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Carine Marinho
Luciane Moraes
UNIVERSIDADE CEUMA
*EPIDEMIOLOGIA: (No Brasil)
- Inf.Inaparente;
-Dengue clássico (DC)
-Febre hemorrágica da Dengue (FHD)
-Síndrome do choque da Dengue (SCD)
- Arbovirose = ser humano / Países Tropicais
-Há referências de epidemias em 1916, em São Paulo, e em 1923, em
Niterói, sem diagnóstico laboratorial. A primeira epidemia
documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982,
em Boa Vista - Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4. A partir de
1986, foram registradas epidemias em diversos estados.
-Atualmente existe transmissão de DENGUE em 24 estados, com
circulação simultânea dos sorotipos Den 1 e Den 2 em 12 deles.
 Agente Etiológico: É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus,
pertencente à família Flaviviridae, com quatro sorotipos conhecidos:
DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.
 Vetores Hospedeiros: Aedes. / Reservatório: Homem
 Modo de Transmissão: Aedes aegypti, no ciclo homem-Aedes aegypti-
homem.
- A transmissão mecânica= repasto é interrompido e o mosquito,
imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo.
 Per. de Incubação: média de 5 a 6 dias.
 Per. Transmissibilidade: intrínseco e extrínseco (ciclos)
-Homem infecta o mosquito: período de viremia (1 dia antes da febre até o
6º dia da doença).
-No mosquito: vírus- glândulas salivares da fêmea do mosquito, onde se
multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. A partir deste momento, é
capaz de transmitir a doença e assim permanece - final de sua vida (6 a
8 semanas).
*DEFINIÇÃO DE CASO DE DENGUE
 Suspeito
 DC: duração máxima de 7 dias (pelo menos 2 dos sintomas):
-cefaléia -dor retro-orbital – mialgia – artralgia – prostração –
exantema
*Pcte = últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão
de DENGUE ou tenha a presença de A. aegypti.
 DH: paciente que apresenta também manifestações hemorrágicas 
prova do laço positiva até fenômenos mais graves (hematêmese e
melena).
 SCD: manifestações hemorrágicas + sinais e sintomas de choque
cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição
ou ausência de PA, pele fria e úmida, agitação).
 Confirmado:
 DC: laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser
feita através de critérios clínico-epidemiológicos, exceto nos primeiros casos
da área, que deverão ter confirmação laboratorial.
 DH:
-febre ou história de febre recente de 7 dias ou menos
-trombocitopenia
-tendências hemorrágicas (1 ou + dos sinais):
*Prova do laço positiva
*Petéquias
*Equimoses ou púrpuras
*Sangramentos de mucosas, do TGI e outros
*Extravasamento de plasma, manifestado por:
a) hematócrito apresentando um aumento de 20% sobre o basal (na
admissão);
b) queda do hematócrito em 20% (após o tratamento);
c) presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia.
 SCD: é o caso que apresenta todos os critérios de DH + evidências de
choque.
*Complicações:
-hipotensão arterial
-taquisfigmia
-choque
 Exame clínico com realização da prova de laço e confirmação
laboratorial específica.
 Diagnóstico diferencial
 Dengue clássico (DC) gripe, rubéola, sarampo e outras infecções
virais, bacterianas e exantemáticas.
 Febre hemorrágica da dengue (FHD) – no início da fase febril, -
outras infecções virais e bacterianas e, a partir do 3º ou 4º dias, com
choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana ou
meningococcemia. Outras doenças - leptospirose, febre amarela,
malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres
hemorrágicas, transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
PROVA DO LAÇO
Garrotear por 3 min (crianças) e
5 min (adultos) mantendo no
ponto médio entre a pressão
máx e min
Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças)
20 ou mais petéquias (adultos)
2,5 5,0 cm
PROVA DO LAÇO POSITIVA
 Diagnóstico laboratorial
 Exames específicos – isolamento do agente ou métodos sorológicos
que demonstram a presença de anticorpos da classe IgM, em única
amostra de soro, ou o aumento do título de anticorpos IgG.
 Exames inespecíficos – hematócrito, hemoglobina, plaquetas e
leucograma são os mais importantes para o diagnóstico e
acompanhamento dos pacientes com manifestações hemorrágicas e
para pacientes em situações especiais: gestante, idoso (>65 anos),
hipertensão arterial, diabete melito, asma brônquica, doença
hematológica ou renal crônicas, doença severa do sistema
cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença auto-imune.
 É o caso confirmado laboratorialmente e com todos os critérios presentes, a
seguir: trombocitopenia (=100.000/mm3); tendências hemorrágicas
evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva,
petéquias, equimoses ou purpuras, sangramentos de mucosas do trato
gastrintestinal ou outros; extravasamento de plasma devido ao aumento de
permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando aumento
de 10% sobre o basal na admissão; queda do hematócrito em 20%, apos o
tratamento adequado; presença de derrame pleural, ascite e
hipoproteinemia. Os casos de FHD são classificados de acordo com a sua
gravidade em:

 grau I – Febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única
manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;
 grau II – Além das manifestações do grau I, hemorragias espontâneas
leves (sangramento de pele, epistaxe, gengivorragia e outros);
 grau III – Colapso circulatório com pulso fraco e rápido, estreitamento da
pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;
 grau IV – Síndrome do Choque da Dengue (SCD), ou seja, choque
profundo com ausência de pressão arterial e pressão de pulso imperceptível.
 Dengue clássico – o tratamento é sintomático (analgésicos e
antipiréticos) e pode ser feito no domicílio, com orientação para
retorno ao serviço de saúde após 48 a 72 horas do início dos
sintomas. Indica-se hidratação oral com aumento da ingesta de
água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Não devem ser usados
medicamentos com ou derivados do ácido acetilsalicílico e
antiinflamatórios não hormonais, por aumentar o risco de
hemorragias.
 Febre hemorrágica da dengue – existe uma progressão do dengue
clássico para a FHD, e a conduta frente ao paciente depende dos
sinais clínicos e evolução da hemoconcentração.
Diagnóstico e
conduta do
paciente com
suspeita de dengue
A presença de sinais de alerta (Quadro 1)
indica a possibilidade de gravidade do
quadro clínico.
NÃO ESQUECER:
Fazer Prova do Laço
Hidratar sempre
Orientar sinais de alarme
Notificar
Dengue
OBRIGADA!!!!

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Epidemiologia e conduta da dengue

  • 2. *EPIDEMIOLOGIA: (No Brasil) - Inf.Inaparente; -Dengue clássico (DC) -Febre hemorrágica da Dengue (FHD) -Síndrome do choque da Dengue (SCD) - Arbovirose = ser humano / Países Tropicais -Há referências de epidemias em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, sem diagnóstico laboratorial. A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista - Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4. A partir de 1986, foram registradas epidemias em diversos estados. -Atualmente existe transmissão de DENGUE em 24 estados, com circulação simultânea dos sorotipos Den 1 e Den 2 em 12 deles.
  • 3.  Agente Etiológico: É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae, com quatro sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.  Vetores Hospedeiros: Aedes. / Reservatório: Homem  Modo de Transmissão: Aedes aegypti, no ciclo homem-Aedes aegypti- homem. - A transmissão mecânica= repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro susceptível próximo.  Per. de Incubação: média de 5 a 6 dias.  Per. Transmissibilidade: intrínseco e extrínseco (ciclos) -Homem infecta o mosquito: período de viremia (1 dia antes da febre até o 6º dia da doença). -No mosquito: vírus- glândulas salivares da fêmea do mosquito, onde se multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. A partir deste momento, é capaz de transmitir a doença e assim permanece - final de sua vida (6 a 8 semanas).
  • 4. *DEFINIÇÃO DE CASO DE DENGUE  Suspeito  DC: duração máxima de 7 dias (pelo menos 2 dos sintomas): -cefaléia -dor retro-orbital – mialgia – artralgia – prostração – exantema *Pcte = últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de DENGUE ou tenha a presença de A. aegypti.  DH: paciente que apresenta também manifestações hemorrágicas  prova do laço positiva até fenômenos mais graves (hematêmese e melena).  SCD: manifestações hemorrágicas + sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de PA, pele fria e úmida, agitação).
  • 5.  Confirmado:  DC: laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critérios clínico-epidemiológicos, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial.  DH: -febre ou história de febre recente de 7 dias ou menos -trombocitopenia -tendências hemorrágicas (1 ou + dos sinais): *Prova do laço positiva *Petéquias *Equimoses ou púrpuras *Sangramentos de mucosas, do TGI e outros *Extravasamento de plasma, manifestado por: a) hematócrito apresentando um aumento de 20% sobre o basal (na admissão); b) queda do hematócrito em 20% (após o tratamento); c) presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia.  SCD: é o caso que apresenta todos os critérios de DH + evidências de choque.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.  Exame clínico com realização da prova de laço e confirmação laboratorial específica.  Diagnóstico diferencial  Dengue clássico (DC) gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas.  Febre hemorrágica da dengue (FHD) – no início da fase febril, - outras infecções virais e bacterianas e, a partir do 3º ou 4º dias, com choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana ou meningococcemia. Outras doenças - leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas, transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
  • 14. PROVA DO LAÇO Garrotear por 3 min (crianças) e 5 min (adultos) mantendo no ponto médio entre a pressão máx e min Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças) 20 ou mais petéquias (adultos) 2,5 5,0 cm
  • 15. PROVA DO LAÇO POSITIVA
  • 16.  Diagnóstico laboratorial  Exames específicos – isolamento do agente ou métodos sorológicos que demonstram a presença de anticorpos da classe IgM, em única amostra de soro, ou o aumento do título de anticorpos IgG.  Exames inespecíficos – hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma são os mais importantes para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com manifestações hemorrágicas e para pacientes em situações especiais: gestante, idoso (>65 anos), hipertensão arterial, diabete melito, asma brônquica, doença hematológica ou renal crônicas, doença severa do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença auto-imune.
  • 17.  É o caso confirmado laboratorialmente e com todos os critérios presentes, a seguir: trombocitopenia (=100.000/mm3); tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou purpuras, sangramentos de mucosas do trato gastrintestinal ou outros; extravasamento de plasma devido ao aumento de permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando aumento de 10% sobre o basal na admissão; queda do hematócrito em 20%, apos o tratamento adequado; presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia. Os casos de FHD são classificados de acordo com a sua gravidade em:   grau I – Febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;  grau II – Além das manifestações do grau I, hemorragias espontâneas leves (sangramento de pele, epistaxe, gengivorragia e outros);  grau III – Colapso circulatório com pulso fraco e rápido, estreitamento da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;  grau IV – Síndrome do Choque da Dengue (SCD), ou seja, choque profundo com ausência de pressão arterial e pressão de pulso imperceptível.
  • 18.  Dengue clássico – o tratamento é sintomático (analgésicos e antipiréticos) e pode ser feito no domicílio, com orientação para retorno ao serviço de saúde após 48 a 72 horas do início dos sintomas. Indica-se hidratação oral com aumento da ingesta de água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Não devem ser usados medicamentos com ou derivados do ácido acetilsalicílico e antiinflamatórios não hormonais, por aumentar o risco de hemorragias.  Febre hemorrágica da dengue – existe uma progressão do dengue clássico para a FHD, e a conduta frente ao paciente depende dos sinais clínicos e evolução da hemoconcentração.
  • 19. Diagnóstico e conduta do paciente com suspeita de dengue
  • 20. A presença de sinais de alerta (Quadro 1) indica a possibilidade de gravidade do quadro clínico.
  • 21. NÃO ESQUECER: Fazer Prova do Laço Hidratar sempre Orientar sinais de alarme Notificar Dengue