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∗ EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ESTRATÉGICA:
Fase 1 – Planeamento Financeiro (1900-1950): o planeamento financeiro é de natureza
estritamente contabilística; trata-se da elaboração de um orçamento anual que não passa
além de 1 ano (curto prazo); orienta-se para o controlo operacional no final de cada mês
obtendo-se uma visão sobre o volume de vendas e o volume de compras associado; há uma
ausência de reflexão estratégica sobre a organização e o seu ambiente; é um processo
centralizado na gestão de topo e denota-se a ausência de formalização ou realização; e
realização de simples orçamentos anuais.

Fase 2 – Planeamento de Longo prazo (1950-1960): o objectivo é prever o futuro recorrendo a
técnicas de previsão como os modelos de regressão (mas estes métodos podem levar a erros
de previsão uma vez que aplica-se a simples projecções do passado com aplicação
determinística e estatística); a organização começa a preocupar-se com o longo prazo, com o
crescimento das empresas maiores e mais complexas, e a área contabilística e a área
financeira não são as únicas, uma vez que existem preocupações também com a produção,
marketing, recursos humanos, etc.

Fase 3 – Planeamento estratégico (1960-1980): A escola mais nobre do planeamento
estratégico é a gestão estratégica. Comparativamente à fase anterior, no planeamento
estratégico     há    mais    ênfase   na    análise   do    ambiente,    em     todas as
áreas/actividades/funções/negócios da organização e na criação de sinergias entre elas
(estratégia corporativa). Para além disto o curto prazo e o longo prazo estão interligados e
recorre-se a técnicas (as quais envolvem cenários diferentes) de planeamento cada vez mais
sofisticadas. Graficamente, podemos denominar por “Gap Planeamento” (*) a diferença entre
o futuro previsível (2) e o futuro desejável (1) (a empresa pretende equacionar o futuro
desejável de acordo com o futuro previsível da mesma).

                                                               (1)
                                  V10                                     (*)
                        5 anos
                       depois o                                    (2 )
                        volume    V5

                       aumenta

                                        0            P               10     tempo
                                                     5
Sabendo que, a estratégia é o resultado de um processo racional, sequencial, planeado,
metódico e detalhado (exemplo: o nosso horário de aulas), o planeamento estratégico
considera, então, diferentes estratégias alternativas, avalia o risco de cada uma delas e escolhe
a solução óptima. Ou seja, é um processo contínuo, sistemático e planeado de recolha e
tratamento de informação sobre o ambiente e toda a organização visando a tomada
antecipada de decisões através das quais a organização se adapta, modifica e actua sobre o
ambiente em que está inserida com vista a atingir um estado futuro mais desejável. Envolve a
definição de objectivos a atingir, acções a implementar, quem são os responsáveis por elas e
quando serão implementadas.

      Limitações do planeamento estratégico: julga que a estratégia duma organização pode
e acima de tudo, deve resultar de formas de planeamento altamente sistematizados;
negligencia a dimensão social, cultural e política das organizações; os indivíduos, grupos e
departamentos contribuem para o planeamento de forma limitada; o processo era conduzido
por especialistas ou departamentos de planeamento fechados sobre si próprios e por vezes
desligados da realidade; centrava-se em detalhes e análises pormenorizadas e extensas em
detrimento duma visão real para a organização; baseava-se em excesso de informação que
nem sempre distinguia o verdadeiramente importante do acessório para o futuro da
organização; confundia-se habitualmente os conceitos de plano (documento onde é
explicitado o processo de planeamento, deve ser levado como um meio de perceber/gerir a
estratégia, e não como um fim para resumir a estratégia) e planeamento (processo de pôr o
plano em execução); e baseava-se na procura duma “estratégia certa”, quase mítica.

Fase 4 – Gestão estratégica (surge em meados da década de 1970): apenas se afirma nas
décadas de 1980 e 1990; incorpora outras perspectivas sobre a estratégia que o planeamento
estratégico não engloba, permitindo ultrapassar as suas limitações, ou seja, para além do
planeamento estratégico, a gestão estratégica dá importância a outros aspectos como: o papel
da cultura organizacional na formação de estratégia; o comportamento político dos
“stackholders” nas decisões estratégicas; a influência da liderança no rumo da organização; a
capacidade empreendedora dos gestores e das suas organizações; o determinismo ambiental;
a aprendizagem organizacional, conhecimento, inovação e tecnologia; e a dinâmica
globalização vs localização.

      Contexto de aplicação: organizações privadas e públicas; lucrativas e não lucrativas;
familiares e não familiares; industriais e de serviços; grandes e pequenas; nacionais,
internacionais, multinacionais e globais; organizações no seu todo, a uma ou a algumas das
suas partes.
      Horizonte temporal: tradicionalmente é de longo prazo; os planos de curto prazo devem
ser encarados como fazendo parte do processo global de análise, escolha e implementação da
estratégica; o horizonte temporal deve ter como referencia o período de tempo necessário
para avaliar o efeito das decisões que vão ser tomadas; o contexto (p.e.: sector; tipo de
organização; intensidade da mudança) influencia o horizonte a definir (quanto maior a
instabilidade ambiental, maior será a facilidade de gerir a estratégia).
                            Categorias de
                                              Estrategicas     Operacionais         Tácticas
                              decisão
                              nível de         estratégica e
                                                                 operacional       intermédio
                               gestao          instituiconal
                              risco e
                                                 elevado            baixo            médio
                             incerteza
                                             orientação global execução das     execução das
                              postura
                                              da organização decisões tacticas decisoes estrateg.
                             horizonte
                                               longo prazo       curto prazo      médio prazo
                              temporal
                            ambiguidade                             muito
                                                 elevada                              baixa
                                                                    baixa
                           reversibilidade
                                                  fraca             forte            média
                             informação                          concretada
                                                agregada                          desagregada
                                                                 (detalhada)


       Natureza da Decisões Estratégicas: dizem respeito a todas as actividades/funções (f:
distribuição, administração, produção, RH, marketing) da organização e não a nenhum
domínio em particular; resultam do confronto da actividade organizacional com o ambiente
onde a organização actua; resultam da adequação da actividade da organização aos recursos
disponíveis; provocam grandes consequências para a organização; afectam as decisões
operacionais e tácticas; são influenciadas pelos valores, crenças e expectativas dos grupos de
interesse, internos e externos (“stackholders”) à organização; e provocam efeitos de longo
prazo influenciando a posição e o rumo da organização.
Estratégica é então, uma direcção e âmbito da actuação de uma organização no longo
prazo visando alcançar algum tipo de vantagem (desempenho superior) através da
configuração dos seus recursos num contexto ambiental em mudança indo ao encontro das
necessidades dos mercados e das expectativas dos grupos de interesse.

∗ CONCEITOS DO PROCESSO DA GESTÃO ESTRATÉGICA:
                    nível estratégico   nível intermédio   nível operacional
                         missão             políticas        programa ou
                         metas               acções              planos
                        objectivos       procedimentos       operacionais
                       estratégias      regulamentares        orçamentos

Missão: identifica uma visão/cenário desejável do futuro da organização que possa constituir-
se numa referência ideal comum para a organização, orientando o comportamento e decisões
e motivando a acção. (exemplo: McDonald’s: satisfazer o apetite do mundo por boa comida,
bem servida, a um preço que as pessoas possam pagar_objectivo global)
        Informação que pode surgir na missão: actividade actual e futura da organização
(oferta em termos de produtos e serviços (negócio);mercados/públicos/grupos de interesse e
tecnologias empregues); visão e meta principal da organização (p.e.: liderança, rentabilidade,
crescimento); como atingir a meta e cumprir a declaração da missão (estratégias dominantes);
valores dominantes na organização (p.e.: cultura prevalecente, imagem pública);

Metas: são os valores que se pretendem conseguir obter no futuro como resultado da
actividade da organização (exemplo: aumentar a quota de mercado; atingir um nível de custos
à media do sector) – (não identifica um horizonte tempo definido, diz respeito a toda a
organização e por isso é mais genérica, são qualitativas)

Objectivos: são os valores que se pretendem conseguir obter no futuro expressos geralmente
de forma quantitativa, tendo um horizonte temporal bem definido. Podem se definidos para
toda a organização ou a partes da organização (exemplo: atingir uma quota de mercado de 5%
até ao final do ano; reduzir os custos para ¾ da média do sector num período de 4 anos) –
(identificam um horizonte temporal (ex. 6 meses), podem dizer respeito a toda a organização
mas também pode ser aplicado às partes da organização (ex. objectivos financeiros, objectivos
de produção, objectivos marketing, etc.), são quantitativos).

Estratégias: envolve a decisão sobre e como aplicar os recursos da organização de forma a
atingir os objectivos definidos tendo presente o ambiente da organização e as expectativas dos
agentes envolventes; a estratégia não pretende definir com exactidão como os objectivos
serão atingidos, tal será o propósito dos planos operacionais; é sobretudo um instrumento que
enquadra os raciocínios e decisões da organização.

Políticas: são normas, princípios de actuação que guiam a gestão corrente, orientando as
decisões aos diversos níveis de gestão e procurando assim assegurar a sua coerência com os
objectivos e estratégias das quais emanam.

Acções e procedimentos regulamentares: estabelecem formas de guiar a acção detalhando
como determinada tarefa deve ou não ser realizada numa dada situação permitindo o
exercício do controlo.
Programas ou Planos operacionais: detalham as melhores formas de implementar as
orientações estratégicas no sentido de serem atingidos os objectivos em determinado tempo
de execução – define o horizonte temporal e se são de execução então são de curto prazo.
                        Exemplos de programas e planos operacionais:
          Politica de Marketing                              Política de RH
           plano de vendas                                    plano de promoções
           plano de promoção                                  plano de remunerações
           plano de publicidade                               plano de formação
           plano de distribuição                              plano de recrutamento e selecção
          Política de Produção                               Política Financeira
           plano de produção                                      plano financeiro
           plano de manutenção                                plano de investimento
           plano de qualidade                                 plano de tesouraria
           plano de aprovisionamento                          plano de resultados
Orçamentos: traduzem em termos numéricos, para um período determinado, os resultados
esperados; quantificam os planos operacionais e são expressos em valor, tempo, unidades
fiscais ou outras; traduzem os objectivos financeiros da organização.

∗ ESTRATÉGIA EM EMPRESAS COM VÁRIOS NEGÓCIOS:
                                            CORPORAÇÃO                  NEGÓCIO         FUNÇÃO
                               Missão,       missão, metas              objectivos     objectivos
                               metas e        e objectivos              do negócio     funcionais
                              objectivos

                             formulação        estratégia               estratégia     estratégia
                            da estratégia      corporativa              do negócio     funcional

       Exemplo da General Electric

                                                Presidente do Cons. Administ.
          nível corporativo
                                                Conselho de Administração

          nível do negócio
                                                General E.         General E.         General E.      General E.
                                                 Aviões            Iluminação          Motors          Plásticos

            nível funcional
                                                Produção           Marketing         Contabilidade       I& D




∗ PROCESSO DE GESTÃO ESTRATÉGICA:
                                                          Análise
                                                        Estratégica
                                                          posição



                                 Escolha                                        Implementação
                                Estratégica                                       estratégica
                                  decisão                                            acção




∗ AMBIENTE GERAL:

                                                                              É mais restrito e é comum às organizações
    E spec ífico                                                              do mesmo sector de actividade económica
                            MicroAmbiente                                     – empresas concorrentes; análise de
        Ge ral              (é o mais próximo da realidade                    fornecedores e clientes.
                            corresponde ao sector da
                            actividade económica em que a
       MacroAmbi ente       empresa actua)
       (comum a todas as
       organizações
       independentemente               MacroAmbiente         Ambiente
       do ramo/actividade              MicroAmbiente          Interno
       em que actua)
No ambiente geral existem:
(1): os níveis do ambiente e;
(2): as dimensões do ambiente.

    (1) Os níveis do ambiente seguem a seguinte hierarquia: começa pelo nível global, seguido
        do nível que funciona com um grupo de países (Península Ibérica, UE, etc.), nível de
        um país, o nível regional (distrito, Nuts, área metropolitana, comunidade urbana, etc.),
        e por fim o nível local (conselho, freguesia, etc.).
    (2) As dimensões do ambiente funcionam a partir da Análise PEST (Politico legais,
        Económica, Sócio-cultural, Tecnológica).
    Exemplos:
                                                                                                                                               variáveis
  Político-Legais                         Económicas
  situação política;                      valor e tendência da taxa de inflação, taxa d e juro, PIB;   dimensões

  política fiscal;                        índices de produtividade;                                      níveis        P           E   S   T
  leg islação económica;                  polít icas concorrências;
  leg . da protecção do ambiente;         taxa de desemprego e disponibilida de de mão-de-obra;
  regulação do comércio internacional;    polít ica industrial;
   (níveis: global ou grupo de p aíses)   barreiras à ent rada;
  programas de apoio às empresas;         poder de compra, sua evo lução e distribuição;
  leg islação laboral (nível país);

  Sócio-culturais                         Tecnológicas
  evolução demográficas;                  polít ica de I&D;
  conflitualidade social;                 processos e métodos de produção;
  migra ções;                             descobertas, dsenvolvimento e disseminação de novas
  níveis de escolaridade;                 tecnologias;                                                             sub-variáveis               tempo
  sindicatos;                             inf ra-est ruturas científicas e técnicas;                   é mais fácil esta matriz
  movimentos de defesa do consumidor;     invest imento em I &D;                                       se concretizar teoricamente
  grupos sociais, étnicos e religiosos;                                                                do queconcretizá-la na prática.
  valores, atitudes e estilos de vida;


Procedimentos de análise do ambiente geral:
        gerar uma grande quantidade de informação através duma lista exaustiva das
          variáveis que compõem as diferentes dimensões do ambiente, ponderando os
          vários níveis do ambiente;
        identificar um número restrito das variáveis ambientais mais influentes na
          estratégia da organização e efectuar a análise dessas variáveis nos níveis do
          ambiente considerados mais relevantes para a organização;
        identificar as mudanças de longo prazo no ambiente que rodeia a organização;
        examinar o impacto das influências externas na organização quer em termos
          históricos, quer para o futuro.

∗ AMBIENTE ESPECÍFICO:

As cinco forças competitivas: Servem para analisar a indústria a fim de escolher e gerir a
estratégia; permitem compreender as bases da rentabilidade e o ambiente específico duma
organização; são o ponto de partida para a formulação de uma estratégia; são fundamentais
para acompanhar a evolução no que respeita às 5 forças e aos factores que os influenciam; em
diferentes sectores uma das forças competitivas e alguns dos factores tende a assumir-se
como mais importantes (que forças e factores são mais importantes?); cada organização deve
assumir uma posição activa tentando modelar a evolução de cada força/factor e do seu sector
(qual a posição de cada rival face a cada força? poderá a estratégia competitiva da organização
influenciar as forças competitivas? p.e. barreiras à entrada); e por fim, a actuação de uma
organização pode ter efeitos negativos para o sector.
A rentabilidade das empresas de um determinado sector é explicada pelo modelo das 5 forças
competitivas. Estas 5 forças explicam as que tem a rentabilidade média ou superior e por
conseguinte temos de ver o impacto que tem estas forças. A rentabilidade média é maior ou
menor conforme actua cada uma destas forças.
Rivalidade na indústria: pretende-se compreender os factores que contribuem para a maior
ou menor rentabilidade de uma determinada indústria; quanto maior for o preço que a
indústria pratica, maior será a rivalidade, e vice-versa. Quanto maior for a rivalidade de um
sector ou indústria menor será a rentabilidade.

Poder negocial dos novos concorrentes: traduz-se na capacidade que eles têm para praticar
preços superiores; e se esses preços são grandes, as nossas rendibilidades são baixas, isto
porque estes preços são para nós custos. Quanto maior o poder negocial dos fornecedores de
uma indústria a rentabilidade tende a descer porque esse poder dos fornecedores permite a
que estes pratiquem preços mais altos e daí a diminuição da rentabilidade (quanto mais caro
comprarmos as nossas matérias-primas menor será a nossa rentabilidade).

Ameaça de novos concorrentes: quanto maior for a ameaça, menor será a rendibilidade;
quando uma empresa é atractiva (elevada rentabilidade); são empresas que querem entrar na
nossa indústria (no sector). Desta forma, a rendibilidade tende a diminuir uma vez que, as
empresas instaladas diminuem os preços de modo a impedir a entrada de novas empresas.

 Poder negocial dos clientes: quanto maior o poder negocial dos clientes, menor é a nossa
rendibilidade uma vez que, os clientes quando têm poder, podem fazer exigências de preços e
isso acarreta preços baixos que nos originam baixas rendibilidades.

 Ameaça de produtos substitutos: quanto maior for a ameaça, menor será a rendibilidade
porque são produtos que cumprem as mesmas funções a preços mais baixos e isso provoca
uma queda da rentabilidade; o mecanismo utilizado é a baixa de preços e isso traz quebras na
rentabilidade das indústrias; este mecanismo é usado uma vez que as empresas instaladas
receiam que os seus produtos sejam substituídos.

O Papel do Estado nas cinco forças competitivas: o estado afecta directa e
indirectamente cada uma das 5 forças competitivas; afecta enquanto legislador e regulador
colocando barreiras à entrada por motivos económicos, técnicos, de segurança, defesa e
protecção ambiental (ex: ASAE: as suas regras impostas limitam e criam mais barreiras à
entrada). O estado pode também influenciar a pressão de produtos substitutos ou a ameaça
de novos concorrentes, nomeadamente, concedendo subsídios ou cobrando impostos. Desta
forma, actua como cliente e como fornecedor.

Factores da rivalidade na indústria:
        Crescimento (associado ao volume de vendas) de uma indústria (quanto maior o
            crescimento maior será a rivalidade, porque a preocupação das empresas é
            responder à procura e acompanhar o crescimento do mercado, e não pretendem
            arranjar mecanismos para aumentar a rivalidade);
        Grau de diferenciação dos produtos nas marcas (quanto maior a diferenciação dos
            produtos - marcas com diferentes posicionamentos - mais segmentados estes vão
            ser e assim menor será a rivalidade no sector, quando os produtos são diferentes
            uns dos outros tendem a ser menos rivais e menor concorrência existirá, daí a
            menor rivalidade da indústria);
        Nível de custos fixos - associados às economias de escala que são o mecanismo
            onde as empresas vão aumentar as quantidades produzidas de forma a reduzir os
            custos fixos (quanto maior os custos fixos maior é a necessidade de criar
            economias de escala e isso aumenta a rivalidade na indústria, uma vez que as
            empresas ao aumentarem a quantidade produzida vão ter de escoar (vender) os
produtos para o mercado e isso vai desencadear naturalmente um nível maior de
           rivalidade porque vai haver mais produtos para vender);
          Quantidade de operadores instalados (quanto maior a quantidade de operadores
           instalados maior tenderá a ser a rivalidade; caso contrário, se apenas existir um nº
           muito baixo de operador (1=monopólio) não haveria rivalidade);
          Equilíbrio entre os operadores instalados (quanto maior o equilíbrio maior será a
           rivalidade porque no sector vai tudo querer se destacar e não estar uns iguais aos
           outros quanto aos factores de desempenho);
          Sazonalidade (empresas que tem ciclos muito variáveis ao longo do tempo) e
           sobrecapacidade intermitente;
          Montante de despesas irreversíveis de investimento (é uma despesa que depois
           de ter sido feita é impossível voltar atrás);
          Barreiras à entrada (ex: subsídios; contratos de trabalho).

Factores de pressão de produtos substitutos:
        Relação preço-qualidade dos substitutos (quanto maior o preço-qualidade, maior
            será a pressão)
        Rentabilidade da indústria substituta
        Comportamento e hábitos do consumidor
        Grau de obsolescência tecnológica (quanto maior for, maior será a pressão)
            (economicamente a perda de valor de um bem sofre em resultado do progresso
            técnico ou da evolução dos comportamentos)
        Disponibilidade no mercado (quanto maior for, maior será a pressão)

Factores do poder negocial dos fornecedores:
        Concentração de fornecedores
        Custo de mudança de fornecedor é de 2 tipos: interromper a relação com o
           fornecedor e iniciar a relação com um novo fornecedor; estes custos funcionam
           como forma de “prender” os clientes.
        Peso relativo das compras no total de custos da indústria
        Peso relativo nas vendas do fornecedor (as nossas decisões de compra afectam a
           estrutura de vendas dos fornecedores, neste caso os clientes têm maior poder
           negocial)
        Existência de “inputs” substitutos tende a diminuir o poder negocial dos
           fornecedores (os inputs é tudo aquilo que usamos no processo produtivo e que
           compramos aos fornecedores para imputar ao nosso processo de fabrico)
        Estandardização dos produtos e facilidade da sua limitação.

Factores do poder negocial dos clientes:
        Factores do poder negocial dos fornecedores
        Sensibilidade ao preço (quanto maior for a sensibilidade ao preço do cliente, maior
            será o seu poder negocial)
       (um cliente que não é sensível ao preço, quando passa por uma grande variação do
       preço tende a não mudar a sua quantidade procurada; no caso inverso, quando um
       cliente sensível ao preço passa por uma pequena variação do preço variará a
       quantidade procurada)

Factores de entrada de novos concorrentes:
        Barreiras à entrada (economias de escala; diferenciação do produto, referência e
            lealdade dos clientes; necessidades de investimento; acesso às tecnologias; acesso
            a canais de distribuição; restrições político-legais)
   Retaliação à entrada (preços; recursos disponíveis (ex: mat-primas, tecnologia);
            acções de marketing (ex: campanhas, ocupação de canais); cooperação entre
            operadores instalados)

Actividades
        As actividades podem acrescentar ou não valor a uma empresa e dividem-se em
actividades principais e actividades de suporte. As actividades principais criam, directamente,
valor para os clientes, já as actividades de suporte apoiam as actividades principais de modo a
permitirem facilitar e melhorar o seu desempenho. As actividades principais são compostas
por: a logística à entrada, as operações, a logística à saída, o marketing e vendas, e o serviço
pós-venda. Quanto às actividades de apoio constituem-se pelas infra-estruturas de gestão, a
gestão de recursos humanos, a investigação e desenvolvimento tecnológico, e o
aprovisionamento.

Cadeia de valor
        É utilizada a denominada Análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades, ameaças);
para procedermos à esta análise temos que: identificar a estratégia da organização; identificar
e caracterizar as principais mudanças no ambiente (ameaças e oportunidades); e identificar e
caracterizar os recursos essenciais e a capacidade estratégica da organização (pontos fortes e
pontos fracos). Serve/permite entender de que forma as actividades se interligam; serve para
distinguir actividades separada ou individualmente; utilizam-se, por excelência, para
determinar as actividades de uma empresa que para as desempenhar utilizam recursos).
Existem actividades de tipos diferentes que podem ou não ajudar à criação de valor para uma
empresa. (ver também integração vertical e horizontal).

Recursos
       Meio que uma empresa dispõe, em seu proveito, para desenvolver actividades de
modo a alcançar um fim. Podem ser denominados por recursos fortes, ou seja, activos
competitivos determinantes da competitividade e capacidade de sucesso no mercado, de uma
empresa. Exemplos disso são os recursos: financeiros, organizacionais, físicos, humanos, legais,
informacionais e relacionais (habilidades, conhecimentos, activos, alianças e
empreendimentos).

Competências
         É algo que uma organização aprendeu a desempenhar bem, ou seja, é uma
capacidade/habilidade para realizar alguma tarefa de forma satisfatória. Quase sempre é
produto da experiência resultante do acumulo de aprendizado e do desempenho de uma
actividade interna. Pode criar novas oportunidades de negócio. Se se tratar de uma
competência diferenciada, pode ser um recurso forte competitivo que dê a possibilidade de
levar a cabo uma melhor posição financeira e competitiva à empresa.

∗ BASES DE ESCOLHA ESTRATÉGICA:
VANTAGEM COMPETITIVA




                 AMBIENTE COMPETITIVO
                                        Custo Baixo     Diferenciação

                 Mercado-alvo Liderança em
                                                           Diferenciação (2)
                     Amplo    Custos (1)
                                                  Estratég.
                                                  Hibrida (5)
                 Mercado-alvo Focalização                        Focalização
                    Restrito  nos custos (3)               diferenciação (4)

1- Liderança em custos: A empresa pretende ter os custos mais baixos do seu sector
   económico. Idealmente tenta produzir a um custo relativamente baixo e vender a um
   preço relativamente alto, conseguindo, desta forma, grandes margens de lucro. (a
   liderança não está ao alcance de todos, só do líder, por isso que é uma estrat. difícil, e
   trata-se de liderança em custos e não em preços – a empresa que consegue ter os
   preços mais baixos, é naturalmente a que tem custos mais baixos; preços baixos →
   cotas de mercados altas o que facilita as economias de escala);
Como liderar em custos:
   ∗ Criar economias de escala (custos fixos mais baixos);
   ∗ Gerir criteriosamente os custos dos inputs chave – mat.-prima, MOD, GGF;
   ∗ Articular as ligações entre actividades de cadeia de valor;
   ∗ Redesenhar (simplificar) processos de negócios;
   ∗ Eliminar actividades da cadeia de valor (usar terceiros para eliminar actividades);
   ∗ Desenvolver sinergias entre unidades de negócio (vantagem com concessões com
       fornecedores);
   ∗ Simplificar o desenho do produto;
   ∗ Oferecer produtos básicos, sem extras;
   ∗ Recorrer a processos tecnológicos simples e de capital menos intensivo;
   ∗ Evitar o uso de materiais de custo elevado;
   ∗ Abordar directamente o mercado, sem intermediários;
   ∗ Localizar próximo de forneceres e clientes (reduz custos de transportes).

Condições favoráveis a uma estratégia baseada nos custos:
   ∗ A concorrência com base no preço é forte;
   ∗ O produto é estandardizado ou facilmente acessível;
   ∗ Existem poucas formas de diferenciação que acrescentam valor para o cliente;
   ∗ Os compradores possuem uma utilização indiferenciada do produto;
   ∗ Existem baixos custos de mudança para os clientes;
   ∗ Os clientes são grandes e possuem poder negocial.

2- Diferenciação: É um desenvolvimento de uma oferta única do sector e com valor
    acrescentado para o cliente. Há a capacidade de praticar preços mais elevados do que
    os concorrentes. Daí que há uma elevada rentabilidade resultante da lealdade à marca
    e baixa sensibilidade ao preço. FACTORES DE DIF.: qualidade, tecnologia, design,
    imagem e prestígio da marca (bonito, bom e barato), excelência de serviço,
    distribuição, etc. (implica sempre custos acrescidos porque qualquer dos factores
    requer investimento).

Condições favoráveis a uma estratégia de diferenciação que satisfazem o cliente:
   ∗ Existem muitas formas de diferenciação que satisfazem o cliente;
   ∗ As necessidades e utilizações dos clientes são diversas;
∗    Existem poucos rivais com estratégias de diferenciação idênticas;
                         ∗    Rápida evolução tecnológica que leva os concorrentes a desenvolver as suas
                              características diferenciadoras na sua oferta.

         3- 4-Focalização: Consiste em servir da melhor maneira um mercado-alvo específico
                         (nichos ou grupos de clientes). A organização irá depois adequar a sua estratégia ao
                         mercado-alvo podendo actuar com base em custos baixos ou diferenciação.

         Condições favoráveis a uma estrtatégia de focalização:
            ∗ É difícil ou custoso para os concorrentes actuar no mesmo segmento ou nicho;
            ∗ Não existem rivais focalizados no mesmo segmento;
            ∗ Os recursos da empresa são insuficientes para actuar em todo o mercado;
            ∗ O mercado possui muitos segmentos diferentes, havendo por isso mais
                oportunidades.

         5- Estratégia Hídrica: É difícil de aplicar pois combina fontes de vantagens competitivas
                         baseadas, em simultâneo, em custos baixos e em diferenciação. No entanto, implica
                         desenvolver ofertas diferenciadas mas com custos baixos, criando mais valor para os
                         clientes.

∗ DIRECÇOES ESTRATÉGICAS:
                                                   Produtos (oferta)
                                              Actuais                Novos
  Mercados
             (procura)




                                              retirada         desenvolvimento
                             Actuais        manutenção                 dos
                                       penetração no mercado        produtos
                                         desenvolvimento de
                             Novos                               diversificação
                                             mercados


       → Retirada
Algumas situações de retirada: a componente especulativa do negócio insustentável à
manutenção (ex. construção de imobiliária); as políticas públicas seleccionam novas áreas de
actuação e retiram-se de outras (ex. privatização); fazer fortuna e retirar-se; retirada parcial
por concessão de direitos; liquidação forçada (no caso das multinacionais).

                         → Manutenção e Penetração no mercado




                         → Desenvolvimento e expansão do produto: situações em que há: mudança dos
                              desejos e necessidades dos clientes (ex. moda ou entrada de novos produtos);
                              novas necessidades da sociedade (ex. novos serviços públicos); organizações
                              orientadas para o produto com divisões por produtos ou um I&D muito forte (ex
                              produtos cosméticos e higiénicos); ciclos de vida muito curtos (ex. electrónica de
                              consumo).
→ Desenvolvimento e expansão de mercados: situações em que há: entrada em
            novos mercados (ex. refeições ao domicilio); exploração de novas utilidades do
            produto (ex. oportunidades detectadas em medicamento); expansão para novas
            áreas geográficas (ex. internacionalização).
        → Diversificação (associada à estratégia corporativa)
Diversificação Relacionada
         A diversificação relacionada denomina-se pelo desenvolvimento para além do
mercado e dos produtos da organização mas nas fronteiras do sector em que a organização se
insere. Por outras palavras, podemos dividir este tipo de diversificação em integração vertical e
integração horizontal.
         A vertical incide, a montante, no desenvolvimento de negócios/actividades
relacionadas com o input do negócio/actividade actual da organização; estende no âmbito de
actuação de organização no seio da mesma indústria, no sentido dos fornecedores. Já a
jusante, incide no desenvolvimento de negócios/actividades relacionadas com o output do
negócio/actividade actual da organização; estende o âmbito de actuação da organização no
seio da mesma indústria, no sentido dos utilizadores do produto final.
         A horizontal, esta diversificação, relaciona-se com o desenvolvimento de
actividades/negócios concorrentes ou directamente relacionadas e complementares à
actividade actual da organização; alarga o âmbito de actuação da organização no seio da
mesma indústria.

Diversificação Não-Relacionada
        A diversificação não-relacionada ou conglomerada denomina-se pela diversificação das
actividades/negócios da organização para produtos e mercados que não possuem uma relação
clara com os seus actuais produtos e mercados.

∗ MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA (DEFINIÇÕES):

∗ DESENVOLVIMENTO        INTER-ORGANIZACIONAL: é um conjunto de alianças estratégicas
incluindo fusões e aquisições; redes inter-organizacionais; outras formas de relacionamento
inter-organizacional (ex: relação vendedor-comprador); implica uma maior rapidez para aceder
a novos produtos e/ou mercados e é adequado quando existe falta de competências para
desenvolver estratégias internas; é frequente em sectores maduros e pode criar sinergias
financeiras, de gestão, de mercados e de produtos, como pode também provocar dificuldades
de alinhamento cultural entre organizações.

DESENVOLVIMENTO         ORGANIZACIONAL/INTERNO/ORGÂNICO:            é    um     crescimento
orgânico/interno do qual não cria dependência perante terceiros porque utiliza os seus
próprios recursos uma vez que os custos inferiores às aquisições; é atractivo para as
organizações com recursos escassos, já que constituem menor risco de problemas culturais e
sociais do que no desenvolvimento inter-organizacional. A Dinâmica Organizacional passa por:
                           ∗ Tipos de mudança
                           ∗ Barreiras à mudança
                           ∗ Catalisadores/incentivos da mudança
                           ∗ Processo da mudança

TIPOS DE MUDANÇA:
NATUREZA DA MUDANÇA
                                          Incremental Transformacional
                   ESTILO                               transformação
                                Proactivo   sintonia
                                                           planeada
                     DE
                                                        transformação
                                Reactivo   adaptação
                  GESTÃO                                    forçada

A Adaptação seria um estilo de gestão reactivo, isto é, cujo os gestores da própria empresa
vão a reboque dos acontecimentos reagindo e adaptando-se à mudança; de natureza
incremental, isto é, de uma forma gradual e lenta, onde a mudança é menos intensa.

Já a Transformação pode ser planeada ou forçada no caso da mudança ser de natureza
transformacional, isto é, há uma mudança intensa, forte, repentina, que ocorre num dado
espaço de tempo. Essa transformação é planeada se o estilo de gestão da organização for
proactivo, ou seja, se os próprios gestores provocarem os acontecimentos, se forem a
locomotiva deles; e pode ser também uma transformação forçada quando o estilo de gestão
da organização for reactivo, ou seja, os gestores adaptam-se à mudança gerindo os
acontecimentos (vão a reboque deles).

A Sintonia é um estilo de gestão proactivo, ou seja, os gestores provocarem os acontecimentos
(são a locomotiva deles) cuja natureza da mudança é incremental, ou seja, lenta, gradual,
menos intensa.

BARREIRAS ÀS MUDANÇAS:
           Rotina (cultura, cerimonias e símbolos enraizados)
           Sistemas e controlo e compensação (não favorece a inovação)
           Estruturas organizacionais (se pesadas e pouco flexíveis, não acompanham a
             mudança ambiental)
           Estilo de gestão prevalecente (gestão conduzida de forma reactiva)
           Relação de poder e dependência (interesses instalados limitam a mudança)
           Capacidade das pessoas (o perfil das pessoas não favorece a mudança)
CATALISADORES DA MUDANÇA: (factores que incentivam à mudança)
          Aumento da concorrência
          Perda de quota de mercado
          Oportunidades/ameaças previstas
          Queda de desempenho financeiro
          Nova liderança na organização
          Desenvolvimento tecnológico
          Recessão económica
DESENVOLVIMENTO INTER-ORGANIZACIONAL:
   ∗   Tipos de relações inter-organizacionais;
                    Alianças estratégicas, incluindo fusões e aquisições,
                    Redes inter-organizacionais,
                    Outras formas de relacionamento inter-organizacional (pe. Relação
                       vendedor – comprador);
   ∗   Alianças estratégicas;
   ∗   Vantagens das A.E.;
∗   Dificuldades das A.E..

    ALIANÇAS ESTRATÉGICAS
AE: é uma colaboração de uma ou mais organizações para atingir metas estratégicas através
de uma orientação comum dessas organizações; há um empenho de longo-prazo e não um
envolvimento táctico e circunstancial; trata-se de uma contribuição dos recursos dos parceiros
em prol de objectivos comuns e os resultados devem possuir valor estratégico para os
parceiros.

Vantagens:
Permitem aceder a recursos dos parceiros, reduzir o risco e a incerteza, desenvolver
competências e a aceder ao mercado.




Dificuldades das A.E. passam por limitar:
→ Reciprocidade (afectar uma empresa por uma coisa que a outra empresa não tem):
               ∗ falta de reciprocidade nos benefícios;
               ∗ desconfiança entre os parceiros;
→ Cultura Organizacional:
               ∗ incompatibilidade entre os sistemas de gestão das empresas;
               ∗ desconhecimento a nível da cultura organizacional da outra parte;
→ Dificuldades operacionais:
               ∗ afastamento geográfico;
               ∗ tempo gasto em negociações;
               ∗ aspectos jurídicos e contratuais;
               ∗ resistências internas;
→ Capacidade organizacional, em PME’s:
               ∗ ser de pequena dimensão;
               ∗ existir escassez de recursos financeiros;
→ Comunicação entre organizações:
               ∗ diferenças de expectativas.

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Resumos D..

  • 1. ∗ EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ESTRATÉGICA: Fase 1 – Planeamento Financeiro (1900-1950): o planeamento financeiro é de natureza estritamente contabilística; trata-se da elaboração de um orçamento anual que não passa além de 1 ano (curto prazo); orienta-se para o controlo operacional no final de cada mês obtendo-se uma visão sobre o volume de vendas e o volume de compras associado; há uma ausência de reflexão estratégica sobre a organização e o seu ambiente; é um processo centralizado na gestão de topo e denota-se a ausência de formalização ou realização; e realização de simples orçamentos anuais. Fase 2 – Planeamento de Longo prazo (1950-1960): o objectivo é prever o futuro recorrendo a técnicas de previsão como os modelos de regressão (mas estes métodos podem levar a erros de previsão uma vez que aplica-se a simples projecções do passado com aplicação determinística e estatística); a organização começa a preocupar-se com o longo prazo, com o crescimento das empresas maiores e mais complexas, e a área contabilística e a área financeira não são as únicas, uma vez que existem preocupações também com a produção, marketing, recursos humanos, etc. Fase 3 – Planeamento estratégico (1960-1980): A escola mais nobre do planeamento estratégico é a gestão estratégica. Comparativamente à fase anterior, no planeamento estratégico há mais ênfase na análise do ambiente, em todas as áreas/actividades/funções/negócios da organização e na criação de sinergias entre elas (estratégia corporativa). Para além disto o curto prazo e o longo prazo estão interligados e recorre-se a técnicas (as quais envolvem cenários diferentes) de planeamento cada vez mais sofisticadas. Graficamente, podemos denominar por “Gap Planeamento” (*) a diferença entre o futuro previsível (2) e o futuro desejável (1) (a empresa pretende equacionar o futuro desejável de acordo com o futuro previsível da mesma). (1) V10 (*) 5 anos depois o (2 ) volume V5 aumenta 0 P 10 tempo 5 Sabendo que, a estratégia é o resultado de um processo racional, sequencial, planeado, metódico e detalhado (exemplo: o nosso horário de aulas), o planeamento estratégico considera, então, diferentes estratégias alternativas, avalia o risco de cada uma delas e escolhe a solução óptima. Ou seja, é um processo contínuo, sistemático e planeado de recolha e tratamento de informação sobre o ambiente e toda a organização visando a tomada antecipada de decisões através das quais a organização se adapta, modifica e actua sobre o ambiente em que está inserida com vista a atingir um estado futuro mais desejável. Envolve a definição de objectivos a atingir, acções a implementar, quem são os responsáveis por elas e quando serão implementadas. Limitações do planeamento estratégico: julga que a estratégia duma organização pode e acima de tudo, deve resultar de formas de planeamento altamente sistematizados; negligencia a dimensão social, cultural e política das organizações; os indivíduos, grupos e
  • 2. departamentos contribuem para o planeamento de forma limitada; o processo era conduzido por especialistas ou departamentos de planeamento fechados sobre si próprios e por vezes desligados da realidade; centrava-se em detalhes e análises pormenorizadas e extensas em detrimento duma visão real para a organização; baseava-se em excesso de informação que nem sempre distinguia o verdadeiramente importante do acessório para o futuro da organização; confundia-se habitualmente os conceitos de plano (documento onde é explicitado o processo de planeamento, deve ser levado como um meio de perceber/gerir a estratégia, e não como um fim para resumir a estratégia) e planeamento (processo de pôr o plano em execução); e baseava-se na procura duma “estratégia certa”, quase mítica. Fase 4 – Gestão estratégica (surge em meados da década de 1970): apenas se afirma nas décadas de 1980 e 1990; incorpora outras perspectivas sobre a estratégia que o planeamento estratégico não engloba, permitindo ultrapassar as suas limitações, ou seja, para além do planeamento estratégico, a gestão estratégica dá importância a outros aspectos como: o papel da cultura organizacional na formação de estratégia; o comportamento político dos “stackholders” nas decisões estratégicas; a influência da liderança no rumo da organização; a capacidade empreendedora dos gestores e das suas organizações; o determinismo ambiental; a aprendizagem organizacional, conhecimento, inovação e tecnologia; e a dinâmica globalização vs localização. Contexto de aplicação: organizações privadas e públicas; lucrativas e não lucrativas; familiares e não familiares; industriais e de serviços; grandes e pequenas; nacionais, internacionais, multinacionais e globais; organizações no seu todo, a uma ou a algumas das suas partes. Horizonte temporal: tradicionalmente é de longo prazo; os planos de curto prazo devem ser encarados como fazendo parte do processo global de análise, escolha e implementação da estratégica; o horizonte temporal deve ter como referencia o período de tempo necessário para avaliar o efeito das decisões que vão ser tomadas; o contexto (p.e.: sector; tipo de organização; intensidade da mudança) influencia o horizonte a definir (quanto maior a instabilidade ambiental, maior será a facilidade de gerir a estratégia). Categorias de Estrategicas Operacionais Tácticas decisão nível de estratégica e operacional intermédio gestao instituiconal risco e elevado baixo médio incerteza orientação global execução das execução das postura da organização decisões tacticas decisoes estrateg. horizonte longo prazo curto prazo médio prazo temporal ambiguidade muito elevada baixa baixa reversibilidade fraca forte média informação concretada agregada desagregada (detalhada) Natureza da Decisões Estratégicas: dizem respeito a todas as actividades/funções (f: distribuição, administração, produção, RH, marketing) da organização e não a nenhum domínio em particular; resultam do confronto da actividade organizacional com o ambiente onde a organização actua; resultam da adequação da actividade da organização aos recursos disponíveis; provocam grandes consequências para a organização; afectam as decisões operacionais e tácticas; são influenciadas pelos valores, crenças e expectativas dos grupos de interesse, internos e externos (“stackholders”) à organização; e provocam efeitos de longo prazo influenciando a posição e o rumo da organização.
  • 3. Estratégica é então, uma direcção e âmbito da actuação de uma organização no longo prazo visando alcançar algum tipo de vantagem (desempenho superior) através da configuração dos seus recursos num contexto ambiental em mudança indo ao encontro das necessidades dos mercados e das expectativas dos grupos de interesse. ∗ CONCEITOS DO PROCESSO DA GESTÃO ESTRATÉGICA: nível estratégico nível intermédio nível operacional missão políticas programa ou metas acções planos objectivos procedimentos operacionais estratégias regulamentares orçamentos Missão: identifica uma visão/cenário desejável do futuro da organização que possa constituir- se numa referência ideal comum para a organização, orientando o comportamento e decisões e motivando a acção. (exemplo: McDonald’s: satisfazer o apetite do mundo por boa comida, bem servida, a um preço que as pessoas possam pagar_objectivo global) Informação que pode surgir na missão: actividade actual e futura da organização (oferta em termos de produtos e serviços (negócio);mercados/públicos/grupos de interesse e tecnologias empregues); visão e meta principal da organização (p.e.: liderança, rentabilidade, crescimento); como atingir a meta e cumprir a declaração da missão (estratégias dominantes); valores dominantes na organização (p.e.: cultura prevalecente, imagem pública); Metas: são os valores que se pretendem conseguir obter no futuro como resultado da actividade da organização (exemplo: aumentar a quota de mercado; atingir um nível de custos à media do sector) – (não identifica um horizonte tempo definido, diz respeito a toda a organização e por isso é mais genérica, são qualitativas) Objectivos: são os valores que se pretendem conseguir obter no futuro expressos geralmente de forma quantitativa, tendo um horizonte temporal bem definido. Podem se definidos para toda a organização ou a partes da organização (exemplo: atingir uma quota de mercado de 5% até ao final do ano; reduzir os custos para ¾ da média do sector num período de 4 anos) – (identificam um horizonte temporal (ex. 6 meses), podem dizer respeito a toda a organização mas também pode ser aplicado às partes da organização (ex. objectivos financeiros, objectivos de produção, objectivos marketing, etc.), são quantitativos). Estratégias: envolve a decisão sobre e como aplicar os recursos da organização de forma a atingir os objectivos definidos tendo presente o ambiente da organização e as expectativas dos agentes envolventes; a estratégia não pretende definir com exactidão como os objectivos serão atingidos, tal será o propósito dos planos operacionais; é sobretudo um instrumento que enquadra os raciocínios e decisões da organização. Políticas: são normas, princípios de actuação que guiam a gestão corrente, orientando as decisões aos diversos níveis de gestão e procurando assim assegurar a sua coerência com os objectivos e estratégias das quais emanam. Acções e procedimentos regulamentares: estabelecem formas de guiar a acção detalhando como determinada tarefa deve ou não ser realizada numa dada situação permitindo o exercício do controlo.
  • 4. Programas ou Planos operacionais: detalham as melhores formas de implementar as orientações estratégicas no sentido de serem atingidos os objectivos em determinado tempo de execução – define o horizonte temporal e se são de execução então são de curto prazo. Exemplos de programas e planos operacionais: Politica de Marketing Política de RH plano de vendas plano de promoções plano de promoção plano de remunerações plano de publicidade plano de formação plano de distribuição plano de recrutamento e selecção Política de Produção Política Financeira plano de produção plano financeiro plano de manutenção plano de investimento plano de qualidade plano de tesouraria plano de aprovisionamento plano de resultados Orçamentos: traduzem em termos numéricos, para um período determinado, os resultados esperados; quantificam os planos operacionais e são expressos em valor, tempo, unidades fiscais ou outras; traduzem os objectivos financeiros da organização. ∗ ESTRATÉGIA EM EMPRESAS COM VÁRIOS NEGÓCIOS: CORPORAÇÃO NEGÓCIO FUNÇÃO Missão, missão, metas objectivos objectivos metas e e objectivos do negócio funcionais objectivos formulação estratégia estratégia estratégia da estratégia corporativa do negócio funcional Exemplo da General Electric Presidente do Cons. Administ. nível corporativo Conselho de Administração nível do negócio General E. General E. General E. General E. Aviões Iluminação Motors Plásticos nível funcional Produção Marketing Contabilidade I& D ∗ PROCESSO DE GESTÃO ESTRATÉGICA: Análise Estratégica posição Escolha Implementação Estratégica estratégica decisão acção ∗ AMBIENTE GERAL: É mais restrito e é comum às organizações E spec ífico do mesmo sector de actividade económica MicroAmbiente – empresas concorrentes; análise de Ge ral (é o mais próximo da realidade fornecedores e clientes. corresponde ao sector da actividade económica em que a MacroAmbi ente empresa actua) (comum a todas as organizações independentemente MacroAmbiente Ambiente do ramo/actividade MicroAmbiente Interno em que actua)
  • 5. No ambiente geral existem: (1): os níveis do ambiente e; (2): as dimensões do ambiente. (1) Os níveis do ambiente seguem a seguinte hierarquia: começa pelo nível global, seguido do nível que funciona com um grupo de países (Península Ibérica, UE, etc.), nível de um país, o nível regional (distrito, Nuts, área metropolitana, comunidade urbana, etc.), e por fim o nível local (conselho, freguesia, etc.). (2) As dimensões do ambiente funcionam a partir da Análise PEST (Politico legais, Económica, Sócio-cultural, Tecnológica). Exemplos: variáveis Político-Legais Económicas situação política; valor e tendência da taxa de inflação, taxa d e juro, PIB; dimensões política fiscal; índices de produtividade; níveis P E S T leg islação económica; polít icas concorrências; leg . da protecção do ambiente; taxa de desemprego e disponibilida de de mão-de-obra; regulação do comércio internacional; polít ica industrial; (níveis: global ou grupo de p aíses) barreiras à ent rada; programas de apoio às empresas; poder de compra, sua evo lução e distribuição; leg islação laboral (nível país); Sócio-culturais Tecnológicas evolução demográficas; polít ica de I&D; conflitualidade social; processos e métodos de produção; migra ções; descobertas, dsenvolvimento e disseminação de novas níveis de escolaridade; tecnologias; sub-variáveis tempo sindicatos; inf ra-est ruturas científicas e técnicas; é mais fácil esta matriz movimentos de defesa do consumidor; invest imento em I &D; se concretizar teoricamente grupos sociais, étnicos e religiosos; do queconcretizá-la na prática. valores, atitudes e estilos de vida; Procedimentos de análise do ambiente geral:  gerar uma grande quantidade de informação através duma lista exaustiva das variáveis que compõem as diferentes dimensões do ambiente, ponderando os vários níveis do ambiente;  identificar um número restrito das variáveis ambientais mais influentes na estratégia da organização e efectuar a análise dessas variáveis nos níveis do ambiente considerados mais relevantes para a organização;  identificar as mudanças de longo prazo no ambiente que rodeia a organização;  examinar o impacto das influências externas na organização quer em termos históricos, quer para o futuro. ∗ AMBIENTE ESPECÍFICO: As cinco forças competitivas: Servem para analisar a indústria a fim de escolher e gerir a estratégia; permitem compreender as bases da rentabilidade e o ambiente específico duma organização; são o ponto de partida para a formulação de uma estratégia; são fundamentais para acompanhar a evolução no que respeita às 5 forças e aos factores que os influenciam; em diferentes sectores uma das forças competitivas e alguns dos factores tende a assumir-se como mais importantes (que forças e factores são mais importantes?); cada organização deve assumir uma posição activa tentando modelar a evolução de cada força/factor e do seu sector (qual a posição de cada rival face a cada força? poderá a estratégia competitiva da organização influenciar as forças competitivas? p.e. barreiras à entrada); e por fim, a actuação de uma organização pode ter efeitos negativos para o sector. A rentabilidade das empresas de um determinado sector é explicada pelo modelo das 5 forças competitivas. Estas 5 forças explicam as que tem a rentabilidade média ou superior e por conseguinte temos de ver o impacto que tem estas forças. A rentabilidade média é maior ou menor conforme actua cada uma destas forças.
  • 6. Rivalidade na indústria: pretende-se compreender os factores que contribuem para a maior ou menor rentabilidade de uma determinada indústria; quanto maior for o preço que a indústria pratica, maior será a rivalidade, e vice-versa. Quanto maior for a rivalidade de um sector ou indústria menor será a rentabilidade. Poder negocial dos novos concorrentes: traduz-se na capacidade que eles têm para praticar preços superiores; e se esses preços são grandes, as nossas rendibilidades são baixas, isto porque estes preços são para nós custos. Quanto maior o poder negocial dos fornecedores de uma indústria a rentabilidade tende a descer porque esse poder dos fornecedores permite a que estes pratiquem preços mais altos e daí a diminuição da rentabilidade (quanto mais caro comprarmos as nossas matérias-primas menor será a nossa rentabilidade). Ameaça de novos concorrentes: quanto maior for a ameaça, menor será a rendibilidade; quando uma empresa é atractiva (elevada rentabilidade); são empresas que querem entrar na nossa indústria (no sector). Desta forma, a rendibilidade tende a diminuir uma vez que, as empresas instaladas diminuem os preços de modo a impedir a entrada de novas empresas. Poder negocial dos clientes: quanto maior o poder negocial dos clientes, menor é a nossa rendibilidade uma vez que, os clientes quando têm poder, podem fazer exigências de preços e isso acarreta preços baixos que nos originam baixas rendibilidades. Ameaça de produtos substitutos: quanto maior for a ameaça, menor será a rendibilidade porque são produtos que cumprem as mesmas funções a preços mais baixos e isso provoca uma queda da rentabilidade; o mecanismo utilizado é a baixa de preços e isso traz quebras na rentabilidade das indústrias; este mecanismo é usado uma vez que as empresas instaladas receiam que os seus produtos sejam substituídos. O Papel do Estado nas cinco forças competitivas: o estado afecta directa e indirectamente cada uma das 5 forças competitivas; afecta enquanto legislador e regulador colocando barreiras à entrada por motivos económicos, técnicos, de segurança, defesa e protecção ambiental (ex: ASAE: as suas regras impostas limitam e criam mais barreiras à entrada). O estado pode também influenciar a pressão de produtos substitutos ou a ameaça de novos concorrentes, nomeadamente, concedendo subsídios ou cobrando impostos. Desta forma, actua como cliente e como fornecedor. Factores da rivalidade na indústria:  Crescimento (associado ao volume de vendas) de uma indústria (quanto maior o crescimento maior será a rivalidade, porque a preocupação das empresas é responder à procura e acompanhar o crescimento do mercado, e não pretendem arranjar mecanismos para aumentar a rivalidade);  Grau de diferenciação dos produtos nas marcas (quanto maior a diferenciação dos produtos - marcas com diferentes posicionamentos - mais segmentados estes vão ser e assim menor será a rivalidade no sector, quando os produtos são diferentes uns dos outros tendem a ser menos rivais e menor concorrência existirá, daí a menor rivalidade da indústria);  Nível de custos fixos - associados às economias de escala que são o mecanismo onde as empresas vão aumentar as quantidades produzidas de forma a reduzir os custos fixos (quanto maior os custos fixos maior é a necessidade de criar economias de escala e isso aumenta a rivalidade na indústria, uma vez que as empresas ao aumentarem a quantidade produzida vão ter de escoar (vender) os
  • 7. produtos para o mercado e isso vai desencadear naturalmente um nível maior de rivalidade porque vai haver mais produtos para vender);  Quantidade de operadores instalados (quanto maior a quantidade de operadores instalados maior tenderá a ser a rivalidade; caso contrário, se apenas existir um nº muito baixo de operador (1=monopólio) não haveria rivalidade);  Equilíbrio entre os operadores instalados (quanto maior o equilíbrio maior será a rivalidade porque no sector vai tudo querer se destacar e não estar uns iguais aos outros quanto aos factores de desempenho);  Sazonalidade (empresas que tem ciclos muito variáveis ao longo do tempo) e sobrecapacidade intermitente;  Montante de despesas irreversíveis de investimento (é uma despesa que depois de ter sido feita é impossível voltar atrás);  Barreiras à entrada (ex: subsídios; contratos de trabalho). Factores de pressão de produtos substitutos:  Relação preço-qualidade dos substitutos (quanto maior o preço-qualidade, maior será a pressão)  Rentabilidade da indústria substituta  Comportamento e hábitos do consumidor  Grau de obsolescência tecnológica (quanto maior for, maior será a pressão) (economicamente a perda de valor de um bem sofre em resultado do progresso técnico ou da evolução dos comportamentos)  Disponibilidade no mercado (quanto maior for, maior será a pressão) Factores do poder negocial dos fornecedores:  Concentração de fornecedores  Custo de mudança de fornecedor é de 2 tipos: interromper a relação com o fornecedor e iniciar a relação com um novo fornecedor; estes custos funcionam como forma de “prender” os clientes.  Peso relativo das compras no total de custos da indústria  Peso relativo nas vendas do fornecedor (as nossas decisões de compra afectam a estrutura de vendas dos fornecedores, neste caso os clientes têm maior poder negocial)  Existência de “inputs” substitutos tende a diminuir o poder negocial dos fornecedores (os inputs é tudo aquilo que usamos no processo produtivo e que compramos aos fornecedores para imputar ao nosso processo de fabrico)  Estandardização dos produtos e facilidade da sua limitação. Factores do poder negocial dos clientes:  Factores do poder negocial dos fornecedores  Sensibilidade ao preço (quanto maior for a sensibilidade ao preço do cliente, maior será o seu poder negocial) (um cliente que não é sensível ao preço, quando passa por uma grande variação do preço tende a não mudar a sua quantidade procurada; no caso inverso, quando um cliente sensível ao preço passa por uma pequena variação do preço variará a quantidade procurada) Factores de entrada de novos concorrentes:  Barreiras à entrada (economias de escala; diferenciação do produto, referência e lealdade dos clientes; necessidades de investimento; acesso às tecnologias; acesso a canais de distribuição; restrições político-legais)
  • 8. Retaliação à entrada (preços; recursos disponíveis (ex: mat-primas, tecnologia); acções de marketing (ex: campanhas, ocupação de canais); cooperação entre operadores instalados) Actividades As actividades podem acrescentar ou não valor a uma empresa e dividem-se em actividades principais e actividades de suporte. As actividades principais criam, directamente, valor para os clientes, já as actividades de suporte apoiam as actividades principais de modo a permitirem facilitar e melhorar o seu desempenho. As actividades principais são compostas por: a logística à entrada, as operações, a logística à saída, o marketing e vendas, e o serviço pós-venda. Quanto às actividades de apoio constituem-se pelas infra-estruturas de gestão, a gestão de recursos humanos, a investigação e desenvolvimento tecnológico, e o aprovisionamento. Cadeia de valor É utilizada a denominada Análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades, ameaças); para procedermos à esta análise temos que: identificar a estratégia da organização; identificar e caracterizar as principais mudanças no ambiente (ameaças e oportunidades); e identificar e caracterizar os recursos essenciais e a capacidade estratégica da organização (pontos fortes e pontos fracos). Serve/permite entender de que forma as actividades se interligam; serve para distinguir actividades separada ou individualmente; utilizam-se, por excelência, para determinar as actividades de uma empresa que para as desempenhar utilizam recursos). Existem actividades de tipos diferentes que podem ou não ajudar à criação de valor para uma empresa. (ver também integração vertical e horizontal). Recursos Meio que uma empresa dispõe, em seu proveito, para desenvolver actividades de modo a alcançar um fim. Podem ser denominados por recursos fortes, ou seja, activos competitivos determinantes da competitividade e capacidade de sucesso no mercado, de uma empresa. Exemplos disso são os recursos: financeiros, organizacionais, físicos, humanos, legais, informacionais e relacionais (habilidades, conhecimentos, activos, alianças e empreendimentos). Competências É algo que uma organização aprendeu a desempenhar bem, ou seja, é uma capacidade/habilidade para realizar alguma tarefa de forma satisfatória. Quase sempre é produto da experiência resultante do acumulo de aprendizado e do desempenho de uma actividade interna. Pode criar novas oportunidades de negócio. Se se tratar de uma competência diferenciada, pode ser um recurso forte competitivo que dê a possibilidade de levar a cabo uma melhor posição financeira e competitiva à empresa. ∗ BASES DE ESCOLHA ESTRATÉGICA:
  • 9. VANTAGEM COMPETITIVA AMBIENTE COMPETITIVO Custo Baixo Diferenciação Mercado-alvo Liderança em Diferenciação (2) Amplo Custos (1) Estratég. Hibrida (5) Mercado-alvo Focalização Focalização Restrito nos custos (3) diferenciação (4) 1- Liderança em custos: A empresa pretende ter os custos mais baixos do seu sector económico. Idealmente tenta produzir a um custo relativamente baixo e vender a um preço relativamente alto, conseguindo, desta forma, grandes margens de lucro. (a liderança não está ao alcance de todos, só do líder, por isso que é uma estrat. difícil, e trata-se de liderança em custos e não em preços – a empresa que consegue ter os preços mais baixos, é naturalmente a que tem custos mais baixos; preços baixos → cotas de mercados altas o que facilita as economias de escala); Como liderar em custos: ∗ Criar economias de escala (custos fixos mais baixos); ∗ Gerir criteriosamente os custos dos inputs chave – mat.-prima, MOD, GGF; ∗ Articular as ligações entre actividades de cadeia de valor; ∗ Redesenhar (simplificar) processos de negócios; ∗ Eliminar actividades da cadeia de valor (usar terceiros para eliminar actividades); ∗ Desenvolver sinergias entre unidades de negócio (vantagem com concessões com fornecedores); ∗ Simplificar o desenho do produto; ∗ Oferecer produtos básicos, sem extras; ∗ Recorrer a processos tecnológicos simples e de capital menos intensivo; ∗ Evitar o uso de materiais de custo elevado; ∗ Abordar directamente o mercado, sem intermediários; ∗ Localizar próximo de forneceres e clientes (reduz custos de transportes). Condições favoráveis a uma estratégia baseada nos custos: ∗ A concorrência com base no preço é forte; ∗ O produto é estandardizado ou facilmente acessível; ∗ Existem poucas formas de diferenciação que acrescentam valor para o cliente; ∗ Os compradores possuem uma utilização indiferenciada do produto; ∗ Existem baixos custos de mudança para os clientes; ∗ Os clientes são grandes e possuem poder negocial. 2- Diferenciação: É um desenvolvimento de uma oferta única do sector e com valor acrescentado para o cliente. Há a capacidade de praticar preços mais elevados do que os concorrentes. Daí que há uma elevada rentabilidade resultante da lealdade à marca e baixa sensibilidade ao preço. FACTORES DE DIF.: qualidade, tecnologia, design, imagem e prestígio da marca (bonito, bom e barato), excelência de serviço, distribuição, etc. (implica sempre custos acrescidos porque qualquer dos factores requer investimento). Condições favoráveis a uma estratégia de diferenciação que satisfazem o cliente: ∗ Existem muitas formas de diferenciação que satisfazem o cliente; ∗ As necessidades e utilizações dos clientes são diversas;
  • 10. Existem poucos rivais com estratégias de diferenciação idênticas; ∗ Rápida evolução tecnológica que leva os concorrentes a desenvolver as suas características diferenciadoras na sua oferta. 3- 4-Focalização: Consiste em servir da melhor maneira um mercado-alvo específico (nichos ou grupos de clientes). A organização irá depois adequar a sua estratégia ao mercado-alvo podendo actuar com base em custos baixos ou diferenciação. Condições favoráveis a uma estrtatégia de focalização: ∗ É difícil ou custoso para os concorrentes actuar no mesmo segmento ou nicho; ∗ Não existem rivais focalizados no mesmo segmento; ∗ Os recursos da empresa são insuficientes para actuar em todo o mercado; ∗ O mercado possui muitos segmentos diferentes, havendo por isso mais oportunidades. 5- Estratégia Hídrica: É difícil de aplicar pois combina fontes de vantagens competitivas baseadas, em simultâneo, em custos baixos e em diferenciação. No entanto, implica desenvolver ofertas diferenciadas mas com custos baixos, criando mais valor para os clientes. ∗ DIRECÇOES ESTRATÉGICAS: Produtos (oferta) Actuais Novos Mercados (procura) retirada desenvolvimento Actuais manutenção dos penetração no mercado produtos desenvolvimento de Novos diversificação mercados → Retirada Algumas situações de retirada: a componente especulativa do negócio insustentável à manutenção (ex. construção de imobiliária); as políticas públicas seleccionam novas áreas de actuação e retiram-se de outras (ex. privatização); fazer fortuna e retirar-se; retirada parcial por concessão de direitos; liquidação forçada (no caso das multinacionais). → Manutenção e Penetração no mercado → Desenvolvimento e expansão do produto: situações em que há: mudança dos desejos e necessidades dos clientes (ex. moda ou entrada de novos produtos); novas necessidades da sociedade (ex. novos serviços públicos); organizações orientadas para o produto com divisões por produtos ou um I&D muito forte (ex produtos cosméticos e higiénicos); ciclos de vida muito curtos (ex. electrónica de consumo).
  • 11. → Desenvolvimento e expansão de mercados: situações em que há: entrada em novos mercados (ex. refeições ao domicilio); exploração de novas utilidades do produto (ex. oportunidades detectadas em medicamento); expansão para novas áreas geográficas (ex. internacionalização). → Diversificação (associada à estratégia corporativa) Diversificação Relacionada A diversificação relacionada denomina-se pelo desenvolvimento para além do mercado e dos produtos da organização mas nas fronteiras do sector em que a organização se insere. Por outras palavras, podemos dividir este tipo de diversificação em integração vertical e integração horizontal. A vertical incide, a montante, no desenvolvimento de negócios/actividades relacionadas com o input do negócio/actividade actual da organização; estende no âmbito de actuação de organização no seio da mesma indústria, no sentido dos fornecedores. Já a jusante, incide no desenvolvimento de negócios/actividades relacionadas com o output do negócio/actividade actual da organização; estende o âmbito de actuação da organização no seio da mesma indústria, no sentido dos utilizadores do produto final. A horizontal, esta diversificação, relaciona-se com o desenvolvimento de actividades/negócios concorrentes ou directamente relacionadas e complementares à actividade actual da organização; alarga o âmbito de actuação da organização no seio da mesma indústria. Diversificação Não-Relacionada A diversificação não-relacionada ou conglomerada denomina-se pela diversificação das actividades/negócios da organização para produtos e mercados que não possuem uma relação clara com os seus actuais produtos e mercados. ∗ MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA (DEFINIÇÕES): ∗ DESENVOLVIMENTO INTER-ORGANIZACIONAL: é um conjunto de alianças estratégicas incluindo fusões e aquisições; redes inter-organizacionais; outras formas de relacionamento inter-organizacional (ex: relação vendedor-comprador); implica uma maior rapidez para aceder a novos produtos e/ou mercados e é adequado quando existe falta de competências para desenvolver estratégias internas; é frequente em sectores maduros e pode criar sinergias financeiras, de gestão, de mercados e de produtos, como pode também provocar dificuldades de alinhamento cultural entre organizações. DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL/INTERNO/ORGÂNICO: é um crescimento orgânico/interno do qual não cria dependência perante terceiros porque utiliza os seus próprios recursos uma vez que os custos inferiores às aquisições; é atractivo para as organizações com recursos escassos, já que constituem menor risco de problemas culturais e sociais do que no desenvolvimento inter-organizacional. A Dinâmica Organizacional passa por: ∗ Tipos de mudança ∗ Barreiras à mudança ∗ Catalisadores/incentivos da mudança ∗ Processo da mudança TIPOS DE MUDANÇA:
  • 12. NATUREZA DA MUDANÇA Incremental Transformacional ESTILO transformação Proactivo sintonia planeada DE transformação Reactivo adaptação GESTÃO forçada A Adaptação seria um estilo de gestão reactivo, isto é, cujo os gestores da própria empresa vão a reboque dos acontecimentos reagindo e adaptando-se à mudança; de natureza incremental, isto é, de uma forma gradual e lenta, onde a mudança é menos intensa. Já a Transformação pode ser planeada ou forçada no caso da mudança ser de natureza transformacional, isto é, há uma mudança intensa, forte, repentina, que ocorre num dado espaço de tempo. Essa transformação é planeada se o estilo de gestão da organização for proactivo, ou seja, se os próprios gestores provocarem os acontecimentos, se forem a locomotiva deles; e pode ser também uma transformação forçada quando o estilo de gestão da organização for reactivo, ou seja, os gestores adaptam-se à mudança gerindo os acontecimentos (vão a reboque deles). A Sintonia é um estilo de gestão proactivo, ou seja, os gestores provocarem os acontecimentos (são a locomotiva deles) cuja natureza da mudança é incremental, ou seja, lenta, gradual, menos intensa. BARREIRAS ÀS MUDANÇAS:  Rotina (cultura, cerimonias e símbolos enraizados)  Sistemas e controlo e compensação (não favorece a inovação)  Estruturas organizacionais (se pesadas e pouco flexíveis, não acompanham a mudança ambiental)  Estilo de gestão prevalecente (gestão conduzida de forma reactiva)  Relação de poder e dependência (interesses instalados limitam a mudança)  Capacidade das pessoas (o perfil das pessoas não favorece a mudança) CATALISADORES DA MUDANÇA: (factores que incentivam à mudança)  Aumento da concorrência  Perda de quota de mercado  Oportunidades/ameaças previstas  Queda de desempenho financeiro  Nova liderança na organização  Desenvolvimento tecnológico  Recessão económica DESENVOLVIMENTO INTER-ORGANIZACIONAL: ∗ Tipos de relações inter-organizacionais;  Alianças estratégicas, incluindo fusões e aquisições,  Redes inter-organizacionais,  Outras formas de relacionamento inter-organizacional (pe. Relação vendedor – comprador); ∗ Alianças estratégicas; ∗ Vantagens das A.E.;
  • 13. Dificuldades das A.E.. ALIANÇAS ESTRATÉGICAS AE: é uma colaboração de uma ou mais organizações para atingir metas estratégicas através de uma orientação comum dessas organizações; há um empenho de longo-prazo e não um envolvimento táctico e circunstancial; trata-se de uma contribuição dos recursos dos parceiros em prol de objectivos comuns e os resultados devem possuir valor estratégico para os parceiros. Vantagens: Permitem aceder a recursos dos parceiros, reduzir o risco e a incerteza, desenvolver competências e a aceder ao mercado. Dificuldades das A.E. passam por limitar: → Reciprocidade (afectar uma empresa por uma coisa que a outra empresa não tem): ∗ falta de reciprocidade nos benefícios; ∗ desconfiança entre os parceiros; → Cultura Organizacional: ∗ incompatibilidade entre os sistemas de gestão das empresas; ∗ desconhecimento a nível da cultura organizacional da outra parte; → Dificuldades operacionais: ∗ afastamento geográfico; ∗ tempo gasto em negociações; ∗ aspectos jurídicos e contratuais; ∗ resistências internas; → Capacidade organizacional, em PME’s: ∗ ser de pequena dimensão; ∗ existir escassez de recursos financeiros; → Comunicação entre organizações: ∗ diferenças de expectativas.