Estudo de caso realizado pela FSB PR Digital (braço digital da FSB Comunicações) sobre como o eleitor conectado se engajou e mobilizou em torno da campanha eleitoral para presidente. O foco foram as redes sociais.
2. Sumário
• Metodologia
• Premissas
• Cenário
• Sumário Executivo
• Matriz do Voto Digital
• Engajamento e Mobilização
• Destaques
• Painel de Influenciadores
• Candidatos nas redes
• Destaque Twitter
• Glossário
• Créditos
3. Metodologia
• Neste projeto foram analisadas 9.384 menções.
• As menções foram capturadas com o sistema de Monitoramento Webgrama® em
varreduras quantificadas nos ambientes de blogs e nas redes sociais Orkut, YouTube
e Twitter
• Foram usados critérios de relevância, pertinência e nível de atividade das redes
dentro da amostra selecionada.
• As palavras-chave usadas foram os nomes dos candidatos e uma estrutura de
informação que permite identificar os principais itens da conversação digital em torno
deles e dos influenciadores. Com foco em mobilização e engajamento.
• Para a análise específica do Twitter usamos o sistema de tracking exclusivo para
essa rede (TweetReach)
• A análise qualitativa dos posts e respectivas menções aos temas pesquisados pelo
robô foi realizada pela equipe da FSB PR Digital (14 pessoas)
• Período da análise: 01/08 a 04/10.
4. Premissas
• Esta análise pretende contribuir para a ampliação da informação qualitativa do
cidadão e da sociedade.
• Este é um trabalho de cunho exploratório e que usa metodologia própria da
FSB PR Digital.
• Possíveis diferenças em relação a outros estudos podem ser consideradas
porque tivemos o foco específico de avaliar engajamento e mobilização.
• As conclusões qualitativas são emitidas sem nenhum posicionamento político.
• A FSB PR Digital e a FSB Comunicações não apoiam nenhum candidato ou
partido.
5. Cenário
Esta análise busca identificar como foi o uso – no 1º. turno da campanha
eleitoral de 2010 para Presidente - de duas das principais características das
redes sociais que são inerentes a um evento político: mobilização e
engajamento.
• Ao todo somos 135 milhões de eleitores no Brasil. (Fonte: TSE)
• O país possui 76 milhões de pessoas conectadas. (Fonte: Ibope NetRatings)
• As redes sociais contam com a seguinte participação brasileira (Fontes:
Doubleclick Ad Planner, ComScore e Blogsblogs/Out 2010):
Blogs: 219 mil blogs
Orkut: 29 milhões
Twitter: 9 milhões
Youtube: 21 milhões
Engajamento: demonstra qual a intensidade com que as pessoas se envolveram na campanha de maneira constante e regular. Evidencia a “conversa” nas redes.
Mobilização: indica o quanto os partidos conseguiram fazer as pessoas participarem de suas iniciativas estruturadas.
6. Sumário Executivo
• As redes sociais reproduziram o modo de debater política no ambiente offline: veiculação de notícias falsas,
denuncismo, maioria da mobilização liderada pela militância e não pelo cidadão e baixa proximidade entre os
candidato e o eleitorado.
• Houve pouca veiculação de propostas efetivas dos candidatos. A maior parte dos conteúdos que circulavam nas
redes provocava o debate negativo sobre temas como corrupção, aborto e religião.
• Alguns fatos repercutiram de forma importante nas redes durante a campanha. Um dos exemplos é a onda
contrária à candidata Dilma Roussef, motivada por questões de forte apelo religioso, como o aborto, e a
#ondaverde, convocada pela militância de Marina Silva, especialmente na última semana de campanha, com
adesão de celebridades e força com o público jovem, não ligado a um partido específico e que não era o alvo
das mensagens das militâncias dos dois candidatos favoritos
• Outros temas foram destaque no ambiente digital como Dilma Facts, caso Erenicee ausência de Plínio Arruda
no debate e quebra de sigilo fiscal
• Repercutiu também negativamente na candidatura do PSDB o salário mínimo de R$ 600,00 e o 13º para o
Bolsa Família.
7. Sumário Executivo
• O Twitter concentrou um imenso volume de posts sobre as eleições. Apenas entre os dias 30/09
(debate na Globo) e o final do dia da votação (03/10), foram gerados mais de 20 mil mensagens por
hora nesta rede com citações aos quatro principais candidatos. Neste período, Marina liderou com 79
milhões de exposições (positivas, negativas e neutras), seguida por José Serra, com 41 milhões, e
Dilma Rouseff, com 19 milhões.
• Assim como o Twitter, outros canais foram representativos em termos de mobilização. Os blogs, por
exemplo, também pautaram a mídia offline. Houve ainda vídeos, debates no Orkut e emails de
corrente que buscavam o convencimento do eleitor a favor de algum candidato.
• A militância andou em círculos. Durante muito tempo, a do PSDB falava para a do PT que falava para
a do PSDB. No vácuo, o PV falava um pouco mais com os internautas, mobilizando-os, especialmente
nos temas de sustentabilidade. Esse foi seu diferencial.
• Os melhores usos de redes sociais foram: os tuitaços de Marina Silva, as hashtags #ondaverde
#serracomedor , #plinioarruda, #marina43 (que ficaram entre os termos mais citados do Twitter no
mundo) e os memes #dilmafactsbyfolha e Dilmaboy. Alguns recursos foram pouco explorados, como
as twitcams. Marina fez para divulgar os tuitaços, Plínio durante os debates para os quais não foi
convidado e Serra apenas no último dia da campanha.
8. Matriz do voto digital
Destaques nas redes
Do ponto de vista de engajamento e mobilização, três grandes temas ganharam
destaque nas redes – questão religiosa, onda verde e corrupção –, em debates
provocados majoritariamente pela militância organizada dos partidos e pela
militância religiosa.
Questão
Onda verde Corrupção
religiosa
Militância organizada
Militância religiosa
9. Engajamento e mobilização
Naturalmente esperados nestas eleições, engajamento e mobilização foram
movimentos presentes também no ambiente digital .
Mobilização Engajamento
A mais engajada e estruturada foi da militância do PT. Em geral, não foi gerado espontaneamente pelo
Um de seus grandes trunfos foi a organização de uma cidadão. Ao contrário, nasceu incentivado pela militância
rede de blogs com disseminação centralizada e dos partidos. Destacam-se:
intensa de conteúdos. No entanto, não houve grande • Adesão de forma mais intensa, especialmente no
adesão do cidadão comum, não politizado. Twitter, aos chamados “memes” ou no uso de
Da parte do PV, houve uma militância mais focada hashtags: #ondaverde, #diilmafactsbyfolha, #marina43
nos perfis oficiais da candidata em todas as redes. A e #euvotomarina.
campanha verde teve mais pulverização e adesão • Na reta final, a maior adesão se deu no tema religioso
espontânea, especialmente na reta final do 1º turno. contra a candidatura de Dilma, movimento forte no
A militância do PSDB teve atuação discreta, não Orkut e que rapidamente se propagou no Twitter. Nesta
tendo adesão evidente do cidadão comum. rede, perfis fakes influenciaram na adesão, pois eram
O item que se destaca entre os apoiadores das redes replicados por internautas que não sabiam que eram
de militantes é que eles “falaram” entre si. falsos, gerando audiência alta para o tema. Marina
chegou a refutar em seu Twitter ter “apoiado” a
iniciativa.
10. Destaques
Inéditos Doações
• #dilmafactsbyfolha
• #serracomedor • Plínio durante
debate do UOL
• #serradeupiti • Vídeos Respostas • Sem expressão
• Marina na reta final
• #ondaverde no You Tube • Serra na véspera da
• #ondavermelha • Tuitaços (Marina e eleição
Plinio)
Hashtags e
Twitcam
Memes
O Ciclo Religioso
O primeiro pico no Twitter acontece em 22 de agosto, por conta de um comunicado da CNBB orientando os
padres a não apoiarem quem defende o aborto. Em setembro, a relação religião, aborto e eleições eclode,
ganhando ainda mais visibilidade.
Na pesquisa por “aborto+eleição” no Youtube, aparecem 515 vídeos. No recorte apenas do último mês, são
aproximadamente 354. Isso significa que mais da metade foi publicada no último mês. Os vídeos mais
visualizados são anti-dilma.
No Orkut, percebe-se que a onda aborto/eleições é presente e regular. Aparece na campanha de 2006, na de
2008, em todas as esferas. Mostra que os movimentos religiosos já são organizados há um tempo e que a
questão é latente.
11. Painel de influenciadores
Os principais influenciadores do ambiente digital são multiplicadores fundamentais de conteúdo. Para
mapeá-los, foram considerados critérios como repercussão de seus posicionamentos na mídia digital,
audiência e interação com o internauta, além de métricas digitais como posição no Pagerank do Google,
alcance de seus blogs e tweets, interações do internauta nos comentários, RT’s e Replies.
Também foram levados em conta a linha geral de posicionamento, teor dos seus textos, tipos de temas
que mais destacaram e a sua capacidade de integrar seus conteúdos entre as diversas redes sociais,
fazendo uso de perfil ativo no Twitter, respondendo questionamentos, dúvidas e críticas no processo
eleitoral etc. Ou seja, para conseguir maior disseminação das notícias veiculadas no blog, não basta ter
grande audiência. É preciso fazer bom uso de outros canais. Desta forma, há uma aproximação com o
(e)leitor, o que resulta em maior engajamento.
Os influenciadores analisados foram: Blog do Noblat, Luis Nassif , Reinaldo Azevedo, Paulo Henrique
Amorim, Lauro Jardim, Sidney Rezende, Fernando Rodrigues, Maria Fro, Luiz Carlos Azenha, Leituras
Favre, Lucia Hipolito, Pedro Doria, Ilimar Franco, Augusto Nunes, Josias de Souza, Radar Politico,
Cláudio Humberto, Ancelmo, Poder Online e Ari Cunha
12. Painel de influenciadores
Dos 22 influenciadores digitais analisados, 36% tiveram impacto ‘alto/muito alto’ na propagação da
campanha. Os outros 64% demonstram uma influência baixa ou restrita aos leitores do seu blog,
sobretudo pela falta de integração e interação com outras redes sociais.
Entre os analisados, 23% publicaram informação favorável à campanha da Dilma, sendo grandes
amplificadores de movimentos como #dilmafactsbyfolha e #serradeupiti. Outros 23% publicaram maior
volume de informações favoráveis ao PSDB/Jose Serra e tiveram o mesmo comportamento: ora
contribuindo para disseminações positivas como o #pergunteaoserra, ora dando vazão aos ataques
contra a candidata do PT, como no caso da Erenice Guerra.
Os demais 54% demonstraram abordagem mais neutra, tanto nos blogs, como no Twitter.
No caso especifico de Marina, não houve um influenciador que assumisse o papel de propagador de sua
agenda positiva, mas houve um entre os analisados que assumiu a tentativa de conter o avanço da
candidata, veiculando posts negativos sobre ela.
O fato da análise indicar que o posicionamento de um influenciador destaca positiva ou negativamente
algum candidato não define, da parte da FSB PR Digital, uma conclusão definitiva de que ele apoiava
ou apóia uma candidatura específica.
13. Painel de influenciadores
Temas mais sensíveis e com maior repercussão nos influenciadores
Dilma: aborto e Erenice Guerra
Serra: ligação ao Ministro Gilmar Mendes e pedágios
Marina: jatinho de 50 milhões
Candidato com maior visibilidade entre os
influenciadores: Dilma (atacada ou defendida) esteve
presente em quase todas as discussões nos
influenciadores.
Candidato com menor visibilidade entre os
influenciadores: Marina, com um ligeiro aumento nas
últimas semanas, mas ainda inferior aos dois principais
(Dilma e Serra).
14. Painel de influenciadores
Resumo da análise de influenciadores
• É possível crescer em visibilidade e conseguir ressonância nas redes sociais sem ser
mencionado pelos grandes influenciadores, o melhor exemplo é a repercussão de Marina
Silva na reta final da campanha.
• Credibilidade fora da web não significa capacidade de ter ressonância nas redes sociais.
• O PT demonstra organização para participar dos comentários dos posts veiculados nos
grandes influenciadores que atacavam a imagem de Dilma ou Lula, o que não acontece com
o PSDB, embora os tucanos tenham presença importante nos comentários de blogs
influenciadores.
• Os principais articuladores entre os influenciadores mapeados foram aqueles que
entenderam a importância do relacionamento nas redes sociais e conseguiram aumentar a
ressonância de suas mensagens.
• A capacidade de influenciar o “internauta comum” depende quase que necessariamente da
integração com redes sociais. Sem isso, o texto fica restrito aos leitores assíduos do blog,
ou seja, com menos capacidade de impactar outros usuários.
15. Candidatos nas redes
Twitter: seguidores
Destaca-se a subida de Marina Silva na reta final da campanha e a constância
da subida de José Serra e de Dilma.
Fonte: Tweet Counter
16. Candidatos nas redes
Twitter: volume
A constância de Marina Silva como líder em volume de posts diários em todo
o período, incluindo o pico no final do 1º turno, é um dos destaques.
Fonte: Tweet Counter
17. Candidatos nas redes
Engajamento geral
O engajamento demonstra qual a
intensidade com que as pessoas se
envolveram na campanha de maneira
constante e regular. Evidencia a
“conversa” nas redes.
No entanto, a análise qualitativa mostra
que essa conversa se dava entre a própria
militância, alcançando pouco o cidadão.
A campanha que mais interagiu com os
internautas foi a de Marina.
Fonte: Webgrama
18. Candidatos nas redes
Engajamento por sentimento
Destacam-se os quase 80% de
engajamento positivo de Marina
Silva, o que representa o dobro
de Dilma. Serra teve cerca de
20% das menções positivas.
Isso mostra que a aceitação do
internauta à mobilização
provocada pela campanha de
Marina foi maior em relação aos
demais candidatos.
Fonte: Webgrama
19. Candidatos nas redes
Engajamento >> Manifestação espontânea
As manifestações espontâneas de
engajamento dos internautas em
relação à campanha de Marina
foram mais recorrentes que em
relação aos seus adversários.
Nesse item, praticamente
equivaleram-se a força da
militância petista em relação aos
tucanos.
Fonte: Webgrama
20. Candidatos nas redes
Engajamento >> Manifestação provocada
Indica quando as ações dos
internautas eram provocada por
ação e/ou liderança da militância
ou de um influenciador. Ex:
republicar em seu blog o texto de
um blog oficial de campanha.
Fonte: Webgrama
21. Candidatos nas redes
Engajamento >> provocada x espontânea
As manifestações de engajamento dos internautas provocadas pela militância
ou pelos influenciadores foram mais recorrentes que as espontâneas,
sobretudo às relacionadas às candidatas Dilma e Marina. Esta última, no
entanto, liderou as declarações de engajamento espontâneas na web.
Fonte: Webgrama
22. Candidatos nas redes
Mobilização
Indica o quanto os partidos
conseguiram fazer as pessoas
participarem de suas iniciativas
estruturadas. Ex: tuitaço da
Marina, twitcam do Serra.
Marina Silva liderou com folga.
Fonte: Webgrama
23. Candidatos nas redes
Mobilização por sentimento
Alta aceitação dos internautas e da
militância quando Marina
“chamava” para uma mobilização.
As principais foram: #ondaverde
#marina43 e o tuitaço.
Fonte: Webgrama
24. Candidatos nas redes
Plinio Arruda Sampaio >> O Contraponto
• Foi o primeiro a mostrar como a internet tem um grande poder de multiplicação.
• Quando foi convidado para o debate da Band exibiu comportamento que as redes adoram viralizar:
irreverência e bom humor.
• Foi o suficiente para que a hashtag #plinioarruda chegasse ao Trending Topics Mundial do Twitter e
disparasse o seu número de seguidores.
• Plínio entendeu essas possibilidades e passou a usar a rede de forma mais intensa, incluindo uma
razoável disseminação de mensagens através de blogs de políticos do PSOL, especialmente.
• Sua não participação em debates o levou para o uso da Twitcam como recurso alternativo.
• A vocação para frases de efeito que cabem bem nos 140 caracteres do Twitter deram muito mais
exposição a ele entre o público jovem do que teria em eleição sem internet. Afinal, ele tinha pouco tempo
na TV.
• Seu principal equívoco: como ampliou muito o humor, acabou ultrapassando o limite e deixou sua imagem
vulnerável a piadas.
• Não usufruiu exatamente de um engajamento ou mobilização política nas redes sociais.
25. Candidatos nas redes
Dilma Rousseff >> Pontos fortes
• Tom positivo das intervenções na campanha digital, evitando ataques,
centradas em promover a candidata e na defesa de ataques contra ela,
principalmente da campanha e militância de José Serra.
• Usabilidade e design dos principais sites (http://www.dilma13.com.br,
http://dilmanarede.com.br ).
• Estratégia ampla para todas as redes, acessível em qualquer ponto do
portal.
• Mobilização efetiva das militâncias do PT e PMDB muito ativas na
rede..
26. Candidatos nas redes
Dilma Rousseff >> Pontos fracos
• Proliferação de blogs aparentemente oficiais da candidata, que não o
são, causando confusão no momento de acompanhar as informações
oficiais da campanha;
• Estratégia de estimular proliferação de blogs de militantes, que nem
sempre estava alinhada com a campanha institucional da candidata.
• Gafes na internet documentadas na mídia: caso do programa Fala Dilma,
entrevista para treinamento que e foi levada ao ar no Youtubesem a
qualidade necessária para a campanha eleitoral, expondo a candidata.
• Lançamento do site oficial da candidata, com uma foto que traz a atriz
Norma Bengellparticipando de uma passeata contra a ditadura, que
sugeria ser Dilma. A campanha apresentou a defesa de que a imagem era
desproposital, mas retirou a foto do site.
• Tom oficial e pouco pessoal das intervenções do perfil da candidata no
Twitter.
27. Candidatos nas redes
José Serra >> Pontos fortes
• Twitter alimentado pelo próprio candidato, onde ele interagia com os
usuários, tira dúvidas, conta detalhes dos bastidores e até disse que iria
convencer o pai de uma usuária a votar nele.
• A “Turma do Chapéu” teve o propósito de trazer leveza e humor para a
campanha do PSDB.
• Embora tenham alcançado baixa repercussão, o “time 45” foi uma
estratégia bem elaborada para a internet, com um ranking de
colaboração e ideiasque estimulam a participação
28. Candidatos nas redes
José Serra >> Pontos fracos
• Militância não era suficientemente organizada para manter a agenda
positiva do candidato circulando na rede.
• A necessidade do cadastro no site para tudo afastou muitas pessoas e
rompeu com a ideia de liberdade da internet.
• A campanha #EuamoBrasilnão teve adesão representativa.
• Não usou o Twitter como um hub para outros canais de disseminação, já
que tinha o maior número de seguidores, dentre os candidatos
• Presente em várias redes, mas sem conteúdo exclusivo ou colaborativo.
• A adoção do Zé não conseguiu boa adesão na internet.
29. Candidatos nas redes
Marina Silva >> Pontos fortes
• Tom positivo, evitando críticas vazias e o posicionamento a
favor do debate limpo na internet.
• Contou com a forte mobilização de jovens, nativos do
ambiente digital.
• Inovou as ações, sendo a primeira a realizar tuitaços,
arrecadar online e a realizar encontro com blogueirose
formadores de opinião digitais.
• Realização de várias twitcams.
30. Candidatos nas redes
Marina Silva >> Pontos fracos
• Retuite de pessoas que criticaram José Saramago no dia da sua
morte, para depois responder com sua opinião. Os internautas
entenderam inicialmente que ela estava corroborando as
informações.
• Perfil no Twitter e blog teoricamente pessoais, porém sem nenhuma
participação direta da candidata na produção de conteúdo.
• Suas participações diretas no Twitter foram eventuais.
• Poderia ter usado de forma mais enfática suas características de
personalidade (empatia e pessoalidade) no Twitter.
31. Destaque >> Twitter
Twitter >> Uma rede à parte, em momento oportuno
O Twitter foi uma das redes mais mobilizadoras destas eleições.
Essa característica foi acentuada na reta final do 1º turno, especificamente entre os dias 30/09 a
04/10, período que compreende o dia do último debate na TV Globo até o dia da eleição.
A enorme mobilização desse período foi causada por:
• Apoio à Marina através das hashtags #ondaverde e #marina43. Esse apoio inclui militantes,
celebridades e cidadãos comuns, além de perfis fakes, que alavacaram muito a presença da
candidata nessa rede.
• Disseminação de boatos, tendo como apelo a religiosidade, satanizando e demonizando a
candidata Dilma Rousseff. Sobre esse tema, houve uma atuação bastante forte de fakes.
• A participação de celebridades que possuem os perfis TOP 10 do ranking do Twitter brasileiro fez
com que houvesse picos de até 20 mil tweets por hora no período, o maior pico de uso de redes
sociais em toda a campanha.
32. Destaque >> Twitter
Dilma Rousseff
• Teve 19.304.199 exibições de mensagens com seu nome,
que alcançaram 3,8 milhões de pessoas através de 23 mil
tweets escritos por 12 mil pessoas.
• Dilma teve a influência de seus apoiadores pulverizada por
vários perfis. Destaque para @ProfMariaRachel, o militante
@blogdilma2010 e @mercadante.
• Tweet de Hugo Chavez foi um dos que mais produziram
exposição para a candidata do PT.
• @huckluciano, @alanbez, @LeiSecaRJ e @luiefs foram os
que mais contribuíram para sua exposição, mas com posts
neutros ou negativos. Juntos, representam quase 3 milhões
de impressões negativas.
• O @Rede45 (apoiador de Jose Serra) também teve muita
influência negativa entre os multiplicadores de @dilmabr.
• Nenhum perfil influenciador de notícias aparece.
Fonte: TweetReach Tracker
33. Destaque >> Twitter
Marina Silva
• Os tweets citando @silva_marina foram “exibidos”
79.369.950 vezes no período. Essa audiência foi
criada por 6,7 milhões de pessoas através da
postagem de 150 mil mensagens escritas,
originalmente, por 74 mil usuários com perfis ali
registrados.
• Foi o resultado basicamente da combinação da adesão
à votação da candidata do PV através da declaração
de voto e uso das hashtags #ondaverde #votomarina e
#marina43.
• Identificou-se também a presença de celebridades
(@Bgagliasso, por exemplo) e de perfis neutros de
veículos que usam o Twitter. Nesse ponto o @G1
aparece com destaque.
• Outro ponto a considerar é que alguns perfis fakes
também alavancaram a audiência.
Fonte: TweetReachTracker
34. Destaque >> Twitter
José Serra
• Teve 40.875.484 impressões, alcançando 5,6 milhões de
pessoas através de 52 mil tweets escritos por 31 mil
“tuiteiros”.
• Mostrou mobilização digital , pela militância, na hora da
definição do 1º. turno. Os perfis que mais contribuíram para
sua exposição foram @rede45, Sabrina Sato
(@sabrinasatoreal) e Luciano Huck (@huckluciano). Este
último, especialmente, causou visibilidade positiva ao
candidato por ter comentado sobre a realização de uma
Twitcam na última noite de campanha.
• Logo depois Huck ainda fez outro post dizendo que estava
feliz por ver José Serra usando o Twitter, pois o incentivara a
fazê-lo. Só com isto ele provocou mais de 2.4 milhões de
impressões.
• Também o perfil @G1 teve influência em seus números.
Fonte: TweetReach Tracker
35. Glossário
Mídias sociais: plataformas de comunicação onde as pessoas interagem em colaboração através de
comunidades virtuais, blogs, wikis, fóruns e outros .
Blogs: Um weblog, blog, blogue ou caderno digital é uma página da Web, cuja estrutura permite a atualização
rápida a partir de acréscimos de tamanho variável, chamados artigos, ou “posts). Estes são organizadas
cronologicamente de forma inversa (como um diário) costumam abordar a temática do blog, e podem ser escritos
por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog.
Blogueiro: aquele que escreve em blogues. O universo dos blogueiros (a soma de tudo o que está relacionado a
este grupo e este grupo em si) é conhecido como blogosfera.
Orkut: Rede social filiada ao Google e criada em 19 de Janeiro de 2004, com o objetivo de ajudar seus membros
a fazer novas amizades e manter relacionamentos. Seu nome é originado no projetista chefe, Orkut Büyükkokten,
engenheiro turco do Google.
YouTube: conhecido também como Broadcast Yourself. Significa algo do tipo “transmita você mesmo”, lema que
consagrou o YouTube como o principal site de vídeos do mundo. Esse lema consegue explicar bem como
funcionam os sites colaborativos. Neles, são os próprios usuários que geram o conteúdo e compartilham o
material com milhares ou até milhões de pessoas, via internet.
36. Glossário
Twitter: é uma rede social e servidor para microblogging que permite que os usuários enviem atualizações
pessoais contendo apenas texto em menos de 140 caracteres.
Seguidores: perfis de Twitter que desejam receber as mensagens publicadas por determinados usuários.
Timeline: espaço em que o usuário recebe, em tempo real, todas as mensagens dos perfis que ele segue.
Tweet: mensagem postada no Twitter, que pode ter até 140 caracteres.
Reply: resposta de um usuário a uma mensagem postada por outro perfil do Twitter .
Mention: citação de um perfil na rede, precedida por "@". Ex.: @nickname. Recurso geralmente utilizado para
divulgações. Não é necessário seguir um perfil para citá-lo.
Retweet: função do Twitter que consiste em replicar uma determinada mensagem de um usuário para a lista de
seguidores, dando crédito a seu autor original. Na página de início do site existe um botão chamado retweet, que
faz o envio automático da mensagem para todos seguidores da pessoa. Existe a opção, também, de realizar isto
de forma manual, acrescentando um RT ao lado do @nome de quem escreveu, normalmente utilizada para fazer
um comentário ou adendo ao post original .
37. Glossário
Fakes: representações, na internet, de pessoas que não existem ou não são diretamente responsáveis pelo
discurso produzido na rede. Algo falso, fantasioso, em que o indivíduo usurpa a identidade de outrém.
Twitaço: movimento organizado no Twitter para que várias pessoas se manifestem ao mesmo tempo sobre
determinado assunto ou personalidade.
Twitcam: é um serviço vinculado ao Twitter, que permite aos seus usuários transmitirem vídeos ao vivo (live
streaming) através de uma câmera conectada ao computador.
Trending Topics (TT): São os 10 assuntos (hashtags ou conjunto de palavras) mais comentados no Twitter.
Pode ser filtrado, também, para os 10 assuntos mais comentados no mundo. Caso o número de pessoas a
usarem uma mesma hashtag ou uma mesma expressão (conjunto de palavras) seja muito alto, isso influencia
diretamente a possibilidade de entrar nos Trending Topics.
Hashtag: caracterizada pelo símbolo # junto de qualquer palavra, facilita a pesquisa de interesses e assuntos
relevantes como forma de ajudar a ranquear melhor um termo para um assunto do momento, debate ou evento.
Offline: representa o conteúdo que não está na web ou a indisponibilidade de acesso do usuário à rede ou ao
sistema de comunicações.
38. Glossário
Post: conteúdo publicado em um blog, que pode ou não conter espaço para comentários.
Pagerank: família de algoritmos de análise de rede que dá pesos numéricos a cada elemento de uma coleção de
documentos hiperligados, como as páginas da Internet, com o propósito de medir a sua importância nesse grupo
por meio de um motor de busca. O sistema PageRank é usado pelo motor de busca Google para ajudar a
determinar a relevância de uma página na rede. O número de links de uma página em outros sites, por exemplo,
é um dos critérios que definem o seu pagerank.
39. Créditos
Trabalharam neste projeto:
• Maria Claudia Bacci
• Risoletta Miranda
• Janine Louven
• Cynthia Garda
• Mariana Antoun
• Juliana Ricci
• Felipe Zulato
• Marcela Martins
• Raquel Costa
• Fabio Keidel
• Julia Ribeiro
• Priscila Simão
• Anna Bernardes
• Daniel Pinho