • Hemograma normal, exceto trombocitopenia • Anemia só se houver grandes sangramentos • Coagulograma restante normal (até o TS) • Medula óssea “reacional”
  • 31. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Diagnóstico diferencial: – Infecções agudas – SMD – CID; PTT/SHU – Hiperesplenismo – Trombocitopenias congênitas etc.
  • 32. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – PTI do adulto • Tratamento: – Plaquetas >30.-50.000/mm3: não precisa! – Plaquetas <30.000/mm3 e sangramentos: » Prednisona 1-2mg/kg/dia » Esplenectomia: falha do corticoide » Outros (Ig; diversos, “em estudo”)
  • 33. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Trombocitopenia cíclica • Rara, ocorre mais em mulheres jovens, relacionada ao ciclo menstrual (21-28 dias) • Aumentos cíclicos da atividade macrofágica e reduções cíclicas da produção plaquetária • Condição comumente crônica; pródromo AA? • Terapias sem sucesso (G-CSF?)
  • 34. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Trombocitopenia induzida por heparina (TIH) • Pode ser leve, iniciando logo após o início da heparina e melhora mesmo com o seguimento da droga. Resulta da agregação plaquetária • Pode ser associada com trombose, sendo mais rara, iniciando após 5-8 dias de terapia. Mediada por anticorpos, que também ativam as plaquetas, apesar da contagem baixa
  • 35. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Trombocitopenia induzida por heparina (TIH) • Diagnóstico: queda da contagem plaquetária (>50% ;<100.000/µL) após início da heparina • Parar heparinização • Substituir por anticoagulante seguro • Controlar a contagem com frequência • Evitar re-heparinização futura
  • 36. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura pós-transfusional • Trombocitopenia aguda grave 5-15 dias após uma transfusão de hemocomponente com aloanticorpos plaqueta-específicos (altos títulos) • Anti-HPA-1a em 80% dos casos • Pacientes previamente aloimunizados: mulheres multíparas, politransfundidos etc.
  • 37. TROMBOCITOPENIA • Aumento da destruição – Púrpura pós-transfusional • Trombocitopenia e sangramentos graves, dias depois de uma transfusão (hemácias etc.) • Pode haver febre e outros sinais de reação • Sorologia apropriada detecta os anticorpos • O tratamento é imunossupressivo (e/ou Ig; conforme o caso, até transfusão plaquetária)

Notes de l'éditeur

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  3. &lt;number&gt;
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  24. &lt;number&gt;
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  26. &lt;number&gt;
  27. &lt;number&gt;
  28. &lt;number&gt;
  29. &lt;number&gt;
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