SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
A democracia ateniense no século V a. C.<br />Escola Secundária Daniel Faria Baltar<br />Índice <br />Identificação _______________________________________ Pag. 3<br />Introdução _________________________________________ Pag. 4<br />A democracia ateniense no séc. V a. C.____________________ Pag. 5<br />Drácon e Sólon ________________________________ Pag. 5<br />Clístenes e a democracia ateniense __________________ Pag. 6<br />Instituições democráticas de Atenas _________________ Pag. 8<br />Características da democracia ateniense______________ Pag.10<br />Direitos dos cidadãos atenienses____________________ Pag. 10<br />Limites da democracia ateniense ___________________ Pag.13<br />Sócrates ______________________________________ Pag. 14<br />Conclusão _________________________________________ Pag. 16 <br />Bibliografia ________________________________________ Pag. 17<br />Identificação:<br />Trabalho realizado no âmbito de disciplina de Geografia;<br />Trabalho elaborado por: Ana Rosendo nº5, Miguel Barbosa nº19 e Joana Oliveira nº28<br />Introdução: <br />Com este trabalho pretendemos aumentar os nossos conhecimentos, acerca do tema:”A democracia ateniense no século V a. C.”<br />Neste trabalho iremos abordar várias questões relacionadas com a democracia ateniense, como: as instituições democráticas de Atenas, as características da democracia ateniense, entre outros.<br />Como sabemos, muitos historiadores caracterizam a civilização grega como sendo superior a todas as outras. Com a realização deste trabalho ficaremos a saber o porquê desta afirmação.<br />Assim, escolhemos trabalhar e pesquisar o máximo possível acerca do tema e assim fazer uma pequena síntese sobre todos os assuntos.<br />A democracia ateniense no século V a.C.<br />No conjunto das cidades-estado gregas, Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio económico e militar, a polis ateniense tornou-se um brilhante centro cultural e político. Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo. Os Atenienses chamaram-lhe democracia (o poder do demos, ou do povo).<br />A democracia ateniense começou a delinear-se no final da época arcaica, nas leis promulgadas por Drácon e Sólon .<br />Drácon e Sólon<br />Drácon tornou-se legislador em 621 a.C. e foi responsável pela introdução do registo por escrito das leis em Atenas – até então elas eram orais. A cidade passou a ser governada com base numa legislação e não mais conforme os costumes. A mudança enfraqueceu o poder dos eupátridas, mas não resolveu os problemas sociais, e os conflitos continuaram.<br />5715640080Em 594 a.C., Sólon deu início a reformas mais profundas. Perdoou as dívidas e as hipotecas que pesavam sobre os pequenos agricultores, e aboliu a escravidão por motivo de dívida. Criou a Bulé, um conselho formado a princípio por quatrocentos membros, responsável pelas funções administrativas e pela preparação das leis. Tais leis tinham de ser submetidas à apreciação da Eclésia, ou Assembleia, formada por cidadãos (indivíduos do sexo masculino, com mais de 20 anos, filhos de pai e mãe atenienses e inscritos na demos da polis). Além de propor, discutir e aprovar as propostas de lei, a Eclésia deliberava sobre assuntos de interesse geral.<br />No âmbito político, Sólon limitou o poder da aristocracia e ampliou o número de participantes da vida pública da cidade. A sua reforma representou um passo decisivo para o desenvolvimento da democracia, consolidada posteriormente na legislação de Clístenes. Os conflitos sociais entre aristocratas, comerciantes, artesãos e pequenos proprietários de terras, entretanto, não acabaram. Depois do governo de Sólon, a cidade foi palco de grandes agitações sociais.<br />Clístenes e a democracia ateniense<br />Em 507 a.C., Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual se estendeu os direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadãos. Desse modo, consolidava-se a democracia ateniense.<br />A participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas (os chamados metecos), escravos e mulheres, ou seja, a maior parte da população. Que na época era de 400 000, dividida em 40 000 quot;
cidadãosquot;
, 100 000 de metecos (ou estrangeiros), 200 000 de escravos e 60 000 de mulheres e crianças.<br />Apesar desses limites, a democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo. Com as reformas de Clístenes, as funções administrativas ficaram a cargo da Bulé. Os seus integrantes eram sorteados entre os cidadãos. Clístenes fortaleceu ainda a Eclésia, que passou a reunir-se uma vez por mês para discutir e votar leis, além de outros temas de interesse geral dos cidadãos. Os assuntos militares ficaram sob a responsabilidade dos estrategos.<br />Atribuiu-se a Clístenes ainda a instituição do Ostracismo, que consistia na suspensão dos direitos políticos e no exílio por dez anos dos cidadãos considerados perigosos para o Estado.<br />Também no século VI, Péricles (politico grego da época de Clístenes) criou um tipo de pagamento aos cidadãos que exercessem cargos públicos, as Mistoforias. <br />*Mistoforia é como se chamava o salário pago aos cidadãos gregos que participassem na vida pública/política.<br />Assim, foram vicissitudes de ordem económico-social e político-cultural que conduziram os gregos à democracia.<br />A democracia antiga em Atenas foi uma democracia directa, isto é, uma democracia em que o governo era exercido pelos próprios cidadãos a quem se destinava, através de eleições ou de sorteios para cargos que eram sempre temporários e/ou rotativos. <br />Fig. 2 – A colina Pnyx (onde funcionou primitivamente a Eclésia)<br />As instituições democráticas de Atenas<br />Os cidadãos atenienses participavam activamente no exercício da vida política. Esta participação exerce-se através das assembleias, dos conselhos e dos tribunais. Em Atenas, tínhamos em primeiro lugar um órgão que abrangia a totalidade dos cidadãos, Eclésia ou assembleia. Composta por cidadãos do sexo masculino com o serviço militar já cumprido, inscritos nas demos atenienses.<br />A Eclésia possuía funções legislativas e deliberativas: propunha, discutia e aprovava as leis e o ostracismo; designava por eleição ou sorteio, os magistrados e fiscalizava a sua actuação; decidia sobre a guerra ou a paz; negociava e ratifica tratados; controlava as finanças e as obras públicas; julgava crimes políticos. As suas decisões eram tomadas por maioria de votação, e esta fazia-se geralmente de braço no ar. Para não afastar os cidadãos dos seus afazeres, a Eclésia reunia três a quatro vezes por mês, embora algumas sessões durassem mais do que um dia.<br />A Bulé ou conselho, contava cinquenta representantes de cada tribo, o que perfazia um total de quinhentos membros. Para o exercício das suas funções, os buletas subdividiam-se em dez sessões especializadas, cada uma com 50 membros. As pritanias sucediam-se ao longo do ano na chefia do poder sob presidência do epístata, espécie de chefe de Governo, sorteado diariamente e sem direito a reeleição. Para este conselho, qualquer cidadão podia ser nomeado, mas não mais de duas vezes na vida, e essas não seguidas, o que assegurava a rotatividade de exercício de tais funções.<br />Para além dos buletas, o Governo ateniense contava ainda com um corpo de magistrados que executavam todo o tipo de funções públicas e faziam cumprir as leis. Eram designados por eleição ou sorteio, consoante os cargos, e possuíam mandatos anuais. O seu desempenho era fiscalizado pela Bulé e pela Eclésia, a quem tinham de apresentar contas no final dos seus mandatos, apresentando, inclusive, relatório dos bens pessoais tidos no início e no fim da função exercida.  <br />Deste corpo de magistrados os mais importantes eram os arcontes e os estrategos. Os arcontes (10 em cada ano) eram sorteados na Eclésia, a partir de listas fornecidas pelos demos (um por cada tribo). Organizavam as grandes cerimónias religiosas e fúnebres e presidiam aos tribunais. Os estrategos (10 em cada ano) ocupavam-se das questões militares, na chefia da marinha e do exército e regiam a política externa. Não eram sorteados, mas eleitos, mediante listas propostas pelas tribos, podendo cumprir vários mandatos. Os escolhidos eram, quase todos, descendentes das famílias nobres (antigos eupátridas).<br />A aplicação da justiça cabia a dois tribunais. O Areópago era formado pelos arcontes que haviam cessado funções e que nele possuíam assento vitalício; julgava os crimes religiosos, os homicídios e os de incêndio. O Helieu julgava todos os restantes delitos; compunham-no 6000 juízes (600 por cada tribo), sorteados anualmente, que funcionavam divididos por secções; os julgamentos constavam das alegações do acusador e do acusado, posto o que se seguia o veredicto dos juízes que decidiam colectivamente, por maioria, através do voto secreto.<br />Características da democracia ateniense<br />- Democracia directa, (as leis, porque eram sugeridas, discutidas e aprovadas por todos na assembleia, apresentavam-se como a vontade da maioria e não como algo imposto por outros);<br />- Princípio da soberania popular está perfeitamente demonstrado na importância efectiva atribuída á Eclésia e no estabelecimento do principio da maioria para a tomada de decisões;<br />- Uso do sorteio (mais do que o da eleição), o que permitia a igualdade de acesso aos cargos;<br />- Carácter transitório e rotativo dos cargos, o que não só obrigava a que mais cidadãos fossem chamados a desempenhar funções, como evitava a corrupção e os abusos de poder;<br />Direitos dos cidadãos atenienses<br />O cidadão ateniense gozava institucionalmente dos seguintes direitos:<br />- Direito á liberdade – Em Atenas só os homens livres era cidadãos, e à propriedade;<br />- A igualdade perante a lei ou insonomia. A nenhum cidadão são concebidos privilégios baseados na riqueza ou no prestígio da sua família.<br />- A igualdade de acesso aos casos políticos ou isocracia. Todo o cidadão ateniense tinha o direito e o dever de participar no governo da polis. Todos tinham igual direito de voto. - O igual direito de todos ao uso da palavra ou isegoria. Nas assembleias, nos tribunais ou no exército das magistraturas, todos podiam defender livremente as suas opiniões.<br />Era através do uso da palavra que os cidadãos se faziam ouvir nas assembleias. Quem melhor falava, melhor convencia. Assim, os bons oradores ao distinguirem-se dos restantes cidadãos ganhavam prestígio e simpatia. Dai que a oratoria se tivesse tornado um dote precioso para o exercicio da vida politica. Os atenienses cultivavam com carinho a arte de discursar e quase todos os lideres políticos eram notáveis oradores. Temístocles convencia as massas. Péricles empolgava todos.<br />-2286070485Demóstenes (séc. IV a . C) foi o mais famoso orador ateniense e um dos maiores de todos os tempos (veja filípicas, onde advertiu os gregos contra o imperialismo macedônico). Depois da queda de Olinto, tornou parte na embaixada que concluiu a paz de Filócrates (346). Demóstenes incentivou Atenas a utilizar essa paz para se preparar para o conflito decisivo e, de 344 a 340 a. C., pronunciou as três últimas filípicas; nessa mesma época teve que lutar contra Ésquines, seu adversário político, a quem acusou de traição no seu discurso sobre a embaixada infiel. Até então, orador de oposição, Demóstenes chefe de partido. De 340 a 338, dirigiu a política ateniense e negociou uma aliança com Tebas contra Felipe; no entanto, este esmagou os coligados em Queronéia (338). Em (330) Demóstenes pronunciou seu discurso sobre a coroa, que justificava os atos e os princípios de sua política e redundou no exílio de Ésquines. Com a morte de alexandre iniciou a revolta das cidades gregas contra Antípatro. Em conseqüência a derrota de Atenas em Cranon (322), Demóstenes se envenenou. Sua obra de orador, composta de 60 discursos políticos e defesas civis, permanece até hoje como modelo. Esquines , mestre de eloqüência, que travou duelo oratório com Demóstenes. <br />Limites da democracia ateniense<br />A democracia ateniense apresentava algumas limitações:<br />- Era uma democracia só para cidadãos, 12% da população;<br />- As decisões eram tomadas com menos de 10% da população, elevada ausência na Eclésia;<br />- As mulheres não eram detentoras da cidadania; *<br />- Os metecos não possuíam direitos políticos e estavam privados de alguns direitos civis; **<br />- Cerca de metade da população era escrava não gozando de direito políticos e civis; ***<br />- Intocabilidade das leis levou ao cerceamento da liberdade de expressão;<br />- A demagogia usada por alguns políticos, que através da sua facilidade de persuasão levavam o povo, na Eclésia ou nos tribunais a tomar decisões injustas;<br />- A escolha, por sorteio, dos membros dos órgãos de poder, permitia que qualquer um, mesmo os menos preparados, fosse governantes;<br />- A rotatividade anual dos cargos, embora não permiti-se abusos de poder, por vezes condicionava alguns trabalhos em curso;<br />- Práticas como o ostracismo e a condenação á morte mostravam que a liberdade de expressão não era total;<br />- Imperialismo exercido por Atenas através da Liga de Delos; exigia o pagamento de tributos e não respeitava os direitos das outras cidades;<br />34290464185Sócrates (469–399 a.C.)<br />Filósofo e livre-pensador ateniense da época clássica, foi um exemplo de fidelidade á ordem democrática. Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Sócrates preferiu honrar a lei da sua cidade, aceitando a morte, em vez de fugir, como lhe propuseram os seus discípulos.<br />* Mulheres de Atenas<br />As mulheres tinham menos liberdade em Atenas do que em Esparta. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforma a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas numa área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterilidade ou adultério.<br />Diferente de Esparta, em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular.<br />** Metecos<br />Eram os estrangeiros que habitavam em Atenas. Não tinham direitos políticos e estavam proibidos de adquirir terras, mas podiam dedicar-se ao comércio e ao artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver em Atenas e estavam obrigados à prestação do serviço militar; <br />*** Escravos <br />Formavam a grande maioria da população ateniense. Eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. Executavam a maioria dos trabalhos mais pesados na agricultura, nas minas e nos serviços domésticos. Os escravos eram considerados propriedade do seu senhor, não tinham liberdade nem direitos políticos, embora houvesse leis que os protegiam contra excessos de maus tratos.<br />Conclusão:<br />Com a realização deste trabalho, aprofundamos um pouco os nossos conhecimentos, e pudemos ter o privilégio de conhecer melhor este tema.<br />Achamos muito interessante a realização do trabalho, e na nossa opinião, atingimos os objectivos pretendidos. <br />Bibliografia<br />- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_democracia_em_Atenas<br />- http://www.historiadomundo.com.br/grega/arte-grega.htm<br />- http://www.slideshare.net/prof_smnccmendonca/a-democracia-em-atenas<br />- http://forumpatria.com/debate-politico-e-ideologico/democracia-ateniense/<br />- http://pt.shvoong.com/books/1735071-democracia-ateniense-1%C2%AA-parte/<br />
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico
C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico

Contenu connexe

Tendances

O modelo ateniense a democracia
O modelo ateniense  a democraciaO modelo ateniense  a democracia
O modelo ateniense a democracia
Carla Teixeira
 
Guia de estudo Democracia
Guia de estudo DemocraciaGuia de estudo Democracia
Guia de estudo Democracia
Escoladocs
 
O mundo helénico no século V a. C. - Democracia
O  mundo helénico no século V a. C. - DemocraciaO  mundo helénico no século V a. C. - Democracia
O mundo helénico no século V a. C. - Democracia
Carlos Pinheiro
 
A demografia ateniense
A demografia atenienseA demografia ateniense
A demografia ateniense
nita2000
 
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
AprendendoHistoriacomNemeis
 
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
Isah Lopes
 
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a ArteGrécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
Isidro Santos
 

Tendances (20)

O modelo ateniense a democracia
O modelo ateniense  a democraciaO modelo ateniense  a democracia
O modelo ateniense a democracia
 
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo AtenienseGuia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
Guia de estudo n.º 1 O Modelo Ateniense
 
A Democracia Em Atenas
A Democracia Em  AtenasA Democracia Em  Atenas
A Democracia Em Atenas
 
Guia de estudo Democracia
Guia de estudo DemocraciaGuia de estudo Democracia
Guia de estudo Democracia
 
Guia de estudo O modelo ateniense 1314
Guia de estudo O modelo ateniense 1314Guia de estudo O modelo ateniense 1314
Guia de estudo O modelo ateniense 1314
 
O mundo helénico no século V a. C. - Democracia
O  mundo helénico no século V a. C. - DemocraciaO  mundo helénico no século V a. C. - Democracia
O mundo helénico no século V a. C. - Democracia
 
Caderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo atenienseCaderno Diário O modelo ateniense
Caderno Diário O modelo ateniense
 
A demografia ateniense
A demografia atenienseA demografia ateniense
A demografia ateniense
 
1 o modelo ateniense
1  o modelo ateniense1  o modelo ateniense
1 o modelo ateniense
 
Democracia
DemocraciaDemocracia
Democracia
 
A pólis grega e o direito
A pólis grega e o direitoA pólis grega e o direito
A pólis grega e o direito
 
Democracia ateniense
Democracia atenienseDemocracia ateniense
Democracia ateniense
 
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
Sit 1 vol 2 os primeiros tempos da democracia grega e o regime demogratico at...
 
Trabalho História Grécia
Trabalho História GréciaTrabalho História Grécia
Trabalho História Grécia
 
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
A democracia ateniense e a oligarquia militar espartana
 
102 grecia antiga atenas e esparta
102 grecia antiga atenas e esparta102 grecia antiga atenas e esparta
102 grecia antiga atenas e esparta
 
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a ArteGrécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
Grécia Antiga - Instituições Democráticas e a Arte
 
Evolução política de atenas
Evolução política de atenasEvolução política de atenas
Evolução política de atenas
 
A Grécia das cidades
A Grécia das cidadesA Grécia das cidades
A Grécia das cidades
 
Atenas e esparta
Atenas e espartaAtenas e esparta
Atenas e esparta
 

En vedette

Lake story
Lake storyLake story
Lake story
ebunda
 
BIOVILLAS - RESERVA REAL
BIOVILLAS - RESERVA REALBIOVILLAS - RESERVA REAL
BIOVILLAS - RESERVA REAL
Paulo Henrique da Silva
 

En vedette (20)

O cristao e as novas formas de trabalho (7 de 8)
O cristao e as novas formas de trabalho (7 de 8)O cristao e as novas formas de trabalho (7 de 8)
O cristao e as novas formas de trabalho (7 de 8)
 
Wie erstelle ich ein Virtuemart Template? (Joomladay 2013 Vortrag by yagendoo...
Wie erstelle ich ein Virtuemart Template? (Joomladay 2013 Vortrag by yagendoo...Wie erstelle ich ein Virtuemart Template? (Joomladay 2013 Vortrag by yagendoo...
Wie erstelle ich ein Virtuemart Template? (Joomladay 2013 Vortrag by yagendoo...
 
3663
36633663
3663
 
T1 adaptación de cursos with audio
T1 adaptación de cursos with audioT1 adaptación de cursos with audio
T1 adaptación de cursos with audio
 
Grupo 5 6ºA
Grupo 5   6ºAGrupo 5   6ºA
Grupo 5 6ºA
 
Juan Carlos Briquet Marmol - Fotografias ingeniosas
Juan Carlos Briquet Marmol - Fotografias ingeniosasJuan Carlos Briquet Marmol - Fotografias ingeniosas
Juan Carlos Briquet Marmol - Fotografias ingeniosas
 
Entrepreneuria start up academy demo day talk
Entrepreneuria start up academy demo day talkEntrepreneuria start up academy demo day talk
Entrepreneuria start up academy demo day talk
 
Apartamento 2 quartos São João Batista
Apartamento 2 quartos São João Batista Apartamento 2 quartos São João Batista
Apartamento 2 quartos São João Batista
 
งบต้นทุนการผลิต
งบต้นทุนการผลิต งบต้นทุนการผลิต
งบต้นทุนการผลิต
 
Presentacion para servicios publicos
Presentacion para servicios publicosPresentacion para servicios publicos
Presentacion para servicios publicos
 
Religiones: Introducción
Religiones: IntroducciónReligiones: Introducción
Religiones: Introducción
 
Lake story
Lake storyLake story
Lake story
 
ADIVIÑAS PROFESIÓNS DO BOSQUE
ADIVIÑAS PROFESIÓNS DO BOSQUEADIVIÑAS PROFESIÓNS DO BOSQUE
ADIVIÑAS PROFESIÓNS DO BOSQUE
 
Manual mantenimiento
Manual mantenimientoManual mantenimiento
Manual mantenimiento
 
O cristao e as novas formas de trabalho (3 de 8)
O cristao e as novas formas de trabalho (3 de 8)O cristao e as novas formas de trabalho (3 de 8)
O cristao e as novas formas de trabalho (3 de 8)
 
Dario
DarioDario
Dario
 
Power pointbaby
Power pointbabyPower pointbaby
Power pointbaby
 
Grup 13
Grup 13Grup 13
Grup 13
 
BIOVILLAS - RESERVA REAL
BIOVILLAS - RESERVA REALBIOVILLAS - RESERVA REAL
BIOVILLAS - RESERVA REAL
 
Manual para ponchar
Manual para poncharManual para ponchar
Manual para ponchar
 

Similaire à C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico

Democracia em atenas leitura suplementar
Democracia em atenas   leitura suplementarDemocracia em atenas   leitura suplementar
Democracia em atenas leitura suplementar
Ana Cristina F
 
áRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãOáRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãO
Rita
 
Trabalho ..
Trabalho ..Trabalho ..
Trabalho ..
ronualdo
 
Trabalho ..
Trabalho ..Trabalho ..
Trabalho ..
ronualdo
 
Grecia geral
Grecia geralGrecia geral
Grecia geral
HCA_10I
 
Breve evolução da Democracia
Breve evolução da DemocraciaBreve evolução da Democracia
Breve evolução da Democracia
cattonia
 
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptxO modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
Maria Sequeira
 
Direitosegarantiasfundamentais1
Direitosegarantiasfundamentais1Direitosegarantiasfundamentais1
Direitosegarantiasfundamentais1
direitounimonte
 

Similaire à C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico (20)

Democracia em atenas leitura suplementar
Democracia em atenas   leitura suplementarDemocracia em atenas   leitura suplementar
Democracia em atenas leitura suplementar
 
A Democracia Em Atenas
A Democracia Em AtenasA Democracia Em Atenas
A Democracia Em Atenas
 
GRÉCIA ANTIGA.pptx
GRÉCIA ANTIGA.pptxGRÉCIA ANTIGA.pptx
GRÉCIA ANTIGA.pptx
 
Historia volume-1
Historia volume-1Historia volume-1
Historia volume-1
 
áRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãOáRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãO
 
Democracia em Atenas
Democracia em AtenasDemocracia em Atenas
Democracia em Atenas
 
Trabalho ..
Trabalho ..Trabalho ..
Trabalho ..
 
Trabalho ..
Trabalho ..Trabalho ..
Trabalho ..
 
Grecia geral
Grecia geralGrecia geral
Grecia geral
 
Breve evolução da Democracia
Breve evolução da DemocraciaBreve evolução da Democracia
Breve evolução da Democracia
 
Direito grécia
Direito gréciaDireito grécia
Direito grécia
 
Constituição federal 1891
Constituição federal 1891Constituição federal 1891
Constituição federal 1891
 
Grecia Antiga
Grecia AntigaGrecia Antiga
Grecia Antiga
 
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptxO modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
O modelo ateniense (síntese)PDF.pptx
 
O modelo ateniense (síntese) (1).pptx
O modelo ateniense (síntese) (1).pptxO modelo ateniense (síntese) (1).pptx
O modelo ateniense (síntese) (1).pptx
 
O direito_na_grecia_antiga
 O direito_na_grecia_antiga O direito_na_grecia_antiga
O direito_na_grecia_antiga
 
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
A Democracia Ateniense no séc. V a. C.
 
M1.1 o modelo ateniense
M1.1 o modelo atenienseM1.1 o modelo ateniense
M1.1 o modelo ateniense
 
Grécia ANTIGA - História do Direito
Grécia ANTIGA - História do DireitoGrécia ANTIGA - História do Direito
Grécia ANTIGA - História do Direito
 
Direitosegarantiasfundamentais1
Direitosegarantiasfundamentais1Direitosegarantiasfundamentais1
Direitosegarantiasfundamentais1
 

C:\Users\Ana\Desktop\O GóTico

  • 1. A democracia ateniense no século V a. C.<br />Escola Secundária Daniel Faria Baltar<br />Índice <br />Identificação _______________________________________ Pag. 3<br />Introdução _________________________________________ Pag. 4<br />A democracia ateniense no séc. V a. C.____________________ Pag. 5<br />Drácon e Sólon ________________________________ Pag. 5<br />Clístenes e a democracia ateniense __________________ Pag. 6<br />Instituições democráticas de Atenas _________________ Pag. 8<br />Características da democracia ateniense______________ Pag.10<br />Direitos dos cidadãos atenienses____________________ Pag. 10<br />Limites da democracia ateniense ___________________ Pag.13<br />Sócrates ______________________________________ Pag. 14<br />Conclusão _________________________________________ Pag. 16 <br />Bibliografia ________________________________________ Pag. 17<br />Identificação:<br />Trabalho realizado no âmbito de disciplina de Geografia;<br />Trabalho elaborado por: Ana Rosendo nº5, Miguel Barbosa nº19 e Joana Oliveira nº28<br />Introdução: <br />Com este trabalho pretendemos aumentar os nossos conhecimentos, acerca do tema:”A democracia ateniense no século V a. C.”<br />Neste trabalho iremos abordar várias questões relacionadas com a democracia ateniense, como: as instituições democráticas de Atenas, as características da democracia ateniense, entre outros.<br />Como sabemos, muitos historiadores caracterizam a civilização grega como sendo superior a todas as outras. Com a realização deste trabalho ficaremos a saber o porquê desta afirmação.<br />Assim, escolhemos trabalhar e pesquisar o máximo possível acerca do tema e assim fazer uma pequena síntese sobre todos os assuntos.<br />A democracia ateniense no século V a.C.<br />No conjunto das cidades-estado gregas, Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio económico e militar, a polis ateniense tornou-se um brilhante centro cultural e político. Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo. Os Atenienses chamaram-lhe democracia (o poder do demos, ou do povo).<br />A democracia ateniense começou a delinear-se no final da época arcaica, nas leis promulgadas por Drácon e Sólon .<br />Drácon e Sólon<br />Drácon tornou-se legislador em 621 a.C. e foi responsável pela introdução do registo por escrito das leis em Atenas – até então elas eram orais. A cidade passou a ser governada com base numa legislação e não mais conforme os costumes. A mudança enfraqueceu o poder dos eupátridas, mas não resolveu os problemas sociais, e os conflitos continuaram.<br />5715640080Em 594 a.C., Sólon deu início a reformas mais profundas. Perdoou as dívidas e as hipotecas que pesavam sobre os pequenos agricultores, e aboliu a escravidão por motivo de dívida. Criou a Bulé, um conselho formado a princípio por quatrocentos membros, responsável pelas funções administrativas e pela preparação das leis. Tais leis tinham de ser submetidas à apreciação da Eclésia, ou Assembleia, formada por cidadãos (indivíduos do sexo masculino, com mais de 20 anos, filhos de pai e mãe atenienses e inscritos na demos da polis). Além de propor, discutir e aprovar as propostas de lei, a Eclésia deliberava sobre assuntos de interesse geral.<br />No âmbito político, Sólon limitou o poder da aristocracia e ampliou o número de participantes da vida pública da cidade. A sua reforma representou um passo decisivo para o desenvolvimento da democracia, consolidada posteriormente na legislação de Clístenes. Os conflitos sociais entre aristocratas, comerciantes, artesãos e pequenos proprietários de terras, entretanto, não acabaram. Depois do governo de Sólon, a cidade foi palco de grandes agitações sociais.<br />Clístenes e a democracia ateniense<br />Em 507 a.C., Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual se estendeu os direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadãos. Desse modo, consolidava-se a democracia ateniense.<br />A participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas (os chamados metecos), escravos e mulheres, ou seja, a maior parte da população. Que na época era de 400 000, dividida em 40 000 quot; cidadãosquot; , 100 000 de metecos (ou estrangeiros), 200 000 de escravos e 60 000 de mulheres e crianças.<br />Apesar desses limites, a democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo. Com as reformas de Clístenes, as funções administrativas ficaram a cargo da Bulé. Os seus integrantes eram sorteados entre os cidadãos. Clístenes fortaleceu ainda a Eclésia, que passou a reunir-se uma vez por mês para discutir e votar leis, além de outros temas de interesse geral dos cidadãos. Os assuntos militares ficaram sob a responsabilidade dos estrategos.<br />Atribuiu-se a Clístenes ainda a instituição do Ostracismo, que consistia na suspensão dos direitos políticos e no exílio por dez anos dos cidadãos considerados perigosos para o Estado.<br />Também no século VI, Péricles (politico grego da época de Clístenes) criou um tipo de pagamento aos cidadãos que exercessem cargos públicos, as Mistoforias. <br />*Mistoforia é como se chamava o salário pago aos cidadãos gregos que participassem na vida pública/política.<br />Assim, foram vicissitudes de ordem económico-social e político-cultural que conduziram os gregos à democracia.<br />A democracia antiga em Atenas foi uma democracia directa, isto é, uma democracia em que o governo era exercido pelos próprios cidadãos a quem se destinava, através de eleições ou de sorteios para cargos que eram sempre temporários e/ou rotativos. <br />Fig. 2 – A colina Pnyx (onde funcionou primitivamente a Eclésia)<br />As instituições democráticas de Atenas<br />Os cidadãos atenienses participavam activamente no exercício da vida política. Esta participação exerce-se através das assembleias, dos conselhos e dos tribunais. Em Atenas, tínhamos em primeiro lugar um órgão que abrangia a totalidade dos cidadãos, Eclésia ou assembleia. Composta por cidadãos do sexo masculino com o serviço militar já cumprido, inscritos nas demos atenienses.<br />A Eclésia possuía funções legislativas e deliberativas: propunha, discutia e aprovava as leis e o ostracismo; designava por eleição ou sorteio, os magistrados e fiscalizava a sua actuação; decidia sobre a guerra ou a paz; negociava e ratifica tratados; controlava as finanças e as obras públicas; julgava crimes políticos. As suas decisões eram tomadas por maioria de votação, e esta fazia-se geralmente de braço no ar. Para não afastar os cidadãos dos seus afazeres, a Eclésia reunia três a quatro vezes por mês, embora algumas sessões durassem mais do que um dia.<br />A Bulé ou conselho, contava cinquenta representantes de cada tribo, o que perfazia um total de quinhentos membros. Para o exercício das suas funções, os buletas subdividiam-se em dez sessões especializadas, cada uma com 50 membros. As pritanias sucediam-se ao longo do ano na chefia do poder sob presidência do epístata, espécie de chefe de Governo, sorteado diariamente e sem direito a reeleição. Para este conselho, qualquer cidadão podia ser nomeado, mas não mais de duas vezes na vida, e essas não seguidas, o que assegurava a rotatividade de exercício de tais funções.<br />Para além dos buletas, o Governo ateniense contava ainda com um corpo de magistrados que executavam todo o tipo de funções públicas e faziam cumprir as leis. Eram designados por eleição ou sorteio, consoante os cargos, e possuíam mandatos anuais. O seu desempenho era fiscalizado pela Bulé e pela Eclésia, a quem tinham de apresentar contas no final dos seus mandatos, apresentando, inclusive, relatório dos bens pessoais tidos no início e no fim da função exercida.  <br />Deste corpo de magistrados os mais importantes eram os arcontes e os estrategos. Os arcontes (10 em cada ano) eram sorteados na Eclésia, a partir de listas fornecidas pelos demos (um por cada tribo). Organizavam as grandes cerimónias religiosas e fúnebres e presidiam aos tribunais. Os estrategos (10 em cada ano) ocupavam-se das questões militares, na chefia da marinha e do exército e regiam a política externa. Não eram sorteados, mas eleitos, mediante listas propostas pelas tribos, podendo cumprir vários mandatos. Os escolhidos eram, quase todos, descendentes das famílias nobres (antigos eupátridas).<br />A aplicação da justiça cabia a dois tribunais. O Areópago era formado pelos arcontes que haviam cessado funções e que nele possuíam assento vitalício; julgava os crimes religiosos, os homicídios e os de incêndio. O Helieu julgava todos os restantes delitos; compunham-no 6000 juízes (600 por cada tribo), sorteados anualmente, que funcionavam divididos por secções; os julgamentos constavam das alegações do acusador e do acusado, posto o que se seguia o veredicto dos juízes que decidiam colectivamente, por maioria, através do voto secreto.<br />Características da democracia ateniense<br />- Democracia directa, (as leis, porque eram sugeridas, discutidas e aprovadas por todos na assembleia, apresentavam-se como a vontade da maioria e não como algo imposto por outros);<br />- Princípio da soberania popular está perfeitamente demonstrado na importância efectiva atribuída á Eclésia e no estabelecimento do principio da maioria para a tomada de decisões;<br />- Uso do sorteio (mais do que o da eleição), o que permitia a igualdade de acesso aos cargos;<br />- Carácter transitório e rotativo dos cargos, o que não só obrigava a que mais cidadãos fossem chamados a desempenhar funções, como evitava a corrupção e os abusos de poder;<br />Direitos dos cidadãos atenienses<br />O cidadão ateniense gozava institucionalmente dos seguintes direitos:<br />- Direito á liberdade – Em Atenas só os homens livres era cidadãos, e à propriedade;<br />- A igualdade perante a lei ou insonomia. A nenhum cidadão são concebidos privilégios baseados na riqueza ou no prestígio da sua família.<br />- A igualdade de acesso aos casos políticos ou isocracia. Todo o cidadão ateniense tinha o direito e o dever de participar no governo da polis. Todos tinham igual direito de voto. - O igual direito de todos ao uso da palavra ou isegoria. Nas assembleias, nos tribunais ou no exército das magistraturas, todos podiam defender livremente as suas opiniões.<br />Era através do uso da palavra que os cidadãos se faziam ouvir nas assembleias. Quem melhor falava, melhor convencia. Assim, os bons oradores ao distinguirem-se dos restantes cidadãos ganhavam prestígio e simpatia. Dai que a oratoria se tivesse tornado um dote precioso para o exercicio da vida politica. Os atenienses cultivavam com carinho a arte de discursar e quase todos os lideres políticos eram notáveis oradores. Temístocles convencia as massas. Péricles empolgava todos.<br />-2286070485Demóstenes (séc. IV a . C) foi o mais famoso orador ateniense e um dos maiores de todos os tempos (veja filípicas, onde advertiu os gregos contra o imperialismo macedônico). Depois da queda de Olinto, tornou parte na embaixada que concluiu a paz de Filócrates (346). Demóstenes incentivou Atenas a utilizar essa paz para se preparar para o conflito decisivo e, de 344 a 340 a. C., pronunciou as três últimas filípicas; nessa mesma época teve que lutar contra Ésquines, seu adversário político, a quem acusou de traição no seu discurso sobre a embaixada infiel. Até então, orador de oposição, Demóstenes chefe de partido. De 340 a 338, dirigiu a política ateniense e negociou uma aliança com Tebas contra Felipe; no entanto, este esmagou os coligados em Queronéia (338). Em (330) Demóstenes pronunciou seu discurso sobre a coroa, que justificava os atos e os princípios de sua política e redundou no exílio de Ésquines. Com a morte de alexandre iniciou a revolta das cidades gregas contra Antípatro. Em conseqüência a derrota de Atenas em Cranon (322), Demóstenes se envenenou. Sua obra de orador, composta de 60 discursos políticos e defesas civis, permanece até hoje como modelo. Esquines , mestre de eloqüência, que travou duelo oratório com Demóstenes. <br />Limites da democracia ateniense<br />A democracia ateniense apresentava algumas limitações:<br />- Era uma democracia só para cidadãos, 12% da população;<br />- As decisões eram tomadas com menos de 10% da população, elevada ausência na Eclésia;<br />- As mulheres não eram detentoras da cidadania; *<br />- Os metecos não possuíam direitos políticos e estavam privados de alguns direitos civis; **<br />- Cerca de metade da população era escrava não gozando de direito políticos e civis; ***<br />- Intocabilidade das leis levou ao cerceamento da liberdade de expressão;<br />- A demagogia usada por alguns políticos, que através da sua facilidade de persuasão levavam o povo, na Eclésia ou nos tribunais a tomar decisões injustas;<br />- A escolha, por sorteio, dos membros dos órgãos de poder, permitia que qualquer um, mesmo os menos preparados, fosse governantes;<br />- A rotatividade anual dos cargos, embora não permiti-se abusos de poder, por vezes condicionava alguns trabalhos em curso;<br />- Práticas como o ostracismo e a condenação á morte mostravam que a liberdade de expressão não era total;<br />- Imperialismo exercido por Atenas através da Liga de Delos; exigia o pagamento de tributos e não respeitava os direitos das outras cidades;<br />34290464185Sócrates (469–399 a.C.)<br />Filósofo e livre-pensador ateniense da época clássica, foi um exemplo de fidelidade á ordem democrática. Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Sócrates preferiu honrar a lei da sua cidade, aceitando a morte, em vez de fugir, como lhe propuseram os seus discípulos.<br />* Mulheres de Atenas<br />As mulheres tinham menos liberdade em Atenas do que em Esparta. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforma a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas numa área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterilidade ou adultério.<br />Diferente de Esparta, em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular.<br />** Metecos<br />Eram os estrangeiros que habitavam em Atenas. Não tinham direitos políticos e estavam proibidos de adquirir terras, mas podiam dedicar-se ao comércio e ao artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver em Atenas e estavam obrigados à prestação do serviço militar; <br />*** Escravos <br />Formavam a grande maioria da população ateniense. Eram prisioneiros de guerra ou filhos de escravos. Executavam a maioria dos trabalhos mais pesados na agricultura, nas minas e nos serviços domésticos. Os escravos eram considerados propriedade do seu senhor, não tinham liberdade nem direitos políticos, embora houvesse leis que os protegiam contra excessos de maus tratos.<br />Conclusão:<br />Com a realização deste trabalho, aprofundamos um pouco os nossos conhecimentos, e pudemos ter o privilégio de conhecer melhor este tema.<br />Achamos muito interessante a realização do trabalho, e na nossa opinião, atingimos os objectivos pretendidos. <br />Bibliografia<br />- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_democracia_em_Atenas<br />- http://www.historiadomundo.com.br/grega/arte-grega.htm<br />- http://www.slideshare.net/prof_smnccmendonca/a-democracia-em-atenas<br />- http://forumpatria.com/debate-politico-e-ideologico/democracia-ateniense/<br />- http://pt.shvoong.com/books/1735071-democracia-ateniense-1%C2%AA-parte/<br />