SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
“O deserto gelado”
As atividades científicas na
Antártica
• Estudos meteorológicos e oceanográficos:
Entre os diversos estudos que vêm sendo realizados pela missão
brasileira, os que mais interessam aos pesquisadores são os
voltados a fenômenos meteorológicos e oceanográficos. No que diz
respeito à meteorologia, interessam aspectos relacionados com as
análises da dinâmica atmosférica, como o funcionamento das
massas de ar polar, que regularmente afetam os climas brasileiros.
Quanto à oceanografia, são analisadas questões ligadas à circulação
das águas oceânicas na região e à influência na formação de
correntes que atingem o litoral brasileiro.
PROANTAR
Programa Antártico Brasileiro
• Desde a primeira vez em que o Brasil foi à Antártica, no verão de 1982-83,
até os dias de hoje, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) tem
contribuído sobremaneira para o desenvolvimento da ciência antártica.
• O PROANTAR foi criado em janeiro de 1982 e, naquele mesmo ano, a
Marinha do Brasil (MB) adquiriu o navio polar dinamarquês "Thala Dan",
apropriado para o trabalho nas regiões polares, recebendo o nome de
Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) "Barão de Teffé".
• No início de dezembro de 1982, o navio viajou, pela primeira vez, com a
tarefa básica de realizar um reconhecimento hidrográfico, oceanográfico e
meteorológico de áreas do setor noroeste da Antártica e selecionar o local onde
seria instalada a futura Estação Brasileira. O sucesso da Operação Antártica I,
resultou no reconhecimento internacional de nossa presença na Antártica, o que
permitiu, em 12 de setembro de 1983, a aceitação do Brasil como Parte
Consultiva do Tratado da Antártica.
Problemas Ambientais no ártico
• As emissões de CO² estão acelerando o processo de acidez dos
oceanos, nomeadamente no Ártico.
Dentro de dez anos, as conchas e os corais vão ser dissolvidos
pelas águas do mar. Cientistas estimam que dentro de 40 anos o
problema afetará 50% das águas (todos os oceanos) e mais tarde
será um habitat nulo para espécies marinhas desenvolverem.
Desta forma, no futuro, haverá uma deficiência na cadeia 
alimentar, uma vez que os animais afetados por esta acidez
desempenham um papel essencial.
O rápido aceleramento do processo é mais eficaz no Ártico porque
as águas mais frias dissolvem melhor o CO², dióxido de carbono.
Degelo das Plataformas Polares
• Se a Antártica perder seu gelo, o nível dos
oceanos pode subir até 65 metros. Os
cientistas desejam saber o que aconteceu da
última vez que um aquecimento similar se
verificou na Terra, 20 milhões de anos atrás.
• O Painel Intergovernamental das Nações
Unidas de Mudanças no Clima previu que a
temperatura média da superfície da Terra suba
entre 1,4 e 5,8 graus Celsius antes da virada
do próximo século, e isso devido ao aumento
da concentração na atmosfera de gás
carbônico e de outras substâncias que
provocam o efeito estufa.
• A perfuração na Antártica poderia permitir que
os cientistas vejam como a região era quando
o mundo tinha 3 a 4 graus Celsius a mais,
afirmou um representante o Instituto de
Ciências Geológicas e Nucleares da Nova
Zelândia.
• No passado as camadas de gelo eram
instáveis e que flutuavam o suficiente para
provocar alterações no nível dos oceanos de
até 50 metros.
Atividades Científicas na Antártica
Atividades Científicas na Antártica

Contenu connexe

Tendances

Continente Americano: aspectos naturais e ação humana
Continente Americano: aspectos naturais e ação humanaContinente Americano: aspectos naturais e ação humana
Continente Americano: aspectos naturais e ação humanaAndré Luiz Marques
 
Clima E Climas Do Brasil Aula
Clima E Climas Do Brasil   AulaClima E Climas Do Brasil   Aula
Clima E Climas Do Brasil AulaLuciano Pessanha
 
Estado nação e território
Estado nação e territórioEstado nação e território
Estado nação e territórioGeová da Silva
 
Formação Territorial do Brasil
Formação Territorial do BrasilFormação Territorial do Brasil
Formação Territorial do BrasilIvanilson Lima
 
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015Edu Gonzaga
 
Africa subsaariana
Africa subsaarianaAfrica subsaariana
Africa subsaarianaDeaaSouza
 
Africa aspectos fisicos
Africa aspectos fisicosAfrica aspectos fisicos
Africa aspectos fisicosProfessor
 
Regionalização do espaço brasileiro fundamental
Regionalização do espaço brasileiro    fundamentalRegionalização do espaço brasileiro    fundamental
Regionalização do espaço brasileiro fundamentalAbner de Paula
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicosArtur Lara
 
Climas do Brasil
Climas do BrasilClimas do Brasil
Climas do Brasilmoajr2
 
Climas do brasil
Climas do brasilClimas do brasil
Climas do brasilAlexia 14
 

Tendances (20)

Continente Americano: aspectos naturais e ação humana
Continente Americano: aspectos naturais e ação humanaContinente Americano: aspectos naturais e ação humana
Continente Americano: aspectos naturais e ação humana
 
Clima E Climas Do Brasil Aula
Clima E Climas Do Brasil   AulaClima E Climas Do Brasil   Aula
Clima E Climas Do Brasil Aula
 
Estado nação e território
Estado nação e territórioEstado nação e território
Estado nação e território
 
Formação Territorial do Brasil
Formação Territorial do BrasilFormação Territorial do Brasil
Formação Territorial do Brasil
 
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015
População brasileira e mundial Professor Edu Gonzaga 2015
 
Africa subsaariana
Africa subsaarianaAfrica subsaariana
Africa subsaariana
 
Africa aspectos fisicos
Africa aspectos fisicosAfrica aspectos fisicos
Africa aspectos fisicos
 
Asia - aspectos naturais
Asia - aspectos naturaisAsia - aspectos naturais
Asia - aspectos naturais
 
Relevo Brasileiro
 Relevo Brasileiro Relevo Brasileiro
Relevo Brasileiro
 
Regionalização
RegionalizaçãoRegionalização
Regionalização
 
ÍNDIA
ÍNDIAÍNDIA
ÍNDIA
 
Globalização e os Blocos Econômicos
Globalização e os Blocos EconômicosGlobalização e os Blocos Econômicos
Globalização e os Blocos Econômicos
 
Economia asiática
Economia asiáticaEconomia asiática
Economia asiática
 
Continente europeu
Continente europeuContinente europeu
Continente europeu
 
Regionalização do espaço brasileiro fundamental
Regionalização do espaço brasileiro    fundamentalRegionalização do espaço brasileiro    fundamental
Regionalização do espaço brasileiro fundamental
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicos
 
Blocos econômicos
Blocos econômicosBlocos econômicos
Blocos econômicos
 
A população da ásia
A população da ásiaA população da ásia
A população da ásia
 
Climas do Brasil
Climas do BrasilClimas do Brasil
Climas do Brasil
 
Climas do brasil
Climas do brasilClimas do brasil
Climas do brasil
 

En vedette

Índia - política, economia e cultura
Índia - política, economia e culturaÍndia - política, economia e cultura
Índia - política, economia e culturaWillian Robert
 
Antarctica introduction ppt
Antarctica introduction pptAntarctica introduction ppt
Antarctica introduction pptKati W
 
Cultura indiana
Cultura indiana Cultura indiana
Cultura indiana kyzinha
 

En vedette (7)

Antártica
AntárticaAntártica
Antártica
 
Índia
ÍndiaÍndia
Índia
 
Índia - política, economia e cultura
Índia - política, economia e culturaÍndia - política, economia e cultura
Índia - política, economia e cultura
 
Antarctica introduction ppt
Antarctica introduction pptAntarctica introduction ppt
Antarctica introduction ppt
 
Cultura indiana
Cultura indiana Cultura indiana
Cultura indiana
 
Continente Antartico
Continente Antartico Continente Antartico
Continente Antartico
 
Cultura indiana
Cultura indianaCultura indiana
Cultura indiana
 

Similaire à Atividades Científicas na Antártica

Oceanos andreia 9º2
Oceanos andreia 9º2Oceanos andreia 9º2
Oceanos andreia 9º2Mayjö .
 
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiro
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiroEustasia global e a realidade do litoral brasileiro
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiroLuis Carlos Antonelli
 
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdf
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdfpropriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdf
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdfDannyEdward1
 
58 ciencia marinha
58 ciencia marinha58 ciencia marinha
58 ciencia marinhaCamila Alves
 
Origem dos oceanos
Origem dos oceanosOrigem dos oceanos
Origem dos oceanosPessoal
 
MudançAs Climaticas E ComunicaçãO
MudançAs Climaticas E ComunicaçãOMudançAs Climaticas E ComunicaçãO
MudançAs Climaticas E ComunicaçãOFilipa M. Ribeiro
 
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solos
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solosAula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solos
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solosLeonardo Kaplan
 
Parte ii
Parte iiParte ii
Parte iizeopas
 
Formação dos Continentes
Formação dos ContinentesFormação dos Continentes
Formação dos ContinentesAndre Rodrigues
 
AlteraçõEs ClimáTicas
AlteraçõEs ClimáTicasAlteraçõEs ClimáTicas
AlteraçõEs ClimáTicasLuz Campos
 
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2Ariel Roth
 
Parte i
Parte iParte i
Parte izeopas
 
Geo homem espaço _6ano_cap 13_oceanos e mares
Geo homem  espaço _6ano_cap 13_oceanos e maresGeo homem  espaço _6ano_cap 13_oceanos e mares
Geo homem espaço _6ano_cap 13_oceanos e maresTI Medianeira
 

Similaire à Atividades Científicas na Antártica (20)

Oceanos andreia 9º2
Oceanos andreia 9º2Oceanos andreia 9º2
Oceanos andreia 9º2
 
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiro
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiroEustasia global e a realidade do litoral brasileiro
Eustasia global e a realidade do litoral brasileiro
 
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdf
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdfpropriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdf
propriedades-fisico-quimicas-das-aguas-oceanicas.pdf
 
OCEANOS
OCEANOSOCEANOS
OCEANOS
 
58 ciencia marinha
58 ciencia marinha58 ciencia marinha
58 ciencia marinha
 
Origem dos oceanos
Origem dos oceanosOrigem dos oceanos
Origem dos oceanos
 
MudançAs Climaticas E ComunicaçãO
MudançAs Climaticas E ComunicaçãOMudançAs Climaticas E ComunicaçãO
MudançAs Climaticas E ComunicaçãO
 
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solos
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solosAula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solos
Aula 6º ano - Estrutura do planeta Terra, rochas e solos
 
Parte ii
Parte iiParte ii
Parte ii
 
Geologia
Geologia Geologia
Geologia
 
Formação dos Continentes
Formação dos ContinentesFormação dos Continentes
Formação dos Continentes
 
Ilha de plástico 3º A
Ilha de plástico 3º AIlha de plástico 3º A
Ilha de plástico 3º A
 
AlteraçõEs ClimáTicas
AlteraçõEs ClimáTicasAlteraçõEs ClimáTicas
AlteraçõEs ClimáTicas
 
Ficha_formativa_Nº2.pdf
Ficha_formativa_Nº2.pdfFicha_formativa_Nº2.pdf
Ficha_formativa_Nº2.pdf
 
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2
P8. GRANDES QUESTÕES SOBRE O TEMPO 2
 
Placas
PlacasPlacas
Placas
 
Placas
PlacasPlacas
Placas
 
Parte i
Parte iParte i
Parte i
 
Origens
OrigensOrigens
Origens
 
Geo homem espaço _6ano_cap 13_oceanos e mares
Geo homem  espaço _6ano_cap 13_oceanos e maresGeo homem  espaço _6ano_cap 13_oceanos e mares
Geo homem espaço _6ano_cap 13_oceanos e mares
 

Plus de Gabriella Bezerra de Lima (8)

Superstitions
SuperstitionsSuperstitions
Superstitions
 
Patativa do assaré
Patativa do assaréPatativa do assaré
Patativa do assaré
 
John dalton
John daltonJohn dalton
John dalton
 
Hino do chile
Hino do chileHino do chile
Hino do chile
 
Energia eólica
Energia eólicaEnergia eólica
Energia eólica
 
Billy elliot
Billy elliotBilly elliot
Billy elliot
 
Nigeria
NigeriaNigeria
Nigeria
 
Swu
SwuSwu
Swu
 

Atividades Científicas na Antártica

  • 2. As atividades científicas na Antártica • Estudos meteorológicos e oceanográficos: Entre os diversos estudos que vêm sendo realizados pela missão brasileira, os que mais interessam aos pesquisadores são os voltados a fenômenos meteorológicos e oceanográficos. No que diz respeito à meteorologia, interessam aspectos relacionados com as análises da dinâmica atmosférica, como o funcionamento das massas de ar polar, que regularmente afetam os climas brasileiros. Quanto à oceanografia, são analisadas questões ligadas à circulação das águas oceânicas na região e à influência na formação de correntes que atingem o litoral brasileiro.
  • 3. PROANTAR Programa Antártico Brasileiro • Desde a primeira vez em que o Brasil foi à Antártica, no verão de 1982-83, até os dias de hoje, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) tem contribuído sobremaneira para o desenvolvimento da ciência antártica. • O PROANTAR foi criado em janeiro de 1982 e, naquele mesmo ano, a Marinha do Brasil (MB) adquiriu o navio polar dinamarquês "Thala Dan", apropriado para o trabalho nas regiões polares, recebendo o nome de Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) "Barão de Teffé". • No início de dezembro de 1982, o navio viajou, pela primeira vez, com a tarefa básica de realizar um reconhecimento hidrográfico, oceanográfico e meteorológico de áreas do setor noroeste da Antártica e selecionar o local onde seria instalada a futura Estação Brasileira. O sucesso da Operação Antártica I, resultou no reconhecimento internacional de nossa presença na Antártica, o que permitiu, em 12 de setembro de 1983, a aceitação do Brasil como Parte Consultiva do Tratado da Antártica.
  • 4. Problemas Ambientais no ártico • As emissões de CO² estão acelerando o processo de acidez dos oceanos, nomeadamente no Ártico. Dentro de dez anos, as conchas e os corais vão ser dissolvidos pelas águas do mar. Cientistas estimam que dentro de 40 anos o problema afetará 50% das águas (todos os oceanos) e mais tarde será um habitat nulo para espécies marinhas desenvolverem. Desta forma, no futuro, haverá uma deficiência na cadeia  alimentar, uma vez que os animais afetados por esta acidez desempenham um papel essencial. O rápido aceleramento do processo é mais eficaz no Ártico porque as águas mais frias dissolvem melhor o CO², dióxido de carbono.
  • 5. Degelo das Plataformas Polares • Se a Antártica perder seu gelo, o nível dos oceanos pode subir até 65 metros. Os cientistas desejam saber o que aconteceu da última vez que um aquecimento similar se verificou na Terra, 20 milhões de anos atrás. • O Painel Intergovernamental das Nações Unidas de Mudanças no Clima previu que a temperatura média da superfície da Terra suba entre 1,4 e 5,8 graus Celsius antes da virada do próximo século, e isso devido ao aumento da concentração na atmosfera de gás carbônico e de outras substâncias que provocam o efeito estufa. • A perfuração na Antártica poderia permitir que os cientistas vejam como a região era quando o mundo tinha 3 a 4 graus Celsius a mais, afirmou um representante o Instituto de Ciências Geológicas e Nucleares da Nova Zelândia. • No passado as camadas de gelo eram instáveis e que flutuavam o suficiente para provocar alterações no nível dos oceanos de até 50 metros.