Este documento resume os principais conceitos e pesquisadores pioneiros das Relações Humanas. A pesquisa de Elton Mayo na Western Electric mostrou que fatores sociais e psicológicos influenciam a produtividade mais do que incentivos econômicos. Mary Parker Follett defendeu que os conflitos devem ser resolvidos por integração de interesses em vez de imposição ou barganha. Chester Barnard destacou a importância da disposição para cooperar, propósito comum e comunicação efetiva nas organizações.
2. RELAÇÕES HUMANAS NAS
ORGANIZAÇÕES
• Bom relacionamento dentro da empresa tem importância
comprovada na conquista de altos níveis de produtividade;
• Tratamento prioritário nas organizações;
2
3. ABORDAGEM DAS
RELAÇÕES HUMANAS
• Pesquisadores pioneiros mas Relações Humanas
• Elton George MAYO (1880 – 1949);
• Mary Parker FOLLETT (1868 – 1933);
• Chester Irving BARNARD (1886-1961);
• A Concepção da Natureza Humana: o Homem Social
3
4. ELTON GEORGE MAYO
• Natural de Adelaide, Austrália;
• Formado em antropologia em Adelaide e
depois em medicina em Edimburgo, Londres;
• Relacionamento dos trabalhadores entre si;
• Impacto da satisfação não-econômicas na
produtividade do trabalhador;
• https://en.wikipedia.org/wiki/Elton_Mayo
4
5. WESTERN ELECTRIC
• Fornecia equipamentos para empresas
telefônicas;
• preocupação com o bem-estar de seus
funcionários;
• mais de vinte anos não teve nenhuma greve
ou manifestação trabalhista;
• Localizada em Hawthorne, Chicago;
• 40 mil empregados;
5
6. EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
• Detectar os fatores ambientais influenciando a
produtividade dos trabalhadores;
• Duração de 5 anos e meio;
• 3 Fases:
• Sala de Provas de Relés;
• Programa de Entrevistas;
• Sala de Observações da Montagem de
Terminais;
6
7. FASE 1: SALA DE PROVAS DE RELÉS
• Estudo sobre a fadiga no trabalho;
• Efeitos gerados por mudança de horário;
• Introdução de intervalos de descansos no
período de trabalho;
7
8. FASE 1: RESULTADOS
8
• Aumento de produtividade, mesmo quando houve redução
do tempo de trabalho – atribuído à união das trabalhadoras,
acreditando a importância do experimento;
• As mudanças não tiveram significados físicos, mas social
positivo;
9. FASE 2: PROGRAMA DE ENTREVISTAS
• Anualmente todos os funcionários foram entrevistados;
• Buscar desvendar os motivos que levaram os funcionários a
adotar posturas diferentes nos seus departamentos e sala de
provas;
• Enfoque nas relações humanas e não mais na parte cientifica;
• Maioria dos supervisores foi incluída no programa como
entrevistadores;
9
10. FASE 2: RESULTADOS
• Produtividade dos operários aumentou e a
supervisão melhorou;
• Sentimento de importância desencadeado pelo
programa;
• Conhecimento dos interesses dos operários foi
responsável pelas sensíveis mudanças no modo
de supervisão;
• Entrevistas mais longas, como conversa
informal entre supervisor e operário;
• Os fatores psicológicos alteravam o
comportamento dos funcionários;
• Descoberta a existências de grupos informais;
10
11. FASE 3: SALA DE OBSERVAÇÕES
DA MONTAGEM DE TERMINAIS
• Estudo da situação de trabalho após as
experiências anteriores;
• Observação que os funcionários tinham um
acordo tácito de produzir apenas o mínimo de
peças necessárias para receber o salário que
desejavam;
• Existências de grupos informais que criavam
códigos próprios e relações de lealdade que
governavam as relações de seus membros;
11
12. CONCLUSÕES DE MAYO
• Aumentos na produção provocadas por
alterações ocorridas na situação social das
trabalhadoras, na sua motivação e satisfação, e
nos padrões de supervisão adotados;
• Contradição aos pressupostos da Administração
científica, onde a produtividade seria
determinada exclusivamente pela adequação
científica entre homem e tarefa e incentivos
econômicos.
12
13. CONCLUSÕES DE MAYO
• Evidência das limitações do pensamento
cientifico e a inadequação da concepção do
trabalhador como Homo economicus,
preocupado apenas com seu próprio interesse;
13
14. MARY PARKER FOLLETT
• Natural de Quincy, Massachusetts, EUA;
• Formada em História e Ciências Políticas em
Cambridge, Inglaterra;
• Relações Humanas e sua influência nas
organizações;
• Gerenciamento de Conflitos;
• https://en.wikipedia.org/wiki/Mary_Parker_Folle
tt
14
15. MANEIRAS DE TRABALHAR
UM CONFLITO
• Por imposição;
• Por barganha de interesses;
• Por integração;
15
16. MANEIRAS DE TRABALHAR
UM CONFLITO
• Por imposição:
• Depende da vitória de um dos lados sobre o
outro;
• Lado mais forte impõe sua posição ao lado
derrotado, aceitando temendo algum tipo de
sansão ou castigo;
• Método autoritário, comparável à resolução de
conflitos sociais pelo Estado tirânico, por meio
da força;
16
17. MANEIRAS DE TRABALHAR
UM CONFLITO
• Por barganha de interesses:
• Ambos os lados fazem concessões sobre suas
posições iniciais, chegando a um acordo;
• Método mais conhecido e aparentemente mais
eficiente;
17
18. MANEIRAS DE TRABALHAR
UM CONFLITO
• Por integração:
• Integração dos interesses das partes
conflitantes;
• Ambos os lados não estão dispostos a abrir
mão de sua posição, surgindo a necessidade de
satisfação de ambas as partes;
• Única forma que consegue satisfazer as duas
partes interessadas;
18
19. OBSTÁCULOS PARA SE
RESOLVER UM CONFLITO
PELA INTEGRAÇÃO
• Exigência das partes conflitantes: Inteligência e
percepção para tirar proveito de qualquer
situação de conflito;
• Uma das partes tem condições de assumir uma
postura tirânica;
• Linguagem e à forma de se expressar das
pessoas, utilizando frases educadas e não
ofensivas;
• Eventual influência dos líderes sobre
determinadas pessoas;
19
20. CHESTER IRVING BARNARD
• Natural de Malden, Massachusetts, EUA;
• Estudou Economia na Universidade de
Harvard mas não concluiu;
• Autoridade e Comunicação
• https://en.wikipedia.org/wiki/Chester_Barnard
20
21. INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NA
ORGANIZAÇÃO E SISTEMA
COOPERATIVO
• Coexistência de 3 Fatores para o bom
funcionamento:
• Disposição para cooperar;
• Propósito comum;
• Comunicação efetiva;
21
22. FATOR 1: DISPOSIÇÃO PARA
COOPERAR
• Exigência do esforço das pessoas para o
sistema cooperativo possa funcionar;
• Disposição, auto renúncia, abdicação do
controle da conduta pessoal e
despersonalização da ação pessoal;
• Necessita que todos os membros abram mão
de seus princípios e conduta pessoal em
benefício da própria organização;
22
23. FATOR 2: PROPÓSITO
COMUM
• As pessoas devem se agrupar em torno de um
propósito de modo que a organização possa
avançar;
23
24. FATOR 3: COMUNICAÇÃO
EFETIVA
• Dinamiza a relação entre a possibilidade de se
realizar um propósito comum e a
disponibilidade de cooperação das pessoas;
• Forma oral, linguagem escrita e corporal;
24
25. ORGANIZAÇÕES INFORMAIS
• Existência é inerente a qualquer estrutura;
• Agregado de contatos e interações pessoais e
o agrupamento de pessoas associadas, de
forma hostil ou amigável;
• Necessidade de mostrar o seu lado pessoal e
seus interesses aos que estão à sua volta;
• Formação das organizações formais sempre
surge por meio de um contato informal
preliminar;
25
26. ACEITAÇÃO DA AUTORIDADE
• Maior contribuição ao movimento de Relações
humanas;
• Autoridade provém da hierarquização de uma
organização, formal ou informal;
• Frequentemente a autoridade é inefetiva;
• Violação da autoridade a partir daquilo que os
membros julgam ser legítimos ou não;
• Forma de entendimento de uma comunicação
pelos membros, havendo ou não
concordância;
26
27. A CONCEPÇÃO DA NATUREZA
HUMANA: O HOMEM SOCIAL
• Esforço humano é resultante de diversos
fatores não descritos na ficha do trabalhador;
• Fatores satisfação, motivação e envolvimento
não está na estrutura formal da organização,
mas sim na estrutura social;
• Capacidade humana de se organizar buscando
a harmonia social;
27
28. JOB ENLARGEMENT
• Reação contra os excessos da divisão técnica
do trabalho;
• Redução da monotonia da tarefa;
• Diminuição do grau de especialização;
• Utilização das capacidades intelectuais e da
personalidade de cada membro;
28
Até a década de 1920, os teóricos da Administração limitavam-se a discussões sobre as teorias e técnicas da Administração Científica.
Em 1903 foi para a África pesquisar a organização social dos aborígenes e em 1911 tornou-se professor de filosofia mental e moral na Universidade de Queesnland, Austrália. Em 1923 foi para os Estados Unidos, até 1926 na Universidade da Pensilvânia e depois foi para Harvard como professor adjunto de pesquisa industrial, tornando professor titular em 1929.
Foi pioneiro no tratamento psicanalítico de vítimas de choques provocados por bombardeios. Depois suas pesquisas focaram nos problemas de saúde mental e moral dos trabalhadores, que para ele, estavam relacionadas com o aspectos sociais de seu trabalho.
Suas pesquisas concentraram-se no estudo do relacionamento dos trabalhadores em si, atentando ao impacto da satisfação não-econômica na produtividade do trabalhador, diferente do explorado pelos pioneiros da administração que estudavam somente o trabalho em si.
Comprovação da preponderância do fator psicológico sobre o fisiológico;
Essas primeiras experiências já mostravam indícios de uma eventual ruptura em relação à tradição da Administração Científica e da Psicologia Industrial que sustentavam que a iluminação, as condições físicas e fisiológicas e os incentivos financeiros constituíam os principais fatores determinantes da produção e da produtividade;
Início em 1927 com a participação da equipe de Harvard;
Relé é um é um interruptor eletrônico; O relé é um dispositivo eletromecânico, com inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos.
Os relés ainda são aplicados na movimentação e proteção contra abertura de portas nos elevadores de nossos prédios, estão presentes nos processos de tratamento de água que bebemos, nos processos de fabricação de alimentos, pães, biscoitos que consumimos. Onde quer que estejamos tem sempre um relé trabalhando para que algo funcione para nos servir.
O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns, de modo que o aumento da produção durante a experiência não pode ser relacionado com qualquer mudança experimental ou decorrente das condições físicas de trabalho.
Duração de sete meses (novembro de 1931 a maio de 1932);
Grupo da experiência formado por nove operadores, nove soldadores e dois supervisores na montagem de terminais para uso em estações telefônicas;
O método de pagamento vigente na Western Eletrict Company era baseado na quantidade de peças produzidas que excedesse um determinado nível mínio de produção.
Alguns dias os funcionários produziam propositadamente mais, de forma a poder relaxar a produção nos dias seguintes, chegando ao final do período com a produção mínima exigida.
No departamento de reparação de peças, os funcionários que eram os únicos a conhecer o processo, os reparos extremamente simples era fingido como sendo um trabalho extremamente complexo e tecnicamente complicado, de modo a ter controle sobre quando e quanto produzir.
O homo economicus ou o homem econômico é uma ficção, formulada segundo procedimentos científicos do século XIX que aconselhavam a fragmentação do objeto de pesquisa para fins de investigação analítica.
Os economistas assumiram que o estudo das ações econômicas do homem poderia ser feito abstraindo-se as outras dimensões culturais do comportamento humano: dimensões morais, éticas, religiosas, políticas, etc., e concentraram seu interesse naquilo que eles identificaram como as duas funções elementares exercidas por todo e qualquer indivíduo : o consumo e a produção.
O homo economicus nada mais é do que um pedaço de ser humano, um fragmento, um resto, a sua parcela que apenas produz e consome, segundo "leis" deduzidas da observação, cujo único critério de verdade apoiava-se na evidência.
Exemplo de 2 caminhões que chegam na mesma doca para descarregar e apenas um por vez consegue descarregar. Melhor solução: alterar o desenho da doca para que os 2 caminhões descarreguem por vez;