3. Protozoa
•
~ 60.000 espécies vivas conhecidas;
•
~ 10.000 sp vivem interagindo com invertebrados e vertebrados;
•
Menos de 100 sp atingem o homem como parasita;
•
Organismos microscópios (1 a 150 μm);
•
Unicelulares eucariotas;
Esta única célula possui várias formas;
Realiza todas as funções mantenedoras da vida (alimentação,
respiração, reprodução, excreção e locomoção).
•
Ciclos biológicos de curta duração;
•
Alto índice de reprodução;
•
Longos períodos de parasitismo (≠ infecções bacterianas)
6. Protozoários
• Estruturas de Nutrição
• Citóstoma (“boca celular”)
• Encontrado nos ciliados e em alguns flagelados;
• Permite a ingestão de partículas alimentares – Fagotropia.
• Pseudópodos
• Fagocitose (sólido)
• Pinocitose (líquido)
7. • Reprodução
Protozoários
• Assexuada
• O organismo dividi-se em 2 ou mais células filhas;
• Divisão binária
• Esquizogonia (divisão nuclear seguida da divisão do
citoplasma)
• Sexuada
• Conjugação (união temporária)
• Fecundação ou Singamia
• União de gameta masc. e fem. formando célula-ovo ou
zigoto.
8. • Nutrição
Protozoários
• Autotróficos ou Holofíticos (cromatóforos)
• Sintetizam energia a partir da luz solar)
• Heterotróficos ou Holozóicos
• Ingestão de partículas orgânicas (fagocitose ou pinocitose)
• Saprozóicos
• Absorvem substâncias orgânicas já decompostas e
dissolvidas em meio liquido;
• Hidrolase.
• Mixotrófico
• + de 1 processo
10. Amebas
•
Filo Sarcomastigophora
•
Sub-filo Sarcodina
•
Superclasse Rhizopoda
•
Classe Lobozea
•
Ordem Amoebida
•
Família Endamoebidae
•
Gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax;
•
Todas as sp vivem no intestino grosso de humanos ou animais;
E. moshkovshii
•
Apresentam núcleo vesiculoso, esférico ou arredondado
11. Amebas
•
Apresentam Trofozoítos e Cistos;
•
Trofozoítos
• Forma ativa do protozoário (se locomove, se reproduz e se
alimenta)
• Mononucleados
Trofozoíto de
Entamoeba coli
•
•
Cistos
• Forma de resistência
• Multinucleados
cisto de E. coli
12. Amebas
•
Membrana nuclear delgada
•
Cariossoma ou endossoma relativamente pequeno
•
6 sp parasitam o homem – Complexo histolytico
• Entamoeba coli
• E. gingivalis
• E. Hartmanni,
• E. polecki
• E. dispar
• E. histolytica - Patogência
13. Entamoeba coli
•
Freqüentemente encontrada homem
•
•
Intestino Grosso
•
•
•
•
•
•
Bactérias
Detritos de alimentos
Raramente hemácias
Não invade o tecido
Não é patogênica
Trofozoítos (20 - 50 μm de diâmetro)
•
•
•
•
Condições sanitárias precárias
Citoplasma uniforme
Cromatina irregular
Cariossoma grande e excêntrico
Cistos
•
•
Pequenos e esféricos (15 – 20 μm)
Contem até 8 núcleos
Trofozoíto e cisto de Entamoeba coli
14. Entamoeba hartmanni
•
Uma das menores amebas
•
Trofozoítos (7 – 12 μm)
• Citoplasma diferenciado em endo e ectoplasma
• Cromatina regular
•
Cistos (5 – 10 μm)
• 4 núcleos
•
Grande distribuição mundial
•
Não é patogênica
Trofozoíto e cisto de Entamoeba hartmanni
15. Entamoeba dispar
•
Espécie muito parecida com E. histolytica
•
Trofozoítos, cistos, núcleos e citoplasma
•
Não produz resposta imune (≠ da E. histolytica)
•
Não é patogênica
16. Entamoeba polecki
•
Parasita o intestino grosso de suínos, caprinos, macacos e cães
•
Raramente parasita o homem (apatogência)
•
Trofozoítos (15 – 25 μm)
• Citoplasma uniforme
• Cromatina regular com grânulos pequenos
• Cariossomo pequeno e excêntrico
•
Cistos (10 – 15 μm)
• Característica marcante - 1 núcleo
17. Entamoeba gengivalis
•
Associada a tártaro dentário, gengivites, periodentites em
humanos (cães, gatos e macacos)
•
Alta prevalência em pessoas – baixa higiene bucal
•
75% positividade em indivíduos acima de 40 anos com baixa higiene bucal
•
Não é patogênica
•
Trofozoítos
• Citoplasma uniforme
• Cromatina periférica delicada e contínua
• Cariossomo central e muito pequeno
•
NÃO FORMA CISTO (Transmissão é via direta)
18. •
Patogência
Entamoeba histolytica
– Amebíase
٠ Infecção intestinal e extra-intestinal humana
•
Mundialmente distribuída
•
•
•
Manifestação da doença é muito variável
“Complexo histolytica” – mais de uma sp produzindo diferentes manifestações
clínicas
Amebíase
– 90% dos casos – infecções assintomáticas
– Infecções sintomáticas
٠ Disenteria com cólica
٠ Disenteria sem cólica
19. •
Amebíase
Entamoeba histolytica
– Amebíase extra intestinal - 5% dos casos
٠ Hepático
٠ Pulmonar
٠ Cerebral
٠ Cutâneo
– México – 4ª causa mortis,
– No mundo – só perde para a malária em número de vitimas
fatais.
20. Entamoeba histolytica
• Ciclo biológico
– Monoxênico
٠ Ingestão do cisto
٠ Desencistamento
٠ Libera 1 ameba com 4 Núcleos (metacisto)
٠ Divisão citoplasmática - Trofozoítos
metacisto
٠ Trofozopitos migram para o intestino
grosso
٠ Aderem a mucosa
21. Entamoeba histolytica
• Transmissão
– Sempre pela ingestão de cistos
٠ Os cisto podem resistir em ambientes favoráveis até 20 dias
٠ Podem ser disseminados pelo:
٠ Vento
٠ Moscas
٠ Baratas
٠ Água
Trofozoíto e cisto de Entamoeba histolytica
22. Entamoeba histolytica
• Diagnóstico
– Devido suas manifestações clínicas polimorfas comuns a
outras doenças – necessidade de exames complementares
٠ Exames de fezes
٠ Cultura de fezes
٠ Retossigmoidoscopia
٠ Testes sorológicos
23. Entamoeba histolytica
• Epidemiologia
– 500 milhões de pessoas
– Apenas 10% apresentam sintomatologia
٠ México, Caribe (exceto Cuba) e América Central
٠ Norte da América do Sul
٠ África do Sul, Egito, Marrocos, Iraque, Índia, Bangladesh, Tailândia
– No Brasil
٠ Prevalência de 3 – 11% (19% na região amazônica)
–
–
–
–
Maior prevalência em adultos de 20 a 60 anos
Fonte de infecção – portadores assintomático
Forma de transmissão – ingestão do cisto
Via de transmissão – água, alimentos e mãos contaminadas
com o cisto
– Via de transmissão - boca
A maior prevalência da amebíase nas regiões tropicais se deve não
ao clima, mas sim as baixas condições sociais e ambientais.
25. • Terapêutica
Entamoeba histolytica
– Amebicidas da luz intestinal (atuam sobre Trofozoítos)
٠ Derivados da quinoleína
٠ Antibióticos (paromicina e eritromicina)
– Amebicidas teciduais
٠ Compostos de cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e
cloroquina
– Amebicidas que atuam em ambas as localizações
٠ Tetraciclina e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclina,
eritromicina, espiramicina e paromicina
Obs.: Os derivados imidazólicos (metronidazol, ornidazol, nitroimidazol,
senidazol, e tinidazol) – são os mais eficientes e empregados
27. Trichomonas
•
Filo Sarcomastigophora
•
Sub-filo Mastigophora
•
Ordem Trichomonadida
•
Família Trichomonadidae
•
Gênero Trichomonas
•
Várias espécies de Trichomonas conhecidas
•
Parasitas comensais
Insetos, pássaros, répteis, animais domésticos e silvestres,
peixes e o homem
•
Maioria é saprófita
Tritichomonsa foetus, T. gallinae, T. gallinarium
Trichomonas vaginalis, T. tenax, T. fecalis, Pentatrichomonas
hominis
28. Trichomonas vaginalis
• Morfologia e Biologia
– Protozoário eucariótico, flagelado
– Forma globular ameboíde
– 6 a 15 μm de comprimento por 3 a 12 μm larg.
– Núcleo excêntrico piriforme
– 5 flagelos
٠ 4 livres e 1 aderido a membrana
– Monoxênico
– Habitat
٠ Mucosa vaginal (mulher)
٠ Ureta peniana, vesícula seminal e próstata (homem)
AF= Flagelos Livres, RF = Membrana Ondulante, PG = Corpúsculo Parabasal, CO = Costa, AX = Axóstilo
29. Trichomonas vaginalis
• Única espécie patogênica – homem ou mulher
Tricomoníase ou tricomonose
(alterações
urogenitais)
• Característica marcante:
Existe apenas uma forma em seu ciclo biológico –
Trofozoíto
NÃO POSSUI FORMA CISTICA
31. Tricomoníase
• Patogênia e Sintomatologia
– Período de incubação – 3 a 20 dias
– Homem
٠ Não causa nenhuma lesão ou sintomatologia aparente
٠ Uretrite com corrimento reduzido
– Mulher
٠ Leva a um grande desconforto – patologia grave
٠ Leucorréia - com corrimento amarelo-esverdeado, odor fétido
٠ Colpite em foco – vaginite com pontos avermelhados
٠ Prurido vulvovaginal intenso
Obs.: A tricomoníase humana não interfere na gestação e nem
provoca abortos
Obs.: Tanto em mulheres com em homens – numerosos relatos de cura espontânea
32. • Diagnóstico
Tricomoníase
– Pode apresentar algumas dificuldades, tanto do ponto de vista clínico, como
laboratorial
Clínico
Outras doenças venéreas (candidíase, blenorragia, infecções bacterianas
diversas etc.)
Parasitológico
Exame a fresco, exames de esfregaços corados e/ou cultura do corrimento
vaginal ou uretral peniano.
Exames
imunológico
Boa especificidade e sensibilidade, porém ainda não são usados na rotina.
33. • Epidemiologia
Tricomoníase
– ~ 200 milhões de mulheres infectadas no mundo,
– Aumento da incidência da doença nos últimos anos,
٠ Homem assintomático
٠ Liberdade e precocidade sexual
– Brasil
٠ 30 % de mulheres infectadas
٠ Destas, 70% com algum tipo de corrimento vaginal
– Via de transmissão
– Contato sexual,
– Fômites (espéculos vaginais não esterilizados, tampas de privadas, água usada
em bacia para higiene feminina em prostíbulos, etc.),
– Roupas íntimas ou tolhas em caso de promiscuidade,
– Congênita,
– Via de penetração – órgãos genitais
34. Tricomoníase
• Profilaxia
– Educação sanitária,
– Evitar a multiplicidade de parceiros,
– Uso de preservativo masculino,
– Diagnóstico e tratamento precoce.
35. Tricomoníase
• Tratamento
– Fácil e eficiente (cura superior a 95%),
– Metronidazol e seus derivados,
٠ Mulher – uso oral e vaginal
٠ Homem – oral
– Vacina – Solco-Trichovac
٠ Fins terapêuticos e não profiláticos
٠ Cepas de Lactobacillus acidophilus
36. Outras Trichomonas que parasitam o homem
• Trichomonas tenax
– Cavidade bucal de humanos e primatas,
– Apatogênico
– Encontrado no tártaro e em cárie
– Transmissão – beijo
– Tratamento – adoção de hábitos de higiene
• Trichomonas hominis
– Flagelado encontrado no intestino grosso de humanos e primatas,
– Apatogênico
– Transmissão – ingestão de trofozoítos
38. Giardia lamblia (Stiles, 1915)
•
Filo Sarcomastigophora
•
Sub-filo Mastigophora
•
Ordem Diplomonadida
•
Família Hexamitidae
•
Gênero Giardia
•
Espécie Giardia lamblia
•
Parasito flagelado encontrado no intestino delgado do homem
•
Agente etiológico da giardíase (giardiose)
www.yosemite.org/naturenotes/images/Giardia.jpg&imgrefurl=http://www.yosemite.org/naturenotes/DerletWater.htm&h=250&w=319&sz=7
&tbnid=rx4WGiNukj4JVM:&tbnh=92&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dgiardia%2Blamblia%26um
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39. Giardia lamblia (Stiles, 1915)
• Morfologia e Biologia
– Trofozoíto com sistema bilateral
– O trofozoíto é piriforme
٠ 20 μm de comprimento
٠ 10 μm de largura
٠ Forma de pêra
٠ Simetria bilateral
٠ 2 núcleos ovóide
٠ Disco suctorial (ventosa)
٠ 8 flagelos
– Trofozopito – multiplicam-se rapidamente
٠ Divisão binária longitudinal
40. Giardia lamblia (Stiles, 1915)
• Morfologia
– Cisto – forma infectante
٠ 12 μm de comprimento
٠ 8 μm de largura
٠ Oval e elipsóide
٠ 4 núcleos
٠ Axonemas e corpos parabasais
41. Giardia lamblia (Stiles, 1915)
• Transmissão
– Água
– Alimento contaminado por cistos
– Alimentos contaminados por manipuladores parasitados
– Contato direto pessoa-pessoa
– Moscas, baratas
– Sexo anal-oral
– Riachos contaminados por animais parasitados
• Reprodução
– Divisão binária longitudinal
42. Giardíase
• Patogênia e Sintomatologia
– Período de incubação – 10 a 15 dias
– Período patente (encontro de cistos nas fezes) – 10 a 30 dias após
a infecção
– Muito comum em crianças e pacientes imunodeficiente
– A doença pode evoluir de formas diferentes com base:
٠ Cepa do parasito
٠ Nº de cistos ingeridos
٠ Idade e nível de resposta imune do paciente
43. Giardíase
• Patogênia e Sintomatologia
– Fase Aguda – 15 a 60 dias
٠ Edema
٠ Dor abdominal
٠ Irritabilidade
٠ Insônia
٠ Sintomas de má absorção
٠ Diarréia
– Fase crônica – fase assintomática
٠ Elimina cistos intermitentemente
٠ Duração de meses, podendo chegar a anos
Obs.: o paciente pode evoluir para cura espontânea em poucas
semanas
Giardíase – doença autolimitada – cura ou cronicidade assintomática (forte componente
imunológico protetor)
44. Giardíase
• Diagnóstico
– Parasitológico
– Paciente agudo – trofozoíto nas fezes
– Paciente crônico – cistos nas fezes
– Exames imunológico
– Imunofluorescência e ELISA
– Falso-positivos – Permanência longa de Ab (IgG)
– Pouco eficiente para diagnóstico individual (Epidemiológico –
Paciente Antigo X Recente)
45. Giardíase
• Epidemiologia
– Amplamente distribuída pelo mundo,
– Maior incidência em crianças de 1 a 12 anos,
– Fonte de infecção – humanos,
– Forma de transmissão – cistos
– Via de transmissão – água, alimentos e mão contaminadas
– Via de penetração – boca
46. Giardíase
• Profilaxia
– Higiene individual,
– Tratamento dos doentes e portadores assintomáticos,
– Ampliação e melhoramento dos serviços de água e
esgoto domiciliar.
47. • Tratamento
Giardíase
– Fácil e eficiente,
– Dispõe de vários medicamentos com poucos ou
nenhum efeitos colaterais
– Medicamentos indicados:
٠ Metronidazol
٠ Ornidazol
٠ Nimorazol
٠ Secnidazol
٠ albendazol
Nitazoxanidia – recentemente
introduzido – 75% de cura.
48. Expedição desbrava área quase inexplorada da Amazônia e
descobre animais como este inseto
Região entre os rios Purus e Madeira - AM
Site UOL – 15.08.2007