2. Há alguns tipos de pastel: PASTEL SECO, LÁPIS PASTEL, PASTEL A
ÓLEO...
As barras de pastel são basicamente compostas de pigmentos de
cor e aglutinante, ambos misturados e moldados dando forma as barras
que conhecemos.
A sua consistência varia e depende da quantidade e tipo de
aglutinante incorporado à mistura; quanto mais aglutinante tiver a
mistura, mais dura esta resultará, e menos brilho terá o pastel. Por
tanto as barras mais brilhantes serão mais frágeis.
Devidamente tratado, o pastel conserva a sua força e frescura
durante décadas, e incluso séculos.
Existem vários tipos de pastel. Cada um proporciona resultados
diferentes com a aplicação de técnicas diferentes.
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3. Pastéis de óleo
Semelhantes aos pastéis secos no
seu aspecto, a sua constituição é no
entanto diferente pois são fabricados
com uma mistura de pigmento e óleo.
Existem desde os anos 60. Tal como
os pastéis secos têm a forma de
pequenos ‘sticks’ cilíndricos e
vendem-se em caixas ou avulso
numa grande variedade de cores e
durezas.
Aderem com facilidade ao papel e
permitem misturas de cores que se
depositam numa camada mais
grossa e pastosa ou mais fina,
conforme se pretender.
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4. São possíveis correcções
no trabalho, raspando com um
X-acto, retirando o pastel de
determinada zona e cobrindo de
novo com a cor pretendida.
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Paula Rego, "Mulher Cão", Pastel de Óleo, 1994, Tate Gallery
5. Mulher com espartilho, 1896 [Esboço para Elles]
Henri Toulouse-Lautrec ( França 1864-1901)
Óleo pastel sobre papel, colado em tela,104 x 566 cm
Museu des Augustins, Toulouse
Prestam-se a ser aplicados "deitados"
obtendo a deposição de uma maior
quantidade de uma vez só e
permitem misturas de tons pelas
suas qualidades pastosas. É
possível ainda no decurso do
trabalho diluí-los e misturá-los com
um pincel embebido em
terebentina.
Quase todos os papéis são bons
suportes, no entanto devem ter
algum corpo (gramagem espessa),
especialmente quando se usa a
terebentina para os diluir. 5
6. Algumas dicas úteis para quem pinta a Pastel
Ao decidir onde colocar o cavalete, repara no nível do chão.
Se for um chão com alcatifa/tapetes, deverás colocar um grande pano ou
plástico de protecção, já que a tábua de suporte do cavalete não será
suficiente para aparar o pó que se desprende do pastel ao trabalhar com
ele.
O espaço ideal seria aquele com pavimento em cerâmica
Os pastéis deixam as mãos secas e ásperas. E aconselhável por tanto,
aplicar algum emoliente ou creme após a conclusão das pinturas.
No entanto, se decidir pintar após a aplicação do creme nas suas mãos,
será melhor retirar todo vestígio existente, de outra forma as suas mãos
reterão muita quantidade de cor e pigmento.
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7. Quando fores pintar, ao mesmo tempo que cortares e colocares o papel no
cavalete/mesa de trabalho, é recomendável cortares uma tira de papel igual ao
que vais utilizar e colocando-a também no cavalete bem perto da sua área de
trabalho. Esta será a sua superfície de teste onde poderá experimentar as cores e
a suavidade de aplicação dos pasteis, assim como o resultado das combinações
das cores antes de as aplicar definitivamente na sua folha de trabalho.
Muitos "pastelistas" fazem primeiro um esboço ou desenho guia com lápis ou um
tom neutro de pastel antes de começar a aplicar os pastéis.
Não usar demasiada força ao aplicar as cores com o dedo ou com um esfuminho,
porque isto dará como resultado uma saturação excessiva e uma superfície
polida que raras vezes terá um acabamento agradável.
Os “pastelistas” devem fazer muitos exercícios práticos até se familiarizarem com
os efeitos produzidos pelos traços, grossos ou finos, a utilização do bordo do
pastel, a pressão, o efeito com o esfuminho, etc. Não existe uma técnica exacta, e
simplesmente uma questão de experiência e sensibilidade.
Degas - Cena de ballet - pastéis de óleo, 1907
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