SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  49
Amebas e Amebíase,
Trichomonas vaginalis e
Tricomoníase e Giardíase

Prof. Gildemar Crispim
Classificação dos seres vivos
• 5 reinos
­ Monera;
­ Protista;
­ Sub-reino: Protozoa
­ Autótrofos
­ Heterotrofos
­ Fungi;
­ Plantae;
­ Animalia.
Protozoa
•

~ 60.000 espécies vivas conhecidas;

•

~ 10.000 sp vivem interagindo com invertebrados e vertebrados;

•

Menos de 100 sp atingem o homem como parasita;

•

Organismos microscópios (1 a 150 μm);

•

Unicelulares eucariotas;
­ Esta única célula possui várias formas;
­ Realiza todas as funções mantenedoras da vida (alimentação,
respiração, reprodução, excreção e locomoção).

•

Ciclos biológicos de curta duração;

•

Alto índice de reprodução;

•

Longos períodos de parasitismo (≠ infecções bacterianas)
Protozoários
• Organelas locomotoras
• Flagelo;
Tripomastigota de Trypanosoma
cruzi.
Seta preta - cinetoplasto;
vermelha - núcleo;
azul - membrana ondulante;
verde - flagelo

• Cílio;
• Pseudópodos;
• Organela temporária, representada pelo prolongamento do citoplasma

• Microtúbulos (estruturas subpeliculares).
Protozoários
• Organelas locomotoras
• Cílio;
Protozoários
• Estruturas de Nutrição
• Citóstoma (“boca celular”)
• Encontrado nos ciliados e em alguns flagelados;
• Permite a ingestão de partículas alimentares – Fagotropia.
• Pseudópodos
• Fagocitose (sólido)

• Pinocitose (líquido)
• Reprodução

Protozoários

• Assexuada
• O organismo dividi-se em 2 ou mais células filhas;
• Divisão binária
• Esquizogonia (divisão nuclear seguida da divisão do
citoplasma)
• Sexuada
• Conjugação (união temporária)
• Fecundação ou Singamia
• União de gameta masc. e fem. formando célula-ovo ou
zigoto.
• Nutrição

Protozoários

• Autotróficos ou Holofíticos (cromatóforos)
• Sintetizam energia a partir da luz solar)
• Heterotróficos ou Holozóicos
• Ingestão de partículas orgânicas (fagocitose ou pinocitose)
• Saprozóicos
• Absorvem substâncias orgânicas já decompostas e
dissolvidas em meio liquido;
• Hidrolase.
• Mixotrófico
• + de 1 processo
• 7 filos

Protozoa

• Sarcomastigophora
• Apicomplexa
• Ciliophora
• Microspora
• Labyrinthomorpha
• Ascetospora
• Myxospora
Amebas
•

Filo Sarcomastigophora

•

Sub-filo Sarcodina

•

Superclasse Rhizopoda

•

Classe Lobozea

•

Ordem Amoebida

•

Família Endamoebidae

•

Gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax;

•

Todas as sp vivem no intestino grosso de humanos ou animais;
­ E. moshkovshii

•

Apresentam núcleo vesiculoso, esférico ou arredondado
Amebas
•

Apresentam Trofozoítos e Cistos;

•

Trofozoítos
• Forma ativa do protozoário (se locomove, se reproduz e se
alimenta)
• Mononucleados

Trofozoíto de
Entamoeba coli

•
•

Cistos
• Forma de resistência
• Multinucleados

cisto de E. coli
Amebas
•

Membrana nuclear delgada

•

Cariossoma ou endossoma relativamente pequeno

•

6 sp parasitam o homem – Complexo histolytico
• Entamoeba coli
• E. gingivalis
• E. Hartmanni,
• E. polecki
• E. dispar
• E. histolytica - Patogência
Entamoeba coli
•

Freqüentemente encontrada homem
•

•

Intestino Grosso
•
•
•

•
•
•

Bactérias
Detritos de alimentos
Raramente hemácias

Não invade o tecido
Não é patogênica
Trofozoítos (20 - 50 μm de diâmetro)
•
•
•

•

Condições sanitárias precárias

Citoplasma uniforme
Cromatina irregular
Cariossoma grande e excêntrico

Cistos
•
•

Pequenos e esféricos (15 – 20 μm)
Contem até 8 núcleos

Trofozoíto e cisto de Entamoeba coli
Entamoeba hartmanni
•

Uma das menores amebas
•

Trofozoítos (7 – 12 μm)
• Citoplasma diferenciado em endo e ectoplasma
• Cromatina regular

•

Cistos (5 – 10 μm)
• 4 núcleos

•

Grande distribuição mundial

•

Não é patogênica

Trofozoíto e cisto de Entamoeba hartmanni
Entamoeba dispar
•

Espécie muito parecida com E. histolytica
•

Trofozoítos, cistos, núcleos e citoplasma

•

Não produz resposta imune (≠ da E. histolytica)

•

Não é patogênica
Entamoeba polecki
•

Parasita o intestino grosso de suínos, caprinos, macacos e cães

•

Raramente parasita o homem (apatogência)
•

Trofozoítos (15 – 25 μm)
• Citoplasma uniforme
• Cromatina regular com grânulos pequenos
• Cariossomo pequeno e excêntrico

•

Cistos (10 – 15 μm)
• Característica marcante - 1 núcleo
Entamoeba gengivalis
•

Associada a tártaro dentário, gengivites, periodentites em
humanos (cães, gatos e macacos)

•

Alta prevalência em pessoas – baixa higiene bucal
•

75% positividade em indivíduos acima de 40 anos com baixa higiene bucal

•

Não é patogênica

•

Trofozoítos
• Citoplasma uniforme
• Cromatina periférica delicada e contínua
• Cariossomo central e muito pequeno

•

NÃO FORMA CISTO (Transmissão é via direta)
•

Patogência

Entamoeba histolytica

– Amebíase
٠ Infecção intestinal e extra-intestinal humana

•

Mundialmente distribuída
•
•

•

Manifestação da doença é muito variável
“Complexo histolytica” – mais de uma sp produzindo diferentes manifestações
clínicas

Amebíase
– 90% dos casos – infecções assintomáticas
– Infecções sintomáticas
٠ Disenteria com cólica
٠ Disenteria sem cólica
•

Amebíase

Entamoeba histolytica

– Amebíase extra intestinal - 5% dos casos
٠ Hepático
٠ Pulmonar
٠ Cerebral
٠ Cutâneo

– México – 4ª causa mortis,
– No mundo – só perde para a malária em número de vitimas
fatais.
Entamoeba histolytica
• Ciclo biológico
– Monoxênico
٠ Ingestão do cisto
٠ Desencistamento
٠ Libera 1 ameba com 4 Núcleos (metacisto)
٠ Divisão citoplasmática - Trofozoítos
metacisto
٠ Trofozopitos migram para o intestino
grosso
٠ Aderem a mucosa
Entamoeba histolytica
• Transmissão
– Sempre pela ingestão de cistos
٠ Os cisto podem resistir em ambientes favoráveis até 20 dias
٠ Podem ser disseminados pelo:
٠ Vento
٠ Moscas
٠ Baratas
٠ Água

Trofozoíto e cisto de Entamoeba histolytica
Entamoeba histolytica
• Diagnóstico
– Devido suas manifestações clínicas polimorfas comuns a
outras doenças – necessidade de exames complementares
٠ Exames de fezes
٠ Cultura de fezes
٠ Retossigmoidoscopia
٠ Testes sorológicos
Entamoeba histolytica

• Epidemiologia

– 500 milhões de pessoas
– Apenas 10% apresentam sintomatologia
٠ México, Caribe (exceto Cuba) e América Central
٠ Norte da América do Sul
٠ África do Sul, Egito, Marrocos, Iraque, Índia, Bangladesh, Tailândia

– No Brasil
٠ Prevalência de 3 – 11% (19% na região amazônica)

–
–
–
–

Maior prevalência em adultos de 20 a 60 anos
Fonte de infecção – portadores assintomático
Forma de transmissão – ingestão do cisto
Via de transmissão – água, alimentos e mãos contaminadas
com o cisto
– Via de transmissão - boca
A maior prevalência da amebíase nas regiões tropicais se deve não
ao clima, mas sim as baixas condições sociais e ambientais.
Entamoeba histolytica
• Profilaxia
– Saneamento básico
٠ Água de boa qualidade
٠ Tratamento de esgoto
• Terapêutica

Entamoeba histolytica

– Amebicidas da luz intestinal (atuam sobre Trofozoítos)
٠ Derivados da quinoleína
٠ Antibióticos (paromicina e eritromicina)

– Amebicidas teciduais
٠ Compostos de cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e
cloroquina

– Amebicidas que atuam em ambas as localizações
٠ Tetraciclina e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclina,
eritromicina, espiramicina e paromicina

Obs.: Os derivados imidazólicos (metronidazol, ornidazol, nitroimidazol,
senidazol, e tinidazol) – são os mais eficientes e empregados
Trichomonas vaginalis e
Tricomoníase

Prof. Gildemar Crispim
Trichomonas

•

Filo Sarcomastigophora

•

Sub-filo Mastigophora

•

Ordem Trichomonadida

•

Família Trichomonadidae

•

Gênero Trichomonas

•

Várias espécies de Trichomonas conhecidas

•

Parasitas comensais
­ Insetos, pássaros, répteis, animais domésticos e silvestres,
peixes e o homem

•

Maioria é saprófita
­ Tritichomonsa foetus, T. gallinae, T. gallinarium
­ Trichomonas vaginalis, T. tenax, T. fecalis, Pentatrichomonas
hominis
Trichomonas vaginalis
• Morfologia e Biologia
– Protozoário eucariótico, flagelado
– Forma globular ameboíde
– 6 a 15 μm de comprimento por 3 a 12 μm larg.
– Núcleo excêntrico piriforme
– 5 flagelos
٠ 4 livres e 1 aderido a membrana

– Monoxênico
– Habitat
٠ Mucosa vaginal (mulher)
٠ Ureta peniana, vesícula seminal e próstata (homem)
AF= Flagelos Livres, RF = Membrana Ondulante, PG = Corpúsculo Parabasal, CO = Costa, AX = Axóstilo
Trichomonas vaginalis
• Única espécie patogênica – homem ou mulher
­ Tricomoníase ou tricomonose
 (alterações

urogenitais)

• Característica marcante:
­ Existe apenas uma forma em seu ciclo biológico –
Trofozoíto
­ NÃO POSSUI FORMA CISTICA
Tricomoníase
• Transmissão
– Relaxação sexual (DST)
– Fômites (raro)
– Vertical

• Reprodução
– Divisão binária longitudinal
Tricomoníase
• Patogênia e Sintomatologia
– Período de incubação – 3 a 20 dias
– Homem
٠ Não causa nenhuma lesão ou sintomatologia aparente
٠ Uretrite com corrimento reduzido

– Mulher
٠ Leva a um grande desconforto – patologia grave
٠ Leucorréia - com corrimento amarelo-esverdeado, odor fétido
٠ Colpite em foco – vaginite com pontos avermelhados
٠ Prurido vulvovaginal intenso

Obs.: A tricomoníase humana não interfere na gestação e nem
provoca abortos
Obs.: Tanto em mulheres com em homens – numerosos relatos de cura espontânea
• Diagnóstico

Tricomoníase

– Pode apresentar algumas dificuldades, tanto do ponto de vista clínico, como
laboratorial

 Clínico


Outras doenças venéreas (candidíase, blenorragia, infecções bacterianas
diversas etc.)

 Parasitológico


Exame a fresco, exames de esfregaços corados e/ou cultura do corrimento
vaginal ou uretral peniano.

 Exames


imunológico

Boa especificidade e sensibilidade, porém ainda não são usados na rotina.
• Epidemiologia

Tricomoníase

– ~ 200 milhões de mulheres infectadas no mundo,
– Aumento da incidência da doença nos últimos anos,
٠ Homem assintomático
٠ Liberdade e precocidade sexual

– Brasil
٠ 30 % de mulheres infectadas
٠ Destas, 70% com algum tipo de corrimento vaginal

– Via de transmissão
– Contato sexual,
– Fômites (espéculos vaginais não esterilizados, tampas de privadas, água usada
em bacia para higiene feminina em prostíbulos, etc.),
– Roupas íntimas ou tolhas em caso de promiscuidade,
– Congênita,

– Via de penetração – órgãos genitais
Tricomoníase
• Profilaxia
– Educação sanitária,
– Evitar a multiplicidade de parceiros,
– Uso de preservativo masculino,
– Diagnóstico e tratamento precoce.
Tricomoníase
• Tratamento
– Fácil e eficiente (cura superior a 95%),
– Metronidazol e seus derivados,
٠ Mulher – uso oral e vaginal
٠ Homem – oral

– Vacina – Solco-Trichovac
٠ Fins terapêuticos e não profiláticos
٠ Cepas de Lactobacillus acidophilus
Outras Trichomonas que parasitam o homem
• Trichomonas tenax
– Cavidade bucal de humanos e primatas,
– Apatogênico
– Encontrado no tártaro e em cárie
– Transmissão – beijo
– Tratamento – adoção de hábitos de higiene

• Trichomonas hominis
– Flagelado encontrado no intestino grosso de humanos e primatas,
– Apatogênico
– Transmissão – ingestão de trofozoítos
Giardia lamblia e Giardíase

Prof. Gildemar
Giardia lamblia (Stiles, 1915)
•

Filo Sarcomastigophora

•

Sub-filo Mastigophora

•

Ordem Diplomonadida

•

Família Hexamitidae

•

Gênero Giardia

•

Espécie Giardia lamblia

•

Parasito flagelado encontrado no intestino delgado do homem

•

Agente etiológico da giardíase (giardiose)

www.yosemite.org/naturenotes/images/Giardia.jpg&imgrefurl=http://www.yosemite.org/naturenotes/DerletWater.htm&h=250&w=319&sz=7
&tbnid=rx4WGiNukj4JVM:&tbnh=92&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dgiardia%2Blamblia%26um
%3D1&start=3&sa=X&oi=images&ct=image&cd=3
Giardia lamblia (Stiles, 1915)
• Morfologia e Biologia
– Trofozoíto com sistema bilateral
– O trofozoíto é piriforme
٠ 20 μm de comprimento
٠ 10 μm de largura
٠ Forma de pêra
٠ Simetria bilateral
٠ 2 núcleos ovóide
٠ Disco suctorial (ventosa)
٠ 8 flagelos

– Trofozopito – multiplicam-se rapidamente
٠ Divisão binária longitudinal
Giardia lamblia (Stiles, 1915)
• Morfologia
– Cisto – forma infectante
٠ 12 μm de comprimento
٠ 8 μm de largura
٠ Oval e elipsóide
٠ 4 núcleos
٠ Axonemas e corpos parabasais
Giardia lamblia (Stiles, 1915)

• Transmissão
– Água

– Alimento contaminado por cistos
– Alimentos contaminados por manipuladores parasitados
– Contato direto pessoa-pessoa
– Moscas, baratas
– Sexo anal-oral
– Riachos contaminados por animais parasitados

• Reprodução
– Divisão binária longitudinal
Giardíase
• Patogênia e Sintomatologia
– Período de incubação – 10 a 15 dias
– Período patente (encontro de cistos nas fezes) – 10 a 30 dias após
a infecção
– Muito comum em crianças e pacientes imunodeficiente
– A doença pode evoluir de formas diferentes com base:
٠ Cepa do parasito
٠ Nº de cistos ingeridos
٠ Idade e nível de resposta imune do paciente
Giardíase

• Patogênia e Sintomatologia
– Fase Aguda – 15 a 60 dias
٠ Edema
٠ Dor abdominal
٠ Irritabilidade
٠ Insônia
٠ Sintomas de má absorção
٠ Diarréia

– Fase crônica – fase assintomática
٠ Elimina cistos intermitentemente
٠ Duração de meses, podendo chegar a anos

Obs.: o paciente pode evoluir para cura espontânea em poucas
semanas
Giardíase – doença autolimitada – cura ou cronicidade assintomática (forte componente
imunológico protetor)
Giardíase
• Diagnóstico
– Parasitológico
– Paciente agudo – trofozoíto nas fezes
– Paciente crônico – cistos nas fezes

– Exames imunológico
– Imunofluorescência e ELISA
– Falso-positivos – Permanência longa de Ab (IgG)
– Pouco eficiente para diagnóstico individual (Epidemiológico –
Paciente Antigo X Recente)
Giardíase
• Epidemiologia
– Amplamente distribuída pelo mundo,
– Maior incidência em crianças de 1 a 12 anos,
– Fonte de infecção – humanos,
– Forma de transmissão – cistos
– Via de transmissão – água, alimentos e mão contaminadas
– Via de penetração – boca
Giardíase
• Profilaxia
– Higiene individual,
– Tratamento dos doentes e portadores assintomáticos,
– Ampliação e melhoramento dos serviços de água e
esgoto domiciliar.
• Tratamento

Giardíase

– Fácil e eficiente,
– Dispõe de vários medicamentos com poucos ou
nenhum efeitos colaterais
– Medicamentos indicados:
٠ Metronidazol
٠ Ornidazol
٠ Nimorazol
٠ Secnidazol
٠ albendazol

Nitazoxanidia – recentemente
introduzido – 75% de cura.
Expedição desbrava área quase inexplorada da Amazônia e
descobre animais como este inseto
Região entre os rios Purus e Madeira - AM

Site UOL – 15.08.2007
Aula n° 2

Contenu connexe

Tendances (20)

Teniase e cisticercose
Teniase e cisticercoseTeniase e cisticercose
Teniase e cisticercose
 
Amebiase
AmebiaseAmebiase
Amebiase
 
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
 
O que é Ascaridíase
O que é AscaridíaseO que é Ascaridíase
O que é Ascaridíase
 
Trichuris trichiura - PDF/PPT
Trichuris trichiura - PDF/PPTTrichuris trichiura - PDF/PPT
Trichuris trichiura - PDF/PPT
 
Ascaridíase
Ascaridíase Ascaridíase
Ascaridíase
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasma
 
Aula 3 Giardia Lamblia
Aula 3   Giardia LambliaAula 3   Giardia Lamblia
Aula 3 Giardia Lamblia
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Aula de Parasitologia Médica sobre a Malária
Aula de Parasitologia Médica sobre a MaláriaAula de Parasitologia Médica sobre a Malária
Aula de Parasitologia Médica sobre a Malária
 
Ancilostomídeos
AncilostomídeosAncilostomídeos
Ancilostomídeos
 
Trichuris trichiura
Trichuris trichiuraTrichuris trichiura
Trichuris trichiura
 
Apresentação malária
Apresentação maláriaApresentação malária
Apresentação malária
 
Aula de enterobius vermicularis
Aula de  enterobius vermicularisAula de  enterobius vermicularis
Aula de enterobius vermicularis
 
Parasitologia - Ameba
Parasitologia - AmebaParasitologia - Ameba
Parasitologia - Ameba
 
Micoses oportunistas
Micoses oportunistasMicoses oportunistas
Micoses oportunistas
 
Plasmodium e malária
Plasmodium e  malária Plasmodium e  malária
Plasmodium e malária
 
Seminário sobre Helmintos
Seminário sobre HelmintosSeminário sobre Helmintos
Seminário sobre Helmintos
 
Malaria.
Malaria. Malaria.
Malaria.
 

En vedette (20)

Tricomoníase
TricomoníaseTricomoníase
Tricomoníase
 
Mabi
MabiMabi
Mabi
 
1o ano ds ts - tricomoníase
1o ano   ds ts - tricomoníase1o ano   ds ts - tricomoníase
1o ano ds ts - tricomoníase
 
Colpite+e+cervicite
Colpite+e+cerviciteColpite+e+cervicite
Colpite+e+cervicite
 
1º estudo de ciências – 7º ano - maio
1º estudo de ciências – 7º ano - maio1º estudo de ciências – 7º ano - maio
1º estudo de ciências – 7º ano - maio
 
IST5
IST5IST5
IST5
 
TRICOMONÍASE 
TRICOMONÍASE TRICOMONÍASE 
TRICOMONÍASE 
 
Tricomoníase
TricomoníaseTricomoníase
Tricomoníase
 
Amebas y flagelados
Amebas y flageladosAmebas y flagelados
Amebas y flagelados
 
Trabalho Biologia - Doenças
Trabalho Biologia - DoençasTrabalho Biologia - Doenças
Trabalho Biologia - Doenças
 
5. trichomonas vaginalis
5. trichomonas vaginalis5. trichomonas vaginalis
5. trichomonas vaginalis
 
Apostila de parasitologia clínica
Apostila de parasitologia clínicaApostila de parasitologia clínica
Apostila de parasitologia clínica
 
Giardia
GiardiaGiardia
Giardia
 
1.3 enteroparasitismo por protozoarios rizópodos entamoeba histolytica
1.3 enteroparasitismo por protozoarios rizópodos entamoeba histolytica1.3 enteroparasitismo por protozoarios rizópodos entamoeba histolytica
1.3 enteroparasitismo por protozoarios rizópodos entamoeba histolytica
 
Fototeca Parasitos
Fototeca ParasitosFototeca Parasitos
Fototeca Parasitos
 
Atlasdeparasitologia 100604001209-phpapp02
Atlasdeparasitologia 100604001209-phpapp02Atlasdeparasitologia 100604001209-phpapp02
Atlasdeparasitologia 100604001209-phpapp02
 
Corrimento vaginal (1)[1]
Corrimento vaginal (1)[1]Corrimento vaginal (1)[1]
Corrimento vaginal (1)[1]
 
Aula resumo helmintos
Aula resumo helmintosAula resumo helmintos
Aula resumo helmintos
 
Parasitoses Intestinais
Parasitoses IntestinaisParasitoses Intestinais
Parasitoses Intestinais
 
Flagelasdos, ciliados y practica 3 y 4
Flagelasdos, ciliados y practica 3 y 4Flagelasdos, ciliados y practica 3 y 4
Flagelasdos, ciliados y practica 3 y 4
 

Similaire à Aula n° 2

Similaire à Aula n° 2 (20)

7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Aula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptxAula Amebíase.pptx
Aula Amebíase.pptx
 
Balantidiose
BalantidioseBalantidiose
Balantidiose
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaAula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Apresentação 2
Apresentação 2Apresentação 2
Apresentação 2
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
3.aula.Leishmaniose.MEDICINA.pptx
3.aula.Leishmaniose.MEDICINA.pptx3.aula.Leishmaniose.MEDICINA.pptx
3.aula.Leishmaniose.MEDICINA.pptx
 
4. protozoa do TGI
4. protozoa do TGI4. protozoa do TGI
4. protozoa do TGI
 
Filo platyhelminthes e Nematoda
Filo platyhelminthes e NematodaFilo platyhelminthes e Nematoda
Filo platyhelminthes e Nematoda
 
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino ProtistaSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
 
1ª protozoarios
 1ª protozoarios 1ª protozoarios
1ª protozoarios
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 

Plus de Gildo Crispim

Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2Gildo Crispim
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosGildo Crispim
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosGildo Crispim
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•esGildo Crispim
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoGildo Crispim
 
Crescimento bacteriano
Crescimento bacterianoCrescimento bacteriano
Crescimento bacterianoGildo Crispim
 
Introdução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaIntrodução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaGildo Crispim
 
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersiniaGildo Crispim
 
Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Gildo Crispim
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologiaGildo Crispim
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintosGildo Crispim
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasmaGildo Crispim
 
Aula n° 5 plasmodium
Aula n° 5  plasmodiumAula n° 5  plasmodium
Aula n° 5 plasmodiumGildo Crispim
 

Plus de Gildo Crispim (20)

Wd0000047
Wd0000047Wd0000047
Wd0000047
 
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2Normalização de trabalhos acadêmicos   treinamento aesa2
Normalização de trabalhos acadêmicos treinamento aesa2
 
Moleculas mhc1
Moleculas mhc1Moleculas mhc1
Moleculas mhc1
 
Resposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunosResposta inata e adquirida para alunos
Resposta inata e adquirida para alunos
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Patologia geral
Patologia geralPatologia geral
Patologia geral
 
02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es02 etiopatogãšnese das lesã•es
02 etiopatogãšnese das lesã•es
 
Controle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilizaçãoControle crescimento-microbiano . esterilização
Controle crescimento-microbiano . esterilização
 
Crescimento bacteriano
Crescimento bacterianoCrescimento bacteriano
Crescimento bacteriano
 
Introdução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologiaIntrodução a mibrobiologia
Introdução a mibrobiologia
 
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
4. enterobacterias salmonella,_shiguella,_yersinia
 
Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1Genetica bacteriana 1
Genetica bacteriana 1
 
Apresentação imunologia
Apresentação imunologiaApresentação imunologia
Apresentação imunologia
 
Antígeno
AntígenoAntígeno
Antígeno
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Aula n° 1
Aula n° 1  Aula n° 1
Aula n° 1
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintos
 
Aula n° 6 toxoplasma
Aula n° 6   toxoplasmaAula n° 6   toxoplasma
Aula n° 6 toxoplasma
 
Aula n° 5 plasmodium
Aula n° 5  plasmodiumAula n° 5  plasmodium
Aula n° 5 plasmodium
 

Aula n° 2

  • 1. Amebas e Amebíase, Trichomonas vaginalis e Tricomoníase e Giardíase Prof. Gildemar Crispim
  • 2. Classificação dos seres vivos • 5 reinos ­ Monera; ­ Protista; ­ Sub-reino: Protozoa ­ Autótrofos ­ Heterotrofos ­ Fungi; ­ Plantae; ­ Animalia.
  • 3. Protozoa • ~ 60.000 espécies vivas conhecidas; • ~ 10.000 sp vivem interagindo com invertebrados e vertebrados; • Menos de 100 sp atingem o homem como parasita; • Organismos microscópios (1 a 150 μm); • Unicelulares eucariotas; ­ Esta única célula possui várias formas; ­ Realiza todas as funções mantenedoras da vida (alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção). • Ciclos biológicos de curta duração; • Alto índice de reprodução; • Longos períodos de parasitismo (≠ infecções bacterianas)
  • 4. Protozoários • Organelas locomotoras • Flagelo; Tripomastigota de Trypanosoma cruzi. Seta preta - cinetoplasto; vermelha - núcleo; azul - membrana ondulante; verde - flagelo • Cílio; • Pseudópodos; • Organela temporária, representada pelo prolongamento do citoplasma • Microtúbulos (estruturas subpeliculares).
  • 6. Protozoários • Estruturas de Nutrição • Citóstoma (“boca celular”) • Encontrado nos ciliados e em alguns flagelados; • Permite a ingestão de partículas alimentares – Fagotropia. • Pseudópodos • Fagocitose (sólido) • Pinocitose (líquido)
  • 7. • Reprodução Protozoários • Assexuada • O organismo dividi-se em 2 ou mais células filhas; • Divisão binária • Esquizogonia (divisão nuclear seguida da divisão do citoplasma) • Sexuada • Conjugação (união temporária) • Fecundação ou Singamia • União de gameta masc. e fem. formando célula-ovo ou zigoto.
  • 8. • Nutrição Protozoários • Autotróficos ou Holofíticos (cromatóforos) • Sintetizam energia a partir da luz solar) • Heterotróficos ou Holozóicos • Ingestão de partículas orgânicas (fagocitose ou pinocitose) • Saprozóicos • Absorvem substâncias orgânicas já decompostas e dissolvidas em meio liquido; • Hidrolase. • Mixotrófico • + de 1 processo
  • 9. • 7 filos Protozoa • Sarcomastigophora • Apicomplexa • Ciliophora • Microspora • Labyrinthomorpha • Ascetospora • Myxospora
  • 10. Amebas • Filo Sarcomastigophora • Sub-filo Sarcodina • Superclasse Rhizopoda • Classe Lobozea • Ordem Amoebida • Família Endamoebidae • Gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax; • Todas as sp vivem no intestino grosso de humanos ou animais; ­ E. moshkovshii • Apresentam núcleo vesiculoso, esférico ou arredondado
  • 11. Amebas • Apresentam Trofozoítos e Cistos; • Trofozoítos • Forma ativa do protozoário (se locomove, se reproduz e se alimenta) • Mononucleados Trofozoíto de Entamoeba coli • • Cistos • Forma de resistência • Multinucleados cisto de E. coli
  • 12. Amebas • Membrana nuclear delgada • Cariossoma ou endossoma relativamente pequeno • 6 sp parasitam o homem – Complexo histolytico • Entamoeba coli • E. gingivalis • E. Hartmanni, • E. polecki • E. dispar • E. histolytica - Patogência
  • 13. Entamoeba coli • Freqüentemente encontrada homem • • Intestino Grosso • • • • • • Bactérias Detritos de alimentos Raramente hemácias Não invade o tecido Não é patogênica Trofozoítos (20 - 50 μm de diâmetro) • • • • Condições sanitárias precárias Citoplasma uniforme Cromatina irregular Cariossoma grande e excêntrico Cistos • • Pequenos e esféricos (15 – 20 μm) Contem até 8 núcleos Trofozoíto e cisto de Entamoeba coli
  • 14. Entamoeba hartmanni • Uma das menores amebas • Trofozoítos (7 – 12 μm) • Citoplasma diferenciado em endo e ectoplasma • Cromatina regular • Cistos (5 – 10 μm) • 4 núcleos • Grande distribuição mundial • Não é patogênica Trofozoíto e cisto de Entamoeba hartmanni
  • 15. Entamoeba dispar • Espécie muito parecida com E. histolytica • Trofozoítos, cistos, núcleos e citoplasma • Não produz resposta imune (≠ da E. histolytica) • Não é patogênica
  • 16. Entamoeba polecki • Parasita o intestino grosso de suínos, caprinos, macacos e cães • Raramente parasita o homem (apatogência) • Trofozoítos (15 – 25 μm) • Citoplasma uniforme • Cromatina regular com grânulos pequenos • Cariossomo pequeno e excêntrico • Cistos (10 – 15 μm) • Característica marcante - 1 núcleo
  • 17. Entamoeba gengivalis • Associada a tártaro dentário, gengivites, periodentites em humanos (cães, gatos e macacos) • Alta prevalência em pessoas – baixa higiene bucal • 75% positividade em indivíduos acima de 40 anos com baixa higiene bucal • Não é patogênica • Trofozoítos • Citoplasma uniforme • Cromatina periférica delicada e contínua • Cariossomo central e muito pequeno • NÃO FORMA CISTO (Transmissão é via direta)
  • 18. • Patogência Entamoeba histolytica – Amebíase ٠ Infecção intestinal e extra-intestinal humana • Mundialmente distribuída • • • Manifestação da doença é muito variável “Complexo histolytica” – mais de uma sp produzindo diferentes manifestações clínicas Amebíase – 90% dos casos – infecções assintomáticas – Infecções sintomáticas ٠ Disenteria com cólica ٠ Disenteria sem cólica
  • 19. • Amebíase Entamoeba histolytica – Amebíase extra intestinal - 5% dos casos ٠ Hepático ٠ Pulmonar ٠ Cerebral ٠ Cutâneo – México – 4ª causa mortis, – No mundo – só perde para a malária em número de vitimas fatais.
  • 20. Entamoeba histolytica • Ciclo biológico – Monoxênico ٠ Ingestão do cisto ٠ Desencistamento ٠ Libera 1 ameba com 4 Núcleos (metacisto) ٠ Divisão citoplasmática - Trofozoítos metacisto ٠ Trofozopitos migram para o intestino grosso ٠ Aderem a mucosa
  • 21. Entamoeba histolytica • Transmissão – Sempre pela ingestão de cistos ٠ Os cisto podem resistir em ambientes favoráveis até 20 dias ٠ Podem ser disseminados pelo: ٠ Vento ٠ Moscas ٠ Baratas ٠ Água Trofozoíto e cisto de Entamoeba histolytica
  • 22. Entamoeba histolytica • Diagnóstico – Devido suas manifestações clínicas polimorfas comuns a outras doenças – necessidade de exames complementares ٠ Exames de fezes ٠ Cultura de fezes ٠ Retossigmoidoscopia ٠ Testes sorológicos
  • 23. Entamoeba histolytica • Epidemiologia – 500 milhões de pessoas – Apenas 10% apresentam sintomatologia ٠ México, Caribe (exceto Cuba) e América Central ٠ Norte da América do Sul ٠ África do Sul, Egito, Marrocos, Iraque, Índia, Bangladesh, Tailândia – No Brasil ٠ Prevalência de 3 – 11% (19% na região amazônica) – – – – Maior prevalência em adultos de 20 a 60 anos Fonte de infecção – portadores assintomático Forma de transmissão – ingestão do cisto Via de transmissão – água, alimentos e mãos contaminadas com o cisto – Via de transmissão - boca A maior prevalência da amebíase nas regiões tropicais se deve não ao clima, mas sim as baixas condições sociais e ambientais.
  • 24. Entamoeba histolytica • Profilaxia – Saneamento básico ٠ Água de boa qualidade ٠ Tratamento de esgoto
  • 25. • Terapêutica Entamoeba histolytica – Amebicidas da luz intestinal (atuam sobre Trofozoítos) ٠ Derivados da quinoleína ٠ Antibióticos (paromicina e eritromicina) – Amebicidas teciduais ٠ Compostos de cloridrato de emetina, cloridrato de diidroemetina e cloroquina – Amebicidas que atuam em ambas as localizações ٠ Tetraciclina e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclina, eritromicina, espiramicina e paromicina Obs.: Os derivados imidazólicos (metronidazol, ornidazol, nitroimidazol, senidazol, e tinidazol) – são os mais eficientes e empregados
  • 27. Trichomonas • Filo Sarcomastigophora • Sub-filo Mastigophora • Ordem Trichomonadida • Família Trichomonadidae • Gênero Trichomonas • Várias espécies de Trichomonas conhecidas • Parasitas comensais ­ Insetos, pássaros, répteis, animais domésticos e silvestres, peixes e o homem • Maioria é saprófita ­ Tritichomonsa foetus, T. gallinae, T. gallinarium ­ Trichomonas vaginalis, T. tenax, T. fecalis, Pentatrichomonas hominis
  • 28. Trichomonas vaginalis • Morfologia e Biologia – Protozoário eucariótico, flagelado – Forma globular ameboíde – 6 a 15 μm de comprimento por 3 a 12 μm larg. – Núcleo excêntrico piriforme – 5 flagelos ٠ 4 livres e 1 aderido a membrana – Monoxênico – Habitat ٠ Mucosa vaginal (mulher) ٠ Ureta peniana, vesícula seminal e próstata (homem) AF= Flagelos Livres, RF = Membrana Ondulante, PG = Corpúsculo Parabasal, CO = Costa, AX = Axóstilo
  • 29. Trichomonas vaginalis • Única espécie patogênica – homem ou mulher ­ Tricomoníase ou tricomonose  (alterações urogenitais) • Característica marcante: ­ Existe apenas uma forma em seu ciclo biológico – Trofozoíto ­ NÃO POSSUI FORMA CISTICA
  • 30. Tricomoníase • Transmissão – Relaxação sexual (DST) – Fômites (raro) – Vertical • Reprodução – Divisão binária longitudinal
  • 31. Tricomoníase • Patogênia e Sintomatologia – Período de incubação – 3 a 20 dias – Homem ٠ Não causa nenhuma lesão ou sintomatologia aparente ٠ Uretrite com corrimento reduzido – Mulher ٠ Leva a um grande desconforto – patologia grave ٠ Leucorréia - com corrimento amarelo-esverdeado, odor fétido ٠ Colpite em foco – vaginite com pontos avermelhados ٠ Prurido vulvovaginal intenso Obs.: A tricomoníase humana não interfere na gestação e nem provoca abortos Obs.: Tanto em mulheres com em homens – numerosos relatos de cura espontânea
  • 32. • Diagnóstico Tricomoníase – Pode apresentar algumas dificuldades, tanto do ponto de vista clínico, como laboratorial  Clínico  Outras doenças venéreas (candidíase, blenorragia, infecções bacterianas diversas etc.)  Parasitológico  Exame a fresco, exames de esfregaços corados e/ou cultura do corrimento vaginal ou uretral peniano.  Exames  imunológico Boa especificidade e sensibilidade, porém ainda não são usados na rotina.
  • 33. • Epidemiologia Tricomoníase – ~ 200 milhões de mulheres infectadas no mundo, – Aumento da incidência da doença nos últimos anos, ٠ Homem assintomático ٠ Liberdade e precocidade sexual – Brasil ٠ 30 % de mulheres infectadas ٠ Destas, 70% com algum tipo de corrimento vaginal – Via de transmissão – Contato sexual, – Fômites (espéculos vaginais não esterilizados, tampas de privadas, água usada em bacia para higiene feminina em prostíbulos, etc.), – Roupas íntimas ou tolhas em caso de promiscuidade, – Congênita, – Via de penetração – órgãos genitais
  • 34. Tricomoníase • Profilaxia – Educação sanitária, – Evitar a multiplicidade de parceiros, – Uso de preservativo masculino, – Diagnóstico e tratamento precoce.
  • 35. Tricomoníase • Tratamento – Fácil e eficiente (cura superior a 95%), – Metronidazol e seus derivados, ٠ Mulher – uso oral e vaginal ٠ Homem – oral – Vacina – Solco-Trichovac ٠ Fins terapêuticos e não profiláticos ٠ Cepas de Lactobacillus acidophilus
  • 36. Outras Trichomonas que parasitam o homem • Trichomonas tenax – Cavidade bucal de humanos e primatas, – Apatogênico – Encontrado no tártaro e em cárie – Transmissão – beijo – Tratamento – adoção de hábitos de higiene • Trichomonas hominis – Flagelado encontrado no intestino grosso de humanos e primatas, – Apatogênico – Transmissão – ingestão de trofozoítos
  • 37. Giardia lamblia e Giardíase Prof. Gildemar
  • 38. Giardia lamblia (Stiles, 1915) • Filo Sarcomastigophora • Sub-filo Mastigophora • Ordem Diplomonadida • Família Hexamitidae • Gênero Giardia • Espécie Giardia lamblia • Parasito flagelado encontrado no intestino delgado do homem • Agente etiológico da giardíase (giardiose) www.yosemite.org/naturenotes/images/Giardia.jpg&imgrefurl=http://www.yosemite.org/naturenotes/DerletWater.htm&h=250&w=319&sz=7 &tbnid=rx4WGiNukj4JVM:&tbnh=92&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dgiardia%2Blamblia%26um %3D1&start=3&sa=X&oi=images&ct=image&cd=3
  • 39. Giardia lamblia (Stiles, 1915) • Morfologia e Biologia – Trofozoíto com sistema bilateral – O trofozoíto é piriforme ٠ 20 μm de comprimento ٠ 10 μm de largura ٠ Forma de pêra ٠ Simetria bilateral ٠ 2 núcleos ovóide ٠ Disco suctorial (ventosa) ٠ 8 flagelos – Trofozopito – multiplicam-se rapidamente ٠ Divisão binária longitudinal
  • 40. Giardia lamblia (Stiles, 1915) • Morfologia – Cisto – forma infectante ٠ 12 μm de comprimento ٠ 8 μm de largura ٠ Oval e elipsóide ٠ 4 núcleos ٠ Axonemas e corpos parabasais
  • 41. Giardia lamblia (Stiles, 1915) • Transmissão – Água – Alimento contaminado por cistos – Alimentos contaminados por manipuladores parasitados – Contato direto pessoa-pessoa – Moscas, baratas – Sexo anal-oral – Riachos contaminados por animais parasitados • Reprodução – Divisão binária longitudinal
  • 42. Giardíase • Patogênia e Sintomatologia – Período de incubação – 10 a 15 dias – Período patente (encontro de cistos nas fezes) – 10 a 30 dias após a infecção – Muito comum em crianças e pacientes imunodeficiente – A doença pode evoluir de formas diferentes com base: ٠ Cepa do parasito ٠ Nº de cistos ingeridos ٠ Idade e nível de resposta imune do paciente
  • 43. Giardíase • Patogênia e Sintomatologia – Fase Aguda – 15 a 60 dias ٠ Edema ٠ Dor abdominal ٠ Irritabilidade ٠ Insônia ٠ Sintomas de má absorção ٠ Diarréia – Fase crônica – fase assintomática ٠ Elimina cistos intermitentemente ٠ Duração de meses, podendo chegar a anos Obs.: o paciente pode evoluir para cura espontânea em poucas semanas Giardíase – doença autolimitada – cura ou cronicidade assintomática (forte componente imunológico protetor)
  • 44. Giardíase • Diagnóstico – Parasitológico – Paciente agudo – trofozoíto nas fezes – Paciente crônico – cistos nas fezes – Exames imunológico – Imunofluorescência e ELISA – Falso-positivos – Permanência longa de Ab (IgG) – Pouco eficiente para diagnóstico individual (Epidemiológico – Paciente Antigo X Recente)
  • 45. Giardíase • Epidemiologia – Amplamente distribuída pelo mundo, – Maior incidência em crianças de 1 a 12 anos, – Fonte de infecção – humanos, – Forma de transmissão – cistos – Via de transmissão – água, alimentos e mão contaminadas – Via de penetração – boca
  • 46. Giardíase • Profilaxia – Higiene individual, – Tratamento dos doentes e portadores assintomáticos, – Ampliação e melhoramento dos serviços de água e esgoto domiciliar.
  • 47. • Tratamento Giardíase – Fácil e eficiente, – Dispõe de vários medicamentos com poucos ou nenhum efeitos colaterais – Medicamentos indicados: ٠ Metronidazol ٠ Ornidazol ٠ Nimorazol ٠ Secnidazol ٠ albendazol Nitazoxanidia – recentemente introduzido – 75% de cura.
  • 48. Expedição desbrava área quase inexplorada da Amazônia e descobre animais como este inseto Região entre os rios Purus e Madeira - AM Site UOL – 15.08.2007