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O P E R A D O R E S E T A B E L A S D E V E R D A D E
Ficha 2 Lógica
Proposicional AULA3/4
Ficha 2 Lógica Proposicional AULA3/4
 Ficha 2 Lógica Proposicional AULA3/4
 Operadores proposicionais
 Tanto o «e» como o «ou» são operadores
proposicionais.
 Um operador proposicional é uma expressão
que se pode acrescentar a uma proposição ou
proposições, formando assim novas
proposições.
Operadores proposicionais
 Há muitos operadores proposicionais, além de «e» e
«ou». Eis alguns deles: • Penso que; • Tenho medo
que; • Se…, então… • Não. Alguns operadores
aplicam-se a uma única proposição; outros aplicam-
se a mais de uma. Para aplicar o operador «e» «ou»
precisamos de duas proposições. Mas para aplicar o
operador «Penso que» basta uma.
Operadores proposicionais
 Como o nome indica, os operadores proposicionais
só se aplicam a proposições; não se aplicam a partes
de proposições, como «é alto». Por exemplo, «é
magro e alto» não exprime uma proposição. Claro
que no dia-a-dia podemos dizer «É magro e alto»,
mas isso só acontece porque esta frase abrevia algo
como «Asdrúbal é magro e alto».
Operadores verofuncionais
 Alguns operadores, como «ou» e «e», têm uma
característica especial: são verofuncionais. Isto
significa que se partirmos de duas proposições, P e
Q, e se as ligarmos com «ou», por exemplo,
saberemos qual é o valor de verdade de «P ou Q»,
desde que saibamos o valor de verdade de P e de Q.
Operadores verofuncionais
 Os operadores proposicionais aplicam-se a uma ou duas
proposições para formar novas proposições.
 Quando o valor de verdade da nova proposição é
determinado unicamente
 Pelos valores de verdade das proposições ligadas, e
 Pelo operador aplicado,
 diz-se que o operador é verofuncional. Há cinco
operadores proposicionais verofuncionais: negação,
conjunção, disjunção, condicional e bicondicional.
Operadores verofuncionais ou conetivas
proposicionais
 Por exemplo, se sabemos que
o Justin Bieber não está a
cantar mas na praia. Então
sabemos que 1 é verdadeira e
2 falsa: 1. “Justin Bieber
está a cantar ou na
praia”2. J.Bieber está a
cantar e na praia”. Isto
contrasta com os operadores
que não são verofuncionais.
Por exemplo, mesmo que
saibamos que o J. Bieber está
na praia, isso não é suficiente
para saber se é verdadeira ou
falsa a proposição: Penso
que J. Bieber esteja na
praia.
Operadores verofuncionais 2
 Um operador proposicional é verofuncional quando o valor de
verdade da proposição com o operador é inteiramente determinado
pelo valor de verdade das proposições são ligadas por ele. Chama-
se também «conetiva proposicional» aos operadores
verofuncionais.

 Revisão 1. O que é um operador proposicional
verofuncional? Defina e dê exemplos. 2. Pressupondo que
a proposição a é verdadeira e a b falsa, determine o valor
de verdade das proposições c-g, se for possível; caso não
seja possível, explique porquê. a) A arte é imitação. b) A
arte é expressão. c) A arte não é imitação. d) A arte é
expressão e imitação. e) A arte é expressão ou imitação. f)
O Asdrúbal teme que a arte seja imitação. g) O Asdrúbal
pensa que a arte é expressão
Tabelas de verdade
 Tabelas de verdade Quando um operador é
verofuncional acontece algo muito interessante.
Mesmo que não saibamos se Bieber está na praia ou
noutro sítio qualquer, sabemos que a proposição
expressa a seguir só é falsa no caso de Bieber não
estar nem a cantar nem na praia: Bieber está a
cantar ou na praia. O mesmo acontece com
qualquer proposição da forma «P ou Q»: só será
falsa se P e Q forem ambas falsas; caso contrário,
será verdadeira. Podemos representar isto
graficamente numa tabela de verdade
Disjunção
P Q PVQ
V V V
F V V
V F V
F F F
Tabelas de verdade
 Uma tabela de verdade é um
dispositivo gráfico que permite
exibir as condições de verdade de
uma forma proposicional dada.
As condições de verdade são as
circunstâncias que tornam uma
proposição verdadeira ou falsa.
Cada fila da tabela de verdade
acima representa graficamente as
condições de verdade do
operador «ou». Neste caso, há
quatro condições de verdade, que
resultam da combinação dos dois
valores de verdade possíveis de P
e Q: podem ser ambas
verdadeiras ou ambas falsas, ou
pode uma ser verdadeira e a outra
falsa, ou vice-versa.
Através da tabela podemos ver em que condições
a proposição é V OUF
P Q PVQ
V V V
F V V
V F V
F F F
 Estas condições de
verdade estão todas
graficamente
representadas nas filas da
tabela. Numa tabela de
verdade temos de
representar todas as
condições de verdade. É
evidente que tanto faz
que P seja verdadeira e Q
falsa como o contrário: P
falsa e Q verdadeira. Em
ambos os casos o
resultado é V. Mas temos
mesmo assim de
representar essas duas
condições de verdade.
1.Disjunção
 Chama-se disjunção a uma proposição da forma «P
ou Q» e disjuntas a P e a Q.
 A tabela de verdade da disjunção é uma forma
simples de representar graficamente o significado
verofuncional da disjunção:
 REGRA LÓGICA: Uma disjunção só é falsa se
ambas as disjuntas forem falsas.
Expressões
 Expressão canónica “Platão refletiu sobre a ética ou
Aristóteles refletiu sobre a ética”. Outras expressões •
“Platão ou Aristóteles refletiram sobre a ética”. •
“Quem refletiu sobre a ética foi Platão ou
Aristóteles.” • “Platão refletiu sobre a ética a não ser
que Aristóteles tenha refletido sobre a Ética”
 Chama-se disjunção inclusiva à disjunção
que acabámos de estudar.
Disjunção exclusiva
 “Ou Bieber é bom
cantor ou é apenas
bonito”
 REGRA LÓGICA:
Uma disjunção
exclusiva só é
verdadeira se uma
das disjuntas for
verdadeira e a outra
falsa.
Disjunção exclusiva
P Q PVQ
V V F
V F V
F V V
F F F
3.
CONJUNÇÃ
O
Chama-se
conjunção a uma
proposição da
forma «P e Q», e
conjuntas às
proposições P e
Q. As condições
de verdade da
conjunção são
evidentes:
“J. Bieber é
bom cantor e é
bonito”
P Q P^Q
V V V
F V F
V F F
F F F
REGRA
 REGRA LÓGICA: Uma conjunção só é
verdadeira se ambas as conjuntas forem
verdadeiras.
 Outras expressões • “O conhecimento e a fé são
estudados pela filosofia”. • “O conhecimento é
estudado pela filosofia e a fé também.” • Tanto o
conhecimento como a fé são estudados pela
filosofia”. • “A filosofia estuda quer o conhecimento,
quer a fé”. • “O conhecimento é estudado pela
filosofia mas a fé também o é”. • “O conhecimento é
estudado pela filosofia, embora a fé também o seja”
3. Negação
 As condições de verdade
da negação são ainda
mais elementares do que
as da disjunção e da
conjunção. Chama-se
negação a qualquer
proposição da forma
«não P». A tabela de
verdade da negação é
óbvia:
P ~P
V F
F V
Expressões e regra da negação
 REGRA LÓGICA: Uma negação é falsa
unicamente quando a proposição de partida é
verdadeira, e vice- -versa.
 Expressão canónica O conhecimento não é possível.
Outras expressões • Não é verdade que o
conhecimento seja possível. • Não é o caso que o
conhecimento seja possível. • O conhecimento é
impossível
CONDICIONAL OU IMPLICAÇÃO
 Forma canónica
 “Se um bom cantor é
afinado então a sua
voz é um bom
instrumento”
Antecedente e consequente
 Chama-se condicional a qualquer proposição da
forma «Se P, então Q», e chama-se
antecedente a P e consequente a Q.
 O antecedente de uma proposição
condicional é uma condição suficiente e o
consequente é a condição necessária
Tabela de verdade de uma condicional
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Expressões e regra
 REGRA LÓGICA: Uma condicional só é falsa
quando a sua antecedente é verdadeira e a sua
consequente falsa
 Outras expressões • Se há pensamento, há matéria. • Há
matéria, se houver pensamento. • Há pensamento
somente se houver matéria. • Há matéria caso haja
pensamento. • Não há pensamento, a menos que haja
matéria. • Não há pensamento, a não ser que haja
matéria. • Sempre que há pensamento, há matéria. • A
matéria é uma condição necessária do pensamento. • O
pensamento é uma condição suficiente da matéria.
Comutatividade
 Um operador binário é
 comutativo
 quando a ordem das proposições
pode ser invertida
 sem afetar os valores de verdade.
 Por exemplo, a conjunção é
comutativa porque dizer que o
Asdrúbal e a Fortunata são estu-
 dantes de sexologia epistolar é o
mesmo que dizer que a Fortunata
e o Asdrúbal são estudantes
 de sexologia epistolar: «P e Q» é
o mesmo que «Q e P».
 Ao contrário dos outros quatro
operadores, a condicional não é
comutativa, como se pode ver
 na sua tabela de verdade
P Q P→Q
V V V
F V V
V F F
F F V
BICONDICIONAIS
 Bicondicional
 Quaisquer duas proposições P e Q podem ser ligadas
com o bicondicional, gerando uma nova proposição
complexa: P se e só se Q.
 A proposição P se e só se Q é verdadeira se e
apenas se P e Q tiverem o mesmo valor de verdade —
se ambas P e Q forem verdadeiras ou ambas falsas.
 A tabela de verdade de P se e só se Q é a seguinte:
P Q P ↔ Q
V V V
F V F
V F F
F F V
REGRA LÓGICA: Uma bicondicional só é verdadeira se
ambas as proposições tiverem o mesmo valor de
verdade.
A BICONDICIONAL É COMUTATIVA
Equivalência
 Chama-se também
 equivalência
 à bicondicional, pois uma
bicondicional verdadeira
estabelece a equivalência
de valores de verdade
entre duas proposições:
as duas proposições
componentes são
verdadeiras e falsas
exatamente nas mesmas
circunstâncias.
REVISÃO
 1.
 Considere-se a condicional «Se Deus existe, a vida tem
sentido».
 a) Admitindo que Deus não existe, a condicional é verdadeira
ou falsa? Porquê?
 b) Admitindo que Deus existe e que não sabemos se a vida
tem sentido, é possível saber se a condicional é verdadeira ou
falsa? Porquê?
 c) Admitindo que a vida tem sentido, a condicional é
verdadeira ou falsa? Porquê?
 2.
 Recorrendo a tabelas de verdade e a exemplos de proposições,
explique por que razão a bicondicional é comutativa mas a
condicional não.
REVISÕES
 3.
 Considere-se a bicondicional «Deus existe se, e só se, a
vida tem sentido».
 a) Admitindo que Deus existe e que a vida não tem
sentido, a bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?
 b) Admitindo que Deus não existe e que a vida não tem
sentido, a bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?
 c) Admitindo que a vida tem sentido mas que não
sabemos se Deus existe, é possível saber se a
bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?

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Ficha logica proposicional1

  • 1. O P E R A D O R E S E T A B E L A S D E V E R D A D E Ficha 2 Lógica Proposicional AULA3/4
  • 2. Ficha 2 Lógica Proposicional AULA3/4  Ficha 2 Lógica Proposicional AULA3/4  Operadores proposicionais  Tanto o «e» como o «ou» são operadores proposicionais.  Um operador proposicional é uma expressão que se pode acrescentar a uma proposição ou proposições, formando assim novas proposições.
  • 3. Operadores proposicionais  Há muitos operadores proposicionais, além de «e» e «ou». Eis alguns deles: • Penso que; • Tenho medo que; • Se…, então… • Não. Alguns operadores aplicam-se a uma única proposição; outros aplicam- se a mais de uma. Para aplicar o operador «e» «ou» precisamos de duas proposições. Mas para aplicar o operador «Penso que» basta uma.
  • 4. Operadores proposicionais  Como o nome indica, os operadores proposicionais só se aplicam a proposições; não se aplicam a partes de proposições, como «é alto». Por exemplo, «é magro e alto» não exprime uma proposição. Claro que no dia-a-dia podemos dizer «É magro e alto», mas isso só acontece porque esta frase abrevia algo como «Asdrúbal é magro e alto».
  • 5. Operadores verofuncionais  Alguns operadores, como «ou» e «e», têm uma característica especial: são verofuncionais. Isto significa que se partirmos de duas proposições, P e Q, e se as ligarmos com «ou», por exemplo, saberemos qual é o valor de verdade de «P ou Q», desde que saibamos o valor de verdade de P e de Q.
  • 6. Operadores verofuncionais  Os operadores proposicionais aplicam-se a uma ou duas proposições para formar novas proposições.  Quando o valor de verdade da nova proposição é determinado unicamente  Pelos valores de verdade das proposições ligadas, e  Pelo operador aplicado,  diz-se que o operador é verofuncional. Há cinco operadores proposicionais verofuncionais: negação, conjunção, disjunção, condicional e bicondicional.
  • 7. Operadores verofuncionais ou conetivas proposicionais  Por exemplo, se sabemos que o Justin Bieber não está a cantar mas na praia. Então sabemos que 1 é verdadeira e 2 falsa: 1. “Justin Bieber está a cantar ou na praia”2. J.Bieber está a cantar e na praia”. Isto contrasta com os operadores que não são verofuncionais. Por exemplo, mesmo que saibamos que o J. Bieber está na praia, isso não é suficiente para saber se é verdadeira ou falsa a proposição: Penso que J. Bieber esteja na praia.
  • 8. Operadores verofuncionais 2  Um operador proposicional é verofuncional quando o valor de verdade da proposição com o operador é inteiramente determinado pelo valor de verdade das proposições são ligadas por ele. Chama- se também «conetiva proposicional» aos operadores verofuncionais.   Revisão 1. O que é um operador proposicional verofuncional? Defina e dê exemplos. 2. Pressupondo que a proposição a é verdadeira e a b falsa, determine o valor de verdade das proposições c-g, se for possível; caso não seja possível, explique porquê. a) A arte é imitação. b) A arte é expressão. c) A arte não é imitação. d) A arte é expressão e imitação. e) A arte é expressão ou imitação. f) O Asdrúbal teme que a arte seja imitação. g) O Asdrúbal pensa que a arte é expressão
  • 9. Tabelas de verdade  Tabelas de verdade Quando um operador é verofuncional acontece algo muito interessante. Mesmo que não saibamos se Bieber está na praia ou noutro sítio qualquer, sabemos que a proposição expressa a seguir só é falsa no caso de Bieber não estar nem a cantar nem na praia: Bieber está a cantar ou na praia. O mesmo acontece com qualquer proposição da forma «P ou Q»: só será falsa se P e Q forem ambas falsas; caso contrário, será verdadeira. Podemos representar isto graficamente numa tabela de verdade
  • 10. Disjunção P Q PVQ V V V F V V V F V F F F
  • 11. Tabelas de verdade  Uma tabela de verdade é um dispositivo gráfico que permite exibir as condições de verdade de uma forma proposicional dada. As condições de verdade são as circunstâncias que tornam uma proposição verdadeira ou falsa. Cada fila da tabela de verdade acima representa graficamente as condições de verdade do operador «ou». Neste caso, há quatro condições de verdade, que resultam da combinação dos dois valores de verdade possíveis de P e Q: podem ser ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou pode uma ser verdadeira e a outra falsa, ou vice-versa.
  • 12. Através da tabela podemos ver em que condições a proposição é V OUF P Q PVQ V V V F V V V F V F F F  Estas condições de verdade estão todas graficamente representadas nas filas da tabela. Numa tabela de verdade temos de representar todas as condições de verdade. É evidente que tanto faz que P seja verdadeira e Q falsa como o contrário: P falsa e Q verdadeira. Em ambos os casos o resultado é V. Mas temos mesmo assim de representar essas duas condições de verdade.
  • 13. 1.Disjunção  Chama-se disjunção a uma proposição da forma «P ou Q» e disjuntas a P e a Q.  A tabela de verdade da disjunção é uma forma simples de representar graficamente o significado verofuncional da disjunção:  REGRA LÓGICA: Uma disjunção só é falsa se ambas as disjuntas forem falsas.
  • 14. Expressões  Expressão canónica “Platão refletiu sobre a ética ou Aristóteles refletiu sobre a ética”. Outras expressões • “Platão ou Aristóteles refletiram sobre a ética”. • “Quem refletiu sobre a ética foi Platão ou Aristóteles.” • “Platão refletiu sobre a ética a não ser que Aristóteles tenha refletido sobre a Ética”  Chama-se disjunção inclusiva à disjunção que acabámos de estudar.
  • 15. Disjunção exclusiva  “Ou Bieber é bom cantor ou é apenas bonito”  REGRA LÓGICA: Uma disjunção exclusiva só é verdadeira se uma das disjuntas for verdadeira e a outra falsa.
  • 16. Disjunção exclusiva P Q PVQ V V F V F V F V V F F F
  • 17. 3. CONJUNÇÃ O Chama-se conjunção a uma proposição da forma «P e Q», e conjuntas às proposições P e Q. As condições de verdade da conjunção são evidentes: “J. Bieber é bom cantor e é bonito” P Q P^Q V V V F V F V F F F F F
  • 18. REGRA  REGRA LÓGICA: Uma conjunção só é verdadeira se ambas as conjuntas forem verdadeiras.  Outras expressões • “O conhecimento e a fé são estudados pela filosofia”. • “O conhecimento é estudado pela filosofia e a fé também.” • Tanto o conhecimento como a fé são estudados pela filosofia”. • “A filosofia estuda quer o conhecimento, quer a fé”. • “O conhecimento é estudado pela filosofia mas a fé também o é”. • “O conhecimento é estudado pela filosofia, embora a fé também o seja”
  • 19. 3. Negação  As condições de verdade da negação são ainda mais elementares do que as da disjunção e da conjunção. Chama-se negação a qualquer proposição da forma «não P». A tabela de verdade da negação é óbvia: P ~P V F F V
  • 20. Expressões e regra da negação  REGRA LÓGICA: Uma negação é falsa unicamente quando a proposição de partida é verdadeira, e vice- -versa.  Expressão canónica O conhecimento não é possível. Outras expressões • Não é verdade que o conhecimento seja possível. • Não é o caso que o conhecimento seja possível. • O conhecimento é impossível
  • 21. CONDICIONAL OU IMPLICAÇÃO  Forma canónica  “Se um bom cantor é afinado então a sua voz é um bom instrumento”
  • 22. Antecedente e consequente  Chama-se condicional a qualquer proposição da forma «Se P, então Q», e chama-se antecedente a P e consequente a Q.  O antecedente de uma proposição condicional é uma condição suficiente e o consequente é a condição necessária
  • 23. Tabela de verdade de uma condicional P Q P→Q V V V V F F F V V F F V
  • 24. Expressões e regra  REGRA LÓGICA: Uma condicional só é falsa quando a sua antecedente é verdadeira e a sua consequente falsa  Outras expressões • Se há pensamento, há matéria. • Há matéria, se houver pensamento. • Há pensamento somente se houver matéria. • Há matéria caso haja pensamento. • Não há pensamento, a menos que haja matéria. • Não há pensamento, a não ser que haja matéria. • Sempre que há pensamento, há matéria. • A matéria é uma condição necessária do pensamento. • O pensamento é uma condição suficiente da matéria.
  • 25. Comutatividade  Um operador binário é  comutativo  quando a ordem das proposições pode ser invertida  sem afetar os valores de verdade.  Por exemplo, a conjunção é comutativa porque dizer que o Asdrúbal e a Fortunata são estu-  dantes de sexologia epistolar é o mesmo que dizer que a Fortunata e o Asdrúbal são estudantes  de sexologia epistolar: «P e Q» é o mesmo que «Q e P».  Ao contrário dos outros quatro operadores, a condicional não é comutativa, como se pode ver  na sua tabela de verdade P Q P→Q V V V F V V V F F F F V
  • 26. BICONDICIONAIS  Bicondicional  Quaisquer duas proposições P e Q podem ser ligadas com o bicondicional, gerando uma nova proposição complexa: P se e só se Q.  A proposição P se e só se Q é verdadeira se e apenas se P e Q tiverem o mesmo valor de verdade — se ambas P e Q forem verdadeiras ou ambas falsas.  A tabela de verdade de P se e só se Q é a seguinte:
  • 27. P Q P ↔ Q V V V F V F V F F F F V REGRA LÓGICA: Uma bicondicional só é verdadeira se ambas as proposições tiverem o mesmo valor de verdade. A BICONDICIONAL É COMUTATIVA
  • 28. Equivalência  Chama-se também  equivalência  à bicondicional, pois uma bicondicional verdadeira estabelece a equivalência de valores de verdade entre duas proposições: as duas proposições componentes são verdadeiras e falsas exatamente nas mesmas circunstâncias.
  • 29. REVISÃO  1.  Considere-se a condicional «Se Deus existe, a vida tem sentido».  a) Admitindo que Deus não existe, a condicional é verdadeira ou falsa? Porquê?  b) Admitindo que Deus existe e que não sabemos se a vida tem sentido, é possível saber se a condicional é verdadeira ou falsa? Porquê?  c) Admitindo que a vida tem sentido, a condicional é verdadeira ou falsa? Porquê?  2.  Recorrendo a tabelas de verdade e a exemplos de proposições, explique por que razão a bicondicional é comutativa mas a condicional não.
  • 30. REVISÕES  3.  Considere-se a bicondicional «Deus existe se, e só se, a vida tem sentido».  a) Admitindo que Deus existe e que a vida não tem sentido, a bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?  b) Admitindo que Deus não existe e que a vida não tem sentido, a bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?  c) Admitindo que a vida tem sentido mas que não sabemos se Deus existe, é possível saber se a bicondicional é verdadeira ou falsa? Porquê?