O documento discute os conceitos de gênero textual, tipo textual e domínio discursivo. Apresenta diferentes perspectivas teóricas sobre gêneros textuais e critérios para nomeá-los. Também aborda a presença de gêneros na oralidade, nas diretrizes curriculares brasileiras e a proposta didática de sequências de atividades em torno de gêneros de Dolz e Schneuwly.
1. Gêneros textuais no ensino de
língua
Luiz Antonio Marcuschi
Aluna: Maria Gabriela Pileggi
2. Gênero textual – o que não é
x o que é
Não é algo novo, mas está na moda;
Não é um modelo estanque com
estruturas rígidas.;
Não se pode tratar independentemente
de sua realidade social e de suas
relações com as atividades humanas;
Sua determinação não se dá pela
forma, se dá por sua função;
Não é fruto de invenção individual.
3. O que é:
Entidade dinâmica – limites e
demarcação se tornam fluidos;
Entidade comunicativa;
Forma verbal de ação social;
Forma de inserção e controle social no
dia-a-dia;
Necessário para a interlocução
humana.
4. Perspectivas no Brasil e no
mundo hoje
Perspectiva sócio-histórica e dialógica;
Perspectiva comunicativa;
Perspectiva sistêmico-funcional;
Perspectiva sociorretórica de caráter etnográfico
voltada para o ensino de segunda língua;
Perspectiva interacionista e sociodiscursiva de
caráter psicolinguístico e atenção didática
voltada para língua materna;
Perspectiva de análise crítica;
Perspectiva sociorretórica/sócio-histórica e
cultural.
5. Tipo textual x gênero textual x
domínio discursivo
Tipo textual: está relacionado ao modo
como o texto é organizado, com seu
processo de construção teórica. Tem
número limitado de categorias, dentre
elas: narração, argumentação,
exposição, descrição, injunção.
6. Tipo textual x gênero textual x
domínio discursivo
Gênero textual: é o texto materializado,
segue padrões sociocomunicativos
característicos definidos de acordo com
sua função, objetivo e estilo. Alguns
exemplos: bilhete, reportagem, piada,
conferência.
7. Tipo textual x gênero textual x
domínio discursivo
Domínio discursivo: dá origem a vários
gêneros. Está mais para uma esfera da
atividade humana do que para um
princípio de classificação. Por exemplo:
discurso jurídico, discurso jornalístico,
etc
8. Critérios para nomear os
gêneros
Forma estrutural;
Propósito comunicativo;
Conteúdo;
Meio de transmissão;
Papéis dos interlocutores;
Contexto situacional.
9. Suportes
É um lugar (físico ou virtual);
Tem formato específico;
Serve para fixar e mostrar o texto;
Importante não confundir suporte com
gênero. Por exemplo, outdoor ou livro
didático.
10. Gêneros na oralidade
Um saber comum – e intuitivo – a todos
os falantes os orienta sobre que gênero
cabe melhor em cada interação
comunicativa;
Segundo Heinemann & Viehweger
(1991), os falantes têm à disposição
três esferas do saber, que agem de
forma interativa: o saber linguístico, o
saber enciclopédico e o saber
interacional.
11. Gêneros e os PCNs
Há gêneros mais adequados para a
produção e gêneros mais adequados
para a leitura;
São considerados apenas os gêneros
com realização linguística mais formal
e não os mais praticados nas
atividades linguísticas cotidianas;
Confusão entre oralidade e escrita
12. Gêneros e os PCNs
Há mais sugestões de gêneros para
atividades de compreensão do que
para atividades de produção;
Gêneros mais comuns ao cotidiano não
são trabalhados, como: receitas, bulas,
bilhetes, anúncios, etc.
13. Sequências didáticas – Dolz &
Schneuwly
É um conjunto de atividades escolares
organizadas em torno de um gênero
textual oral ou escrito (2004);
Noção de gênero como um instrumento
de comunicação;
Ideia central – criar situações reais com
contextos que permitam reproduzir a
situação conreta de produção textual.