O documento discute as ideias centrais do teísmo aberto em 6 seções. O teísmo aberto defende que Deus não é onisciente nem onipotente, e que Ele se relaciona intimamente com os seres humanos sem interferir em sua liberdade ou conhecer perfeitamente o futuro. Deus poderia mudar Seus planos de acordo com as escolhas livres dos seres humanos.
1. 1- TEÍSMO ABERTO
O QUE É TEÍSMO ABERTO:
•Num conceito rasteiro Teísmo Aberto é a teologia
que nega a onipresença, a onipotência e a
onisciência de Deus;
•Seus defensores apresentam outra definição
onde afirmam pretender uma reavaliação do
conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma
que Deus não conhece o futuro completamente, e
pode mudar de idéia conforme as circunstâncias;
•“Teísmo Aberto representa uma reação
exagerada contra o calvinismo”.
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2. 2- TEÍSMO ABERTO: ORIGEM
•O nascedouro do Teísmo Aberto é a Teologia do Processo surgida na
década de 30;
•A Teologia do Processo foi/é uma tendência filosófico-teológica chamada
panenteísmo, que consiste na aproximação do pensamento teísta e
panteísta;
•A teologia do processo e sua nova roupagem nasceram para
tentar “livrar Deus” da culpa pelo sofrimento;
•Clark Pinnock e John Sanders tornaram-se os principais teólogos
defensores do Teísmo Aberto;
•Teologia relacional é uma outra nomenclatura que aglutina a filosofia
da teologia do processo ou teísmo aberto;
•Portanto, o termo Teísmo Aberto é uma criação do final do século XX, mais
precisamente cunhada em 1980 pelo adventista Richard Rice e nascida da
gravidez da Teologia do Processo, fecundada na década de 30 e também
conhecida por panenteísmo.
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3. 3- PRESSUPOSTOS DO TEÍSMO
ABERTO
• O Teísmo Aberto defende que Deus se relaciona intimamente com
o homem, em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada
com a dádiva do livre arbítrio;
• Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro
ainda não teria existência na presença de Deus, dado o livre
arbítrio do homem concedido por Deus.
• Segundo o Teísmo Aberto Deus é Todo-poderoso exatamente por
abrir mão de alguns de seus atributos.
• Deus mesmo tendo ausência de controle sobre as escolhas
humanas, é capaz de governar o futuro vaticinado.
• “Deus precisa deixar de ser Deus, tornando-se menos onipotente e
onisciente para que não seja responsabilizado pelo sofrimento do
mundo”.
• O termo "Aberto" se usa porque Deus se “abre” para um
relacionamento com o homem, se expondo a riscos, como teria
acontecido com Jesus ao ser despojado, humilhado, e posto
em risco a glória que tinha nos céus.
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4. 4- TEOLOGIA RELACIONAL
• Na “Teologia Relacional”, defende-se a exclusão da interferência de
Deus nas escolhas de suas criaturas, em detrimento do saber
absoluto de Deus.
• A tese dos defensores da Teologia Relacional, mais que apresentar uma
formulação e a defenderem, consiste primordialmente em criticar os
conceitos estabelecidos pelo calvinismo.
• Uma coisa é criticar o calvinismo, outra, entretanto, é abandonar os
atributos da onisciência ou imutabilidade de Deus;
• A essência da Teologia Relacional consiste em apresentar críticas sobre a
teologia tradicional, que assevera que Deus está no controle de tudo.
• A Teologia Relacional afirma que a restrição do livre arbítrio depreciaria o
atributo mais excelente, segundo eles, o amor de Deus; e que se o homem
não tem completo livre arbítrio, Deus não seria bom.
• Afirmam que Deus, em sua santa bondade se permite relacionar com o
homem sem interferir nas suas escolhas.
• A Teologia Relacional ensina que não teria como Deus saber de algo que
ainda não existe: um futuro a ser escolhido pelo homem. Para sustentar tais
teses, os defensores da Teologia Relacional afirmam que Deus “se
esvazia” de sua soberania para se relacionar com o homem.
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5. 5- SUMARIZANDO O
ENTENDIMENTO
• O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão
subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com
os dramas de suas criaturas.
• Deus não é soberano. Só pode haver real relacionamento entre Deus e
suas criaturas se estas tiverem, de fato, capacidade e liberdade para
cooperarem ou contrariarem os desígnios últimos de Deus. Deus abriu mão
de sua soberania para que isto ocorresse.
• Deus é incapaz de realizar tudo o que deseja, como impedir tragédias e
erradicar o mal. Contudo, ele acaba se adequando às decisões humanas e,
ao final, vai obter seus objetivos eternos, pois redesenha a história de
acordo com estas decisões.
• Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende
com o passar do tempo.
• O futuro é determinado pela combinação do que Deus e suas criaturas
decidem fazer. Neste sentido, o futuro inexiste, pois os seres humanos são
absolutamente livres para decidir o que quiserem e Deus não sabe
antecipadamente que decisão uma determinada pessoa haverá de tomar
num determinado momento.
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6. 5.1- SUMARIZANDO
ENTENDIMENTO
• Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se
arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão
e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos
porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja
relacionar-se com elas de forma significativa.
• Deus é vulnerável. Ele é passível de sofrimento e de erros em seus
conselhos e orientações. Em seu relacionamento com o homem,
seus planos podem ser frustrados. Ele se frustra e expressa esta
frustração quando os seres humanos não fazem o que ele gostaria.
• Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de
planos e até mesmo se arrepende de decisões tomadas. Ele muda
de acordo com as decisões de suas criaturas, ao reagir a elas.
• Os textos bíblicos que falam do arrependimento de Deus não
devem ser interpretados de forma figurada. Eles expressam o que
realmente acontece com Deus.
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