SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
Escultor italiano do Neoclassicismo 1757 - 1822 Joana Coelho Nº 17 12 F
O neoclassicismo surgiu como reacção à artificialidade do rococó e impôs como prática a simplicidade, nas linhas, formas, cores e temas, bem como o aprofundamento de ideias e sentimentos. Para os escultores neoclássicos, a essência da pureza residia no mármore branco da estatuária grega. Para os artistas neoclássicos os conceitos de racionalismo e sensibilidade não eram opostos. A compaixão é própria das pessoas virtuosas e a temática neoclássica pretendia exaltar a virtude. O Neoclassicismo Diana , c. 1776 Jean-Antoine Houdon Jasão e o Velo de ouro , 1803 Bertel Thorvaldsen Madalena , 1796 Antonio Canova
Antonio Canova iniciou a sua formação no atelier veneziano de Giuseppe Bernardi Torreto, onde imperava o gosto artístico e a prática do barroco. Mais tarde, deixou-se seduzir pela colecção de cópias de esculturas da Antiguidade, reunida por Filippo Farsetti em Veneza, bem assim como pelos escritos de Winckelmann (1717-1768) que advogavam um retorno à nobre simplicidade e calma grandeza do mundo antigo. Com 23 anos estabeleceu-se em Roma e tornou-se um dos mais altos expoentes da escultura neoclássica que teve como centro de difusão esta cidade. Durante o primeiro quartel do século XIX a sua fama dominou a Europa, beneficiando da encomenda de Napoleão e do Papado, bem como da nobreza italiana, francesa e austríaca. Antonio Canova ,   1757-1822 Auto-Retrato , 1812 Antonio Canova
Teve como princípio estudar a Natureza, consultar a Antiguidade e, através de uma comparação judiciosa, formar o seu próprio estilo original. Canova previu o perigo de uma submissão exagerada aos imperativos de uma doutrina, e por isso as suas obras rejeitam a frieza excessiva do mais puro neoclassicismo, associando-lhe volúpia, graça e lirismo. Antonio Canova ,   1757-1822 Daedalus e Icarus
Cupido e Psique ,   1787-1793 Mármore 155x168 cm Museu do Louvre Paris, França
A história de Cupido e Psique Vénus, deusa da beleza e do amor, sentia ciúmes da princesa Psique, pois esta era tão ou mais bela quanto ela. Por isso, pede ao seu filho, Cupido, para a castigar:  “Infunde no peito daquela altiva donzela uma paixão por algum ser baixo, indigno, de sorte que ela possa colher uma mortificação tão grande quanto o júbilo e o triunfo de agora”. Quando se preparava para executar a tarefa, Cupido é acidentalmente atingido por uma das suas setas, apaixonando-se por Psique. O filho de Vénus torna-se então amante de Psique. Eles encontravam-se apenas de noite, pois Cupido não queria que a sua amada soubesse quem ele era. Desconfiada que o seu amante fosse um monstro, Psique ilumina-o, descobrindo quem ele era. Ele, sentindo-se atraiçoado, abandona-a. Psique, arrependida, procura por ele desenfreadamente, acabando por recorrer a Vénus : “– És tão pouco favorecida e tão desagradável, que o único meio pelo qual podes merecer teu amante é a prova de indústria e diligência. Farei uma experiência da tua capacidade como dona de casa”.
A história de Cupido e Psique Psique teve assim de cumprir um conjunto de tarefas, executando-as todas, excepto a última.  “Abriu cuidadosamente a caixa  (que pensava transportar a beleza divina),  mas nada ali encontrou de beleza e sim o infernal e verdadeiro sono estígio, que, libertando-se da prisão, tomou posse dela e fê-la cair no meio do caminho, como um cadáver sem senso de movimento”. O Deus do Amor reanima-a, casando-se com ela depois. Tiveram uma filha à qual deram o nome de Prazer.  Psiquê em grego significa tanto borboleta como alma. Psiquê é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade. A união de Cupido e Psique simboliza a união entre o Amor e a Alma. 1796-1800 Antonio Canova
Composição Cupido e Psique estão entrelaçados, envolvendo-se num abraço sensual e delicado.  O Deus do Amor segura-lhe o peito com o braço esquerdo e com o outro apoia-lhe a cabeça.  Psique abraça-o delicadamente, tocando-lhe  com as mãos no topo da cabeça. Cupido e Psique
O nosso olhar é “encaminhado” para o contacto entre as duas figuras. O centro da composição forma assim um circulo, delimitado pelos braços de Psique.  Este marca o momento antes do beijo. Cupido e Psique
As figuras relacionam-se mutuamente, equilibrando todo o grupo escultórico. A composição é dominada por duas diagonais, formando um X.  Canova não representou algo estático ou de grande agitação, mas sim um movimento delicado e pausado, inspirando sensualidade.  Simboliza o instante apaixonado em que Cupido e Psique se aproximam. “ Com as asas ainda levantadas, Cupido acaba de chegar para reanimar Psique com o beijo do amor”. Cupido e Psique
A luz, que vem da cor branca do mármore polido, cria um contraste deslizante sobre os corpos. Canova esculpiu  Cupido e Psique  com grande delicadeza e elegância, denotando uma grande paixão. Foi encomendado por Lord Cawdor para decorar uma divisão da sua mansão, estando hoje no Museu do Louvre, em Paris.  Cupido e Psique
Canova pretendeu representar o “Amor” com as suas duas vertentes: ternura e paixão carnal, mostrando o interesse que este grande escultor neoclássico tinha pelos sentimentos humanos.  Cupido e Psique
 
Paulina Borghese ,   1804-1808
As Três Graças ,   1812-1816 Orpheu ,   1876
Teseu e o Minotauro   Perseu com a    Cabeça de Medusa
Hebe    Teseu e o Centauro
Túmulo de Maria Christina d’Áustria
Bibliografia http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/cupidoepsique.htm http://www.slideshare.net/idelalmamia/eros-i-psique-mb-presentation http://www.scultura-italiana.com/Galleria/Canova%20Antonio/index.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Canova http://www.museu.gulbenkian.pt/exposicoes/canova/2.asp

Contenu connexe

Tendances

Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
cattonia
 
Pintura e escultura neoclássica
Pintura e escultura neoclássicaPintura e escultura neoclássica
Pintura e escultura neoclássica
Ana Barreiros
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românica
Ana Barreiros
 

Tendances (20)

Maneirismo
ManeirismoManeirismo
Maneirismo
 
Neoclassicismo
NeoclassicismoNeoclassicismo
Neoclassicismo
 
A arte nova
A arte novaA arte nova
A arte nova
 
Módulo 7 arquitetura neoclássica
Módulo 7   arquitetura neoclássicaMódulo 7   arquitetura neoclássica
Módulo 7 arquitetura neoclássica
 
Pintura do Neoclássica
Pintura do NeoclássicaPintura do Neoclássica
Pintura do Neoclássica
 
Cultura da catedral
Cultura da catedralCultura da catedral
Cultura da catedral
 
Módulo 7 caso pratico 2 lisboa pombalina
Módulo 7   caso pratico 2 lisboa pombalinaMódulo 7   caso pratico 2 lisboa pombalina
Módulo 7 caso pratico 2 lisboa pombalina
 
Pintura renascentista
Pintura renascentistaPintura renascentista
Pintura renascentista
 
A cultura da gare
A cultura da gareA cultura da gare
A cultura da gare
 
Módulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismo
Módulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismoMódulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismo
Módulo 8 - Do impressionismo ao Pós-impressionismo
 
Módulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contextoMódulo 9 HCA contexto
Módulo 9 HCA contexto
 
Pintura e escultura neoclássica
Pintura e escultura neoclássicaPintura e escultura neoclássica
Pintura e escultura neoclássica
 
Arquitetura românica
Arquitetura românicaArquitetura românica
Arquitetura românica
 
Arte gótica
Arte góticaArte gótica
Arte gótica
 
Impressionismo, neo-impressionismo e pós-impressionismo
Impressionismo, neo-impressionismo e pós-impressionismoImpressionismo, neo-impressionismo e pós-impressionismo
Impressionismo, neo-impressionismo e pós-impressionismo
 
Módulo 7 caso pratico 1 bodas de figaro
Módulo 7   caso pratico 1 bodas de figaroMódulo 7   caso pratico 1 bodas de figaro
Módulo 7 caso pratico 1 bodas de figaro
 
A cultura do salão arte rococó
A cultura do salão   arte rococóA cultura do salão   arte rococó
A cultura do salão arte rococó
 
Arquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaArquitetura Renascentista
Arquitetura Renascentista
 
Arte paleocristã
Arte paleocristãArte paleocristã
Arte paleocristã
 
Cultura do mosteiro
Cultura do mosteiroCultura do mosteiro
Cultura do mosteiro
 

En vedette

Escultura neoclásica antonio canova
Escultura neoclásica antonio canovaEscultura neoclásica antonio canova
Escultura neoclásica antonio canova
rra Tatuajes
 
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa
Analise das obras de arte para o pas 2 etapaAnalise das obras de arte para o pas 2 etapa
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa
Isabella Silva
 
Tema 12 arte neoclásico
Tema 12 arte neoclásicoTema 12 arte neoclásico
Tema 12 arte neoclásico
Steph Navares E
 
FCSarch 20 Thomas Jefferson
FCSarch 20 Thomas Jefferson FCSarch 20 Thomas Jefferson
FCSarch 20 Thomas Jefferson
jdankoff
 

En vedette (20)

Antonio Canova
Antonio CanovaAntonio Canova
Antonio Canova
 
Escultura neoclásica antonio canova
Escultura neoclásica antonio canovaEscultura neoclásica antonio canova
Escultura neoclásica antonio canova
 
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa
Analise das obras de arte para o pas 2 etapaAnalise das obras de arte para o pas 2 etapa
Analise das obras de arte para o pas 2 etapa
 
A arte do neoclassicismo
A arte do neoclassicismoA arte do neoclassicismo
A arte do neoclassicismo
 
Eros y Psique, Canova
Eros y Psique, CanovaEros y Psique, Canova
Eros y Psique, Canova
 
LA ESCULTURA NEOCLÁSICA
LA ESCULTURA NEOCLÁSICALA ESCULTURA NEOCLÁSICA
LA ESCULTURA NEOCLÁSICA
 
A Arte Neoclássica
A Arte NeoclássicaA Arte Neoclássica
A Arte Neoclássica
 
Escultura NeocláSica
Escultura NeocláSicaEscultura NeocláSica
Escultura NeocláSica
 
MANEIRISMO - ESCULTOR GIAMBOLOGNA
MANEIRISMO - ESCULTOR GIAMBOLOGNAMANEIRISMO - ESCULTOR GIAMBOLOGNA
MANEIRISMO - ESCULTOR GIAMBOLOGNA
 
Michelangelo Merisi da Caravaggio
Michelangelo Merisi da CaravaggioMichelangelo Merisi da Caravaggio
Michelangelo Merisi da Caravaggio
 
Manoel de Barros
Manoel de BarrosManoel de Barros
Manoel de Barros
 
Eros Y Psique
Eros Y PsiqueEros Y Psique
Eros Y Psique
 
O beijo na arte
O beijo na arteO beijo na arte
O beijo na arte
 
Tema 12 arte neoclásico
Tema 12 arte neoclásicoTema 12 arte neoclásico
Tema 12 arte neoclásico
 
FCSarch 20 Thomas Jefferson
FCSarch 20 Thomas Jefferson FCSarch 20 Thomas Jefferson
FCSarch 20 Thomas Jefferson
 
O Beijo e a arte
O Beijo  e a arteO Beijo  e a arte
O Beijo e a arte
 
Morte de Sócrates
Morte de SócratesMorte de Sócrates
Morte de Sócrates
 
Panteão de Paris
Panteão de ParisPanteão de Paris
Panteão de Paris
 
Eros i Psique. Antonio Canova
Eros i Psique. Antonio CanovaEros i Psique. Antonio Canova
Eros i Psique. Antonio Canova
 
Apresentação Rococó I
Apresentação Rococó IApresentação Rococó I
Apresentação Rococó I
 

Similaire à Antonio Canova

Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - ArteRenascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Hadassa Castro
 
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
Professor Gilson Nunes
 
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2 Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
Professor Gilson Nunes
 
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
Professor Gilson Nunes
 
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gostoArthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
Paulo De Freitas
 
Trabalho Giovanni Fiesole
Trabalho Giovanni FiesoleTrabalho Giovanni Fiesole
Trabalho Giovanni Fiesole
Tércia Harry
 

Similaire à Antonio Canova (20)

Historia da arte net (1)
Historia da arte net (1)Historia da arte net (1)
Historia da arte net (1)
 
Mocidade Espírita Chico Xavier - Psicopictografia
Mocidade Espírita Chico Xavier - PsicopictografiaMocidade Espírita Chico Xavier - Psicopictografia
Mocidade Espírita Chico Xavier - Psicopictografia
 
A PINTURA RENASCENTISTA.pptx
A PINTURA RENASCENTISTA.pptxA PINTURA RENASCENTISTA.pptx
A PINTURA RENASCENTISTA.pptx
 
CeciNestPasUnePipe_NunoQuaresma.pdf
CeciNestPasUnePipe_NunoQuaresma.pdfCeciNestPasUnePipe_NunoQuaresma.pdf
CeciNestPasUnePipe_NunoQuaresma.pdf
 
Renascimento 2018
Renascimento 2018Renascimento 2018
Renascimento 2018
 
Barroco atualizado
Barroco atualizadoBarroco atualizado
Barroco atualizado
 
Arte barroca.pptx
Arte barroca.pptxArte barroca.pptx
Arte barroca.pptx
 
Revista forma
Revista formaRevista forma
Revista forma
 
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - ArteRenascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
Renascimento - Prof. Kelly Mendes - Arte
 
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3 Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3
 
Pintura barroca na Europa
Pintura barroca na EuropaPintura barroca na Europa
Pintura barroca na Europa
 
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2 Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
Leonardo da Vinci: Alto-Renascimento - parte 2
 
Renascimento 1401-1480, parte 1
Renascimento 1401-1480,  parte 1Renascimento 1401-1480,  parte 1
Renascimento 1401-1480, parte 1
 
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
 
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gostoArthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
Arthur danto marcel duchamp e o fim do gosto
 
PARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.pptPARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
PARNASIANISMO-AUTORES1.ppt
 
Trabalho Giovanni Fiesole
Trabalho Giovanni FiesoleTrabalho Giovanni Fiesole
Trabalho Giovanni Fiesole
 
Neo-impressionismo parte 1
Neo-impressionismo parte 1Neo-impressionismo parte 1
Neo-impressionismo parte 1
 
Do renascimento ao Barroco
Do renascimento ao BarrocoDo renascimento ao Barroco
Do renascimento ao Barroco
 
Aula 3 para 7 ano
Aula 3 para 7 anoAula 3 para 7 ano
Aula 3 para 7 ano
 

Plus de hcaslides

Plus de hcaslides (20)

Alphonse Mucha
Alphonse MuchaAlphonse Mucha
Alphonse Mucha
 
Literatura do Romantismo e Pré Rafaelitas
Literatura do Romantismo e Pré RafaelitasLiteratura do Romantismo e Pré Rafaelitas
Literatura do Romantismo e Pré Rafaelitas
 
Picasso
PicassoPicasso
Picasso
 
Frank Lloyd Wright
Frank Lloyd WrightFrank Lloyd Wright
Frank Lloyd Wright
 
Degas
DegasDegas
Degas
 
Neoclassicismo Nos Estados Unidos Da América
Neoclassicismo Nos Estados Unidos Da AméricaNeoclassicismo Nos Estados Unidos Da América
Neoclassicismo Nos Estados Unidos Da América
 
Gian Lorenzo Bernini 2
Gian Lorenzo Bernini 2Gian Lorenzo Bernini 2
Gian Lorenzo Bernini 2
 
Arte Barroca Arquitectura
Arte Barroca ArquitecturaArte Barroca Arquitectura
Arte Barroca Arquitectura
 
1ª Grande Exposição de Londres
1ª Grande Exposição de Londres1ª Grande Exposição de Londres
1ª Grande Exposição de Londres
 
Rococó - Artes Decorativas
Rococó - Artes DecorativasRococó - Artes Decorativas
Rococó - Artes Decorativas
 
Le Corbusier - Villa Savoye
Le Corbusier - Villa SavoyeLe Corbusier - Villa Savoye
Le Corbusier - Villa Savoye
 
Zurbaran
ZurbaranZurbaran
Zurbaran
 
Campo Pequeno
Campo PequenoCampo Pequeno
Campo Pequeno
 
Baixa Pombalina
Baixa PombalinaBaixa Pombalina
Baixa Pombalina
 
Antoni Placid Gaudí I Cornet
Antoni Placid Gaudí I CornetAntoni Placid Gaudí I Cornet
Antoni Placid Gaudí I Cornet
 
Victor Horta
Victor HortaVictor Horta
Victor Horta
 
Palácio da Pena
Palácio da PenaPalácio da Pena
Palácio da Pena
 
Walter Gropius - Bauhaus
Walter Gropius - BauhausWalter Gropius - Bauhaus
Walter Gropius - Bauhaus
 
Gustave Courbet
Gustave CourbetGustave Courbet
Gustave Courbet
 
Jacques Louis David
Jacques Louis DavidJacques Louis David
Jacques Louis David
 

Dernier

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
azulassessoria9
 

Dernier (20)

Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 

Antonio Canova

  • 1. Escultor italiano do Neoclassicismo 1757 - 1822 Joana Coelho Nº 17 12 F
  • 2. O neoclassicismo surgiu como reacção à artificialidade do rococó e impôs como prática a simplicidade, nas linhas, formas, cores e temas, bem como o aprofundamento de ideias e sentimentos. Para os escultores neoclássicos, a essência da pureza residia no mármore branco da estatuária grega. Para os artistas neoclássicos os conceitos de racionalismo e sensibilidade não eram opostos. A compaixão é própria das pessoas virtuosas e a temática neoclássica pretendia exaltar a virtude. O Neoclassicismo Diana , c. 1776 Jean-Antoine Houdon Jasão e o Velo de ouro , 1803 Bertel Thorvaldsen Madalena , 1796 Antonio Canova
  • 3. Antonio Canova iniciou a sua formação no atelier veneziano de Giuseppe Bernardi Torreto, onde imperava o gosto artístico e a prática do barroco. Mais tarde, deixou-se seduzir pela colecção de cópias de esculturas da Antiguidade, reunida por Filippo Farsetti em Veneza, bem assim como pelos escritos de Winckelmann (1717-1768) que advogavam um retorno à nobre simplicidade e calma grandeza do mundo antigo. Com 23 anos estabeleceu-se em Roma e tornou-se um dos mais altos expoentes da escultura neoclássica que teve como centro de difusão esta cidade. Durante o primeiro quartel do século XIX a sua fama dominou a Europa, beneficiando da encomenda de Napoleão e do Papado, bem como da nobreza italiana, francesa e austríaca. Antonio Canova , 1757-1822 Auto-Retrato , 1812 Antonio Canova
  • 4. Teve como princípio estudar a Natureza, consultar a Antiguidade e, através de uma comparação judiciosa, formar o seu próprio estilo original. Canova previu o perigo de uma submissão exagerada aos imperativos de uma doutrina, e por isso as suas obras rejeitam a frieza excessiva do mais puro neoclassicismo, associando-lhe volúpia, graça e lirismo. Antonio Canova , 1757-1822 Daedalus e Icarus
  • 5. Cupido e Psique , 1787-1793 Mármore 155x168 cm Museu do Louvre Paris, França
  • 6. A história de Cupido e Psique Vénus, deusa da beleza e do amor, sentia ciúmes da princesa Psique, pois esta era tão ou mais bela quanto ela. Por isso, pede ao seu filho, Cupido, para a castigar: “Infunde no peito daquela altiva donzela uma paixão por algum ser baixo, indigno, de sorte que ela possa colher uma mortificação tão grande quanto o júbilo e o triunfo de agora”. Quando se preparava para executar a tarefa, Cupido é acidentalmente atingido por uma das suas setas, apaixonando-se por Psique. O filho de Vénus torna-se então amante de Psique. Eles encontravam-se apenas de noite, pois Cupido não queria que a sua amada soubesse quem ele era. Desconfiada que o seu amante fosse um monstro, Psique ilumina-o, descobrindo quem ele era. Ele, sentindo-se atraiçoado, abandona-a. Psique, arrependida, procura por ele desenfreadamente, acabando por recorrer a Vénus : “– És tão pouco favorecida e tão desagradável, que o único meio pelo qual podes merecer teu amante é a prova de indústria e diligência. Farei uma experiência da tua capacidade como dona de casa”.
  • 7. A história de Cupido e Psique Psique teve assim de cumprir um conjunto de tarefas, executando-as todas, excepto a última. “Abriu cuidadosamente a caixa (que pensava transportar a beleza divina), mas nada ali encontrou de beleza e sim o infernal e verdadeiro sono estígio, que, libertando-se da prisão, tomou posse dela e fê-la cair no meio do caminho, como um cadáver sem senso de movimento”. O Deus do Amor reanima-a, casando-se com ela depois. Tiveram uma filha à qual deram o nome de Prazer. Psiquê em grego significa tanto borboleta como alma. Psiquê é, portanto, a alma humana, purificada pelos sofrimentos e infortúnios, e preparada, assim, para gozar a pura e verdadeira felicidade. A união de Cupido e Psique simboliza a união entre o Amor e a Alma. 1796-1800 Antonio Canova
  • 8. Composição Cupido e Psique estão entrelaçados, envolvendo-se num abraço sensual e delicado. O Deus do Amor segura-lhe o peito com o braço esquerdo e com o outro apoia-lhe a cabeça. Psique abraça-o delicadamente, tocando-lhe com as mãos no topo da cabeça. Cupido e Psique
  • 9. O nosso olhar é “encaminhado” para o contacto entre as duas figuras. O centro da composição forma assim um circulo, delimitado pelos braços de Psique. Este marca o momento antes do beijo. Cupido e Psique
  • 10. As figuras relacionam-se mutuamente, equilibrando todo o grupo escultórico. A composição é dominada por duas diagonais, formando um X. Canova não representou algo estático ou de grande agitação, mas sim um movimento delicado e pausado, inspirando sensualidade. Simboliza o instante apaixonado em que Cupido e Psique se aproximam. “ Com as asas ainda levantadas, Cupido acaba de chegar para reanimar Psique com o beijo do amor”. Cupido e Psique
  • 11. A luz, que vem da cor branca do mármore polido, cria um contraste deslizante sobre os corpos. Canova esculpiu Cupido e Psique com grande delicadeza e elegância, denotando uma grande paixão. Foi encomendado por Lord Cawdor para decorar uma divisão da sua mansão, estando hoje no Museu do Louvre, em Paris. Cupido e Psique
  • 12. Canova pretendeu representar o “Amor” com as suas duas vertentes: ternura e paixão carnal, mostrando o interesse que este grande escultor neoclássico tinha pelos sentimentos humanos. Cupido e Psique
  • 13.  
  • 14. Paulina Borghese , 1804-1808
  • 15. As Três Graças , 1812-1816 Orpheu , 1876
  • 16. Teseu e o Minotauro Perseu com a Cabeça de Medusa
  • 17. Hebe Teseu e o Centauro
  • 18. Túmulo de Maria Christina d’Áustria
  • 19. Bibliografia http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/cupidoepsique.htm http://www.slideshare.net/idelalmamia/eros-i-psique-mb-presentation http://www.scultura-italiana.com/Galleria/Canova%20Antonio/index.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Canova http://www.museu.gulbenkian.pt/exposicoes/canova/2.asp