Aula 4 a geomorfologia e as diferentes feições do relevo
1. A GEOMORFOLOGIA E AS
DIFERENTES FEIÇÕES DO RELEVO
Profº.: Cayo Pedrote
2. OS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO DA
CROSTA
O relevo terrestre sofre constante
transformação no decorrer dos
tempos. Podemos concluir que, a
crosta terrestre através de seus
diferentes tipos de rochas e interações
entre elas está em constante
modificação.
Os agentes que atuam na construção
e modelagem do relevo terrestre
podem ser classificados da seguinte
forma:
• Agentes endógenos;
• Agentes Exógenos.
Fonte:http://brasilbrasileiro1001.wordpress.com/sudeste/
Fonte:http://jovenscientistas7.blogspot.com.br/
3. AGENTES ENDÓGENOS
São considerados agentes
endógenos os movimentos
ocorridos no interior do planeta,
que influenciam diretamente na
transformação da crosta terrestre.
Alguns exemplos de agentes
endógenos ou internos são: abalos
sísmicos; vulcanismo e a interação
entre as placas tectônicas.
Os agentes internos são os
responsáveis pela construção
estrutural do relevo, constituindo
assim, as macroformas, como as
cadeias montanhosas,
falhamentos e as dorsais
oceânicas.
Fonte:http://lennageografia.blogspot.com.br/
4. MOVIMENTOS EPIROGENÉTICOS
Dentre as interações das placas
tectônicas ocorridas no interior
do planeta, podemos classificar
o movimento vertical ocorrido
entre elas como epirogenético.
Os movimentos epirogenéticos
ocorridos na astenosfera
influenciam diretamente na
formação do relevo terrestre
formando os chamados
falhamentos.
Fonte:http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/
5. O CASO DO RIO PARAÍBA DO SUL
Fonte:http://jozeddonato.webnode.com.br/
O Rio Paraíba do Sul,
localizado no Sudeste
brasileiro é um caso de curso
fluvial que surgiu no interior de
uma falha rebaixada,
denominada de Graben.
Algumas falhas podem apresentar a
disposição representada na imagem
abaixo. A área que é soerguida é
denominada de Horst e a área que é
rebaixada é denominada de Graben.
Os Grabens são feições do relevo
que, por vezes, podem abrigar cursos
fluviais.
6. MOVIMENTOS OROGENENÉTICOS
Os movimentos classificados como
orogenéticos tem como característica a
interação no sentido horizontal entre as
placas tectônicas. Essa interação pode
se processar no sentido de encontro
(movimento convergente) ou no sentido
de afastamento (movimento divergente).
Quando tais movimentos ocorrem no
sentido convergente podem causar o
aparecimento dos chamados
dobramentos. Os dobramentos darão
origem, na crosta terrestre às chamadas
cordilheiras, caracterizadas como
cadeias montanhosas de formação
geológica recente, daí o nome de
dobramentos modernos.
http://www.mundoeducacao.com/
http://www.mundoeducacao.com/
7. MOVIMENTOS OROGENÉTICOS
Quando o movimento entre as placas tectônicas segue o sentido de
afastamento, podem ocorrer o aparecimento das chamadas dorsais,
no caso de afastamento de duas placas oceânicas ou quando esse
afastamento afeta a crosta continental, denominamos de Rifts.
Fonte:http://geografiamazucheli.blogspot.com.br/
8. VULCANISMO
O vulcanismo constitui processo pelo
qual o magma do interior do planeta
chega a superfície, através de
características específicas de
temperatura e pressão abaixo da
crosta terrestre. Esse fenômeno
ocorre, principalmente nas áreas de
contato entre as placas tectônicas,
porém, podem ocorrer também em
áreas denominadas como Hot Spots,
que traduzindo, significa pontos
quentes. Nesses pontos por questões
ainda desconhecidas, ocorre uma
elevação da temperatura e pressão
exercida pelo manto na astenosfera,
ocorrendo erupções.
Fonte:http://semigeodrogas2.blogspot.com.br/
9. FORMAÇÃO DE ILHAS VULCÂNICAS
A chegada de magma do interior para a superfície do planeta, pode causar diferentes
transformações na crosta terrestre, como por exemplo, o aparecimento de ilhas
vulcânicas. O maior exemplo de formação de ilhas vulcânicas é a o arquipélago do
Havaí, localizado no continente americano.
Fonte:http://www.netxplica.com/manual.virtual
10. ABALOS SISMÍCOS
Os abalos sísmicos ocorrem nas
áreas de encontro de placas
tectônicas. No momento que a
pressão entre duas placas é
aliviada, ocorre um tremor na
litosfera, que se alastra na forma
de ondas que transportam
energia cinética até a superfície
do planeta.
Ao chegar à crosta terrestre, seja
ela continental ou oceânica, o
abalo altera o relevo, modificando
as dinâmicas e estabelecendo
novas interações na paisagem
Fonte:http://pedroseverinoonline.blogspot.com.br/
11. O CÍRCULO DE FOGO DO PACÍFICO
Fonte:http://pegadasgeograficas.blogspot.com.br/
O círculo de fogo do oceano
pacífico constitui a principal área
de abalos sísmicos e atividade
vulcânica do mundo. A interação
entre as placas é intensa,
modificando constantemente o
relevo marinho e continental. As
cidades localizadas próximas às
áreas de maior atividade sísmica
sofrem constantes mudanças em
suas paisagens, através de
deslizamentos, maremotos e
destruição da paisagem urbana já
constituída.
12. AGENTES EXÓGENOS
Os agentes exógenos são considerados
os modeladores do relevo terrestre.
Atuam em conjunto com os agentes
internos ou endógenos, modificando
mais lentamente as estruturas da
paisagem.
Podemos considerar a ação de alguns
agentes exógenos que atuam na
modelagem da crosta terrestre da
seguinte forma:
• Ação das geleiras;
• Ação fluvial;
• Ação eólica;
• Ação pluvial;
• Ação marinha;
• Ação antrópica.
Fonte:http://karlapipoca.blogspot.com.br/Fonte:http://www.infoescola.com/
13. O INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO
Fonte:http://geoufma.wordpress.com/
O fenômeno conhecido como
intemperismo ou meteorização consiste
na mudança das características físicas
ou químicas das rochas e dos
sedimentos expostos a ação erosiva da
atmosfera. Essas modificações
acarretam a degradação das rochas e
sedimentos, transformando-se em
partículas cada vez menores e
susceptíveis à ação erosiva.
O intemperismo pode ser assim classificado, de acordo com a forma
que a estrutura do material foi modificada:
• Intemperismo físico;
• Intemperismo químico.
14. CONSEQUÊNCIAS DO INTEMPERISMO NA
SUPERFÍCIE TERRESTRE
O intemperismo pode acarretar diferentes
consequencias para a modelagem do relevo de
acordo com sua intensidade e localização:
• Modelagem do relevo: a degragação das
rochas e sedimentos provoca modificações no
relevo terrestre, geralmente, desgastando-o;
• Rebaixamento topográfico: com o desgaste
do material rochoso, ocorre um rebaixamento
dos níveis altimétricos. Esse é o caso dos
dobramentos antigos, que após o fim da ação
dos agentes endógenos, passaram a ser
modelados pelos agentes exógenos, entre eles
oi intemperismo, como no caso da Serra do
Mar, no Sudeste brasileiro;
• Formação de solo: Em áreas com maiores
índices de pluviosidade ocorre uma incidência
maior do intemperismo de ordem química,
contribuindo para a formação de solo e sua
consequente evolução.
Fonte:http://espacosgeograficos.wordpress.com/Fonte:http://scienceblogs.com.br/
15. INTEMPERISMO FÍSICO
O intemperismo físico constitui a
modificação das características físicas
das rochas ou sedimentos através das
mudanças térmicas, ou seja, o nível de
amplitude térmica de determinada região
pode amplificar ou atenuar os níveis de
intemperismo físico.
O intemperímo físico se faz mais constante
em locais onde existe grande amplitude
térmica. Podemos associar esses tipos
climáticos às Zonas Temperadas do
planeta, que apresentam um período do
ano com elevadas temperaturas e outro
período com baixas temperaturas. Essa
alternância térmica produz alterações nos
níveis de dilatação das rochas e
sedimentos fraturando esses materiais e
inconsolidando-os.
Fonte:http://www.ebah.com.br/Fonte:http://meteo12.nforum.biz/
16. INTEMPERISMO QUÍMICO
O intemperismo químico define-se como
a modificação da composição química de
rochas ou sedimentos. A presença de
água, considerada pela química como o
solvente universal, produz e acelera as
reações químicas ocorridas no interior
dos fragmentos rochosos, desgastando-os
e modificando sua composição
mineralógica.
O intemperimos químico ocorre
preferencialmente nas áreas com altos
índices de pluviosidade, como nas
áreas tropicais ou intertropicais. Como a
umidade presente na atmosfera é mais
elevada, as reações químicas são mais
intensas. Como consequência, a relação
com o relevo demonstra-se através de
sinuosidades leves, nas feições de
“meias laranjas”.
Fonte:http://cristianemattar.blogspot.com.br/
17. INTERAÇÕES ENTRE OS SEDIMENTOS NA
CROSTA
Fonte:http://engenhariamundorural.blogspot.com.br/
Os processos de modelagem da paisagem
que compõe a crosta terrestre passa por
diferentes estágios no diz respeito à
retirada, transporte e deposição do material
sedimentar desgastado pela ação da
meteorização ou intemperismo.
Podemos dessa forma classificar a
movimentação proporcionada pelos
agentes modeladores do relevo da seguinte
forma:
• Erosão – retirada de sedimentos;
• Transporte – transporte de sedimentos;
• Deposição – colocação dos sedimentos
ao do processo de transporte.
19. AÇÃO DE GELEIRAS
Fonte:http://pt.wikipedia.org/Fonte:http://pt.wikipedia.org/
As geleiras são formadas pela solidificação da
água no estado líquido para o estado sólido, mais
denso. Dessa forma, ao se solidificarem as
geleiras podem, devido à retração das partículas,
fraturar materiais rochosos, que ao
movimentarem-se podem causar erosão por
atrito, conforme mostra o esquema ao lado.
Caso esse material de água no estado sólido se
movimente sobre uma superfície rochosa lisa,
poderá ocorrer erosão por abrasão, ou seja, o
material imediatamente abaixo sofre um desgaste,
como se fosse limado pelos sedimentos rochosos
que integram gelo. Tal processo pode ser
observado no esquema ao lado.
A velocidade com que ocorrerá o processo de
erosão através da ação das geleiras irá variar de
acordo com alguns fatores, tais como: espessura
da geleira; Características geológicas das rochas
afetadas, tanto pelo processo de abrasão quanto
de atrito; a velocidade de movimento da geleira.
20. A PAISAGEM AFETADA PELA AÇÃO EROSIVA
DAS GELEIRAS
Fonte:http://pt.wikipedia.org/
A ação erosiva das geleiras provoca
profundas mudanças nas
superfícies afetadas pelo
fenômeno, modificando, assim, as
paisagens polares do planeta.
Essas formações são denominadas
de Morenas ou Morainas,
caracterizados como relevos
afundados em forma de U, por onde
podem correr rios e acumulação de
sedimentos rochosos impulsionados
pela ação dos agentes exógenos,
sobretudo, o vento e as chuvas. A
imagem ao lado mostra a paisagem
marcada pelo aparecimento de
Morainas, causadas pela ação
erosiva das geleiras.
21. AÇÃO DOS MARES
Fonte:http://pt.wikipedia.org/
A erosão através do contato entre a água
do mar e o material rochoso que compõem
a crosta continental pode ser também
denominada como abrasão marinha. O
processo de desgaste das rochas e
sedimentos pode ocorrer tanto através de
reações químicas, quanto pela ação
mecânica do movimento exercido pelas
águas dos mares.
Quando as rochas erodidas apresentam
formato mais arredondado, ou seja,
desgastadas, podemos concluir que
ocorreu uma abrasão marinha de origem
química. Quando o material rochoso
apresenta fraturamentos, se colocando em
fragmentos cada vez menores, podemos
concluir que ocorreu abrasão marinha por
atrito, ou seja, de ordem mecânica.
22. AÇÃO DOS RIOS
A erosão provocada pela ação dos rios,
conhecida ainda, como ação fluvial,
provoca alterações na paisagem,
através do desgaste provocado pelos
cursos d'água e suas diferentes
características. Geralmente um rio e
seus afluentes segue os caminhos mais
fáceis, assentados sobre fundos de
vale, de acordo com as estruturas de
relevo.
A capacidade de erosão de um rio está diretamente
associada à alguns fatores, tais como: vazão, ou seja, a
quantidade de água que passa num determinada espaço
de tempo. Quanto maior a vazão de um rio maior será sua
capacidade erosiva; declividade, pois, quanto mais
inclinado encontra-se um curso d'água, maior será sua
velocidade e, conseqüentemente, sua capacidade erosiva;
características geológicas do material rochoso afetado
pela ação fluvial, quanto mais resiste aos processos de
desgaste, menor será a capacidade erosiva do rio
Fonte:http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/
23. AÇÃO DOS VENTOS
Fonte:http://pt.wikipedia.org/
A ação dos ventos sobre o relevo
terrestre, pode ser denominada ainda,
como ação eólica. Sua capacidade de
transformação da paisagem, está
associada ao transporte de
sedimentos finos mais fáceis de
serem carregados pela ação dos
ventos. A erosão é produzida no ato
da retirada de material sedimentar
transportado pelo vento, quanto no
atrito das partículas suspensas no ar
com outro material rochoso. O Contato
direto desses sedimentos finos com
outra rocha poderá causar a abrasão
dessa rocha, ou seja, o desgaste do
material. A imagem ao lado mostra
uma rocha sedimentar desgasta pelo
processo de abrasão causado pela
ação do ventos e das partículas
transportadas por ele.
24. AÇÃO DA CHUVA
A ação das chuvas sobre a crosta
terrestre pode ser denominada também
como ação pluvial. Ao encontrar a
superfície terrestre, a chuva pode
descrever dois caminhos possíveis,
dependendo das característica da crosta:
pode seguir infiltrando no solo ou em
fissuras abertas nas rochas ou escoar
superficalmente.
A água das chuvas passa a escoar
superficialmente a partir do momento que o
solo encontra-se saturado, ou seja, já
encharcado por água, ou ainda, quando a
superfície encontrada é impermeável. Dessa
forma, os cursos de água gerados podem
iniciar um processo de retirada de material já
inconsolidado, sobretudo de encostas os
sulcos abertos no solo serão denominados de
ravinas.