A Segunda Revolução Industrial - Expansão do Capitalismo e Concentração de Ca...
Oimperialismonasiaenafrica
1.
2.
Na transformação dessa matéria prima, extraída nos países
colonizados, em produtos manufaturados está implícita
uma relação de exportação que foi se tornando mais
complexa e ampla.
À medida que a tecnologia se aprimorava, a
industrialização se acelerava e se expandia, fomentando
conflitos entre as principais potencias europeias.
A aceleração dos tempos
modernos
3.
1. As novas tecnologias e a expansão industrial
Na segunda metade do século XIX, sucessivas inovações
tecnológicas impulsionaram o desenvolvimento de novas
indústrias e estimularam a realização de novas pesquisas e
invenções.
Os avanços na industrialização atingiram os campos,
resultando também num grande aumento da produção
agrícola.
A Segunda Revolução Industrial
4.
2. A industrialização não apenas se intensificou
como também se expandiu para outros países. Na
Europa, depois da Grã-Bretanha, França, Bélgica,
Holanda e norte da Alemanha, a Revolução
Industrial atingiu também os países nórdicos, a
Rússia, o norte da Itália e algumas regiões da
Espanha.
A Segunda Revolução Industrial
5. Fora da Europa, a industrialização ocorreu nos Estados
Unidos e no Japão.
As mudanças econômicas sociais e politicas desse período,
tiveram como base duas novas fontes de energia: a
eletricidade e o petróleo.
A geração de eletricidade, mais barata que o carvão e
inesgotável, tornou-se possível com a invenção do dínamo,
na segunda metade do século XIV. Utilizada inicialmente
na iluminação pública, a eletricidade cada vez mais foi
substituindo a energia a vapor nas fábricas e nos
transportes.
Segunda Revolução Industrial
6.
O petróleo começou a ser utilizado como fonte geradora de
energia a partir de 1859, quando se perfuraram os primeiros
poços de petróleo, nos Estados Unidos.
As inovações tecnológicas do período impulsionaram outros
inventos e uma grande desenvolvimento da indústria. No
setor elétrico, o destaque foi a invenção do telefone, do
telégrafo e do rádio.
A indústria química teve um grande impulso com a
produção de fertilizantes, artigos sintéticos, novos
explosivos medicamentos.
Segunda Revolução Industrial
7. Ao mesmo tempo, houve revolução nos
meios de transporte com a expansão dos
trilhos ferroviários, a construção das
ferrovias transcontinentais e a substituição
definitiva dos navios a vela pelos navios a
vapor, facilitando o armazenamento de
cargas e a distribuição de mercadorias.
Os meios de transporte e a
demografia
8.
Novos métodos de produção foram implementados
na agricultura, com a utilização de máquinas e de
fertilizantes químicos, ocasionando assim, o aumento
da produção de grãos.
Essa mudança acarretou o barateamento dos preços
dos produtos agrícolas e possibilitou um grande
aumento demográfico.
Os meios de transporte a
demografia
9. A população da Europa, que era
aproximadamente 145 milhões de habitantes em
1750 aumentou para 256 milhões em1850, e, em
1900 chegou a cerca de 450 milhões de pessoas.
Os meios de Transporte e a
Demografia
10.
Durante a Primeira Revolução Industrial, de fins do
século XVIII a meados do século XIX, a iniciativa
individual assumiu um papel decisivo na
constituição de uma empresa e na sua expansão.
Industrias de tecidos ou de calçados, por
demandarem menos investimentos de capitais,
podiam demandarem menos investimentos de
capitais, podiam se instalar e crescer com recursos do
próprio empresário.
A formação dos
oligopólios
11. Na Segunda Revolução Industrial, ao contrário, a
complexidade e o alto custo das novas atividades
econômicas, como uma usina hidrelétrica ou uma
companhia petrolífera, exigiam um grande aporte de
capitais, que dificilmente poderia ser obtido com
recursos individuais.
12.
A dificuldade de sustentar os novos
investimentos com recursos individuais,
criou um cenário privilegiado para a atuação
dos bancos e das instituições financeiras, que
passaram a investir na indústria, no
comércio, na agricultura e na mineração e a
controlar essas atividades por meio de
empréstimos.
13.
Assim muitas empresas, sem capital suficiente
para enfrentar a concorrência, associavam-se,
formando oligopólios, um pequeno grupo de
empresas poderosas que controlava determinado
ramo da produção.
O primeiro modelo de associação empresarial era
o truste formado quando várias empresas de um
mesmo setor, interessadas em controlar preços,
produção e mercado, formando uma única
organização.
Muitas empresas, ainda, estabeleciam acordo
para controlar preços e combater os concorrentes.
14. Esse modelo era de associação era o cartel. Criou-se também
a holding, tipo de organização econômica que detém o
controle acionário de um grupo de empresas de um mesmo
ramo ou de ramos diferentes.
A formação dos oligopólios resultou porque um número
reduzido de empresas controlava os principais setores da
economia.
15.
O aumento acelerado da produção impulsionado pelos
avanços técnicos, gerou uma grande depressão, que se
estendeu de 1873 a 1896 e se caracterizou pela
superprodução, pela queda generalizada dos preços e dos
lucros e pela falência de muitas empresas.
Além de mercados consumidores, as potências industriais
europeias aumentaram a procura por matérias-primas,
acirrando a corrida por produtos provenientes da América
Latina, da África e da Ásia.
O aumento da população europeia também exigiu novas
terras que pudessem absorver a mão de obra excedente,
gerando o maior movimento migratório da história.
A crise capitalista de
1873 e seus efeitos
16.
Os territórios africanos e asiáticos tornavam-se, assim uma
“válvula de escape” para uma iminente crise social
europeia, tanto de ponto de vista econômico, com a
aquisição de novas fontes de energia e novos mercados
consumidores, quanto ao ponto de vista social, ao deslocar
uma enorme quantidade de europeus para os territórios
colonizados.
17. No contexto histórico de formação do capitalismo
financeiro, quando os bancos e as instituições financeiras
passaram a controlar diretamente a indústria e outras
atividades da economia, o colonialismo tornou-se uma
necessidade histórica para a expansão do capitalismo.
O processo de expansão das grandes potências
industrializadas em busca de colônias e áreas de
exploração econômica, impulsionando pelos interesses do
capital financeiro e dos grandes oligopólios, convencionou-
se chamar imperialismo.
Imperialismo: O colonialismo do
século XIX
18. Em sua essência econômica, o imperialismo é a fase do
capital monopolista e financeiro, em que poderosos grupos
de grandes empresários e financistas, situados nas nações
mais ricas, promoveram a fusão do capital industrial e
bancário, resultando numa enorme concentração da
produção e do capital.
19. A dominação imperialista apresentou, em cada região,
características específicas, de acordo com os interesses das
potencias imperialistas e as relações estabelecidas com as elites
locais.
Podemos identificar os seguintes tipos de dominação
imperialista nos territórios da América Latina, da África e da
Ásia.
Área de domínio econômico: países independentes que não
sofriam dominação política direta, mas eram explorados
economicamente e persuadidos a tomar medidas que
beneficiavam os países imperialistas (caso a América Latina).
As modalidades do
imperialismo
20. Áreas de protetorado: domínios coloniais tratados como
aliados, mantendo-se os quadros dirigentes locais, mas
subordinados a uma autoridade europeia presente (por
exemplo Índia).
Áreas de colonização direta: áreas dominadas militar,
política e economicamente, com a presença no local de
quadros dirigentes europeus (diversas regiões da África).
Áreas de influência: territórios em que os dirigentes locais
eram mentidos, mas obrigados a assinar tratados que
garantiam vantagens econômicas e jurídicas à potencia
estrangeira. Estabeleciam também que os cidadãos do país
dominador residentes nessas áreas que estavam sujeitos às
leis desse país (China por exemplo).
21.
Nessas áreas de dominação, a busca do lucro não era meta
apenas das empresas privadas, mas se converteu numa
política nacional seguida pelos Estados europeus,
financiada com fundos públicos e apoiada pela criação de
aparelhos administrativos e políticos.
22. A dominação britânica na Índia promoveu a destruição
das comunidades tradicionais indianas, que combinavam a
pequena produção agrícola com a produção artesanal.
A política inglesa ajudou a enriquecer alguns poucos
comerciantes locais, mas resultou na miséria da maior
parte da população indiana.
Como consequência, em 1857 – 1858 ocorreu a Revolta dos
Cipaios, organizada pelos soldados coloniais indianos.
Após reprimir a revolta, o governo britânico dissolveu a
Companhia das Índias Orientais e assumiu diretamente o
comando da sua colônia indiana. Depois disso, outros
territórios asiáticos foram incorporados ai Império
Britânico: Birmânia (1866) e Malásia (1874)
A expansão europeia na Ásia
‘A dominação britânica na Índia’
24. Grã-Bretanha, França, Alemanha, e Estados Unidos
direcionaram seus esforços de dominação também para a
Ásia Oriental em especial para a China, país muito
populoso e rico em recursos naturais. A China tinha como
vassalos vários de seus vizinhos, como Vietnã, Birmânia,
Coréia, Mongólia e Tibete, o que atraia os interesses dos
países imperialistas.
As potências europeias, no entanto, encontravam
dificuldades para estabelecer seus empreendimentos na
China, pois o governo exercia um poder centralizado, que
colocava empecilhos à penetração estrangeira.
O imperialismo na
China
25.
Na primeira metade do século XIX, entretanto, uma
relativa e crescente autonomia das províncias favoreceu a
penetração gradual dos países europeus, que já investiam
no comércio com a China.
Os ingleses, por exemplo, compravam chá dos chineses,
mas não conseguiam vender a eles outro produto em
semelhante proporção.
O ópio, mercadoria de grande aceitação entre os chineses,
foi a solução para melhorar a balança comercial inglesa.
26. Produzido na Índia e na Birmânia, o ópio era
comercializado pela Companhia das Índias Orientais com a
permissão da Coroa Britânica. Diante das consequências do
consumo do ópio para a saúde da população chinesa, em
1839 as autoridades chinesas promoveram a queima de 20
mil caixas de ópio na província de Cantão, ato que foi
considerado uma afronta pelos britânicos. O fato deu início
a Guerra do Ópio (1839 – 1842).
A Guerra do Ópio
27. A partir de 1870, intensificou-se a corrida pelo domínio de
vastos territórios no continente africano, que resultou, no início
do século XX, na ocupação da maior parte do continente pelas
potências europeias. Em 1876, apenas 10% do território africano
estava sujeito a políticas colonialistas; em 1900, essa proporção já
alcançava 90,4%
Interesses políticos e econômicos estavam em jogo e faziam os
jogos os territórios africanos serem muito cobiçados pelas
principais nações europeias, que investiam em expedições de
estudo e ocupação.
Um bom exemplo disso foi a iniciativa do rei belga Leopoldo II
de, em 1876, apossar-se da Bacia do Congo, região dez vezes
maior que a própria Bélgica, conservando-a como domínio
pessoal.
A expansão europeia na África
‘A corrida pelo domínio da
África’
28. 1. Diante desses conflitos de interesses pelos territórios africanos,
organizou-se a Conferência de Berlim, realizada entre 15 de
novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885. Dela participaram
França, Bélgica, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Portugal,
Espanha, Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Suécia, Noruega,
países Baixos, Áustria-Hungria e Turquia.
2. Representantes dos países presentes celebraram um acordo que
se chamou a Partilha da África que organizava a corrida das
nações europeias para conquistar os poucos territórios livres no
continente africano. Além disso, a Ata geral da Conferência
assegurou a livre navegação e o livre comércio em dois dos
principais rios africanos, o Congo e o Níger.
A Conferência de Berlim
29. o princípio geral acordado em Berlim reconhecia a área de
influência, em território africano, das potências estrangeiras
e legitimava as conquistas que poderiam ser feitas na zona
que cabia a cada uma delas.
Isso significava, por exemplo, que, uma vez estabelecida na
costa norte do Atlântico, a potência poderia, a partir daí,
avançar em direção ao interior
O resultado foi a ampliação na África, dos impérios
coloniais da Grã-Bretanha, da França e de Portugal e a
definição de uma fatia da partilha colonial para a
Alemanha, a Itália e a Bélgica.
A legitimação das
conquistas
30. 1. A conquista e a dominação da África e da Ásia pelas potências
europeias exigiam justificativas ideológicas que ocultassem os
interesses econômicos imediatos. Assim, muitos cientistas do
século XIX aproveitaram a teoria da evolução das espécies,
criada por Charles Darwin, para formular o chamado
darwinismo social.
2. Seguindo o mesmo princípio elaborado por Darwin, para
explicar a evolução das espécies, os darwinistas sociais
defendiam que as sociedades se modificariam e evoluiriam,
passando de um estágio inferior para um estágio superior.
3. Segundo essa Visão, cada povo se encontrava num estágio de
evolução, podendo ser classificado numa graduação cujos
extremos eram o “selvagem-bárbaro” e o “civilizado”.
Mecanismos ideológicos
do Imperialismo
31.
Na mesma época e com o mesmo objetivo, utilizou-se a
teoria do determinismo geográfico, elaborada pelo alemão
Friedrich Ratzel a partir de uma interpretação da teoria
evolucionista de Darwin. Segundo ele, o desenvolvimento
de uma nação dependia do território ocupado por aquele
Estado.
32.
Igualmente advinda da teoria da evolução social, difundiu-
se a ideologia da superioridade racial, centrada não no
indivíduo, mas nas características raciais do grupo. Entrava
em cena a ideia de raça, considerada essencial para a análise
da evolução dos povos.
Os darwinistas sociais acreditavam na relação entre as raças
e as características físicas, morais, intelectuais e psicológicas
dos indivíduos.
Significa dizer que as características físicas como a cor, o
tamanho do cérebro, tipo de cabelo, relevavam as
qualidades morais e intelectuais de cada raça.
A ideologia da
superioridade racial