Fernando Pessoa criou vários heterónimos como Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares para explorar diferentes perspectivas sobre a existência e a identidade. Através destes heterónimos, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade de forma dramática, despersonalizando-se e assumindo diferentes personalidades literárias. Bernardo Soares é apresentado como o grau zero da heteronímia, sendo considerado uma "personalidade literária" ou "semi-heterón