O poema descreve como a natureza se renova através das estações, com a primavera trazendo flores e o outono trazendo mudanças. A natureza é sábia por extrair seu verdor da queda das folhas e se renovar através da poda, assim como as almas se edificam através das lágrimas e as jóias se lapidam no calor.
2. Primavera, a árvore está toda florida!Primavera, a árvore está toda florida!
É a própria imagem da realeza,É a própria imagem da realeza,
Vem o outono e traz mudança sentida,Vem o outono e traz mudança sentida,
Desfolhada, ostenta, agora, ar de pobreza!Desfolhada, ostenta, agora, ar de pobreza!
3. Quanta sabedoria na mãe natureza!
Da caída, ela extrai seu verdor,
Da poda, ela se renova, na certeza
De que da sangria virá novo vigor.
4. Na vida, somos inverno e verão,
Tormenta e calmaria num mesmo estio,
Sangria que jorra na recomposição.
5. Meio a lágrimas, as almas se edificam,
A ventania varre o chão, vem o plantio,
As jóias, no calor das brasas, se lapidam!