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DOCUMENTÁRIO DE BORIS FAUSTO E RESENHA DO FILME “1492”


Tanto no documentário como no filme há alguns elementos comuns, além do
estranhamento de parte a parte – é necessário pontuarmos que a desconfiança
com que o europeu olhava para aquele povo icógnito é o mesmo que vemos nas
faces do documentário de Fausto, só de lado dos índios americanos; não se
observa neles aquela curiosidade destemida e pueril que percebemos no longa de
Scott.


Princípios como o convívio comum, a harmonia com o meio – mais até a
compreensão da interdependência deste, o olhar ingênuo e o trato com o outro,
respeitando seus próprios costumes parecem características que não se
perderam, mesmo após séculos de hiato.


Ainda que o historiador trate num determinado ponto o índio tal qual o europeu
com o rótulo de “selvagem” ao impingir-lhe a ausência de fé, lei ou rei;
observamos que eles tem tudo isso; apenas de uma forma que não conseguimos
compreender, talvez nossa soberba nos tenha cegado para a simplicidade sutil de
suas estruturas sociais ( o adultério punido em contrapartida a facilidade da
separação, ou a transmissão do conhecimento pelo xamã, a quem todos
respeitam, aos demais).


De fato ainda que em pleno século XXI ainda existam grupos sociais ágrafos, sem
o domínio de complexos estamentos sociais nunca houve nenhum sociedade sem
fé, podemos ousar afirmar que o “homo religious” é contemporâneo do
australoptecus , isso pode ser notado tanto no documentário como no longa, não
faltava uma liderança espiritual, não falta um elemento que os apóie para explicar
aquilo que seus conhecimentos não alcançam.



Gisele Finatti Baraglio
Licenciatura em História
Disciplina – História do Brasil Colonial
Prof Dr. Francione Carvalho
Outro ponto comum notado é a influência nefasta que o processo de aculturação
causou; vemos índios tentando vestir-se como europeu no século XVI e vemos
índios de chinelos, celular e internet no XXI, perdendo aos poucos a riqueza de
seus costumes e até mesmo sua língua.


Fossem os portugueses motivados pela pequena extensão territorial de terras
inférteis, ou os reinos ibéricos para consolidar-se como império, ambos visando
amealhar fortunas ou os pesquisadores atuais buscando comprovar ou contestar
as mais diversas teorias nenhum considerou o que esta aproximação poderia
causar numa cultura tão rica e de sua incapacidade de compreendê-la quase a
aniquilaram completamente.


Erro comum apontado no filme e mencionado no documentário, temos a tendência
de considerar esses povos como uma única tribo, como se todos pertencessem a
um mesmo grupo, erro esse que pouco ou nada difere da forma como vemos os
povos do Oriente Próximo nos dias atuais. Nossos índios americanos são como
um caleidoscópio onde a beleza advém de sua pluralidade cultural.




Gisele Finatti Baraglio
Licenciatura em História
Disciplina – História do Brasil Colonial
Prof Dr. Francione Carvalho

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Brasil Colonial documentário de Boris Fausto e resenha 1492

  • 1. DOCUMENTÁRIO DE BORIS FAUSTO E RESENHA DO FILME “1492” Tanto no documentário como no filme há alguns elementos comuns, além do estranhamento de parte a parte – é necessário pontuarmos que a desconfiança com que o europeu olhava para aquele povo icógnito é o mesmo que vemos nas faces do documentário de Fausto, só de lado dos índios americanos; não se observa neles aquela curiosidade destemida e pueril que percebemos no longa de Scott. Princípios como o convívio comum, a harmonia com o meio – mais até a compreensão da interdependência deste, o olhar ingênuo e o trato com o outro, respeitando seus próprios costumes parecem características que não se perderam, mesmo após séculos de hiato. Ainda que o historiador trate num determinado ponto o índio tal qual o europeu com o rótulo de “selvagem” ao impingir-lhe a ausência de fé, lei ou rei; observamos que eles tem tudo isso; apenas de uma forma que não conseguimos compreender, talvez nossa soberba nos tenha cegado para a simplicidade sutil de suas estruturas sociais ( o adultério punido em contrapartida a facilidade da separação, ou a transmissão do conhecimento pelo xamã, a quem todos respeitam, aos demais). De fato ainda que em pleno século XXI ainda existam grupos sociais ágrafos, sem o domínio de complexos estamentos sociais nunca houve nenhum sociedade sem fé, podemos ousar afirmar que o “homo religious” é contemporâneo do australoptecus , isso pode ser notado tanto no documentário como no longa, não faltava uma liderança espiritual, não falta um elemento que os apóie para explicar aquilo que seus conhecimentos não alcançam. Gisele Finatti Baraglio Licenciatura em História Disciplina – História do Brasil Colonial Prof Dr. Francione Carvalho
  • 2. Outro ponto comum notado é a influência nefasta que o processo de aculturação causou; vemos índios tentando vestir-se como europeu no século XVI e vemos índios de chinelos, celular e internet no XXI, perdendo aos poucos a riqueza de seus costumes e até mesmo sua língua. Fossem os portugueses motivados pela pequena extensão territorial de terras inférteis, ou os reinos ibéricos para consolidar-se como império, ambos visando amealhar fortunas ou os pesquisadores atuais buscando comprovar ou contestar as mais diversas teorias nenhum considerou o que esta aproximação poderia causar numa cultura tão rica e de sua incapacidade de compreendê-la quase a aniquilaram completamente. Erro comum apontado no filme e mencionado no documentário, temos a tendência de considerar esses povos como uma única tribo, como se todos pertencessem a um mesmo grupo, erro esse que pouco ou nada difere da forma como vemos os povos do Oriente Próximo nos dias atuais. Nossos índios americanos são como um caleidoscópio onde a beleza advém de sua pluralidade cultural. Gisele Finatti Baraglio Licenciatura em História Disciplina – História do Brasil Colonial Prof Dr. Francione Carvalho