O documento discute os sintomas, causas e tratamentos para a depressão. Ele descreve que a depressão é um distúrbio afetivo comum que afeta a humanidade e lista os principais sintomas como tristeza, falta de energia e prazer. O documento também explica que a depressão tem causas biológicas, genéticas e ambientais e que os tratamentos incluem terapia, medicamentos, exercícios físicos e estimulação magnética transcraniana.
2. COMO SABER SE ESTOU DEPRESIVO?
É relativamente comum que em determinado momento
possamos nos sentir tristes e até mesmo deprimidos. De acordo
com psicólogos e também psiquiatras de renomadas
instituições de saúde, essas alternâncias de sentimentos são
extremamente comuns e fazem parte da vida de basicamente
todas as pessoas, pois fazem parte da fisiologia natural de todo
e qualquer ser humano.
Porém, o que não pode ser permitido é que esses sentimentos
de tristeza, melancolia e prostração se tornem algo constante e
se estabeleçam acompanhados de fatores, como: vontade de
não se levantar da cama, dores de estômago, mudança de
apetite, desânimo profundo e principalmente insônia.
3. É importante estar sempre atento, pois são em
ocasiões como essa, de momentânea tristeza, que de
maneira lenta e silenciosa a depressão pode se
instalar e não ser diagnosticada ou tampouco tratada.
A melhor coisa a ser feita quando você, seu parceiro
(a), amigo, ou até mesmo parente, apresentarem
sinais de tristeza e melancolia por um período
prolongado de tempo é procurar ajuda e/ou opinião
de um especialista para que um diagnóstico seja feito.
De antemão, já adiantamos a seguinte informação:
Depressão é algo totalmente tratável.
4. AFINAL, O QUE É A DEPRESSÃO?
A depressão nada mais é do que um distúrbio afetivo
que acompanha a humanidade basicamente ao longo
de toda a sua história. No sentido patológico da
doença, entre os sintomas, há presença de fatores
como: tristeza, ausência de autoestima e
principalmente pessimismo. Essas manifestações
costumam assemelhar-se de maneira constante e/ou
então combinar-se entre si.
De acordo com renomadas instituições de saúde,
como é o caso do Hospital Israelita Albert Einstein, a
depressão pode ser totalmente incapacitante.
5. Podemos considerar a ansiedade como doença a partir do momento
em que o indivíduo sente uma aflição totalmente descontrolada com
pouca relação aos eventos reais.
“É comum que pessoas sintam medo frente a situações de perigo,
apreensão em situações desconhecidas e ameaçadoras, e angústia em
momentos de insegurança. Porém, se a pessoa tem uma crise de pânico
sem motivo, passa o tempo todo com a sensação de que algo de muito
ruim está prestes a acontecer, fica revivendo de modo mental um evento
traumático ou tem medo exagerado de lugares fechados ou abertos, é
possível considerar isso como uma doença”.
Dr. Henrique Gruspoun – clínico geral do Hospital Albert Einstein.
6. CAUSAS DA DEPRESSÃO
A depressão é na realidade uma combinação de
doenças – alguns médicos costumam dizer que a
depressão é uma ampla família de doenças, por isso é
denominada como uma síndrome.
Alguns estudos demonstram alterações químicas no
cérebro de pessoas deprimidas, principalmente no
que diz respeito aos neurotransmissores – como
serotonina, dopamina e noradrenalina – substâncias
que transmitem impulsos nervosos entre as células
cerebrais. Ao contrário do que normalmente se
acredita, os fatores psicológicos e sociais, muitas
vezes, são consequências e não a causa da
depressão.
7. O estresse pode precipitar a depressão em pessoas que possuem predisposição genética para o
desenvolvimento da síndrome, é o que sugere um estudo do Departamento e Instituto de Psiquiatria da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
A prevalência da depressão é estimada em cerca de 19% da população mundial, o
que significa que aproximadamente, uma em cada cinco pessoas do mundo irá
apresentar o problema, em determinado momento da vida.
8. PRINCIPAIS SINTOMAS DA DEPRESSÃO
Insônia Desânimo, cansaço, necessidade
de grande esforço para realizar
pequenas tarefas
Tristeza, irritabilidade,
ansiedade e angústia
Diminuição ou falta de capacidade
de sentir alegria em atividades
anteriormente agradáveis
Desinteresse, falta de
motivação falta de vontade,
apatia e indecisão
Dificuldade de
concentração,
raciocínio lento
Pessimismo, ideias frequentes
de culpa sem motivos,
baixa autoestima
Diminuição do desejo e
desempenho sexual
9. TRATAMENTOS PARA DEPRESSÃO
A depressão possui uma série de tratamentos distintos, a
seguir falaremos sobre os considerados mais eficazes.
Prática de atividade física: A depressão pode alterar de
maneira significativa a vida das pessoas. De acordo com
estudo publicado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do
Sul, a atividade física pode ser um coadjuvante na
prevenção e no tratamento da depressão. Tendo em vista os
benefícios físicos e psicológicos, como sensação de alegria,
bem-estar e tranquilidade provenientes da atividade física
em geral e do exercício em especial, pode–se concluir que a
sua prática por indivíduos depressivos é capaz de promover
a prevenção e a reduzir os sintomas. Isso acontece devido a
liberação de hormônios como serotonina e endorfina no
organismo.
10. Sessões de terapia: Existe o velho jargão que a
melhor coisa a ser feita quando se está triste é
conversar e colocar todas mágoas para fora, e isso
não é apenas conversa. Um estudo publicado na
Revista Brasileira de Psiquiatria mostrou que sessões
de terapia (ou psicoterapia), realizadas com
psicólogos ou psiquiatras, apresentam eficácias reais
no tratamento da depressão.
11. Utilização de medicamentos: Uma maneira muito
contundente e que colhe bons resultados nos casos de
depressão é a utilização de medicamentos para tratar a
depressão.
De acordo com outro estudo publicado na Revista
Brasileira de Psiquiatria, o tratamento com
antidepressivos deve ser realizado considerando os
aspectos biológicos, psicológicos, genéticos e sociais do
paciente.
Atualmente, os antidepressivos atuam nas comunicações
entre as células do cérebro, diminuindo os sintomas e
levando muitos pacientes a serem curados dessa
síndrome.
12. Testes Farmacogenéticos: Grande parte dos medicamentos
indicados para o tratamento da depressão sofrem
influências genéticas, responsáveis pelo metabolismo e
resposta desses remédios. O exame farmacogenético estuda
a correlação entre o DNA do paciente e a ação desses
medicamentos, guiando o tratamento farmacológico de
forma personalizada.
O exame é indicado para pacientes que não estão
respondendo como o esperado ao tratamento, que sofram
com efeitos colaterais, que passaram por um histórico de
troca constante de remédios devido a respostas indesejadas
do organismo aos medicamentos e também àqueles que
iniciarão um tratamento.
13. Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva – EMTR:
Quando todos os métodos anteriores não surtem efeito a
Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva pode ser utilizada.
De acordo com o IPAN – Instituo de Pesquisas Avançadas em
Neuroestimulação.
A EMTR é um tratamento moderno, seguro e eficaz. A técnica
consiste basicamente em estimular o cérebro através de pulsos
magnéticos com o objetivo de incitar o sistema regulador de
humor, aliviando, dessa maneira, os sintomas da depressão. O
procedimento não é invasivo e é indolor. As sessões duram
aproximadamente 30 minutos e podem ser realizadas em clínicas
ou consultórios médicos com o paciente acordado.
14. A melhor escolha a fazer é buscar auxílio de um médico que
poderá fazer um diagnóstico preciso e, nos casos de
necessidade, estabelecer junto com o paciente a melhor
estratégia terapêutica.
Busque orientação o mais cedo possível. O tratamento para
depressão pode ter sucesso quando orientado por
especialistas.
SE VOCÊ SE IDENTIFICOU COM ALGUNS DOS SINTOMAS
DESCRITOS, OU POSSUI ALGUMA PESSOA PRÓXIMA
COM SUSPEITA DE ESTAR COM DEPRESSÃO...
15. ANSIEDADE E DEPRESSÃO PODEM SER TOTALMENTE INCAPACITANTES. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: <
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REFERÊNCIAS