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Fundamentos Teóricos e
Metodológicos da Educação de
Jovens e Adultos
QUESTÕES NORTEADORAS
 Qual a origem da EJA?
 Como são realizadas suas ações?
 Quem é o aluno e o professora da
EJA?
 Como se desenvolve a prática de
ensino na Educação de Jovens e
Adultos e como ela concebe a
avaliação?
Histórico da EJA no Brasil: um caminho
construído passo a passo com políticas
públicas
 Período colonial- Educação jesuítica
 Século XIX – Constituição de 1824
 Ato adicional de 1834:
- Associações civis sem fins lucrativos;
-Método silabação-soletração das famílias
silábicas;
-Ensino pautado na memorização.
 1889- Proclamação da República
 Constituição de 1891;
O primeiro recenseamento nacional
brasileiro foi realizado durante o
Império, em 1872, e constatou que
82,3% das pessoas com mais de cinco
anos de idade eram analfabetas. Essa
mesma proporção de analfabetos foi
encontrada pelo censo realizado em
1890, após a proclamação da
República.
Refletindo...
De 1900 a 1960
 Século XX - primeiros sinais de preocupação com a
alfabetização;
 Ensino primário com recursos financeiros escassos;
 Senso de 1920, 72% da população analfabeta;
 O governo ficava encarregado do ensino secundário
e superior;
 Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova;
 1928, Fernando de Azevedo propõe uma Reforma
com relação a EJA (urgência na alfabetização de
jovens e adultos);
 1938, INEP
 1945, regulamentação do FNEP- 25% dos recursos
para Ensino Supletivo.
 1947- criado o Serviço de Educação de Adultos, (
SEA );
 CEAA- Campanha de Educação de Adolescentes
e Adultos;
 1945- fim da II Guerra Mundial- ações ligadas a
alfabetização de jovens e adultos no âmbito das
relações internacionais;
 CEAA, impulso inicial à Educação de Jovens e
Adultos atingindo grandes metas, foi ampliada
em 1950, atendendo também a população rural
através das missões rurais (despertavam o
espírito comunitário e de organização social,
incentivavam a formação de professores leigos e
 No final da década de 40 tem-se de fato a
Educação de Jovens e adultos como uma política
pública.
 1952- Campanha Nacional de Educação Rural;
 1958- Campanha Nacional de Erradicação do
Analfabetismo;
 Intensificação da sistematização do ensino
supletivo ( SESI );
 Emergência dos grupos nacionalistas com
destaque para Paulo Freire;
 1958, II Congresso de Educação de Jovens e
Adultos; redefinição do significado de analfabeto
DE 1960 a 1980
 Década de grandes movimentos políticos;
 João Goulart, grandes reformas no governo;
 Movimento da Cultura Popular ( Recife )e o
Movimento de Educação de Base ( CNBB);
 Na época militar, poucos foram os programas de
alfabetização de jovens e adultos;
 ABC, Cruzada da Ação Básica Cristã
(recebimento de benefícios x aprendizagem);
 Mobral, Movimento Brasileiro de Alfabetização.
O MOBRAL
 O golpe militar de 1964- programas de alfabetização
de adultos assistencialistas e conservadores;
 1967, o governo assume o controle com o MOBRAL;
 O Movimento Brasileiro de Alfabetização -
o MOBRAL surgiu como um prosseguimento das
campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com
Lourenço Filho;
 Foi criado pela Lei número 5.379, de 15 de
dezembro de 1967, propondo a alfabetização
funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a
pessoa humana (sic) a adquirir técnicas de leitura,
escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua
comunidade, permitindo melhores condições de
vida“
 Ou seja, basta aprender a ler, escrever e contar e
estará apto a melhorar de vida.
 O método do MOBRAL não parte do diálogo,
pois concebe a educação como investimento,
visando a formação de mão-de-obra com uma
ação pedagógica pré-determinada.
 O momento pedagógico proposto é autoritário,
porque ele (MOBRAL) acredita que sabe o que é
melhor para o povo, trazendo com isso a
descrença, a falta de fé na historicidade do povo
na sua possibilidade de construir um mundo junto
com a elite.
 a alfabetização e a educação de massa tanto podem
ser fatores de libertação como de dominação"
(FURTER, 1975, p. 59). Metodologicamente as diferenças
entre o método proposto por Paulo Freire e
pelo MOBRAL não tem diferenças substanciais.
A diferença é marcada pelo referencial ideológico
contido numa prática e noutra. Enquanto Paulo Freire
propunha a "educação como prática da liberdade", o
projeto pedagógico do MOBRAL propunha
intrinsecamente o condicionamento do indivíduo ao status
quo.
O projeto MOBRAL permite compreender bem esta
fase ditatorial por que passou o país. A proposta de
educação era toda baseada aos interesses políticos
vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de
bom comportamento para o povo e justificar os atos da
ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa
 Em 1978 o MOBRAL atendeu "quase 2 milhões
de pessoas, atingindo um total de 2.251
municípios em todo o país" (CORRÊA, 1979, p.
459). Todo esse esforço provavelmente era para
cumprir o verdadeiro objetivo de seu Presidente
que desejava "uma organização já estruturada
e com significativa experiência a serviço da
política social do governo e voltada para a
efetiva promoção do homem brasileiro"
(CORRÊA, 1979, p. 471).
 No ano de 1977 a sua receita foi de Cr$
853.320.142,00 para atender a 342.877 mil pessoas,
o que permite saber que o custo per capita foi de Cr$
2.488,00. Os custos financeiros do MOBRAL eram
muito altos. Para financiar esta superestrutura
o MOBRAL recebia recursos da União, do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2% do
Imposto de Renda e ainda um percentual da Loteria
Esportiva.
 O MOBRAL pode ser considerado como uma
instituição criada para dar suporte ao sistema de
governo vigente. Como Aparelho Ideológico de
Estado, como nos ensina Althusser, o MOBRAL teve
uma atuação perfeita. Esteve onde deveria estar para
conter qualquer ato de rebeldia de uma população
que, mesmo no tempo do milagre econômico, vivia
na mais absoluta miséria.
 Mas a recessão econômica a partir dos anos 80 veio
inviabilizar o MOBRAL que sugava da nação altos
recursos para se manter ativa. Seus Programas
foram incorporados pela Fundação Educar.
 Visitar uma escola e entrevistar membros da
gestão, alunos e professores buscando captar o
que eles pensam sobre o fechamento das salas
de aula da EJA.
A EJA NOS FINS DO SÉCULO
XX
 A década de 80
 Taxa de analfabetismo de 25,94% (população
acima de 15anos/IBGE);
 Mobral extinto em 1985/Criação da Fundação
Educar (1990);
 Constituição de 1988 ( educação direito de todos
dever da família e do estado);
Da década de 90 aos dias
atuais
 Assembleia Nacional Constituinte;
 LDBEN- ganhos na política da EJA/contradições;
 1990- Conferência Mundial de Educação para
todos;
 PNAC, Programa Nacional de Alfabetização e
Cidadania;
 Plano Decenal concluído em 1994 ( Itamar
Franco) teve como metas oferecer ensino
fundamental para 3,7 milhões de analfabetos e
4,6 milhões de jovens não-escolarizados.
 1995, busca pela estabilização econômica, corte
de verbas afetando mais fortemente a Educação;
 A EJA não foi prioridade;
 1997, Conferência Internacional sobre Educação
de Adultos V CONFINTEA- Sob o tema da
aprendizagem de adultos como ferramenta,
direito, prazer e responsabilidade, o evento
contou com a participação de mais de 170
estados membros, 500 ONGs e cerca de 1300
participantes. Elaborou-se uma agenda para o
futuro, (Decênio da Alfabetização);
V CONFINTEA- Temas
abordados
 Educação de adultos e democracia: o desafio do século
XXI;
 A melhoria das condições e da qualidade da educação de
adultos;
 Garantir o direito universal à alfabetização e à educação
básica;
 A educação de adultos como meio de se promover o
fortalecimento das mulheres;
 A educação de adultos e as transformações no mundo do
trabalho;
 A educação de adultos em relação ao meio ambiente, à
saúde e à população;
 A educação de adultos, cultura, meios de comunicação e
novas tecnologias de informação;
 A educação para todos os adultos: os direitos e
aspirações dos diferentes grupos;
 Os aspectos econômicos da educação de adultos;
 No final de 1990 o Fórum Mundial da Educação
avaliou os compromissos assumidos na
Declaração Mundial de Educação para Todos,
mas como nenhum dos compromissos foi
cumprido de forma integral, foi adiado para 2015.
 Programas Federais criados na década de 90Programa de
Alfabetização
Solidária
1996
Programa
Nacional de
Educação na
Reforma Agrária
PRONERA
1998
Plano Nacional de
Qualificação
2003-2007
Programa Brasil
Alfabetizado
2003
PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
BIOGRAFIA DE PAULO FREIRE
O QUE É O MÉTODO?
 O Método Paulo Freire consiste numa
proposta para a de adultos desenvolvida pelo,
que criticava o sistema tradicional, o qual
utilizava a como ferramenta central da para o
ensino da leitura e da escrita.
 As cartilhas ensinavam pelo método da
repetição de palavras soltas ou de frases
criadas de forma forçosa, que comumente se
denomina como linguagem de cartilha, por
exemplo: Eva viu a uva, o boi baba, a ave
voa, dentre outros.
PRESSUPOSTOS DO MÉTODO
PAULO FREIRE DE
ALFABETIZAÇÃO
 -VALORIZAÇÃO DA CULTURA;
 -HOMEM É UM SER HISTÓRICO E, PORTANTO,
INACABADO;
 -EDUCAR PARA A CONSCIENTIZAÇÃO;
 -LER A PALAVRA PARA LER O MUNDO,
COMPREENDENDO SUA CONDIÇÃO DE
OPRIMIDO;
 -BINÔMIO: EDUCADOR-EDUCANDO, EDUCANDO-
EDUCADOR
 -RELAÇÕES AFETIVAS, DEMOCRÁTICAS E
OMBREADAS.
 - COERÊNCIA
ETAPAS DO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO NO MÉTODO PAULO
FREIRE
 1- CODIFICAÇÃO – CÍRCULO DE CULTURA
 2- DECODIFICAÇÃO E DESCODIFICAÇÃO (
PRÓPRIO DO MÉTODO PAULO FREIRE)
 3- ANÁLISE E SÍNTESE
 4- FIXAÇÃO DA LEITURA
 5- PROBLEMATIZAÇÃO
•1ª fase: levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase, ocorrem as
interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das
palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
•2ª fase: escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza
fonética, dificuldades fonéticas - numa sequência gradativa das mais simples para
as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social,
cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
•3ª fase: criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de
situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de
abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e
nacionais.
•4ª fase: criação das fichas-roteiro neles havia indicações de possíveis subtemas
ligado as palavras geradoras e sugestões de encaminhamentos para análise dos
temas selecionados que funcionam como roteiro para os debates, as quais fossem
apenas sugestões esses roteiros eram de grande valia, principalmente no inicio do
trabalho quando a alfabetizador era também iniciante.
•5ª fase: criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas
correspondentes às palavras geradoras.
EXPERIÊNCIA DE PAULO FREIRE NA
ALFABETIZAÇÃO DE TRABALHADORES QUE
TRABALHAVAM NA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA :
NO CÍRCULO DE CULTURA,
 NO CÍRCULO DE CULTURA, OS EDUCANDOS RESPONDEM
ÀS QUESTÕES PROVOCADAS PELO COORDENADOR DO
GRUPO, APROFUNDANDO SUAS LEITURAS DO MUNDO.
 QUÊ? POR QUÊ? COMO? PARA QUÊ? POR QUEM? PARA
QUEM? CONTRA QUÊ? CONTRA QUEM? A FAVOR DE
QUEM? A FAVOR DE QUÊ?
 AS ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO EXIGEM A PESQUISA
DO QUE FREIRE CHAMA "UNIVERSO VOCABULAR MÍNIMO"
ENTRE OS ALFABETIZANDOS.
 É TRABALHANDO ESTE UNIVERSO QUE SE ESCOLHEM AS
PALAVRAS QUE FARÃO PARTE DO PROGRAMA.
 ESTAS PALAVRAS, MAIS OU MENOS DEZESSETE, CHAMADAS
"PALAVRAS GERADORAS", DEVEM SER PALAVRAS DE GRANDE
RIQUEZA FONÊMICA E COLOCADAS, NECESSARIAMENTE, EM
ORDEM CRESCENTE DAS MENORES PARA AS MAIORES
DIFICULDADES FONÉTICAS, LIDAS DENTRO DO CONTEXTO MAIS
AMPLO DA VIDA DOS ALFABETIZANDOS E DA LINGUAGEM LOCAL,
QUE POR ISSO MESMO É TAMBÉM NACIONAL.
 A DECODIFICAÇÃO DA PALAVRA ESCRITA, QUE VEM EM SEGUIDA
À DECODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO EXISTENCIAL CODIFICADA,
COMPREENDE ALGUNS PASSOS QUE DEVEM, RIGOROSAMENTE
SE SUCEDER.
 A PALAVRA UTLIZADA EM BRASÍLIA FOI TIJOLO
 1º.) APRESENTA-SE A PALAVRA GERADORA "TIJOLO" INSERIDA NA
REPRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO CONCRETA: HOMENS
TRABALHANDO NUMA CONSTRUÇÃO;
 2º.) ESCREVE-SE SIMPLESMENTE A PALAVRA TIJOLO
 3º.) ESCREVE-SE A MESMA PALAVRA COM AS
SÍLABAS SEPARADAS : TI - JO - LO
 4º.) APRESENTA-SE A "FAMÍLIA FONÊMICA" DAS
SÍLABAS:
TA - TE - TI - TO - TU
JA - JE - JI - JO - JU
LA - LE - LI - LO - LU
 5º.) APRESENTAM-SE AS "FAMÍLIAS FONÊMICAS" DA
PALAVRA QUE ESTÁ SENDO DECODIFICADA :
TA - TE - TI - TO - TU
JA - JE - JI - JO – JU
LA - LE - LI - LO – LU
 ESTE CONJUNTO DAS "FAMÍLIAS FONÊMICAS" DA
PALAVRA GERADORA É DENOMINADO DE "FICHA DE
DESCOBERTA" POIS ELE PROPICIA AO
ALFABETIZANDO JUNTAR OS "PEDAÇOS", ISTO É,
FAZER DESSAS SÍLABAS NOVAS COMBINAÇÕES
FONÊMICAS QUE NECESSARIAMENTE DEVEM
FORMAR PALAVRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA.
 6º.) APRESENTAM-SE AS VOGAIS :
A - E - I - O - U.
 EM SÍNTESE, NO MOMENTO EM QUE O(A)
ALFABETIZANDO(A) CONSEGUE, ARTICULANDO
AS SÍLABAS, FORMAR PALAVRAS, ELE OU ELA,
ESTÁ ALFABETIZADO(A).
 O PROCESSO REQUER, EVIDENTEMENTE,
APROFUNDAMENTO, OU SEJA, A PÓS-
ALFABETIZAÇÃO.
A EFICÁCIA E VALIDADE DO "MÉTODO" CONSISTEM
EM PARTIR DA REALIDADE DO ALFABETIZANDO,
DO QUE ELE JÁ CONHECE, DO VALOR
PRAGMÁTICO DAS COISAS E FATOS DE SUA VIDA
COTIDIANA, DE SUAS SITUAÇÕES EXISTENCIAIS.
RESPEITANDO O SENSO COMUM E DELE
PARTINDO, FREIRE PROPÕE A SUA SUPERAÇÃO.
Originalidade do Método Paulo
Freire
 Produto existencial e histórico
 Práxis = reflexão + ação ( ação transformadora )
 Fundamentou-se nas Ciências da Educação
(Psicologia e Sociologia)
 Método para alfabetizar adultos
 Construtivismo Freiriano
 Liberdade como categoria central de sua
concepção educativa
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação de Jovens e Adultos e os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental
 Documento regulador, orientam o planejamento
curricular das escolas e dos sistemas de ensino;
 Buscam promover a equidade de
aprendizagem,
 Consolidam princípios e objetivos de pareceres e
resoluções;
 Estabelecem os rumos a serem obrigatoriamente
observados na oferta e na estrutura dos
componentes curriculares;
 Determinam certa autonomia aos sistemas de
ensino;
PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS
 Apresentam de forma detalhada concepção
pedagógica, objetivos, conteúdos, orientação
metodológica e didática;
 Propõem formas de interdependência e inter-
relação dos diferentes componentes curriculares,
dando-lhes um caráter articulado
 Preveem a organização do Ensino Fundamental
em quatro ciclos, correspondendo cada um a
duas séries escolares;
 São organizados em dois blocos principais:
Áreas do conhecimento e Temas Transversais.
O conhecimento e a aprendizagem
na Educação de Jovens e Adultos
 Para existir o conhecimento, é necessário
estabelecer relação entre sujeito e objeto;
 Empirismo- as ideias e conceitos surgem da
experiência; da relação sensorial com o mundo
concreto;
 Racionalistas- o conhecimento só atingido por
meio dos princípios lógicos da razão.
 O processo de aprender é construtivo. A
aprendizagem é um processo complexo que
significa revisão ou estimulação dos esquemas
de conhecimento existentes. Ao aprender,
sempre se constrói ou reconstrói conhecimentos.
E afinal, quem são os alunos da
EJA?
 Censo Escolar de 2000 registrou 79% de jovens
matriculados na EJA, caracterizando esse alunado.
 Na maioria das vezes vítima da exclusão social do
sistema de ensino;
 É preciso levar em consideração a realidade sócio-
cultural do aluno;
 Buscam através da escolarização melhores
oportunidades de trabalho, e por que não dizer
melhores condições de vida;
 O grupo da terceira idade ( saúde mental e
psicosocial);
 A EJA contribui para formação de cidadãos mais
críticos e atentos à realidade social que os cerca,
mais conscientes de seu papel de agente
transformador dessa realidade.
Especificidades do trabalho do
professor de jovens e adultos
 O professor da EJA trabalhador, cujo sujeito de
sua atividade é o aluno, que também é
trabalhador;
 A ação do professor é de caráter mediadora no
processo de apropriação dos resultados da
prática social;
 Conhecer o aluno e ter consciência do que
idealiza com sua ação é imprescindível na
atividade docente;
 O professor precisa estar preparado para
desenvolver atividades pedagógicas com jovens
e adultos;
Avaliação na EJA
 Avaliação processual com a prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
 Avaliação em diferentes níveis ( educacional,
curricular e de aprendizagem);
 Avaliar exige uma qualificação dos profissionais e
uma consciência crítica do professor quanto a
sua função para superar o seu caráter pouco
estimulador e avaliar de forma mais humana.
Instrumentos de Avaliação: reflexão
e prática na EJA
 A educação escolar é orientada por metas
constituídas e por intenções da ação educativa.
Neste sentido, se considerarmos a natureza
social e a função socializadora da educação
escolar, esta terá como razão última promover o
desenvolvimento humano.
 Os instrumentos de avaliação deverão assumir
características mais condizentes com a realidade
de nossas escolas, tais como: resgatar a
identidade do aluno, trabalhar na sua auto-
estima, valorizar suas experiências de vida e
principalmente, conceber o aluno como sujeito
deste processo, como ser pensante, critico e
Dentre os instrumentos avaliativos mais
usuais nas instituições de ensino temos:
 Mapa conceitual;
 Portfólio;
 Discussão coletiva;
 Conselho de classe;
 Auto-avaliação;
 Relatório;
 Observação;
 Analisando criticamente, considera-se que a
avaliação deva ser caracterizada como uma
atividade mental que deve permitir análise,
conhecimento e diagnóstico do professor em
relação ao aluno em qualquer modalidade de
ensino.
ATIVIDADE DOMICILIAR
 Pesquisar sobre a importância do Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova de 1932 para
consolidação da educação de jovens e adultos
no Brasil.
ATIVIDADE FINAL
 Comente o trecho abaixo, extraído da Proposta
Curricular para o primeiro segmento do Ensino
Fundamental – Educação de Jovens e Adultos.
“Um princípio pedagógico já bastante assimilado
entre os que se dedicam à educação básica de
adultos é o da incorporação da cultura e da
realidade vivencial dos educandos como
conteúdo ou ponto de partida da prática
educativa” (p. 29).
Os Círculos de Cultura, criados por Paulo Freire, eram um trabalho feito
sem um número exato de pessoas, sem um tema definido. Os grupos eram
consultados e sugeriam um tema a ser debatido, cabia ao educador, junto
com o grupo tratar, a temática proposta e acrescentar “temas dobradiças”,
assuntos que se inseriam como fundamentais no corpo inteiro da temática,
para um melhor esclarecimento. Na realidade, o que acontece é que há
uma sabedoria popular, é preciso lapidá-la ou preenchê-la para uma
melhor compreensão do tema. É preciso viabilizar uma compreensão mais
crítica da temática proposta pelo povo. Fazer com que consigam construir
novas hipóteses de leitura do mundo.

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Fundamentos teóricos e metodológicos da educação de jovens

  • 1. Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação de Jovens e Adultos
  • 2. QUESTÕES NORTEADORAS  Qual a origem da EJA?  Como são realizadas suas ações?  Quem é o aluno e o professora da EJA?  Como se desenvolve a prática de ensino na Educação de Jovens e Adultos e como ela concebe a avaliação?
  • 3. Histórico da EJA no Brasil: um caminho construído passo a passo com políticas públicas  Período colonial- Educação jesuítica  Século XIX – Constituição de 1824  Ato adicional de 1834: - Associações civis sem fins lucrativos; -Método silabação-soletração das famílias silábicas; -Ensino pautado na memorização.  1889- Proclamação da República  Constituição de 1891;
  • 4. O primeiro recenseamento nacional brasileiro foi realizado durante o Império, em 1872, e constatou que 82,3% das pessoas com mais de cinco anos de idade eram analfabetas. Essa mesma proporção de analfabetos foi encontrada pelo censo realizado em 1890, após a proclamação da República.
  • 6. De 1900 a 1960  Século XX - primeiros sinais de preocupação com a alfabetização;  Ensino primário com recursos financeiros escassos;  Senso de 1920, 72% da população analfabeta;  O governo ficava encarregado do ensino secundário e superior;  Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova;  1928, Fernando de Azevedo propõe uma Reforma com relação a EJA (urgência na alfabetização de jovens e adultos);  1938, INEP  1945, regulamentação do FNEP- 25% dos recursos para Ensino Supletivo.
  • 7.  1947- criado o Serviço de Educação de Adultos, ( SEA );  CEAA- Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos;  1945- fim da II Guerra Mundial- ações ligadas a alfabetização de jovens e adultos no âmbito das relações internacionais;  CEAA, impulso inicial à Educação de Jovens e Adultos atingindo grandes metas, foi ampliada em 1950, atendendo também a população rural através das missões rurais (despertavam o espírito comunitário e de organização social, incentivavam a formação de professores leigos e
  • 8.  No final da década de 40 tem-se de fato a Educação de Jovens e adultos como uma política pública.  1952- Campanha Nacional de Educação Rural;  1958- Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo;  Intensificação da sistematização do ensino supletivo ( SESI );  Emergência dos grupos nacionalistas com destaque para Paulo Freire;  1958, II Congresso de Educação de Jovens e Adultos; redefinição do significado de analfabeto
  • 9. DE 1960 a 1980  Década de grandes movimentos políticos;  João Goulart, grandes reformas no governo;  Movimento da Cultura Popular ( Recife )e o Movimento de Educação de Base ( CNBB);  Na época militar, poucos foram os programas de alfabetização de jovens e adultos;  ABC, Cruzada da Ação Básica Cristã (recebimento de benefícios x aprendizagem);  Mobral, Movimento Brasileiro de Alfabetização.
  • 11.  O golpe militar de 1964- programas de alfabetização de adultos assistencialistas e conservadores;  1967, o governo assume o controle com o MOBRAL;  O Movimento Brasileiro de Alfabetização - o MOBRAL surgiu como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho;  Foi criado pela Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, propondo a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana (sic) a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida“  Ou seja, basta aprender a ler, escrever e contar e estará apto a melhorar de vida.
  • 12.
  • 13.  O método do MOBRAL não parte do diálogo, pois concebe a educação como investimento, visando a formação de mão-de-obra com uma ação pedagógica pré-determinada.  O momento pedagógico proposto é autoritário, porque ele (MOBRAL) acredita que sabe o que é melhor para o povo, trazendo com isso a descrença, a falta de fé na historicidade do povo na sua possibilidade de construir um mundo junto com a elite.
  • 14.  a alfabetização e a educação de massa tanto podem ser fatores de libertação como de dominação" (FURTER, 1975, p. 59). Metodologicamente as diferenças entre o método proposto por Paulo Freire e pelo MOBRAL não tem diferenças substanciais. A diferença é marcada pelo referencial ideológico contido numa prática e noutra. Enquanto Paulo Freire propunha a "educação como prática da liberdade", o projeto pedagógico do MOBRAL propunha intrinsecamente o condicionamento do indivíduo ao status quo. O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por que passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa
  • 15.  Em 1978 o MOBRAL atendeu "quase 2 milhões de pessoas, atingindo um total de 2.251 municípios em todo o país" (CORRÊA, 1979, p. 459). Todo esse esforço provavelmente era para cumprir o verdadeiro objetivo de seu Presidente que desejava "uma organização já estruturada e com significativa experiência a serviço da política social do governo e voltada para a efetiva promoção do homem brasileiro" (CORRÊA, 1979, p. 471).
  • 16.  No ano de 1977 a sua receita foi de Cr$ 853.320.142,00 para atender a 342.877 mil pessoas, o que permite saber que o custo per capita foi de Cr$ 2.488,00. Os custos financeiros do MOBRAL eram muito altos. Para financiar esta superestrutura o MOBRAL recebia recursos da União, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2% do Imposto de Renda e ainda um percentual da Loteria Esportiva.  O MOBRAL pode ser considerado como uma instituição criada para dar suporte ao sistema de governo vigente. Como Aparelho Ideológico de Estado, como nos ensina Althusser, o MOBRAL teve uma atuação perfeita. Esteve onde deveria estar para conter qualquer ato de rebeldia de uma população que, mesmo no tempo do milagre econômico, vivia na mais absoluta miséria.  Mas a recessão econômica a partir dos anos 80 veio inviabilizar o MOBRAL que sugava da nação altos recursos para se manter ativa. Seus Programas foram incorporados pela Fundação Educar.
  • 17.  Visitar uma escola e entrevistar membros da gestão, alunos e professores buscando captar o que eles pensam sobre o fechamento das salas de aula da EJA.
  • 18. A EJA NOS FINS DO SÉCULO XX  A década de 80  Taxa de analfabetismo de 25,94% (população acima de 15anos/IBGE);  Mobral extinto em 1985/Criação da Fundação Educar (1990);  Constituição de 1988 ( educação direito de todos dever da família e do estado);
  • 19. Da década de 90 aos dias atuais  Assembleia Nacional Constituinte;  LDBEN- ganhos na política da EJA/contradições;  1990- Conferência Mundial de Educação para todos;  PNAC, Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania;  Plano Decenal concluído em 1994 ( Itamar Franco) teve como metas oferecer ensino fundamental para 3,7 milhões de analfabetos e 4,6 milhões de jovens não-escolarizados.
  • 20.  1995, busca pela estabilização econômica, corte de verbas afetando mais fortemente a Educação;  A EJA não foi prioridade;  1997, Conferência Internacional sobre Educação de Adultos V CONFINTEA- Sob o tema da aprendizagem de adultos como ferramenta, direito, prazer e responsabilidade, o evento contou com a participação de mais de 170 estados membros, 500 ONGs e cerca de 1300 participantes. Elaborou-se uma agenda para o futuro, (Decênio da Alfabetização);
  • 21. V CONFINTEA- Temas abordados  Educação de adultos e democracia: o desafio do século XXI;  A melhoria das condições e da qualidade da educação de adultos;  Garantir o direito universal à alfabetização e à educação básica;  A educação de adultos como meio de se promover o fortalecimento das mulheres;  A educação de adultos e as transformações no mundo do trabalho;  A educação de adultos em relação ao meio ambiente, à saúde e à população;  A educação de adultos, cultura, meios de comunicação e novas tecnologias de informação;  A educação para todos os adultos: os direitos e aspirações dos diferentes grupos;  Os aspectos econômicos da educação de adultos;
  • 22.  No final de 1990 o Fórum Mundial da Educação avaliou os compromissos assumidos na Declaração Mundial de Educação para Todos, mas como nenhum dos compromissos foi cumprido de forma integral, foi adiado para 2015.  Programas Federais criados na década de 90Programa de Alfabetização Solidária 1996 Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária PRONERA 1998 Plano Nacional de Qualificação 2003-2007 Programa Brasil Alfabetizado 2003
  • 23. PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
  • 25. O QUE É O MÉTODO?  O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a de adultos desenvolvida pelo, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a como ferramenta central da para o ensino da leitura e da escrita.  As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo: Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.
  • 26. PRESSUPOSTOS DO MÉTODO PAULO FREIRE DE ALFABETIZAÇÃO  -VALORIZAÇÃO DA CULTURA;  -HOMEM É UM SER HISTÓRICO E, PORTANTO, INACABADO;  -EDUCAR PARA A CONSCIENTIZAÇÃO;  -LER A PALAVRA PARA LER O MUNDO, COMPREENDENDO SUA CONDIÇÃO DE OPRIMIDO;  -BINÔMIO: EDUCADOR-EDUCANDO, EDUCANDO- EDUCADOR  -RELAÇÕES AFETIVAS, DEMOCRÁTICAS E OMBREADAS.  - COERÊNCIA
  • 27. ETAPAS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO MÉTODO PAULO FREIRE  1- CODIFICAÇÃO – CÍRCULO DE CULTURA  2- DECODIFICAÇÃO E DESCODIFICAÇÃO ( PRÓPRIO DO MÉTODO PAULO FREIRE)  3- ANÁLISE E SÍNTESE  4- FIXAÇÃO DA LEITURA  5- PROBLEMATIZAÇÃO
  • 28. •1ª fase: levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase, ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico. •2ª fase: escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa sequência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade. •3ª fase: criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais. •4ª fase: criação das fichas-roteiro neles havia indicações de possíveis subtemas ligado as palavras geradoras e sugestões de encaminhamentos para análise dos temas selecionados que funcionam como roteiro para os debates, as quais fossem apenas sugestões esses roteiros eram de grande valia, principalmente no inicio do trabalho quando a alfabetizador era também iniciante. •5ª fase: criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
  • 29. EXPERIÊNCIA DE PAULO FREIRE NA ALFABETIZAÇÃO DE TRABALHADORES QUE TRABALHAVAM NA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA : NO CÍRCULO DE CULTURA,  NO CÍRCULO DE CULTURA, OS EDUCANDOS RESPONDEM ÀS QUESTÕES PROVOCADAS PELO COORDENADOR DO GRUPO, APROFUNDANDO SUAS LEITURAS DO MUNDO.  QUÊ? POR QUÊ? COMO? PARA QUÊ? POR QUEM? PARA QUEM? CONTRA QUÊ? CONTRA QUEM? A FAVOR DE QUEM? A FAVOR DE QUÊ?  AS ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO EXIGEM A PESQUISA DO QUE FREIRE CHAMA "UNIVERSO VOCABULAR MÍNIMO" ENTRE OS ALFABETIZANDOS.  É TRABALHANDO ESTE UNIVERSO QUE SE ESCOLHEM AS PALAVRAS QUE FARÃO PARTE DO PROGRAMA.
  • 30.  ESTAS PALAVRAS, MAIS OU MENOS DEZESSETE, CHAMADAS "PALAVRAS GERADORAS", DEVEM SER PALAVRAS DE GRANDE RIQUEZA FONÊMICA E COLOCADAS, NECESSARIAMENTE, EM ORDEM CRESCENTE DAS MENORES PARA AS MAIORES DIFICULDADES FONÉTICAS, LIDAS DENTRO DO CONTEXTO MAIS AMPLO DA VIDA DOS ALFABETIZANDOS E DA LINGUAGEM LOCAL, QUE POR ISSO MESMO É TAMBÉM NACIONAL.  A DECODIFICAÇÃO DA PALAVRA ESCRITA, QUE VEM EM SEGUIDA À DECODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO EXISTENCIAL CODIFICADA, COMPREENDE ALGUNS PASSOS QUE DEVEM, RIGOROSAMENTE SE SUCEDER.  A PALAVRA UTLIZADA EM BRASÍLIA FOI TIJOLO  1º.) APRESENTA-SE A PALAVRA GERADORA "TIJOLO" INSERIDA NA REPRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO CONCRETA: HOMENS TRABALHANDO NUMA CONSTRUÇÃO;  2º.) ESCREVE-SE SIMPLESMENTE A PALAVRA TIJOLO
  • 31.  3º.) ESCREVE-SE A MESMA PALAVRA COM AS SÍLABAS SEPARADAS : TI - JO - LO  4º.) APRESENTA-SE A "FAMÍLIA FONÊMICA" DAS SÍLABAS: TA - TE - TI - TO - TU JA - JE - JI - JO - JU LA - LE - LI - LO - LU  5º.) APRESENTAM-SE AS "FAMÍLIAS FONÊMICAS" DA PALAVRA QUE ESTÁ SENDO DECODIFICADA : TA - TE - TI - TO - TU JA - JE - JI - JO – JU LA - LE - LI - LO – LU  ESTE CONJUNTO DAS "FAMÍLIAS FONÊMICAS" DA PALAVRA GERADORA É DENOMINADO DE "FICHA DE DESCOBERTA" POIS ELE PROPICIA AO ALFABETIZANDO JUNTAR OS "PEDAÇOS", ISTO É, FAZER DESSAS SÍLABAS NOVAS COMBINAÇÕES FONÊMICAS QUE NECESSARIAMENTE DEVEM FORMAR PALAVRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA.
  • 32.  6º.) APRESENTAM-SE AS VOGAIS : A - E - I - O - U.  EM SÍNTESE, NO MOMENTO EM QUE O(A) ALFABETIZANDO(A) CONSEGUE, ARTICULANDO AS SÍLABAS, FORMAR PALAVRAS, ELE OU ELA, ESTÁ ALFABETIZADO(A).  O PROCESSO REQUER, EVIDENTEMENTE, APROFUNDAMENTO, OU SEJA, A PÓS- ALFABETIZAÇÃO. A EFICÁCIA E VALIDADE DO "MÉTODO" CONSISTEM EM PARTIR DA REALIDADE DO ALFABETIZANDO, DO QUE ELE JÁ CONHECE, DO VALOR PRAGMÁTICO DAS COISAS E FATOS DE SUA VIDA COTIDIANA, DE SUAS SITUAÇÕES EXISTENCIAIS. RESPEITANDO O SENSO COMUM E DELE PARTINDO, FREIRE PROPÕE A SUA SUPERAÇÃO.
  • 33. Originalidade do Método Paulo Freire  Produto existencial e histórico  Práxis = reflexão + ação ( ação transformadora )  Fundamentou-se nas Ciências da Educação (Psicologia e Sociologia)  Método para alfabetizar adultos  Construtivismo Freiriano  Liberdade como categoria central de sua concepção educativa
  • 34. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental  Documento regulador, orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino;  Buscam promover a equidade de aprendizagem,  Consolidam princípios e objetivos de pareceres e resoluções;  Estabelecem os rumos a serem obrigatoriamente observados na oferta e na estrutura dos componentes curriculares;  Determinam certa autonomia aos sistemas de ensino;
  • 35. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS  Apresentam de forma detalhada concepção pedagógica, objetivos, conteúdos, orientação metodológica e didática;  Propõem formas de interdependência e inter- relação dos diferentes componentes curriculares, dando-lhes um caráter articulado  Preveem a organização do Ensino Fundamental em quatro ciclos, correspondendo cada um a duas séries escolares;  São organizados em dois blocos principais: Áreas do conhecimento e Temas Transversais.
  • 36. O conhecimento e a aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos  Para existir o conhecimento, é necessário estabelecer relação entre sujeito e objeto;  Empirismo- as ideias e conceitos surgem da experiência; da relação sensorial com o mundo concreto;  Racionalistas- o conhecimento só atingido por meio dos princípios lógicos da razão.  O processo de aprender é construtivo. A aprendizagem é um processo complexo que significa revisão ou estimulação dos esquemas de conhecimento existentes. Ao aprender, sempre se constrói ou reconstrói conhecimentos.
  • 37. E afinal, quem são os alunos da EJA?  Censo Escolar de 2000 registrou 79% de jovens matriculados na EJA, caracterizando esse alunado.  Na maioria das vezes vítima da exclusão social do sistema de ensino;  É preciso levar em consideração a realidade sócio- cultural do aluno;  Buscam através da escolarização melhores oportunidades de trabalho, e por que não dizer melhores condições de vida;  O grupo da terceira idade ( saúde mental e psicosocial);  A EJA contribui para formação de cidadãos mais críticos e atentos à realidade social que os cerca, mais conscientes de seu papel de agente transformador dessa realidade.
  • 38. Especificidades do trabalho do professor de jovens e adultos  O professor da EJA trabalhador, cujo sujeito de sua atividade é o aluno, que também é trabalhador;  A ação do professor é de caráter mediadora no processo de apropriação dos resultados da prática social;  Conhecer o aluno e ter consciência do que idealiza com sua ação é imprescindível na atividade docente;  O professor precisa estar preparado para desenvolver atividades pedagógicas com jovens e adultos;
  • 39. Avaliação na EJA  Avaliação processual com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;  Avaliação em diferentes níveis ( educacional, curricular e de aprendizagem);  Avaliar exige uma qualificação dos profissionais e uma consciência crítica do professor quanto a sua função para superar o seu caráter pouco estimulador e avaliar de forma mais humana.
  • 40. Instrumentos de Avaliação: reflexão e prática na EJA  A educação escolar é orientada por metas constituídas e por intenções da ação educativa. Neste sentido, se considerarmos a natureza social e a função socializadora da educação escolar, esta terá como razão última promover o desenvolvimento humano.  Os instrumentos de avaliação deverão assumir características mais condizentes com a realidade de nossas escolas, tais como: resgatar a identidade do aluno, trabalhar na sua auto- estima, valorizar suas experiências de vida e principalmente, conceber o aluno como sujeito deste processo, como ser pensante, critico e
  • 41. Dentre os instrumentos avaliativos mais usuais nas instituições de ensino temos:  Mapa conceitual;  Portfólio;  Discussão coletiva;  Conselho de classe;  Auto-avaliação;  Relatório;  Observação;  Analisando criticamente, considera-se que a avaliação deva ser caracterizada como uma atividade mental que deve permitir análise, conhecimento e diagnóstico do professor em relação ao aluno em qualquer modalidade de ensino.
  • 42. ATIVIDADE DOMICILIAR  Pesquisar sobre a importância do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932 para consolidação da educação de jovens e adultos no Brasil.
  • 43. ATIVIDADE FINAL  Comente o trecho abaixo, extraído da Proposta Curricular para o primeiro segmento do Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos. “Um princípio pedagógico já bastante assimilado entre os que se dedicam à educação básica de adultos é o da incorporação da cultura e da realidade vivencial dos educandos como conteúdo ou ponto de partida da prática educativa” (p. 29).
  • 44. Os Círculos de Cultura, criados por Paulo Freire, eram um trabalho feito sem um número exato de pessoas, sem um tema definido. Os grupos eram consultados e sugeriam um tema a ser debatido, cabia ao educador, junto com o grupo tratar, a temática proposta e acrescentar “temas dobradiças”, assuntos que se inseriam como fundamentais no corpo inteiro da temática, para um melhor esclarecimento. Na realidade, o que acontece é que há uma sabedoria popular, é preciso lapidá-la ou preenchê-la para uma melhor compreensão do tema. É preciso viabilizar uma compreensão mais crítica da temática proposta pelo povo. Fazer com que consigam construir novas hipóteses de leitura do mundo.