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PROJETO JUROS, À VISTA
  ADM020 – MATEMÁTICA FINANCEIRA.




 ANÁLISE DA TAXA DE JUROS DO SETOR
AUTOMOTIVO NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG




             ITAJUBÁ – MG
                 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
    Instituto de Engenharia de Produção e Gestão
                 Curso de Administração




GABRIELA GONÇALVES DE MATTOS SANT’ANNA – 21.237
      GUILHERME FERREIRA ANICETO – 21.374
      GUILHERME FONSECA BARBOSA – 18563
       JÉSSICA DE OLIVEIRA RIBEIRO – 22.089
  MARIA ÉVELIN FERNANDES DE CARVALHO – 21.240




     ANÁLISE DA TAXA DE JUROS DO SETOR
    AUTOMOTIVO NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG




                                Artigo do Projeto de Juros, à
                                Vista, apresentado ao Professor
                                André Luiz Medeiros, como
                                parte     das   exigências   da
                                disciplina ADM020 – Matemática
                                Financeira.



                       Orientador:
                Prof. André Luiz Medeiros


                     ITAJUBÁ – MG
                         2012
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo tratar das taxas de juros no setor automotivo na
cidade de Itajubá-MG, de forma a descobrir quais as taxas praticadas. Para isso, foi
feita pesquisa de campo na qual foram entrevistadas as principais revendedoras de
veículos na cidade. Por meio da análise dos dados, foi possível concluir que essas
taxas variam de 1 a 1,5% a.m. Para vendas a prazo, foi descoberto que 90% são
pagas conforme normas de instituições financeiras. Por fim, há de se frisar ainda
uma contradição nos dados obtidos, haja vista que as empresas que não cobram
juros em vendas a prazo afirmaram conceder descontos à vista.

Palavras-chave: taxas de juros, setor automotivo, Itajubá.




ABSTRACT

This essay aims to cope with interest rates in the automotive sector in Itajuba-MG, to
discover which rates are charged. For that, a survey was carried out, and the main
vehicles’ retailers of the city were interviewed. By data analysis, it was possible to
conclude these taxes vary from 1 to 1.5% per month. For long term sales, it was
discovered 90% are paid conforming to financial institutions rules. In a nutshell, it is
to emphasize a contradiction in the obtained data, since the companies which do not
charge taxes in long term affirmed to give discounts in cash sales.

Key words: interest rates, automotive sector, Itajuba.
SUMÁRIO


1.      INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 7
2.      FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 7
     2.1. JUROS ................................................................................................................................ 7
       2.1.1. HISTÓRIA DOS JUROS................................................................................................ 7
       2.1.2. MODALIDADES DE JUROS TRABALHADAS NO MERCADO FINANCEIRO ................ 8
         2.1.2.1. Juros Compostos ....................................................................................................... 8
         2.1.2.2. Juros de Mora............................................................................................................ 8
         2.1.2.3. Juros Nominais .......................................................................................................... 8
         2.1.2.4. Juros Reais ............................................................................................................... 8
         2.1.2.5. Juros Rotativos .......................................................................................................... 8
       2.1.3. CALCULO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE JUROS: ......................................................... 8
         2.1.3.1. JUROS SIMPLES ...................................................................................................... 8
         2.1.3.2. JUROS COMPOSTOS .............................................................................................. 9
         2.1.3.3. JUROS SIMPLES VS. COMPOSTOS ........................................................................ 9
       2.1.4. TAXA NOMINAL VS. TAXA REAL................................................................................. 9
     2.2. TAXAS DE JUROS NO BRASIL...........................................................................................10
       2.2.1. TAXA SELIC ................................................................................................................10
       2.2.2. TAXA IPCA ..................................................................................................................11
3.      O SETOR AUTOMOTIVO NO BRASIL ......................................................................................12
     3.1. SETOR AUTOMOTIVO .......................................................................................................12
     3.2. DESEMPENHO DO SETOR AUTOMOTIVO NACIONAL (IMPORTAÇÕES E
     EXPORTAÇÕES) ..........................................................................................................................13
     3.3. O SETOR AUTOMOTIVO E AS VENDAS A PRAZO ............................................................16
4.      METODOLOGIA ........................................................................................................................20
5.      RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................20
     5.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS .........................................................................................20
       5.1.1. DADOS SOBRE OS ENTREVISTADOS ......................................................................21
       5.1.2. DADOS SOBRE A EMPRESA......................................................................................22
       5.1.3. DADOS SOBRE AS TAXAS DE JUROS ......................................................................24
         5.1.3.1. APRESENTAÇÃO DO PREÇO .................................................................................24
         5.1.3.2. FORMAS DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO ..........................................24
         5.1.3.3. JUROS NA VENDA À PRAZO ..................................................................................25
         5.1.3.4. PERCENTUAL DE DESCONTO CONCEDIDO NAS VENDAS A PRAZO .................26
6.      ANÁLISE GRÁFICA DOS DADOS INTER-RELACIONADOS ...................................................26
     6.1. RELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO ........................................26
     6.2. RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE, RENDA FAMILIAR E SEXO ......................................27
     6.4. RELAÇÃO ENTRE PUBLICO ATENDIDO, FATURAMENTO MENSAL E TEMPO DE
     ATUAÇÃO NA CIDADE .................................................................................................................28
     6.5. REPRESENTAÇÃO DAS VENDAS À PRAZO NO FATURAMENTO MENSAL .....................29
     6.6. RELAÇÃO ENTRE FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO E FILIAL ................30
     6.7. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS X TAXA DE JUROS...............................31
     6.8. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS E TAXA DE JUROS...............................32
     6.9. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO X TAXA DE JUROS ..............................................32
     6.10. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXAS DE JUROS ............................................33
     6.11. RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO, DESCONTO E JUROS..........................................34
7.      CONCLUSÃO ............................................................................................................................35
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................36
ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1 - JUROS SIMPLES VS. JUROS COMPOSTOS ....................................................... 9
TABELA 2 - TAXA SELIC 2012 ....................................................................................... 11
TABELA 3 - IPCA MENSAL DE 2012 ............................................................................... 12
TABELA 4 - TAXAS DE JUROS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (11/2012) ............................... 19
ÍNDICE DE FIGURAS


FIGURA 1- BRASIL: IMPORTAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO – US$ MILHÕES............................... 13
FIGURA 2 -BRASIL: EXPORTAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO – US$ MILHÕES.............................. 14
FIGURA 3 - DESEMPENHO DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA – AUTOVEÍCULOS ................ 15
FIGURA 4 - PRODUÇÃO DE VEÍCULOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO (2009) ............................... 16
FIGURA 5 - SALDO DAS CARTEIRAS – FINANCIAMENTO (CDC) + LEASING.................................. 16
FIGURA 6 - TAXAS MÉDIAS DE JUROS ANUAIS .......................................................................... 17
FIGURA 7 - TAXAS DE JUROS ANUAIS – VEÍCULO ...................................................................... 18
FIGURA 8 - GÊNERO DOS ENTREVISTADOS .............................................................................. 21
FIGURA 9 - FUNÇÃO DOS ENTREVISTADOS............................................................................... 21
FIGURA 10 - ESCOLARIDADE DOS ENTREVISTADOS .................................................................. 21
FIGURA 11 - FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS..................................................................... 21
FIGURA 12 - RENDA FAMILIAR DOS ENTREVISTADOS................................................................. 22
FIGURA 13 - FATURAMENTO MÉDIA DA EMPRESA EM ITAJUBÁ.................................................... 23
FIGURA 14 - QUAL O SISTEMA DE APURAÇÃO DE LUCROS? ....................................................... 23
FIGURA 15 - PREÇO APRESENTADO À VISTA OU A PRAZO? ........................................................ 24
FIGURA 16 - FORMAS RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO ...................................................... 25
FIGURA 17 - A EMPRESA COBRA JUROS NAS VENDAS A PRAZO? ................................................ 25
FIGURA 18 - PERCENTUAL DE DESCONTO NAS VENDAS À VISTA................................................. 26
FIGURA 19 - RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO ....................................... 27
FIGURA 20 - RELAÇÃO ENTRE RENDA MENSAL FAMILIAR X ESCOLARIDADE X SEXO ................... 27
FIGURA 21- RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E O NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS ............ 28
FIGURA 22 - RELAÇÃO ENTRE CLASSE SOCIAL ATENDIDA, FATURAMENTO MENSAL E TEMPO DE
    ATUAÇÃO NA CIDADE ....................................................................................................... 29
FIGURA 23 - RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO E FATURAMENTO MENSAL ................................ 29
FIGURA 24 - RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E AS VENDAS A PRAZO ......................... 30
FIGURA 25 - RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE E POSSE
    DE FILIAL......................................................................................................................... 31
FIGURA 26 - RELAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PARCELAS E TAXAS DE JUROS.................................. 31
FIGURA 27 - RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE PARCELAS E TAXAS DE JUROS............................... 32
FIGURA 28 - RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXA DE JUROS........................................... 33
FIGURA 29 - RELAÇÃO ENTRE TIPO DO PRODUTO E A TAXA DE JUROS........................................ 34
FIGURA 30 - RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO, DESCONTOS E JUROS ..................................... 34
1. INTRODUÇÃO

      Os juros podem ser definidos como sendo a remuneração do capital
emprestado ou aplicado. Ou seja, é o valor que será cobrado pelo benefício de
dispor de determinado capital durante certo tempo. As taxas de juros podem variar
de acordo com o contrato, por exemplo. No entanto, há uma taxa no Brasil que serve
como base para todas as outras, a taxa Selic.
      Em relação ao setor automotivo, além da influência da Selic, as taxas de juros
variam de acordo com a instituição de financiamento, indo de 0,49% a.m à 5,17%
a.m (taxas efetivas). Além disto, podem variar a critério das instituições de acordo
com, por exemplo, o tempo de financiamento, o valor, dentre outros fatores.
      Atualmente, o setor automotivo é o maior dos setores da indústria de
mobilidade do Brasil no que tange a importância econômica. Estatísticas indicam
que este setor está em amplo crescimento nos últimos anos crescendo em uma
média de 12% ao ano no período entre 2005 e 2011 devido à política de redução do
IPI- Imposto sobre Produtos Industrializados.
      Este Projeto tem como objetivo descobrir as taxas de juros efetivas praticadas
pelo setor automotivo na cidade de Itajubá- MG. Para tanto, fez-se pesquisa de
campo na qual foram entrevistadas as principais revendedoras de veículo na cidade.
      O trabalho divide-se em Fundamentação Teórica, na qual será feita uma
breve introdução sobre os juros e a taxa Selic, além de uma contextualização do
setor automotivo no Brasil destacando as taxas de juros praticadas por este. Em
seguida descreve-se o método de trabalho utilizado e por fim, serão discutidos os
resultados.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
   2.1. JUROS
      Juros é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro, este pago ao
proprietário do capital emprestado. Uma espécie de taxa cobrada ao cliente como
compensação pelo direito de usar o dinheiro até o dia do pagamento. O credor, por
outro lado, recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do
pagamento e por correr o risco de inadimplência.
      Uma taxa de juro deve remunerar baseada em:


                   O risco agregado no investimento (quanto mais houver risco,
       maior será a taxa de juros);
                   As expectativas inflacionárias;
                   A compensação pela não aplicação do dinheiro em outro
       investimento;
                   Os custos administrativos envolvidos na operação.


       2.1.1. HISTÓRIA DOS JUROS

      Segundo historiadores, documentos redigidos em 3000 a.C., pela civilização
suméria, revelam o desenvolvimento de um sistema formalizado de crédito baseado
em dois principais produtos, o grão e a prata. Antes de existirem as moedas, o
empréstimo de metal era feito baseado em seu peso. Isso só pode ser comprovado,
após a descoberta de pedaços metálicos utilizados no comércio de civilizações como
Tróia, Babilônia, Egito e Pérsia.
      Não se sabe ao certo a razão da existência da taxa de juros no mercado,
embora existam diversas teorias que tentam explicar porque os juros existem. Uma
delas é a teoria da Escola Austríaca, abordada por Eugen von Boehm-Bawerk, onde
afirma que os juros existem por causa da manifestação das preferências temporais
onde as pessoas preferem consumir no presente ao inves do futuro.




                                                                                 7
2.1.2. MODALIDADES DE JUROS TRABALHADAS NO MERCADO
           FINANCEIRO


         2.1.2.1. Juros Compostos – Quando os juros são pagos não apenas
                sobre o valor do principal, mas também sobre os juros obtidos em
                relação ao principal nos períodos anteriores.
         2.1.2.2. Juros de Mora – Também conhecido como juros de atraso, o
                termo define as taxas de juros cobradas pelas administradoras de
                cartão de crédito no caso de atraso de pagamento. O Código de
                Defesa do Consumidor estabelece como sendo de no máximo 2%.
         2.1.2.3. Juros Nominais – Inclui a correção monetária do valor
                emprestado.    Em    geral   as   taxas   oferecidas   nas   principais
                modalidades de financiamento são expressas em termos nominais,
                ou seja, sem descontar a inflação no período.
         2.1.2.4. Juros Reais – A taxa real de juros é determinada como sendo a
                taxa que incide sobre um empréstimo (ou financiamento) sem incluir
                a correção monetária do montante emprestado. Em condições de
                inflação zero os juros reais e nominais são iguais.
         2.1.2.5. Juros Rotativos – Os juros rotativos são os juros cobrados pelo
                atraso no pagamento da sua fatura de cartão de crédito, ou sobre a
                diferença financiada.



      2.1.3. CALCULO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE JUROS:


         2.1.3.1. JUROS SIMPLES

      A taxa de juros é aplicada apenas sobre o principal, não considera que o
saldo da dívida aumenta ou diminui conforme o passar do tempo. A fórmula de juros
simples pode ser escrita da seguinte maneira:

      Fórmula:
                                        FV=PV(1+ i.n )
      Em que:

      FV: Valor Futuro
      PV: Valor Presente
                                                                                      8
i: Taxa de juros
      n: Número de períodos


          2.1.3.2. JUROS COMPOSTOS

       Os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos
juros nos períodos seguintes. o valor da dívida é sempre corrigida e a taxa de juros é
calculada sobre esse valor. A fórmula de juros compostos pode ser escrita da
seguinte maneira:
   Fórmula:
                                         FV= PV ( 1+i )n
FV: Valor Futuro
PV: Valor Presente
i: Taxa de juros
n: Número de períodos


          2.1.3.3. JUROS SIMPLES VS. COMPOSTOS

 A tabela abaixo mostra a comparação de um empréstimo de $ 100 com taxa de
juros de 10% ao período sob o regime de juros simples e juros compostos.

                    n                  Juros                   Juros
                                       Simples                 Compostos
                    0,00               100,00                  100,00
                    0,25               102,50                  102,41
                    0,50               105,00                  104,88
                    0,75               107,50                  107,41
                    1,00               110,00                  110,00
                    1,25               112,50                  112,65
                    1,50               115,00                  115,37
                    1,75               117,50                  118,15
                    2,00               120,00                  121,00
                    2,25               122,50                  123,92
                            Tabela 1 - Juros Simples Vs. Juros Compostos



       2.1.4. TAXA NOMINAL VS. TAXA REAL

       Nominal: A taxa de juros informada para estes papéis não considera o efeito
da inflação sobre o valor do título.



                                                                                     9
Real: A taxa informada reflete a rentabilidade acima da inflação ao qual o
título será remunerado.




Fórmula:

                                 1+ir = 1+ in / 1+π
Em que:
ir: Taxa de juros real
in: Taxa de juros nominal
π: Taxa de inflação



   2.2. TAXAS DE JUROS NO BRASIL

       2.2.1. TAXA SELIC


      Há no Brasil uma taxa de juros específica, chamada Taxa Selic (Sistema
Especial de Liquidação e Custódia) que serve de base para as demais taxas de
juros da economia. De acordo com o PORTAL BRASIL, esta taxa é considerada a
taxa básica de juros no país porque é usada em operações e empréstimos de curto
prazo entre os bancos, balizando todas as demais.
      Ainda de acordo com este portal, o Banco Central criou a Taxa Selic em 1979
para facilitar a negociação de títulos públicos federais negociados com os bancos. A
definição da Selic passou a ser um dos principais instrumentos de controle da
inflação, na década de 1990, com a estabilização da economia. Além disso, ao
alterar a taxa, o Banco Central é capaz de aquecer (queda da taxa) ou desaquecer
(alta) a economia e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico
do país. Ou seja, esta taxa é utilizada pelo Banco Central para manter a inflação sob
controle.
      Segundo o Banco Central do Brasil, a Taxa Selic é obtida através do cálculo
da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia,
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em
câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações
compromissadas. Ou seja, a taxa Selic se origina de taxas de juros efetivamente
observadas no mercado. Este cálculo é feito diretamente pelo sistema Selic após o
encerramento das operações, em processo noturno.
                                                                                   10
A Tabela abaixo mostra a evolução da Taxa Selic para o ano de 2012:
                        Período de Vigência                      Taxa Selic %
                      01/12/2011 - 18/01/2012                       1,45
                      19/01/2012 - 07/03/2012                        1,3
                      08/03/2012 - 18/04/2012                       1,07
                      19/04/2012 - 30/05/2012                       0,99
                      31/05/2012 - 11/07/2012                       0,93
                      12/07/2012 - 29/08/2012                       1,06
                      30/08/2012 - 10/10/2012                       0,82
                      11/10/2012 - 28/11/2012                       0,88
                                 Tabela 2 - Taxa Selic 2012
                               Fonte - Banco Central do Brasil


      Pode-se perceber que esta taxa apresentou uma pequena queda de janeiro à
outubro de 2012. Caso a Taxa Selic fosse bastante reduzida, isto poderia provocar
um aumento na inflação visto que os investimentos públicos tornariam-se menos
atrativos. Isso faria com que a população tivesse maiores sobras de dinheiro, ou
seja, maior poder de compra e acesso ao crédito. Com o maior consumo e aumento
da demanda, os preços tenderiam a subir, encadeando o processo inflacionário da
moeda.

      2.2.2. TAXA IPCA


      IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
      É o índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias.
“Mede a variação dos custos dos gastos no período do primeiro ao último dia de
cada mês de referência e no período compreendido entre o dia oito e doze do mês
seguinte ao IBGE divulgar as variações”. (PORTAL BRASIL).
      Abaixo, tabela contendo o IPCA mensal para o ano de 2012, até o mês de
novembro:
                            IPCA 2012 (%)
                            Janeiro      0,56
                            Fevereiro    0,45
                            Março        0,21
                            Abril        0,64
                            Maio         0,36
                            Junho        0,08
                            Julho        0,43
                            Agosto       0,41
                            Setembro     0,57
                                                                                11
Outubro           0,59
                            Novembro          0,60
                            Dezembro          -
                              Tabela 3 - IPCA mensal de 2012
                                        Fonte: IBGE


3. O SETOR AUTOMOTIVO NO BRASIL

   3.1. SETOR AUTOMOTIVO
      O Setor Automotivo é um dos setores que compõe a indústria da mobilidade.
Tal indústria abrange todo o setor envolvido de alguma forma na fabricação de
veículos, o que significa um enorme espectro de produtos que vão desde cadeiras
de rodas até embarcações. Atualmente, o setor automotivo é o maior dos setores da
indústria da mobilidade no que tange importância econômica, compreendendo
caminhões, automóveis de passeio, ônibus, tratores, fabricantes de autopeças, entre
outros.
      De acordo com estatísticas presentes no portal Automotivo Business, o setor
automotivo nacional está em amplo desenvolvimento nos últimos anos crescendo a
uma média de 12% ao ano no período entre 2005 e 2011, apresentando uma leve
queda na produção no primeiro semestre de 2012.
      A   ANFAVEA     –   Associação      Nacional       dos   Fabricantes   de   Veículos
Automotores é o órgão que representa o setor, que corresponde a 23% do PIB
industrial brasileiro e 5% do PIB total. Existem ainda 24 diferentes montadoras com
capacidade produtiva na ordem de 3,5 milhões de veículos e 98 mil máquinas
agrícolas por ano, o que torna o Brasil o quarto maior mercado global. O setor
emprega ainda, direta ou indiretamente, 1,3 milhões de pessoas, segundo dados da
própria ANFAVEA.
      Interessante também é que a produção de autoveículos de 1990 para 2009
cresceu 250%, porém, o número de funcionários caiu 7,1%. Tal dado evidencia o
aumento da produtividade e da automação industrial, aliadas ao desenvolvimento
econômico nacional.
      Outro ponto que merece destaque dentro do setor automotivo é a produção
de ônibus em território nacional. De acordo com dados da FABUS – Associação
Nacional dos Fabricantes de Ônibus, entidade que congrega os fabricantes de
carroçarias para ônibus no Brasil, o país é um dos maiores mercados mundiais de


                                                                                        12
ônibus e tornou-se um dos mais importantes fabricantes de veículos completos do
planeta.

   3.2. DESEMPENHO DO SETOR AUTOMOTIVO NACIONAL (IMPORTAÇÕES E
        EXPORTAÇÕES)

      Em contraste ao grande crescimento do setor automotivo nacional, a
produção nacional perdeu muito espaço para montadores estrangeiras. As
importações de veículos, em 2011, corresponderam a 24% do total das vendas,
crescendo a uma média de 46% ao ano entre 2005 e 2011. Abaixo, uma tabela
mostrando as importações do setor automotivo nacional nos últimos anos, em US$
Milhões, de acordo com estatísticas do portal do Desenvolvimento do Governo
Federal.




                    Figura 1- Brasil: Importação do Setor Automotivo – US$ Milhões
                                              Fonte: Secex/SDP

      Como se pode notar, as importações brasileiras no ano de 2011 se encontram
na casa dos US$34,6 bilhões, o que representa cerca de 15,3% do total de
importações auferidas pelo Brasil no ano. Ainda de acordo com o Secex/SDP, a
Argentina é de longe a maior fonte de importações do Brasil, seguida por Coréia do
Sul, União Europeia e México.
      Ao passo que as importações aumentam rapidamente, as exportações
diminuem, mas em uma velocidade relativamente menor. Em 2005, por exemplo, as
exportações chegavam a 29% daquilo que era produzido no país. No entanto, em
2011, os números representam cerca de 14%. Tal fator, aliado aos crescente
números de importação, mostra a perda de competitividade da produção brasileira
de veículos.

                                                                                     13
Abaixo, ainda, é apresentada uma tabela mostrando as exportações
brasileiras nos últimos anos, em US$ Milhões, segundo o portal Desenvolvimento do
Governo Federal.




                     Figura 2 -Brasil: Exportação do Setor Automotivo – US$ Milhões
                                               Fonte: Secex/SDP


      Observando a tabela acima é possível perceber que, no ano de 2011, as
importações do setor automotivo brasileiro ficaram na casa dos US$ 24,8 bilhões, o
que representa cerca de 9,7% de todas as exportações realizadas pelo Brasil no
ano. A expectativa é que esse número caia ainda mais no ano de 2012. Também de
acordo com o Secex/SDP, a Argentina aparece novamente no topo, com grande
vantagem sobre os outros países, quando o assunto é o destino das exportações
brasileiras de autoveículos e autopeças, seguida por União Europeia, México e a
Comunidade Andina.
      Abaixo se encontra mais uma tabela relativa ao desempenho da indústria
automotiva brasileira no que diz respeito somente à autoveículos, relacionando
quantidade produzida pelas montadoras no país, exportações, importações e
licenciamento dos mesmos. Novamente os dados foram retirados do portal do
Desenvolvimento do Governo.




                                                                                      14
Figura 3 - Desempenho da Indústria Automotiva Brasileira – Autoveículos
                                      Fonte: Secex/SDP e ANFAVEA

      Como se pode perceber, o número de licenciamentos em 2011 supera o
número de veículos produzidos pelo país. Tem-se também que uma queda
considerável no total de exportações e principalmente de importações é esperada
para o ano de 2012.
      Para tentar combater essa crescente relação importação/produção nacional, o
governo brasileiro estipulou um aumento de 30% no Imposto Sobre Produtos
Industrializados (IPI) para os carros importados extra zona Mercosul e México, de
acordo com o portal Automotive Business. Assim, espera-se uma freada brusca no
número de importações, o que certamente estimulará a produção nacional e os
investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Com o intuito de intensificar ainda
mais a medida, o governo planeja ainda um desconto de até 30% no IPI para
automóveis produzidos e vendidos no país. Tal iniciativa é uma oportunidade de
conduzir a indústria automotiva brasileira a uma nova era de investimento e
crescimento, ainda de acordo com o portal Automotive Business.
      Na    década      de      90,      a      produção          no      país       concentrava-se   q
      uase totalmente nos estados de São Paulo (74,8%) e Minas Gerais (24,5%),
segundo dados da ANFAVEA. No entanto, com o intento da abertura comercial,
houve uma desconcentração espacial e outros estados, como Paraná e Rio Grande
do Sul passaram a produzir e ocupar uma importante posição no cenário brasileiro
(BARROS; PEDRO, 2011). Abaixo um gráfico apresentando a importância de cada
estado da federação no que tange a produção de veículos, segundo dados da
ANFAVEA.


                                                                                                      15
Figura 4 - Produção de veículos por unidade da federação (2009)
                                              Fonte: ALFAVEA



   3.3. O SETOR AUTOMOTIVO E AS VENDAS A PRAZO

      Devido ao alto valor dos veículos, a maioria das pessoas opta por fazer as
compras a prazo. Sendo assim, o cliente pode escolher fazer um financiamento em
uma das opções disponíveis no mercado. O gráfico abaixo, retirado diretamente do
portal ANEF – Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras,
mostra qual tipo de financiamento é mais usado na aquisição de veículos, em 2011.




                    Figura 5 - Saldo das Carteiras – Financiamento (CDC) + Leasing
                                                 Fonte: ANEF




                                                                                      16
Como visto, apesar de possuir juros mais altos, o CDC se mostrou ser mais
utilizado do que o leasing, o que mostra o perfil do brasileiro na hora de comprar,
indicando que o mesmo, na maioria das vezes, opta por retirar o carro no momento
da compra, mesmo pagando a mais por isso.
      Já o gráfico a seguir mostra as taxas médias de juros anuais de acordo com a
ANEF, dados de 2011.




                            Figura 6 - Taxas médias de juros anuais
                                           Fonte: ANEF


      Observando o gráfico acima, percebe-se uma diferença significativa entre as
taxas cobradas para pessoas físicas e jurídicas. Tal fato se dá devido às políticas
fiscais do governo brasileiro que visam apoiar o desenvolvimento econômico.
      A fim de comparar as taxas de juros do mercado, Selic e do setor automotivo,
medida pela ANEF em 2011, tem-se que:




                                                                                 17
Figura 7 - Taxas de juros anuais – veículo
                                                Fonte: ANEF

      Como visto, as taxas cobradas pelas instituições financeiras estão acima da
taxa Selic e abaixo da taxa média de juros cobrada pelo mercado como um todo.
Esse dado é importante para um melhor entendimento das taxas de juros anuais
cobradas na aquisição de veículos.
      Porém, a taxa de juros cobrada varia de acordo com a instituição escolhida.
Abaixo se apresenta uma tabela que especifica as taxas de juros cobradas pelas
instituições, retirada diretamente do portal do Banco Central do Brasil, que por sua
vez captou os dados junto às instituições financeiras citadas no mesmo.
            Classificadas por ordem crescente de taxa
            Modalidade: Pessoa física – Aquisição de veículos automotores
            Tipo: Prefixado
            Período: de 21/11/2012 a 27/11/2012
            Taxas efetivas


                                                                              Taxa de
                                                                               juros
                Posição                  Instituição
                                                                             %       %
                                                                            a.m.   a.a.
                   1                      GOLCRED                           0,49 6,04
                   2                   BANCO GMAC                           0,55    6,8
                   3           BMW FINANCEIRA S A CFI                       0,65   8,08
                   4      BCO PSA FINANCE BRASIL S A                        0,89   11,22
                   5               CIA CFI RCI BRASIL                       0,97   12,28
                   6          BCO MERCEDES-BENZ S.A.                        0,97   12,28
                                                                                           18
7             BCO VOLVO BRASIL S A                      1,27      16,35
                     8                BCO DO BRASIL S A                      1,27      16,35
                     9                    BANCO FIDIS                        1,29      16,63
                    10          CAIXA ECONOMICA FEDERAL                      1,34      17,32
                    11              BCO VOLKSWAGEN S A                       1,35      17,46
                    12        BCO SANTANDER (BRASIL) S.A.                     1,4      18,16
                    13                  ITAÚ UNIBANCO                         1,4      18,16
                    14                     AYMORE CFI                        1,42      18,44
                    15               FINANC ALFA S A CFI                     1,43      18,58
                    16                BCO BRADESCO S A                       1,45      18,86
                    17              HSBC FINANCE S.A. BM                      1,5      19,56
                    18          BCO TOYOTA DO BRASIL S A                     1,52      19,84
                                     BCO BRADESCO
                    19                                                       1,52      19,84
                                    FINANCIAMENTOS
                    20                BCO FIAT S A                           1,55      20,27
                    21             BCO DO EST DO RS S A                      1,55      20,27
                    22               BCO GUANABARA S A                       1,58      20,7
                    23                BCO BANESTES S A                       1,59      20,84
                    24                  BCO J SAFRA S A                       1,6      20,98
                    25                BANCO RODOBENS                         1,61      21,13
                    26                   BCO ITAUCARD                        1,76      23,29
                    27           BCO LUSO BRASILEIRO S A                     1,84      24,46
                    28                    BRB - CFI S/A                      1,91      25,49
                    29                  BCO HONDA S A                        2,01      26,97
                    30               BCO MAXINVEST S A                       2,02      27,12
                    31              BV FINANCEIRA SA CFI                     2,03      27,27
                    32                PORTOSEG S A CFI                       2,07      27,87
                    33        MERCANTIL BRASIL FIN S A CFIS                  2,28      31,07
                    34             SUL FINANCEIRA S A CFI                    2,47      34,02
                    35            BCO YAMAHA MOTOR S.A.                      2,53      34,96
                    36                 BCO PECUNIA S A                       2,73      38,16
                    37                   BCO FIBRA S A                       2,74      38,32
                    38                FINANSINOS S A CFI                     2,87      40,43
                    39               BCO A J RENNER S A                       2,9      40,92
                    40                   SOROCRED CFI                          3       42,58
                    41                  FINAMAX S A CFI                      3,42      49,71
                    42                BCO DAYCOVAL S.A                       3,65      53,76
                    43                SANTANA S.A. – CFI                     4,47       69
                    44                   BCO FICSA S A                       4,48      69,2
                    45                     OMNI SA CFI                       4,54      70,37
                    46               PORTOCRED S A CFI                       4,59      71,35
                    47        BANCO AZTECA DO BRASIL S.A.                    5,17      83,11
                         Tabela 4 - Taxas de juros de operações de crédito (11/2012)
                                          Fonte: Banco Central do Brasil
Observações:


       Não estão consideradas as operações de leasing.

                                                                                               19
   As taxas efetivas mês resultam da capitalização das taxas efetivas-dia pelo número de dias úteis existentes no
          intervalo de 30 dias corridos, excluindo-se o primeiro dia útil e incluindo o último. Caso a data final seja em dia
          não útil, será considerado o próximo dia útil subsequente.
         As taxas efetivas ano resultam da capitalização das taxas efetivas mês em doze meses.
         Caso alguma instituição não apareça no ranking, ou ela não opera na modalidade ou não prestou informação
          para todo o período, estando, neste segundo caso, sujeita às penalidades previstas na legislação vigente.
          Verificar a posição individual da instituição.




      Tais taxas, por sua vez, podem variar de acordo com o cliente, tempo de
financiamento, valor entre outros fatores, a critério das instituições. Percebe-se uma
grande discrepância entre as primeiras e as últimas instituições que se devem às
diferentes políticas das mesmas no que tange os tipos de financiamento.
      Mesmo com algumas taxas abusivas cobradas pelas instituições, percebe-se
que ainda existe mercado para tal, já que muitas vezes essa é a única opção que
um cliente tem para recorrer na hora de adquirir um carro.


4. METODOLOGIA

      De acordo com Silva e Menezes (2001, p. 9) a metodologia tem como função
mostrar a você como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir
e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.
Adotar uma metodologia significa escolher um caminho a ser seguido de modo que
outros consigam entender os procedimentos utilizados e possam por ventura adotar
os mesmos passos.
      Almeida (2006) explica que o objetivo de uma pesquisa survey é compilar os
dados de modo a obter resultados de um estudo realizado por meio do levantamento
dados por meio de pesquisa de opinião. Primeiramente define-se o objetivo, depois,
a população e a amostra para a pesquisa, por fim, elabora-se e aplica-se o
questionário.
      Para levantamento das taxas de juros praticadas pelo setor automotivo na
cidade de Itajubá, utilizou-se o método descrito acima.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

   5.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS

      No total, 12 empresas foram entrevistas e abaixo serão apresentados os
resultados obtidos através dessa pesquisa, no setor automotivo.

                                                                                                                            20
5.1.1. DADOS SOBRE OS ENTREVISTADOS


         Foram entrevistados durante a pesquisa 10 homens e 2 mulheres, onde 1 é o
administrador, 1 é um sócio, 4 são gerentes, 1 é supervisor e por fim 5 são
vendedores. A faixa etária dos participantes se divide em: 20-30 anos (33%); 31-40
anos (33%); 41-50 anos (17%) e acima de 50 anos (17%).
         No que tange a escolaridade dos entrevistados, 17% não concluíram o
Primário, 25% estudaram até o Ensino Médio, 33% estão ou estavam cursando
algum curso de Ensino Superior e 25% terminaram algum curso do Ensino Superior.


Abaixo se encontram os gráficos relativos aos dados citados acima:




Figura 8 - Gênero dos entrevistados             Figura 9 - Função dos entrevistados




Figura 10 - Escolaridade dos entrevistados   Figura 11 - Faixa etária dos entrevistados



         A renda familiar também foi um dos índices analisados, sendo que as opções
iam desde até R$1.000,00 a acima de R$8.000,00. Os resultados podem ser vistos
abaixo:



                                                                                          21
Figura 12 - Renda familiar dos entrevistados


      Como se pode concluir, a maioria dos entrevistados possui renda familiar na
faixa dos R$7.000,00. Porém, como tal dado se refere à renda familiar e não ao
salário do entrevistado, não é possível se inferir muitas informações relevantes.


      5.1.2. DADOS SOBRE A EMPRESA

      Abaixo    serão   apresentados          os     dados       referentes   as   12   empresas
entrevistadas. A média de tempo de atuação na cidade é de 15,5 anos, porém,
analisando mais a fundo percebe-se que cerca de 34% das empresas possuem
menos de 5 anos no mercado. Tal dado mostra a influência de outliers na análise
desse fator.
      No que se refere ao número de empregados das empresas entrevistadas,
percebeu-se que a média é de 15 funcionários por empresa. No entanto, a mediana
de tal fator é 4,5, com desvio padrão de 17,76, o que mostra uma enorme
discrepância entre as empresas. A maioria são microempresas, porém o faturamento
das mesmas é alto, como pode ser visto no gráfico abaixo:




                                                                                              22
:
                         Figura 13 - Faturamento média da empresa em Itajubá



      Como é possível perceber, a maioria das empresas (34%) fatura acima de
R$800.000,00 mensais, mesmo com pouco tempo de atuação e um número
relativamente pequeno de funcionários. No entanto, tais números refletem o valor
agregado do produto principal do setor, que é elevado por si só.
      Devido à própria natureza do produto e à atual situação econômica do país, o
principal público atendido pelas empresas é a classe média (B e C).
      Como pode ser observado no gráfico abaixo, metade das empresas
entrevistadas afirmou apurarem seus lucros por Lucro Real, ou seja, o lucro é
contabilizado tal qual ocorre ao final do período contábil.




                          Figura 14 - Qual o sistema de apuração de Lucros?



                                                                                23
5.1.3. DADOS SOBRE AS TAXAS DE JUROS


         5.1.3.1. APRESENTAÇÃO DO PREÇO

      No gráfico abaixo, é possível perceber que as empresas, em sua maioria
apresentam seus preços aos cliente à vista, deixando os preços a prazo em segundo
plano, devido ao fato de que o produto em questão (automóveis), geralmente, se
dividido em prestações, se torna ainda mais caro para os clientes e o número de
prestações geralmente é alto.




                                Figura 15 - Preço apresentado à vista ou a prazo?



         5.1.3.2. FORMAS DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO

      Dez entre as doze empresas vendem a prazo. Dentre estas, 10% afirmaram
   oferecer a opção de pagamento na forma de parcelamento no cartão de crédito.
   Os outros 90% afirmaram que o pagamento é feito na forma de crediário
   terceirizado, com normas estabelecidas por instituições financeiras. Tais
   conclusões podem ser observadas no gráfico abaixo:




                                                                                    24
Figura 16 - Formas recebimento das vendas a prazo



         5.1.3.3. JUROS NA VENDA À PRAZO

      No que se refere à cobrança de juros em vendas à prazo, o gráfico abaixo
evidencia que mais da metade das empresas cobram. Apenas ¼ das empresas
entrevistadas afirmaram não cobrarem juros, o que é dubitável, tendo em vista que o
produto que vendem possui valor agregado muito alto e, usualmente, nas vendas à
prazo, são cobrados os juros.




                       Figura 17 - A empresa cobra juros nas vendas a prazo?




                                                                                  25
Para as empresas que informaram cobrarem juros nas vendas à prazo, a taxa
variou de 1% a 1,5% a.m.


         5.1.3.4. PERCENTUAL DE DESCONTO CONCEDIDO NAS VENDAS A
               PRAZO

      Dentre as empresas entrevistadas, é possível perceber que pouco mais de
40% concedem descontos que variam de 0 a 5%. ¼ das empresas, no entanto,
afirmaram concederem descontos em valores monetários, dependentes da situação.
Outrossim, apenas 8% das empresas afirmaram não concederem descontos.


      O gráfico abaixo ilustra os dados acima apresentados:




                       Figura 18 - Percentual de desconto nas vendas à vista



6. ANÁLISE GRÁFICA DOS DADOS INTER-RELACIONADOS

   6.1. RELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO

      Percebe-se por meio da análise do gráfico abaixo que a escolaridade dos
vendedores é variada: tem-se que dois profissionais possuem ensino médio
completo, um tem primário incompleto e dois iniciaram o ensino superior e não
concluíram até o momento.
      O único profissional que afirmou ser sócio da empresa possui ensino superior
incompleto, ao passo que o profissional que afirmou ser administrador tem ensino
superior completo. Já o supervisor afirmou ter concluído apenas o ensino médio.


                                                                                  26
Os gerentes também possuem escolaridades variadas: enquanto dois
gerentes possuem ensino superior completo, um possui ensino primário incompleto
e um, superior incompleto.


                               Cargo x Escolaridade
         3


         2
                                                                           ensino médio
         1                                                                 primário incompleto
                                                                           superior incompleto

         0                                                                 superior completo




                        Figura 19 - Relação entre Escolaridade e o Cargo Exercido




   6.2. RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE, RENDA FAMILIAR E SEXO

      No gráfico a seguir percebe-se que os homens que iniciaram ou concluíram o
ensino superior possuem uma renda familiar maior que as mulheres nesta mesma
situação. Nota-se que homens com uma menor escolaridade possuem renda familiar
similar ou maior que as mulheres com escolaridade superior. Porém não se pode
atribuir este fato ao fator sexo pois a renda analisada é composta pelos ganhos
mensais da família do entrevistado e não semente a dele.




                  Figura 20 - Relação entre Renda Mensal Familiar x Escolaridade x Sexo

                                                                                                 27
6.3. RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E O NÚMERO DE
                                            FUNCIONÁRIOS


      Por meio da análise dos dados percebe-se que o faturamento mensal da
empresa está diretamente relacionado com o número de funcionários da mesma.
Enquanto as empresas com até 20 funcionários possuem um faturamento de até
R$300 mil mensais as empresas que possuem mais de 20 pessoas em seu quadro
de funcionários possuem um faturamento mensal maior que R$800 mil, conforme
pode ser observado no gráfico abaixo:




               Figura 21- Relação entre o faturamento mensal e o número de funcionários


   6.4. RELAÇÃO ENTRE PUBLICO ATENDIDO, FATURAMENTO MENSAL E
        TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE


      O gráfico abaixo demonstra que as empresas que estão mais tempo na
cidade e atuam principalmente com o público oriundo da classe C possuem um
maior faturamento que as demais empresas estudadas. Outra análise do mesmo
gráfico permite a interpretação de que as empresas que atendem a classe E são
mais novas no mercado, porém seu faturamento é mais elevado se comparado com
as empresas que atendem principalmente a classe B. Outra conclusão que é
possível inferir do gráfico abaixo é que as empresas com faturamento acima de R$
800 mil atendem todas as classes sociais, exceto a E.




                                                                                          28
Figura 22 - Relação entre classe social atendida, faturamento mensal e tempo de atuação na cidade


   6.5. REPRESENTAÇÃO DAS VENDAS À PRAZO NO FATURAMENTO
        MENSAL


      Das empresas que responderam que vendem a prazo, 50% delas afirmaram
que esse tipo de vendas representa de 50% a 80% do faturamento mensal, 20%
afirmam que esse tipo de vendas representa mais de 80% do faturamento mensal,
10% afirmaram que representa até 10% do faturamento mensal. E 20% ainda,
afirmaram que a venda a prazo representa de 30% a 50% do faturamento mensal.




                         Figura 23 - Relação entre vendas a prazo e Faturamento mensal




                                                                                                            29
Além disso, por meio do gráfico apresentado abaixo, é possível perceber que
as empresas com menor faturamento, entre aquelas que o divulgaram, são as que
mais vendem a prazo.




                  Figura 24 - Relação entre o faturamento mensal e as vendas a prazo




   6.6. RELAÇÃO ENTRE FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO E
        FILIAL


      O gráfico abaixo demonstra a relação entre o faturamento mensal da
empresa, o fato de ela possuir filial ou não e o tempo de atuação da mesma em
Itajubá. Nota-se que as empresas que possuem filiais em outras cidades possuem
um faturamento maior que as empresas que atuam apenas em Itajubá. É perceptível
também que as empresas com mais de 40 anos de atuação no mercado possuem
faturamento maior que as empresas mais jovens. Entretanto, quando se analisa as
empresas com menos de 30 anos de mercado percebe-se que o faturamento tem
relação inversamente proporcional com o tempo de atuação no mercado, ou seja,
quanto mais nova a empresa maior o faturamento nesse caso.




                                                                                       30
Figura 25 - Relação entre o faturamento mensal, tempo de atuação na cidade e posse de filial




   6.7. QUANTIDADE DE PARCELAS x TAXA DE JUROS


      Conforme pode ser observado no gráfico abaixo, dentre as empresas
entrevistadas, 25% afirmaram que há relação entre a quantidade de parcelas e a
taxa de juros cobrada. 42% afirmaram que não há relação. E para os 33% restantes,
essa relação não se aplica, visto que essas empresas afirmaram não cobrarem juros
em vendas a prazo.




                         Figura 26 - Relação entre número de parcelas e taxas de juros




                                                                                                         31
6.8. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS E TAXA DE JUROS


      Das empresas que responderam que há relação entre o número de parcelas e
a taxa de juros cobrada, 33,33% afirmaram que essa relação se dá por
determinação da financeira responsável pelo parcelamento das dívidas. Os 66,66%
restantes afirmaram que os juros cobrados são proporcionais ao prazo de
pagamento; isto é, quanto maior o número de parcelas, maiores as taxas de juros. O
gráfico abaixo ilustra essa situação:




                     Figura 27 - Relação entre o número de parcelas e taxas de juros




   6.9. TIPO DE PRODUTO x TAXA DE JUROS


      O gráfico abaixo apresenta que dentre as empresas entrevistadas, 59,33%
afirmaram que há relação entre o tipo de produto e a taxa de juros cobrada. 8,33%
afirmaram que não há relação. E para os 33,33% restantes, essa relação não se
aplica, visto que essas empresas afirmaram não cobrarem juros em vendas a prazo.




                                                                                       32
Figura 28 - Relação entre tipo de produto e taxa de juros




6.10. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXAS DE JUROS


      Das empresas que responderam haver relação entre o tipo de produto
(veículo) vendido e a taxa de juros cobrada, 42,84% afirmaram que o ano do veículo
determina a taxa de juros cobrada, quanto mais novo menor a taxa de juros. 14,29%
afirmaram que a relação é determinada pelo ano e pelo modelo do veículo. O valor
do veículo foi apresentado como determinante da relação por 14,29% das empresas
também. Da mesma forma, 14,29% das empresas consideram a quilometragem do
veículo determinante; e o modelo do veículo foi apontado como responsável pela
relação por 14,29% também.




                                                                                  33
Figura 29 - Relação entre tipo do produto e a taxa de juros



   6.11.    VENDAS A PRAZO, DESCONTO E JUROS


      O gráfico abaixo apresenta uma contradição, pois as três empresas que
disseram não cobrar juros nas vendas à prazo concedem desconto para
pagamentos à vista.




                        Figura 30 - Relação entre vendas a prazo, descontos e juros



                                                                                      34
7. CONCLUSÃO

      O objetivo desse trabalho foi descobrir a taxa de juros efetiva praticada no
mercado automotivo em Itajubá. Conforme apresentado, essa taxa varia de 1% a
1,5% a.m. para as empresas que afirmaram cobrá-la.
      Percebeu-se que a maioria das empresas visitadas fatura acima de R$ 800
mil ao mês e que apenas duas empresas não vendem a prazo. Das que vendem a
prazo, 90% possuem forma de pagamento dos veículos vendidos administrada por
instituição financeira, e os 10% restantes, sob condições de cartão de crédito. Ainda
no que se refere às empresas que realizam vendas a prazo, percebe-se que para
metade delas essas vendas representam de 50 a 80% do faturamento mensal. Vale
frisar que as empresas com menor faturamento são as que mais vendem a prazo.
Dentre as doze empresas visitadas, notou-se que, segundo os entrevistados, 58%
cobram juros nas vendas a prazo e 25% não o fazem. Há de se salientar, no
entanto, uma contradição nesses dados, pois as empresas que afirmaram não
cobrarem juros nas vendas a prazo asseguraram a concessão de descontos nas
vendas à vista.
      Os referidos descontos concedidos, para cinco das empresas, variam de 0 a
5%. Para três empresas, esses descontos são dados em valor monetário. E uma das
empresas afirmou que o desconto varia de 10 a 15%. Perfaz-se assim um total de
nove empresas que concedem descontos.




                                                                                   35
REFERÊNCIAS

ANEF. Associação nacional das empresas financeiras das montadoras., 2012.
Disponível em: <http://www.anef.com.br/>. Acesso em: 29 nov. 2012.

ANFAVEA. Associação nacional dos fabricantes de veículos automotores., 2012.
Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/>. Acesso em: 26 nov. 2012.

BARROS, Daniel Chiari; PEDRO, Luciana Silvestre. As mudanças estruturais do
setor automotivo, os impactos da crise e as perspectivas para o Brasil., 2011.
Disponível    em:    <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes
_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3405.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2012.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Descrição da Taxa Selic. Disponível em
http://www.bcb.gov.br/?SELICDESCRICAO . Acesso em: 1 dez 2012.

BCB. Taxas de juros de operações de crédito., 2012. Disponível em:
<http://www.bcb.gov.br/fis/taxas/htms/tx012040.asp>. Acesso em: 03 dez. 2012.

O       MERCADO         DA       MOBILIDADE.,       2009.     Disponível     em:
<http://www.designbrasil.org.br/ setoresprodutivos/setor-automotivo/o-mercado-da-
mobilidade>. Acesso em: 29 nov. 2012.

PETRONI, Paulo. Setor automotivo no Brasil: novo caminho à frente., 2012.
Disponível em: <http://www.automotivebusiness.com.br/artigo/583/setor-automotivo-
no-brasil-novo-caminho-a-frente>. Acesso em: 27 nov. 2012.

PORTAL       BRASIL.       Mercado     Financeiro:    Juros.      Disponível   em
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/mercado-financeiro/juros. Acesso em: 1 dez
2012.

PORTAL DO DESENVOLVIMENTO. Estatísticas do setor automotivo,. 2012.
Disponível                                                           em:
<http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&
menu=712&refr=327>. Acesso em: 30 nov. 2012.




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Análise das taxas de juros no setor automotivo de Itajubá

  • 1. PROJETO JUROS, À VISTA ADM020 – MATEMÁTICA FINANCEIRA. ANÁLISE DA TAXA DE JUROS DO SETOR AUTOMOTIVO NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG ITAJUBÁ – MG 2012
  • 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Instituto de Engenharia de Produção e Gestão Curso de Administração GABRIELA GONÇALVES DE MATTOS SANT’ANNA – 21.237 GUILHERME FERREIRA ANICETO – 21.374 GUILHERME FONSECA BARBOSA – 18563 JÉSSICA DE OLIVEIRA RIBEIRO – 22.089 MARIA ÉVELIN FERNANDES DE CARVALHO – 21.240 ANÁLISE DA TAXA DE JUROS DO SETOR AUTOMOTIVO NO MUNICÍPIO DE ITAJUBÁ-MG Artigo do Projeto de Juros, à Vista, apresentado ao Professor André Luiz Medeiros, como parte das exigências da disciplina ADM020 – Matemática Financeira. Orientador: Prof. André Luiz Medeiros ITAJUBÁ – MG 2012
  • 3. RESUMO Este trabalho tem por objetivo tratar das taxas de juros no setor automotivo na cidade de Itajubá-MG, de forma a descobrir quais as taxas praticadas. Para isso, foi feita pesquisa de campo na qual foram entrevistadas as principais revendedoras de veículos na cidade. Por meio da análise dos dados, foi possível concluir que essas taxas variam de 1 a 1,5% a.m. Para vendas a prazo, foi descoberto que 90% são pagas conforme normas de instituições financeiras. Por fim, há de se frisar ainda uma contradição nos dados obtidos, haja vista que as empresas que não cobram juros em vendas a prazo afirmaram conceder descontos à vista. Palavras-chave: taxas de juros, setor automotivo, Itajubá. ABSTRACT This essay aims to cope with interest rates in the automotive sector in Itajuba-MG, to discover which rates are charged. For that, a survey was carried out, and the main vehicles’ retailers of the city were interviewed. By data analysis, it was possible to conclude these taxes vary from 1 to 1.5% per month. For long term sales, it was discovered 90% are paid conforming to financial institutions rules. In a nutshell, it is to emphasize a contradiction in the obtained data, since the companies which do not charge taxes in long term affirmed to give discounts in cash sales. Key words: interest rates, automotive sector, Itajuba.
  • 4. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 7 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 7 2.1. JUROS ................................................................................................................................ 7 2.1.1. HISTÓRIA DOS JUROS................................................................................................ 7 2.1.2. MODALIDADES DE JUROS TRABALHADAS NO MERCADO FINANCEIRO ................ 8 2.1.2.1. Juros Compostos ....................................................................................................... 8 2.1.2.2. Juros de Mora............................................................................................................ 8 2.1.2.3. Juros Nominais .......................................................................................................... 8 2.1.2.4. Juros Reais ............................................................................................................... 8 2.1.2.5. Juros Rotativos .......................................................................................................... 8 2.1.3. CALCULO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE JUROS: ......................................................... 8 2.1.3.1. JUROS SIMPLES ...................................................................................................... 8 2.1.3.2. JUROS COMPOSTOS .............................................................................................. 9 2.1.3.3. JUROS SIMPLES VS. COMPOSTOS ........................................................................ 9 2.1.4. TAXA NOMINAL VS. TAXA REAL................................................................................. 9 2.2. TAXAS DE JUROS NO BRASIL...........................................................................................10 2.2.1. TAXA SELIC ................................................................................................................10 2.2.2. TAXA IPCA ..................................................................................................................11 3. O SETOR AUTOMOTIVO NO BRASIL ......................................................................................12 3.1. SETOR AUTOMOTIVO .......................................................................................................12 3.2. DESEMPENHO DO SETOR AUTOMOTIVO NACIONAL (IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES) ..........................................................................................................................13 3.3. O SETOR AUTOMOTIVO E AS VENDAS A PRAZO ............................................................16 4. METODOLOGIA ........................................................................................................................20 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................20 5.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS .........................................................................................20 5.1.1. DADOS SOBRE OS ENTREVISTADOS ......................................................................21 5.1.2. DADOS SOBRE A EMPRESA......................................................................................22 5.1.3. DADOS SOBRE AS TAXAS DE JUROS ......................................................................24 5.1.3.1. APRESENTAÇÃO DO PREÇO .................................................................................24 5.1.3.2. FORMAS DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO ..........................................24 5.1.3.3. JUROS NA VENDA À PRAZO ..................................................................................25 5.1.3.4. PERCENTUAL DE DESCONTO CONCEDIDO NAS VENDAS A PRAZO .................26 6. ANÁLISE GRÁFICA DOS DADOS INTER-RELACIONADOS ...................................................26 6.1. RELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO ........................................26 6.2. RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE, RENDA FAMILIAR E SEXO ......................................27 6.4. RELAÇÃO ENTRE PUBLICO ATENDIDO, FATURAMENTO MENSAL E TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE .................................................................................................................28 6.5. REPRESENTAÇÃO DAS VENDAS À PRAZO NO FATURAMENTO MENSAL .....................29 6.6. RELAÇÃO ENTRE FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO E FILIAL ................30 6.7. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS X TAXA DE JUROS...............................31 6.8. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS E TAXA DE JUROS...............................32 6.9. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO X TAXA DE JUROS ..............................................32 6.10. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXAS DE JUROS ............................................33 6.11. RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO, DESCONTO E JUROS..........................................34 7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................35 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................36
  • 5. ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 - JUROS SIMPLES VS. JUROS COMPOSTOS ....................................................... 9 TABELA 2 - TAXA SELIC 2012 ....................................................................................... 11 TABELA 3 - IPCA MENSAL DE 2012 ............................................................................... 12 TABELA 4 - TAXAS DE JUROS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (11/2012) ............................... 19
  • 6. ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1- BRASIL: IMPORTAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO – US$ MILHÕES............................... 13 FIGURA 2 -BRASIL: EXPORTAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO – US$ MILHÕES.............................. 14 FIGURA 3 - DESEMPENHO DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA – AUTOVEÍCULOS ................ 15 FIGURA 4 - PRODUÇÃO DE VEÍCULOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO (2009) ............................... 16 FIGURA 5 - SALDO DAS CARTEIRAS – FINANCIAMENTO (CDC) + LEASING.................................. 16 FIGURA 6 - TAXAS MÉDIAS DE JUROS ANUAIS .......................................................................... 17 FIGURA 7 - TAXAS DE JUROS ANUAIS – VEÍCULO ...................................................................... 18 FIGURA 8 - GÊNERO DOS ENTREVISTADOS .............................................................................. 21 FIGURA 9 - FUNÇÃO DOS ENTREVISTADOS............................................................................... 21 FIGURA 10 - ESCOLARIDADE DOS ENTREVISTADOS .................................................................. 21 FIGURA 11 - FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS..................................................................... 21 FIGURA 12 - RENDA FAMILIAR DOS ENTREVISTADOS................................................................. 22 FIGURA 13 - FATURAMENTO MÉDIA DA EMPRESA EM ITAJUBÁ.................................................... 23 FIGURA 14 - QUAL O SISTEMA DE APURAÇÃO DE LUCROS? ....................................................... 23 FIGURA 15 - PREÇO APRESENTADO À VISTA OU A PRAZO? ........................................................ 24 FIGURA 16 - FORMAS RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO ...................................................... 25 FIGURA 17 - A EMPRESA COBRA JUROS NAS VENDAS A PRAZO? ................................................ 25 FIGURA 18 - PERCENTUAL DE DESCONTO NAS VENDAS À VISTA................................................. 26 FIGURA 19 - RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO ....................................... 27 FIGURA 20 - RELAÇÃO ENTRE RENDA MENSAL FAMILIAR X ESCOLARIDADE X SEXO ................... 27 FIGURA 21- RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E O NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS ............ 28 FIGURA 22 - RELAÇÃO ENTRE CLASSE SOCIAL ATENDIDA, FATURAMENTO MENSAL E TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE ....................................................................................................... 29 FIGURA 23 - RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO E FATURAMENTO MENSAL ................................ 29 FIGURA 24 - RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E AS VENDAS A PRAZO ......................... 30 FIGURA 25 - RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE E POSSE DE FILIAL......................................................................................................................... 31 FIGURA 26 - RELAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PARCELAS E TAXAS DE JUROS.................................. 31 FIGURA 27 - RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE PARCELAS E TAXAS DE JUROS............................... 32 FIGURA 28 - RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXA DE JUROS........................................... 33 FIGURA 29 - RELAÇÃO ENTRE TIPO DO PRODUTO E A TAXA DE JUROS........................................ 34 FIGURA 30 - RELAÇÃO ENTRE VENDAS A PRAZO, DESCONTOS E JUROS ..................................... 34
  • 7. 1. INTRODUÇÃO Os juros podem ser definidos como sendo a remuneração do capital emprestado ou aplicado. Ou seja, é o valor que será cobrado pelo benefício de dispor de determinado capital durante certo tempo. As taxas de juros podem variar de acordo com o contrato, por exemplo. No entanto, há uma taxa no Brasil que serve como base para todas as outras, a taxa Selic. Em relação ao setor automotivo, além da influência da Selic, as taxas de juros variam de acordo com a instituição de financiamento, indo de 0,49% a.m à 5,17% a.m (taxas efetivas). Além disto, podem variar a critério das instituições de acordo com, por exemplo, o tempo de financiamento, o valor, dentre outros fatores. Atualmente, o setor automotivo é o maior dos setores da indústria de mobilidade do Brasil no que tange a importância econômica. Estatísticas indicam que este setor está em amplo crescimento nos últimos anos crescendo em uma média de 12% ao ano no período entre 2005 e 2011 devido à política de redução do IPI- Imposto sobre Produtos Industrializados. Este Projeto tem como objetivo descobrir as taxas de juros efetivas praticadas pelo setor automotivo na cidade de Itajubá- MG. Para tanto, fez-se pesquisa de campo na qual foram entrevistadas as principais revendedoras de veículo na cidade. O trabalho divide-se em Fundamentação Teórica, na qual será feita uma breve introdução sobre os juros e a taxa Selic, além de uma contextualização do setor automotivo no Brasil destacando as taxas de juros praticadas por este. Em seguida descreve-se o método de trabalho utilizado e por fim, serão discutidos os resultados.
  • 8. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. JUROS Juros é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro, este pago ao proprietário do capital emprestado. Uma espécie de taxa cobrada ao cliente como compensação pelo direito de usar o dinheiro até o dia do pagamento. O credor, por outro lado, recebe uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento e por correr o risco de inadimplência. Uma taxa de juro deve remunerar baseada em:  O risco agregado no investimento (quanto mais houver risco, maior será a taxa de juros);  As expectativas inflacionárias;  A compensação pela não aplicação do dinheiro em outro investimento;  Os custos administrativos envolvidos na operação. 2.1.1. HISTÓRIA DOS JUROS Segundo historiadores, documentos redigidos em 3000 a.C., pela civilização suméria, revelam o desenvolvimento de um sistema formalizado de crédito baseado em dois principais produtos, o grão e a prata. Antes de existirem as moedas, o empréstimo de metal era feito baseado em seu peso. Isso só pode ser comprovado, após a descoberta de pedaços metálicos utilizados no comércio de civilizações como Tróia, Babilônia, Egito e Pérsia. Não se sabe ao certo a razão da existência da taxa de juros no mercado, embora existam diversas teorias que tentam explicar porque os juros existem. Uma delas é a teoria da Escola Austríaca, abordada por Eugen von Boehm-Bawerk, onde afirma que os juros existem por causa da manifestação das preferências temporais onde as pessoas preferem consumir no presente ao inves do futuro. 7
  • 9. 2.1.2. MODALIDADES DE JUROS TRABALHADAS NO MERCADO FINANCEIRO 2.1.2.1. Juros Compostos – Quando os juros são pagos não apenas sobre o valor do principal, mas também sobre os juros obtidos em relação ao principal nos períodos anteriores. 2.1.2.2. Juros de Mora – Também conhecido como juros de atraso, o termo define as taxas de juros cobradas pelas administradoras de cartão de crédito no caso de atraso de pagamento. O Código de Defesa do Consumidor estabelece como sendo de no máximo 2%. 2.1.2.3. Juros Nominais – Inclui a correção monetária do valor emprestado. Em geral as taxas oferecidas nas principais modalidades de financiamento são expressas em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação no período. 2.1.2.4. Juros Reais – A taxa real de juros é determinada como sendo a taxa que incide sobre um empréstimo (ou financiamento) sem incluir a correção monetária do montante emprestado. Em condições de inflação zero os juros reais e nominais são iguais. 2.1.2.5. Juros Rotativos – Os juros rotativos são os juros cobrados pelo atraso no pagamento da sua fatura de cartão de crédito, ou sobre a diferença financiada. 2.1.3. CALCULO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE JUROS: 2.1.3.1. JUROS SIMPLES A taxa de juros é aplicada apenas sobre o principal, não considera que o saldo da dívida aumenta ou diminui conforme o passar do tempo. A fórmula de juros simples pode ser escrita da seguinte maneira: Fórmula: FV=PV(1+ i.n ) Em que: FV: Valor Futuro PV: Valor Presente 8
  • 10. i: Taxa de juros n: Número de períodos 2.1.3.2. JUROS COMPOSTOS Os juros de cada período são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. o valor da dívida é sempre corrigida e a taxa de juros é calculada sobre esse valor. A fórmula de juros compostos pode ser escrita da seguinte maneira: Fórmula: FV= PV ( 1+i )n FV: Valor Futuro PV: Valor Presente i: Taxa de juros n: Número de períodos 2.1.3.3. JUROS SIMPLES VS. COMPOSTOS A tabela abaixo mostra a comparação de um empréstimo de $ 100 com taxa de juros de 10% ao período sob o regime de juros simples e juros compostos. n Juros Juros Simples Compostos 0,00 100,00 100,00 0,25 102,50 102,41 0,50 105,00 104,88 0,75 107,50 107,41 1,00 110,00 110,00 1,25 112,50 112,65 1,50 115,00 115,37 1,75 117,50 118,15 2,00 120,00 121,00 2,25 122,50 123,92 Tabela 1 - Juros Simples Vs. Juros Compostos 2.1.4. TAXA NOMINAL VS. TAXA REAL Nominal: A taxa de juros informada para estes papéis não considera o efeito da inflação sobre o valor do título. 9
  • 11. Real: A taxa informada reflete a rentabilidade acima da inflação ao qual o título será remunerado. Fórmula: 1+ir = 1+ in / 1+π Em que: ir: Taxa de juros real in: Taxa de juros nominal π: Taxa de inflação 2.2. TAXAS DE JUROS NO BRASIL 2.2.1. TAXA SELIC Há no Brasil uma taxa de juros específica, chamada Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) que serve de base para as demais taxas de juros da economia. De acordo com o PORTAL BRASIL, esta taxa é considerada a taxa básica de juros no país porque é usada em operações e empréstimos de curto prazo entre os bancos, balizando todas as demais. Ainda de acordo com este portal, o Banco Central criou a Taxa Selic em 1979 para facilitar a negociação de títulos públicos federais negociados com os bancos. A definição da Selic passou a ser um dos principais instrumentos de controle da inflação, na década de 1990, com a estabilização da economia. Além disso, ao alterar a taxa, o Banco Central é capaz de aquecer (queda da taxa) ou desaquecer (alta) a economia e influenciar os principais indicadores de crescimento econômico do país. Ou seja, esta taxa é utilizada pelo Banco Central para manter a inflação sob controle. Segundo o Banco Central do Brasil, a Taxa Selic é obtida através do cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Ou seja, a taxa Selic se origina de taxas de juros efetivamente observadas no mercado. Este cálculo é feito diretamente pelo sistema Selic após o encerramento das operações, em processo noturno. 10
  • 12. A Tabela abaixo mostra a evolução da Taxa Selic para o ano de 2012: Período de Vigência Taxa Selic % 01/12/2011 - 18/01/2012 1,45 19/01/2012 - 07/03/2012 1,3 08/03/2012 - 18/04/2012 1,07 19/04/2012 - 30/05/2012 0,99 31/05/2012 - 11/07/2012 0,93 12/07/2012 - 29/08/2012 1,06 30/08/2012 - 10/10/2012 0,82 11/10/2012 - 28/11/2012 0,88 Tabela 2 - Taxa Selic 2012 Fonte - Banco Central do Brasil Pode-se perceber que esta taxa apresentou uma pequena queda de janeiro à outubro de 2012. Caso a Taxa Selic fosse bastante reduzida, isto poderia provocar um aumento na inflação visto que os investimentos públicos tornariam-se menos atrativos. Isso faria com que a população tivesse maiores sobras de dinheiro, ou seja, maior poder de compra e acesso ao crédito. Com o maior consumo e aumento da demanda, os preços tenderiam a subir, encadeando o processo inflacionário da moeda. 2.2.2. TAXA IPCA IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É o índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias. “Mede a variação dos custos dos gastos no período do primeiro ao último dia de cada mês de referência e no período compreendido entre o dia oito e doze do mês seguinte ao IBGE divulgar as variações”. (PORTAL BRASIL). Abaixo, tabela contendo o IPCA mensal para o ano de 2012, até o mês de novembro: IPCA 2012 (%) Janeiro 0,56 Fevereiro 0,45 Março 0,21 Abril 0,64 Maio 0,36 Junho 0,08 Julho 0,43 Agosto 0,41 Setembro 0,57 11
  • 13. Outubro 0,59 Novembro 0,60 Dezembro - Tabela 3 - IPCA mensal de 2012 Fonte: IBGE 3. O SETOR AUTOMOTIVO NO BRASIL 3.1. SETOR AUTOMOTIVO O Setor Automotivo é um dos setores que compõe a indústria da mobilidade. Tal indústria abrange todo o setor envolvido de alguma forma na fabricação de veículos, o que significa um enorme espectro de produtos que vão desde cadeiras de rodas até embarcações. Atualmente, o setor automotivo é o maior dos setores da indústria da mobilidade no que tange importância econômica, compreendendo caminhões, automóveis de passeio, ônibus, tratores, fabricantes de autopeças, entre outros. De acordo com estatísticas presentes no portal Automotivo Business, o setor automotivo nacional está em amplo desenvolvimento nos últimos anos crescendo a uma média de 12% ao ano no período entre 2005 e 2011, apresentando uma leve queda na produção no primeiro semestre de 2012. A ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores é o órgão que representa o setor, que corresponde a 23% do PIB industrial brasileiro e 5% do PIB total. Existem ainda 24 diferentes montadoras com capacidade produtiva na ordem de 3,5 milhões de veículos e 98 mil máquinas agrícolas por ano, o que torna o Brasil o quarto maior mercado global. O setor emprega ainda, direta ou indiretamente, 1,3 milhões de pessoas, segundo dados da própria ANFAVEA. Interessante também é que a produção de autoveículos de 1990 para 2009 cresceu 250%, porém, o número de funcionários caiu 7,1%. Tal dado evidencia o aumento da produtividade e da automação industrial, aliadas ao desenvolvimento econômico nacional. Outro ponto que merece destaque dentro do setor automotivo é a produção de ônibus em território nacional. De acordo com dados da FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, entidade que congrega os fabricantes de carroçarias para ônibus no Brasil, o país é um dos maiores mercados mundiais de 12
  • 14. ônibus e tornou-se um dos mais importantes fabricantes de veículos completos do planeta. 3.2. DESEMPENHO DO SETOR AUTOMOTIVO NACIONAL (IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES) Em contraste ao grande crescimento do setor automotivo nacional, a produção nacional perdeu muito espaço para montadores estrangeiras. As importações de veículos, em 2011, corresponderam a 24% do total das vendas, crescendo a uma média de 46% ao ano entre 2005 e 2011. Abaixo, uma tabela mostrando as importações do setor automotivo nacional nos últimos anos, em US$ Milhões, de acordo com estatísticas do portal do Desenvolvimento do Governo Federal. Figura 1- Brasil: Importação do Setor Automotivo – US$ Milhões Fonte: Secex/SDP Como se pode notar, as importações brasileiras no ano de 2011 se encontram na casa dos US$34,6 bilhões, o que representa cerca de 15,3% do total de importações auferidas pelo Brasil no ano. Ainda de acordo com o Secex/SDP, a Argentina é de longe a maior fonte de importações do Brasil, seguida por Coréia do Sul, União Europeia e México. Ao passo que as importações aumentam rapidamente, as exportações diminuem, mas em uma velocidade relativamente menor. Em 2005, por exemplo, as exportações chegavam a 29% daquilo que era produzido no país. No entanto, em 2011, os números representam cerca de 14%. Tal fator, aliado aos crescente números de importação, mostra a perda de competitividade da produção brasileira de veículos. 13
  • 15. Abaixo, ainda, é apresentada uma tabela mostrando as exportações brasileiras nos últimos anos, em US$ Milhões, segundo o portal Desenvolvimento do Governo Federal. Figura 2 -Brasil: Exportação do Setor Automotivo – US$ Milhões Fonte: Secex/SDP Observando a tabela acima é possível perceber que, no ano de 2011, as importações do setor automotivo brasileiro ficaram na casa dos US$ 24,8 bilhões, o que representa cerca de 9,7% de todas as exportações realizadas pelo Brasil no ano. A expectativa é que esse número caia ainda mais no ano de 2012. Também de acordo com o Secex/SDP, a Argentina aparece novamente no topo, com grande vantagem sobre os outros países, quando o assunto é o destino das exportações brasileiras de autoveículos e autopeças, seguida por União Europeia, México e a Comunidade Andina. Abaixo se encontra mais uma tabela relativa ao desempenho da indústria automotiva brasileira no que diz respeito somente à autoveículos, relacionando quantidade produzida pelas montadoras no país, exportações, importações e licenciamento dos mesmos. Novamente os dados foram retirados do portal do Desenvolvimento do Governo. 14
  • 16. Figura 3 - Desempenho da Indústria Automotiva Brasileira – Autoveículos Fonte: Secex/SDP e ANFAVEA Como se pode perceber, o número de licenciamentos em 2011 supera o número de veículos produzidos pelo país. Tem-se também que uma queda considerável no total de exportações e principalmente de importações é esperada para o ano de 2012. Para tentar combater essa crescente relação importação/produção nacional, o governo brasileiro estipulou um aumento de 30% no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros importados extra zona Mercosul e México, de acordo com o portal Automotive Business. Assim, espera-se uma freada brusca no número de importações, o que certamente estimulará a produção nacional e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Com o intuito de intensificar ainda mais a medida, o governo planeja ainda um desconto de até 30% no IPI para automóveis produzidos e vendidos no país. Tal iniciativa é uma oportunidade de conduzir a indústria automotiva brasileira a uma nova era de investimento e crescimento, ainda de acordo com o portal Automotive Business. Na década de 90, a produção no país concentrava-se q uase totalmente nos estados de São Paulo (74,8%) e Minas Gerais (24,5%), segundo dados da ANFAVEA. No entanto, com o intento da abertura comercial, houve uma desconcentração espacial e outros estados, como Paraná e Rio Grande do Sul passaram a produzir e ocupar uma importante posição no cenário brasileiro (BARROS; PEDRO, 2011). Abaixo um gráfico apresentando a importância de cada estado da federação no que tange a produção de veículos, segundo dados da ANFAVEA. 15
  • 17. Figura 4 - Produção de veículos por unidade da federação (2009) Fonte: ALFAVEA 3.3. O SETOR AUTOMOTIVO E AS VENDAS A PRAZO Devido ao alto valor dos veículos, a maioria das pessoas opta por fazer as compras a prazo. Sendo assim, o cliente pode escolher fazer um financiamento em uma das opções disponíveis no mercado. O gráfico abaixo, retirado diretamente do portal ANEF – Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, mostra qual tipo de financiamento é mais usado na aquisição de veículos, em 2011. Figura 5 - Saldo das Carteiras – Financiamento (CDC) + Leasing Fonte: ANEF 16
  • 18. Como visto, apesar de possuir juros mais altos, o CDC se mostrou ser mais utilizado do que o leasing, o que mostra o perfil do brasileiro na hora de comprar, indicando que o mesmo, na maioria das vezes, opta por retirar o carro no momento da compra, mesmo pagando a mais por isso. Já o gráfico a seguir mostra as taxas médias de juros anuais de acordo com a ANEF, dados de 2011. Figura 6 - Taxas médias de juros anuais Fonte: ANEF Observando o gráfico acima, percebe-se uma diferença significativa entre as taxas cobradas para pessoas físicas e jurídicas. Tal fato se dá devido às políticas fiscais do governo brasileiro que visam apoiar o desenvolvimento econômico. A fim de comparar as taxas de juros do mercado, Selic e do setor automotivo, medida pela ANEF em 2011, tem-se que: 17
  • 19. Figura 7 - Taxas de juros anuais – veículo Fonte: ANEF Como visto, as taxas cobradas pelas instituições financeiras estão acima da taxa Selic e abaixo da taxa média de juros cobrada pelo mercado como um todo. Esse dado é importante para um melhor entendimento das taxas de juros anuais cobradas na aquisição de veículos. Porém, a taxa de juros cobrada varia de acordo com a instituição escolhida. Abaixo se apresenta uma tabela que especifica as taxas de juros cobradas pelas instituições, retirada diretamente do portal do Banco Central do Brasil, que por sua vez captou os dados junto às instituições financeiras citadas no mesmo.  Classificadas por ordem crescente de taxa  Modalidade: Pessoa física – Aquisição de veículos automotores  Tipo: Prefixado  Período: de 21/11/2012 a 27/11/2012  Taxas efetivas Taxa de juros Posição Instituição % % a.m. a.a. 1 GOLCRED 0,49 6,04 2 BANCO GMAC 0,55 6,8 3 BMW FINANCEIRA S A CFI 0,65 8,08 4 BCO PSA FINANCE BRASIL S A 0,89 11,22 5 CIA CFI RCI BRASIL 0,97 12,28 6 BCO MERCEDES-BENZ S.A. 0,97 12,28 18
  • 20. 7 BCO VOLVO BRASIL S A 1,27 16,35 8 BCO DO BRASIL S A 1,27 16,35 9 BANCO FIDIS 1,29 16,63 10 CAIXA ECONOMICA FEDERAL 1,34 17,32 11 BCO VOLKSWAGEN S A 1,35 17,46 12 BCO SANTANDER (BRASIL) S.A. 1,4 18,16 13 ITAÚ UNIBANCO 1,4 18,16 14 AYMORE CFI 1,42 18,44 15 FINANC ALFA S A CFI 1,43 18,58 16 BCO BRADESCO S A 1,45 18,86 17 HSBC FINANCE S.A. BM 1,5 19,56 18 BCO TOYOTA DO BRASIL S A 1,52 19,84 BCO BRADESCO 19 1,52 19,84 FINANCIAMENTOS 20 BCO FIAT S A 1,55 20,27 21 BCO DO EST DO RS S A 1,55 20,27 22 BCO GUANABARA S A 1,58 20,7 23 BCO BANESTES S A 1,59 20,84 24 BCO J SAFRA S A 1,6 20,98 25 BANCO RODOBENS 1,61 21,13 26 BCO ITAUCARD 1,76 23,29 27 BCO LUSO BRASILEIRO S A 1,84 24,46 28 BRB - CFI S/A 1,91 25,49 29 BCO HONDA S A 2,01 26,97 30 BCO MAXINVEST S A 2,02 27,12 31 BV FINANCEIRA SA CFI 2,03 27,27 32 PORTOSEG S A CFI 2,07 27,87 33 MERCANTIL BRASIL FIN S A CFIS 2,28 31,07 34 SUL FINANCEIRA S A CFI 2,47 34,02 35 BCO YAMAHA MOTOR S.A. 2,53 34,96 36 BCO PECUNIA S A 2,73 38,16 37 BCO FIBRA S A 2,74 38,32 38 FINANSINOS S A CFI 2,87 40,43 39 BCO A J RENNER S A 2,9 40,92 40 SOROCRED CFI 3 42,58 41 FINAMAX S A CFI 3,42 49,71 42 BCO DAYCOVAL S.A 3,65 53,76 43 SANTANA S.A. – CFI 4,47 69 44 BCO FICSA S A 4,48 69,2 45 OMNI SA CFI 4,54 70,37 46 PORTOCRED S A CFI 4,59 71,35 47 BANCO AZTECA DO BRASIL S.A. 5,17 83,11 Tabela 4 - Taxas de juros de operações de crédito (11/2012) Fonte: Banco Central do Brasil Observações:  Não estão consideradas as operações de leasing. 19
  • 21. As taxas efetivas mês resultam da capitalização das taxas efetivas-dia pelo número de dias úteis existentes no intervalo de 30 dias corridos, excluindo-se o primeiro dia útil e incluindo o último. Caso a data final seja em dia não útil, será considerado o próximo dia útil subsequente.  As taxas efetivas ano resultam da capitalização das taxas efetivas mês em doze meses.  Caso alguma instituição não apareça no ranking, ou ela não opera na modalidade ou não prestou informação para todo o período, estando, neste segundo caso, sujeita às penalidades previstas na legislação vigente. Verificar a posição individual da instituição. Tais taxas, por sua vez, podem variar de acordo com o cliente, tempo de financiamento, valor entre outros fatores, a critério das instituições. Percebe-se uma grande discrepância entre as primeiras e as últimas instituições que se devem às diferentes políticas das mesmas no que tange os tipos de financiamento. Mesmo com algumas taxas abusivas cobradas pelas instituições, percebe-se que ainda existe mercado para tal, já que muitas vezes essa é a única opção que um cliente tem para recorrer na hora de adquirir um carro. 4. METODOLOGIA De acordo com Silva e Menezes (2001, p. 9) a metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo. Adotar uma metodologia significa escolher um caminho a ser seguido de modo que outros consigam entender os procedimentos utilizados e possam por ventura adotar os mesmos passos. Almeida (2006) explica que o objetivo de uma pesquisa survey é compilar os dados de modo a obter resultados de um estudo realizado por meio do levantamento dados por meio de pesquisa de opinião. Primeiramente define-se o objetivo, depois, a população e a amostra para a pesquisa, por fim, elabora-se e aplica-se o questionário. Para levantamento das taxas de juros praticadas pelo setor automotivo na cidade de Itajubá, utilizou-se o método descrito acima. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS No total, 12 empresas foram entrevistas e abaixo serão apresentados os resultados obtidos através dessa pesquisa, no setor automotivo. 20
  • 22. 5.1.1. DADOS SOBRE OS ENTREVISTADOS Foram entrevistados durante a pesquisa 10 homens e 2 mulheres, onde 1 é o administrador, 1 é um sócio, 4 são gerentes, 1 é supervisor e por fim 5 são vendedores. A faixa etária dos participantes se divide em: 20-30 anos (33%); 31-40 anos (33%); 41-50 anos (17%) e acima de 50 anos (17%). No que tange a escolaridade dos entrevistados, 17% não concluíram o Primário, 25% estudaram até o Ensino Médio, 33% estão ou estavam cursando algum curso de Ensino Superior e 25% terminaram algum curso do Ensino Superior. Abaixo se encontram os gráficos relativos aos dados citados acima: Figura 8 - Gênero dos entrevistados Figura 9 - Função dos entrevistados Figura 10 - Escolaridade dos entrevistados Figura 11 - Faixa etária dos entrevistados A renda familiar também foi um dos índices analisados, sendo que as opções iam desde até R$1.000,00 a acima de R$8.000,00. Os resultados podem ser vistos abaixo: 21
  • 23. Figura 12 - Renda familiar dos entrevistados Como se pode concluir, a maioria dos entrevistados possui renda familiar na faixa dos R$7.000,00. Porém, como tal dado se refere à renda familiar e não ao salário do entrevistado, não é possível se inferir muitas informações relevantes. 5.1.2. DADOS SOBRE A EMPRESA Abaixo serão apresentados os dados referentes as 12 empresas entrevistadas. A média de tempo de atuação na cidade é de 15,5 anos, porém, analisando mais a fundo percebe-se que cerca de 34% das empresas possuem menos de 5 anos no mercado. Tal dado mostra a influência de outliers na análise desse fator. No que se refere ao número de empregados das empresas entrevistadas, percebeu-se que a média é de 15 funcionários por empresa. No entanto, a mediana de tal fator é 4,5, com desvio padrão de 17,76, o que mostra uma enorme discrepância entre as empresas. A maioria são microempresas, porém o faturamento das mesmas é alto, como pode ser visto no gráfico abaixo: 22
  • 24. : Figura 13 - Faturamento média da empresa em Itajubá Como é possível perceber, a maioria das empresas (34%) fatura acima de R$800.000,00 mensais, mesmo com pouco tempo de atuação e um número relativamente pequeno de funcionários. No entanto, tais números refletem o valor agregado do produto principal do setor, que é elevado por si só. Devido à própria natureza do produto e à atual situação econômica do país, o principal público atendido pelas empresas é a classe média (B e C). Como pode ser observado no gráfico abaixo, metade das empresas entrevistadas afirmou apurarem seus lucros por Lucro Real, ou seja, o lucro é contabilizado tal qual ocorre ao final do período contábil. Figura 14 - Qual o sistema de apuração de Lucros? 23
  • 25. 5.1.3. DADOS SOBRE AS TAXAS DE JUROS 5.1.3.1. APRESENTAÇÃO DO PREÇO No gráfico abaixo, é possível perceber que as empresas, em sua maioria apresentam seus preços aos cliente à vista, deixando os preços a prazo em segundo plano, devido ao fato de que o produto em questão (automóveis), geralmente, se dividido em prestações, se torna ainda mais caro para os clientes e o número de prestações geralmente é alto. Figura 15 - Preço apresentado à vista ou a prazo? 5.1.3.2. FORMAS DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO Dez entre as doze empresas vendem a prazo. Dentre estas, 10% afirmaram oferecer a opção de pagamento na forma de parcelamento no cartão de crédito. Os outros 90% afirmaram que o pagamento é feito na forma de crediário terceirizado, com normas estabelecidas por instituições financeiras. Tais conclusões podem ser observadas no gráfico abaixo: 24
  • 26. Figura 16 - Formas recebimento das vendas a prazo 5.1.3.3. JUROS NA VENDA À PRAZO No que se refere à cobrança de juros em vendas à prazo, o gráfico abaixo evidencia que mais da metade das empresas cobram. Apenas ¼ das empresas entrevistadas afirmaram não cobrarem juros, o que é dubitável, tendo em vista que o produto que vendem possui valor agregado muito alto e, usualmente, nas vendas à prazo, são cobrados os juros. Figura 17 - A empresa cobra juros nas vendas a prazo? 25
  • 27. Para as empresas que informaram cobrarem juros nas vendas à prazo, a taxa variou de 1% a 1,5% a.m. 5.1.3.4. PERCENTUAL DE DESCONTO CONCEDIDO NAS VENDAS A PRAZO Dentre as empresas entrevistadas, é possível perceber que pouco mais de 40% concedem descontos que variam de 0 a 5%. ¼ das empresas, no entanto, afirmaram concederem descontos em valores monetários, dependentes da situação. Outrossim, apenas 8% das empresas afirmaram não concederem descontos. O gráfico abaixo ilustra os dados acima apresentados: Figura 18 - Percentual de desconto nas vendas à vista 6. ANÁLISE GRÁFICA DOS DADOS INTER-RELACIONADOS 6.1. RELAÇÃO ENTRE A ESCOLARIDADE E O CARGO EXERCIDO Percebe-se por meio da análise do gráfico abaixo que a escolaridade dos vendedores é variada: tem-se que dois profissionais possuem ensino médio completo, um tem primário incompleto e dois iniciaram o ensino superior e não concluíram até o momento. O único profissional que afirmou ser sócio da empresa possui ensino superior incompleto, ao passo que o profissional que afirmou ser administrador tem ensino superior completo. Já o supervisor afirmou ter concluído apenas o ensino médio. 26
  • 28. Os gerentes também possuem escolaridades variadas: enquanto dois gerentes possuem ensino superior completo, um possui ensino primário incompleto e um, superior incompleto. Cargo x Escolaridade 3 2 ensino médio 1 primário incompleto superior incompleto 0 superior completo Figura 19 - Relação entre Escolaridade e o Cargo Exercido 6.2. RELAÇÃO ENTRE ESCOLARIDADE, RENDA FAMILIAR E SEXO No gráfico a seguir percebe-se que os homens que iniciaram ou concluíram o ensino superior possuem uma renda familiar maior que as mulheres nesta mesma situação. Nota-se que homens com uma menor escolaridade possuem renda familiar similar ou maior que as mulheres com escolaridade superior. Porém não se pode atribuir este fato ao fator sexo pois a renda analisada é composta pelos ganhos mensais da família do entrevistado e não semente a dele. Figura 20 - Relação entre Renda Mensal Familiar x Escolaridade x Sexo 27
  • 29. 6.3. RELAÇÃO ENTRE O FATURAMENTO MENSAL E O NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS Por meio da análise dos dados percebe-se que o faturamento mensal da empresa está diretamente relacionado com o número de funcionários da mesma. Enquanto as empresas com até 20 funcionários possuem um faturamento de até R$300 mil mensais as empresas que possuem mais de 20 pessoas em seu quadro de funcionários possuem um faturamento mensal maior que R$800 mil, conforme pode ser observado no gráfico abaixo: Figura 21- Relação entre o faturamento mensal e o número de funcionários 6.4. RELAÇÃO ENTRE PUBLICO ATENDIDO, FATURAMENTO MENSAL E TEMPO DE ATUAÇÃO NA CIDADE O gráfico abaixo demonstra que as empresas que estão mais tempo na cidade e atuam principalmente com o público oriundo da classe C possuem um maior faturamento que as demais empresas estudadas. Outra análise do mesmo gráfico permite a interpretação de que as empresas que atendem a classe E são mais novas no mercado, porém seu faturamento é mais elevado se comparado com as empresas que atendem principalmente a classe B. Outra conclusão que é possível inferir do gráfico abaixo é que as empresas com faturamento acima de R$ 800 mil atendem todas as classes sociais, exceto a E. 28
  • 30. Figura 22 - Relação entre classe social atendida, faturamento mensal e tempo de atuação na cidade 6.5. REPRESENTAÇÃO DAS VENDAS À PRAZO NO FATURAMENTO MENSAL Das empresas que responderam que vendem a prazo, 50% delas afirmaram que esse tipo de vendas representa de 50% a 80% do faturamento mensal, 20% afirmam que esse tipo de vendas representa mais de 80% do faturamento mensal, 10% afirmaram que representa até 10% do faturamento mensal. E 20% ainda, afirmaram que a venda a prazo representa de 30% a 50% do faturamento mensal. Figura 23 - Relação entre vendas a prazo e Faturamento mensal 29
  • 31. Além disso, por meio do gráfico apresentado abaixo, é possível perceber que as empresas com menor faturamento, entre aquelas que o divulgaram, são as que mais vendem a prazo. Figura 24 - Relação entre o faturamento mensal e as vendas a prazo 6.6. RELAÇÃO ENTRE FATURAMENTO MENSAL, TEMPO DE ATUAÇÃO E FILIAL O gráfico abaixo demonstra a relação entre o faturamento mensal da empresa, o fato de ela possuir filial ou não e o tempo de atuação da mesma em Itajubá. Nota-se que as empresas que possuem filiais em outras cidades possuem um faturamento maior que as empresas que atuam apenas em Itajubá. É perceptível também que as empresas com mais de 40 anos de atuação no mercado possuem faturamento maior que as empresas mais jovens. Entretanto, quando se analisa as empresas com menos de 30 anos de mercado percebe-se que o faturamento tem relação inversamente proporcional com o tempo de atuação no mercado, ou seja, quanto mais nova a empresa maior o faturamento nesse caso. 30
  • 32. Figura 25 - Relação entre o faturamento mensal, tempo de atuação na cidade e posse de filial 6.7. QUANTIDADE DE PARCELAS x TAXA DE JUROS Conforme pode ser observado no gráfico abaixo, dentre as empresas entrevistadas, 25% afirmaram que há relação entre a quantidade de parcelas e a taxa de juros cobrada. 42% afirmaram que não há relação. E para os 33% restantes, essa relação não se aplica, visto que essas empresas afirmaram não cobrarem juros em vendas a prazo. Figura 26 - Relação entre número de parcelas e taxas de juros 31
  • 33. 6.8. RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE PARCELAS E TAXA DE JUROS Das empresas que responderam que há relação entre o número de parcelas e a taxa de juros cobrada, 33,33% afirmaram que essa relação se dá por determinação da financeira responsável pelo parcelamento das dívidas. Os 66,66% restantes afirmaram que os juros cobrados são proporcionais ao prazo de pagamento; isto é, quanto maior o número de parcelas, maiores as taxas de juros. O gráfico abaixo ilustra essa situação: Figura 27 - Relação entre o número de parcelas e taxas de juros 6.9. TIPO DE PRODUTO x TAXA DE JUROS O gráfico abaixo apresenta que dentre as empresas entrevistadas, 59,33% afirmaram que há relação entre o tipo de produto e a taxa de juros cobrada. 8,33% afirmaram que não há relação. E para os 33,33% restantes, essa relação não se aplica, visto que essas empresas afirmaram não cobrarem juros em vendas a prazo. 32
  • 34. Figura 28 - Relação entre tipo de produto e taxa de juros 6.10. RELAÇÃO ENTRE TIPO DE PRODUTO E TAXAS DE JUROS Das empresas que responderam haver relação entre o tipo de produto (veículo) vendido e a taxa de juros cobrada, 42,84% afirmaram que o ano do veículo determina a taxa de juros cobrada, quanto mais novo menor a taxa de juros. 14,29% afirmaram que a relação é determinada pelo ano e pelo modelo do veículo. O valor do veículo foi apresentado como determinante da relação por 14,29% das empresas também. Da mesma forma, 14,29% das empresas consideram a quilometragem do veículo determinante; e o modelo do veículo foi apontado como responsável pela relação por 14,29% também. 33
  • 35. Figura 29 - Relação entre tipo do produto e a taxa de juros 6.11. VENDAS A PRAZO, DESCONTO E JUROS O gráfico abaixo apresenta uma contradição, pois as três empresas que disseram não cobrar juros nas vendas à prazo concedem desconto para pagamentos à vista. Figura 30 - Relação entre vendas a prazo, descontos e juros 34
  • 36. 7. CONCLUSÃO O objetivo desse trabalho foi descobrir a taxa de juros efetiva praticada no mercado automotivo em Itajubá. Conforme apresentado, essa taxa varia de 1% a 1,5% a.m. para as empresas que afirmaram cobrá-la. Percebeu-se que a maioria das empresas visitadas fatura acima de R$ 800 mil ao mês e que apenas duas empresas não vendem a prazo. Das que vendem a prazo, 90% possuem forma de pagamento dos veículos vendidos administrada por instituição financeira, e os 10% restantes, sob condições de cartão de crédito. Ainda no que se refere às empresas que realizam vendas a prazo, percebe-se que para metade delas essas vendas representam de 50 a 80% do faturamento mensal. Vale frisar que as empresas com menor faturamento são as que mais vendem a prazo. Dentre as doze empresas visitadas, notou-se que, segundo os entrevistados, 58% cobram juros nas vendas a prazo e 25% não o fazem. Há de se salientar, no entanto, uma contradição nesses dados, pois as empresas que afirmaram não cobrarem juros nas vendas a prazo asseguraram a concessão de descontos nas vendas à vista. Os referidos descontos concedidos, para cinco das empresas, variam de 0 a 5%. Para três empresas, esses descontos são dados em valor monetário. E uma das empresas afirmou que o desconto varia de 10 a 15%. Perfaz-se assim um total de nove empresas que concedem descontos. 35
  • 37. REFERÊNCIAS ANEF. Associação nacional das empresas financeiras das montadoras., 2012. Disponível em: <http://www.anef.com.br/>. Acesso em: 29 nov. 2012. ANFAVEA. Associação nacional dos fabricantes de veículos automotores., 2012. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/>. Acesso em: 26 nov. 2012. BARROS, Daniel Chiari; PEDRO, Luciana Silvestre. As mudanças estruturais do setor automotivo, os impactos da crise e as perspectivas para o Brasil., 2011. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes _pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3405.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2012. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Descrição da Taxa Selic. Disponível em http://www.bcb.gov.br/?SELICDESCRICAO . Acesso em: 1 dez 2012. BCB. Taxas de juros de operações de crédito., 2012. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/fis/taxas/htms/tx012040.asp>. Acesso em: 03 dez. 2012. O MERCADO DA MOBILIDADE., 2009. Disponível em: <http://www.designbrasil.org.br/ setoresprodutivos/setor-automotivo/o-mercado-da- mobilidade>. Acesso em: 29 nov. 2012. PETRONI, Paulo. Setor automotivo no Brasil: novo caminho à frente., 2012. Disponível em: <http://www.automotivebusiness.com.br/artigo/583/setor-automotivo- no-brasil-novo-caminho-a-frente>. Acesso em: 27 nov. 2012. PORTAL BRASIL. Mercado Financeiro: Juros. Disponível em http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/mercado-financeiro/juros. Acesso em: 1 dez 2012. PORTAL DO DESENVOLVIMENTO. Estatísticas do setor automotivo,. 2012. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2& menu=712&refr=327>. Acesso em: 30 nov. 2012. 36