Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a vida de um homem egoísta e vazio após sua morte. Ele reflete sobre experiências como amantes, política e a falta de legado, expondo de forma irônica os problemas da sociedade brasileira do seu tempo.
1. MEMÓRIAS PÓSTUMAS
DE BRÁS CUBAS
E E Professor João Cruz
Gabriela Rovani n°08 2° EMC
Disciplina: Lingua Portuguesa
Professora: Piedade
2.
3. DEFUNTO AUTOR
Ao declarar-se como alguém que escreve um livro de seu túmulo, o
narrador se diz livre de pudores ou hipocrisia social quando conta
suas experiências, pois não tem mais nada a perder.
Porém, para Machado de Assis isso é uma armadilha para nós
leitores, pois trata-se de memórias, a narrativa não segue uma ordem
cronológica dos acontecimentos, mas sim uma ordem pelas emoções
de Brás Cubas, onde uma lembrança puxa a outra.
4. SOBRE A OBRA
Brás Cubas é um homem solteiro, muito rico, que depois que
morre resolve narrar sua própria vida em um livro. Nisso, emite suas
opiniões sobre tudo sem se preocupar se vão julga-lo ou não.
Sobre sua infância, ele relata fatos sobre um amigo chamado
Quincas Borba, um menino endiabrado.
5. Quando retorna de um tempo estudando na Europa, ele vive a
vida de um moço rico, sem preocupações. Conhece Eugênia, e
despreza a menina por ela ser manca. Cria casos com Virgília, uma
namorada de quando eram jovens, e que agora é casado com um
político. Esse jogo de amantes dura por muito tempo, mas depois se
desfaz. Brás se aproxima de Nhã Loló, com quem quase se casa, mas
a morte não os permitiu.
6. Depois disso, Brás se dedica a vida política, onde não tem talento,
e as ações beneficentes que faz, não faz com prazer. No final da obra
ele lamenta: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o
legado da nossa miséria”
7.
8. O LIVRO EM SI
Memórias Póstumas de Brás Cubas é o marco inaugural do
realismo brasileiro.
Como diz no título, quem o narra já morreu, isso estabelece um
diálogo crítico com a estética realista. A verdade, a ciência e a razão
são colocadas em discussão por Brás Cubas.
9. ASSUNTOS PRINCIPAIS DA
OBRA
O livro fala sobre as memórias de um homem comum, que tudo
tentou e nada deixou.
Machado de Assis usa Brás Cubas como modelo do homem
egoísta e que se ilude com uma vida vazia de valores.
Ao contar suas experiências de vida, o defunto reflete sobre a falta
de perspectiva do homem burguês de seu tempo.
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11. PERSONAGENS
Brás Cubas: morto aos 64 anos . Tornou-se um homem egoísta a ponto de
discutir com a irmã pela prataria que fiou de herança do pai e trair seu amigo, Lobo
Neves.. Cotrim: Cunhado, casado com a irmã de Brás, Sabina. Cotrim é interesseiro,
traficante de escravos e cruel com as pessoas que considera “inferiores”, mandando
castigar os negros até correr sangue.
Lobo Neves: casado com Virgília, homem frio e calculista, ambicioso, mas
muito supersticioso. Chegou a pois recusar a nomeação para presidente de uma
província só porque a referida nomeação aconteceu num dia 13.
12. Quincas Borba: colega de escola de Brás e mendigo. Homem de
um temperamento exaltado, de certa arrogância . Evoluiu para
filósofo e desenvolveu a teoria do Humanitismo, que pretendia ser
uma religião.
Virgília: Interesseira, bonita e ambiciosa,; amante apaixonada por
Brás mas não está disposta a romper com sua posição social, o
conforto e o reconhecimento da sociedade.
13. Marcela: uma prostituta de elite, interessada no dinheiro de Brás.
Mulher sensual e mentirosa. Ganha muitas jóias de Brás Cubas.
Contrai varíola e fica feia.
Eugênia: menina bela, mas com um defeito físico (é coxa). Era
moça séria, tranquila, olhos negros .
Sabina: irmã de Brás e também valoriza mais o interesse pessoal e
a posição social do que os sentimentos ou laços familiares.
14. Nhá Loló: moça simplória, tem a simpatia de Brás e sua morte -
morre de febre amarela- choca o narrador.
Venância Sobrinha de Brás, a quem ele se refere como o “lírio do
vale”.
15. CONCLUSÃO
Machado de Assis mostra nesse romance uma sutileza, onde expõe
vários problemas da nossa sociedade.
Isso nos da um prazer na leitura e demonstra a importância do seu
texto, pois fala de forma irônica os processos que nosso país foi se
formando e as suas contradições.